12 dezembro 2017

Aventuras e desventuras na comunicação científica

Papel da comunicação científica de massa na amplificação da transmissão de conhecimento da academia à sociedade

                        Dez dicas para o postulante a comunicador científico


1)     Participe de mídia sociais, crie um blog científico e divulgue para seus colegas especialistas e não especialistas.

2)     Reserve um tempo para produzir material (texto ou vídeo) informativo, com linguagem clara e descontraída. Não se preocupe com grandes investimentos em edição; na verdade, o caráter amador pode trazer um charme extra ao projeto.
3)     Interaja com os seguidores na busca por feedbacks. Aceite sugestões de temas e respeite opiniões divergentes. Evite gastar tempo com os haters; nada que você disser mudará a opinião deles.
4)     Publique sobre os avanços trazidos pelo seu próprio grupo de pesquisa. Nem tudo é rocket science, mas ainda assim pode trazer pequenos impactos à vida das pessoas e a sua percepção do mundo.
5)     Invista em técnicas pedagógicas variadas. O emprego de simplificações gráficas, exemplos práticos e mensagens centrais (take-home messages)costumam funcionarLembre-se da célebre frase atribuída a Albert Einstein: “Se você não consegue explicar de forma simples é porque não entendeu bem o suficiente”.
6)     Evite conflitos pessoais com outros pesquisadores e, sobretudo, celebridades da mídia social. Há espaço e público para todos.
7)     Não faça sensacionalismo científico para conquistar novos seguidores. Faz parte do nosso trabalho informar as pessoas que a ciência de qualidade é lenta, refutável e não definitiva.
8)     Preferencialmente, mantenha-se independente da indústria e de outros potenciais geradores de conflito de interesse. Caso haja algum patrocínio, declare-o explicitamente. Isso ajudará na idoneidade do seu projeto.
9)     Conecte-se com outros pesquisadores-comunicadores que possam mutuamente colaborar na disseminação dos projetos e inspire-se em experiências bem-sucedidas. Café na Bancada, Nerdologia e Blog do MM são iniciativas idealizadas por membros da comunidade USP que servem de modelo.
10)  Divulgue seus feitos científicos mais importantes através dos canais de comunicação institucional.  Leia mais

Universidades paulistas reavaliam seus indicadores de desempenho institucional

As três universidades públicas estaduais paulistas – USP, Unicamp e Unesp – começam a rever seus sistemas de avaliação de desempenho com o objetivo de aprimorar métricas, estabelecer metas e, adicionalmente, melhorar sua inserção nas comparações internacionais.

A iniciativa é financiada pela FAPESP, no âmbito do projeto Indicadores de desempenho nas universidades estaduais paulistas, vinculado ao Programa Pesquisa em Políticas Públicas. Liderado por Jacques Marcovitch e pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), o projeto tem como parceira a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo.

A reavaliação de métricas e de indicadores de desempenho não é tarefa fácil. “Não existe um modelo único e as universidades são diferentes entre si”, ponderou Goldemberg. Reitor da USP entre 1986 e 1990, Goldemberg criou o Anuário da USP, até hoje uma das principais fontes de informações sobre o desempenho da universidade. “Mas ainda há problemas na garimpagem de dados. Precisamos de mais informações qualitativamente diferenciadas.”

Assim como as universidades, os indicadores utilizados pelos rankings para classificá-las também diferem entre si. O THE, por exemplo, utiliza 13 indicadores que contemplam Ensino, Pesquisa, Citações, Visibilidade Internacional e Captação de Recursos da Indústria. O indicador de maior peso (18%) é o de Reputação em Pesquisa, alimentado por um questionário aplicado a cientistas de todo o mundo. O QS também tem foco na reputação acadêmica e entre empregadores, que equivale à metade da pontuação. Já para o ARWU, publicado pela Shangai Ranking Consultancy, o número de artigos publicados na Nature e na Science tem peso de 20% no seu conjunto de indicadores.

De fato, apesar de estar entre as 40 universidades no mundo que mais publicam artigos, de acordo com o Web of Science, a USP não aparece entre aquelas com maior índice de citação, o que leva a universidade a uma pontuação média reduzida. A USP, assim como a Unicamp e a Unesp, têm, respectivamente, pontuações nesse índice de citações de 31,5, 31,7 e 12,7, enquanto universidades chinesas como as de Pequim, Tsinghua e Zhejiang têm pontuações de 74,2, 71,4 e 45,9, respectivamente, no mesmo índice. Leia mais

11 dezembro 2017

Identificação Digital e seus desafios

À medida que os sistemas digitais de descoberta e distribuição de conteúdo crescem, aumenta também a necessidade de uma identificação inequívoca das pessoas e das partes interessadas (stakeholders) que trocam informações e conteúdos. Na cadeia de suprimentos de informações, incluindo a cadeia de publicações científicas, identificar corretamente pessoas, documentos e organizações tem sido um dos maiores desafios. 
Há uma crescente conscientização sobre a necessidade de utilizar identificadores únicos para troca de informações acadêmicas e científicas. O uso de identificadores comerciais para recursos como livros (International Standard Book Number – ISBN) e revistas (International Standard Serial Number – ISSN) há muito tempo se tornaram padrão e têm sido eficientes em gerenciar com sucesso a cadeia de suprimentos de materiais publicados. O Digital Object Identifier (DOI) é hoje o identificador digital de documentos mundialmente aceito. Pesquisadores utilizam identificadores digitais como ORCiD, ResearcherID, Scopus Author ID, Google ID e Lattes ID (Brasil). 
Do ponto de vista das Organizações, o imperativo de padronização e inequívoca identificação também é consenso e o International Standard Name Identifier (ISNI) é o padrão global certificado pela ISO 27729 para identificar organizações e indivíduos envolvidos com a cadeia de suprimentos de informação e mídia, bem como na cadeia de suprimentos científicos e acadêmicos (scholarly supply chain).Identificar Organizações não é tarefa fácil. Elas mudam de nome, de local, fundem-se a outras, separam-se, mantêm vínculos diversos com organizações maiores, menores ou associam-se em consórcios. Podem estar escritas por extenso, abreviadas, na forma de siglas. Segundo o Relatório da OCLC intitulado Addressing the Challenges with Organizational Identifiers and ISNI de 2016, estabelecer uma identificação única para as Organizações.
O ISNI é um identificador de código aberto composto por 16 dígitos amplamente utilizado em vários setores e projetado para funcionar em diversos contextos, facilitando a troca digital de informações, dados e ativos. A Agência Internacional ISNI (ISNI-IA) contém registros de identidade associados a cerca de 8.75 milhões de nomes individuais e a mais de 654.000 organizações envolvidas nas indústrias de mídia, informação e áreas relacionadas.  Leia mais

07 dezembro 2017

Crie documentos e apresentações com o Google

Crie documentos impactantes


Com o Documentos Google, você pode gravar, editar e colaborar onde estiver.
E sem pagar nada por isso. 

Vá além da edição de texto O Documentos Google dá vida aos seus documentos com ferramentas de edição e estilo para facilitar a formatação de textos e parágrafos. Escolha entre centenas de fontes e adicione links, imagens e desenhos. 
E todos esses recursos são gratuitos.  
Acesse seus documentos em qualquer lugar e a qualquer hora.
Acesse, crie e edite seus documentos no smartphone, tablet ou computador em 
lugar, mesmo sem uma conexão.  

Conte histórias relevantes


Com o Apresentações Google, você pode destacar suas ideias com uma variedade de temas, centenas de fontes, vídeo integrado, animações e vários outros recursos. 
E todos esses recursos são gratuitos.
Crie apresentações elegantes. Com o Apresentações Google, você pode criar, editar e colaborar onde estiver. 
Acesse suas apresentações em qualquer lugar, a qualquer hora.
Acesse, crie e edite suas apresentações no seu smartphone, tablet ou computador
em qualquer lugar.  

Editor de planilhas do Google ganha recursos de aprendizado de máquina

O editor de Planilhas Google agora conta com novos recursos para tornar 
dia a dia de seus usuários ainda mais fácil. Com  base na tecnologia 
de aprendizado de máquina, também conhecida pelo seu nome 
original machine learning, a plataforma passa a apresentar mudanças 
bastante significativas. 

Agora, o Planilhas Google é capaz de sugerir tabelas dinâmicas e fórmulas ao usuário automaticamente, sendo as sugestões previstas levando em conta 
ações já executadas
pelo usuário dentro da plataforma. O programa consegue adivinhar quantos números 
serão inseridos na tabela, além de quantidades de linhas e colunas que a pessoa 
pode precisar.

Com a novidade, ainda é possível fazer perguntas para que os robôs por trás das planilhas

possam oferecer ao usuário a melhor tabela, com base em suas necessidades. Pelo menos 
no início, esta função deve estar disponível apenas em inglês.

Caso você queira começar uma planilha do zero, o aprendizado de máquina também pode 

te ajudar. A inteligência do Planilhas permite personalizar as tabelas utilizando sugestões 
que aparecem na tela durante o trabalho, acelerando o processo de criação inicial.
As mudanças devem começar a aparecer nas próximas semanas para todos os usuários.

Periódicos Science oferecem conteúdo multidisciplinar de ponta para a comunidade acadêmica

Quem atua no meio científico reconhece a importância de estar por dentro do que os autores mais citados do mundo estão produzindo. Por meio do Portal de Periódicos da CAPES, a editora American Association for the Advancement of Science (AAAS) proporciona à comunidade brasileira o acesso a uma significativa parcela desses conteúdos. Na biblioteca virtual, os usuários encontram os periódicos Science, Science Signaling e Science Advances.

O conteúdo das publicações é multidisciplinar, com foco nas áreas de saúde e ciências biológicas. O acesso pelo Portal inclui também a coleção Science Express – que reúne artigos aceitos para publicação na Science antes da impressão. Além dos títulos disponíveis somente para as instituições que participam da biblioteca virtual da CAPES, os usuários encontram mais um periódico da editora. A revista científica Science Advances é de acesso aberto e pode ser visualizada em texto completo por qualquer usuário conectado à internet.

A AAAS se firmou como fonte importante de descoberta científica desde a fundação da revista científica Science, em 1880. No último meio século, o periódico publicou o genoma humano inteiro pela primeira vez, imagens nunca antes vistas da superfície marciana e os primeiros estudos ligando a Aids ao vírus da imunodeficiência humana. Posteriormente, a família de publicações cresceu e incluiu outros títulos, como a Science Translational Medicine – que se tornou uma plataforma para pesquisa multidisciplinar revisada por pares com os últimos avanços médicos. 

A Science Signaling, por sua vez, oferece artigos de revisão originais, protocolos e recursos didáticos para o crescente campo de transdução de sinais celulares. A Science Advances, de acordo com a editora, representa a nova geração de títulos online, com publicação rápida de pesquisas significativas e completas disponíveis gratuitamente para os leitores.

O título Science Advances pode ser localizado diretamente na opção buscar periódico do Portal. As demais publicações estão disponíveis por meio do link buscar base, inserindo no campo de pesquisa o termo “Science (AAAS)”.


A Capes oferece, gratuitamente, treinamentos online no uso do Portal de Periódicos


A Capes oferece, gratuitamente, treinamentos online no uso do Portal de Periódicos a todos os usuários de graduação e pós-graduação das instituições participantes. Os treinamentos são realizados de segunda a sexta, em turnos diferentes, e oferecidos por área do conhecimento. São várias possibilidades à disposição dos usuários do Portal! Além de aprender sobre os tipos de busca e outros serviços disponíveis, os participantes assistem aos treinamentos ministrados por representantes das editoras e sociedades científicas com as quais a Capes assina os conteúdos.

É necessário fazer login no “MEU ESPAÇO” para verificar os treinamentos com inscrições abertas. Havendo vaga, basta clicar e solicitar a inscrição no treinamento desejado. Caso o usuário não possua cadastro na área indicada, deve fazer um clicando em “Novo usuário”. Após a identificação, é essencial retornar à página de “Treinamentos” para fazer a escolha. Outras informações podem ser solicitadas pelo e-mail treinamento.periodicos@capes.gov.br.   Mais informações

Ciclo de Seminários dos Pós-doutorandos do CENA-USP

A Comissão de Pesquisa do CENA convida a todos para assistir as palestras abaixo intituladas. Tratam-se dos resultados das pesquisas dos Pós-doutorandos, durante a vigência do programa.

Palestrante: Maurício Roberto Cherubin
Pós-doutorando do Laboratório Biogeoquímica Ambiental
Supervisora: Profa. Dra. Brigitte Josefine Feigl

Título da palestra: Remoção da palha de cana-de-açúcar para a produção de bioenergia: compreendendo as inter-relações solo-planta-atmosfera


Palestrante: Juliane Karine Ishida
Pós-doutoranda do Laboratório Biologia Celular e Molecular
Supervisora: Profa. Dra. Tsai Siu Mui

Título da palestra: Análise funcional do microbioma do feijoeiro

Data: 13/12/2017
Horário: 10h e 10h35
Local: Anfiteatro Epaminondas S.B. Ferraz – Central de Aulas do CENA


FAPESP - Atendimento ao público em dezembro e janeiro

A FAPESP estará fechada para o público externo no período de 22 de dezembro de 2017 a 23 de janeiro de 2018.
Todos os compromissos de entrega de Relatórios Científicos (RC), Prestação de Contas (PC) e documentos, no período das férias, deverão ser entregues pelos correios, para processos em papel. Para processos SAGe o RC é via sistema e a PC deverá ser via correio.

Números de contas correntes de bolsas poderão ser informados no período, nos seguintes endereços:

Liberações de verbas deverão ser solicitadas até, no máximo, 20 de dezembro. Após essa data esse serviço ficará indisponível, retornando em 24 de janeiro. 
O serviço de atendimento Converse com a FAPESP não funcionará no período de 21 de dezembro de 2017 a 23 de janeiro de 2018.

Amazônia é uma das principais fontes emissoras de metano do mundo

Árvores localizadas em áreas alagáveis emitem por volta de 15 milhões de toneladas por ano desse gás de efeito estufa
As árvores situadas em áreas alagáveis na Amazônia emitem por ano entre 15 e 20 milhões de toneladas de metano (CH4), o equivalente ao que é emanado por todos os oceanos juntos. A conclusão é de um grupo de pesquisadores ingleses e brasileiros, entre eles a bióloga Luana Basso, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), e a química Luciana Vanni Gatti, do Laboratório de Gases de Efeito Estufa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em um estudo publicado na edição desta segunda-feira (04/12) na revista Nature, o grupo constatou que essas árvores são uma das principais fontes emissoras do gás. O metano absorve até 23 vezes mais calor do que o dióxido de carbono (CO2), sendo, por isso, um dos três principais gases de efeito estufa. Segundo o grupo, apesar de ser um processo natural da floresta, a quantidade de metano emitida por essas árvores impressiona e, somada à emissão de outras fontes naturais, de proveniente de rebanhos e da queima de biomassa na região, pode ter impactos significativos.

Há algum tempo os dados sobre a emissão de metano na Amazônia intrigam os pesquisadores. Até então, os números mais recentes disponíveis na literatura especializada, obtidos a partir de observações via satélite por outros grupos de pesquisa, indicavam que a floresta emitia por ano cerca de 30 milhões de toneladas de CH4. Em 2011, Luciana e Luana Basso, à época sua aluna de doutorado no Ipen, verificou que a realidade era diferente. Seus dados indicavam uma emissão quase 50% maior, de 42,7 milhões de toneladas por ano. Apesar de ter verificado na prática uma diferença significativa em relação ao valor até então conhecido, as pesquisadoras não souberam explicar de onde vinha o metano excedente. À época, o grupo coordenado por Luciana estava interessado em obter uma amostra representativa do balanço de carbono de toda a bacia amazônica.  Leia mais

06 dezembro 2017

Embrapa começa a mapear o solo brasileiro

O objetivo é mapear 1,3 milhão de quilômetros quadrados nos primeiros dez anos com gastos estimados em R$ 740 milhões
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) deu início ontem, 5 de dezembro, ao mapeamento do solo brasileiro, que pode ser o maior já executado no país. O trabalho será feito ao longo dos próximos 30 anos e a estimativa é de que sejam gastos R$ 740 milhões nos 10 primeiros anos, de acordo com a instituição de pesquisa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
No Dia Mundial do Solo, comemorado ontem, 5 de dezembro, representantes de universidades e instituições ligadas à tecnologia e ciência assinaram o protocolo de intenções que oficializa o início dos trabalhos, a serem executados dentro do Programa Nacional de Solos do Brasil (Pronasolos). Os recursos serão liberados ao tempo da elaboração dos projetos e de acordo com o avanço das ações. O objetivo é mapear 1,3 milhão de quilômetros quadrados nos primeiros dez anos.
Entre os maiores resultados esperados está a criação de um sistema nacional de informação sobre solos do Brasil e a retomada de um programa nacional de levantamento de solo. Segundo o coordenador do Pronasolos, o pesquisador José Carlos Polidoro, da Embrapa Solos, os dois pontos estão listados no acordão redigido pelo Tribunal de Contas da União, em 2015, que deu origem ao programa.
Vinte instituições, incluindo nove universidades vão participar do empreendimento, que envolverá atividades de investigação, documentação, inventário e interpretação de dados de solos brasileiros para gestão de recursos e  conservação. As informações são fundamentais para inúmeras áreas, que vão de mudanças climáticas a recursos hídricos. O presidente da Embrapa, Maurício Antonio Lopes, ressaltou que “não se faz um trabalho dessa magnitude sem uma parceria muito consolidada.”
De acordo com a Embrapa, o programa tem grande importância para o ordenamento territorial do país, uma vez que influencia o desenvolvimento econômico do campo, a conservação dos recursos naturais e o gerenciamento dos recursos hídricos. Por estar atrasado em relação ao levantamento de solos do Brasil, a estima-se que o país esteja perdendo U$ 5 bilhões por ano somente pela ação da erosão.
Nos Estados Unidos, cada dólar investido no levantamento de solo resultou em até 120 dólares de retorno. No Brasil, que o resultado pode ser ainda maior, ou seja, a cada R$ 1,00 investido, a perspectiva de retorno é de R$ 185,00, diz a Embrapa.
Os setores mais beneficiados são os de seguro e crédito agrícola, zoneamentos agroecológicos e ecológico-econômicos dos estados e municípios, o Programa de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC), vulnerabilidade da terra a eventos extremos em áreas urbanas e rurais e, ainda, planejamento de microbacias e projetos de telecomunicações.

SciVal - Topic Prominence in Science fornece a primeira análise global do portfólio de pesquisa

You are now able to run a complete portfolio analysis to see which Topics your institution is currently active in, and which Topics have high momentum, those therefore more likely to be well-funded. It will provide insight into which researchers are active in those Topics, which Topics your peers and competitors are active in and the related Topics of which you should be aware.

The development of Topic Prominence in Science is based upon extensive research and customer feedback. Unlike other research analytics solutions, which merely scratch the surface by only analyzing top-cited articles, we take the entire world of research into account. Our ground-breaking, new technology takes into consideration 95% of the articles available in ScopusTM and clusters them into nearly 96,000 global, unique research topics based on citation patterns. How can I use Topic Prominence in Science? 

As a researcher, Topic Prominence in Science provides you with a much clearer picture of your overall research performance, and insight into the momentum or level of activity of particular Topics.     Read more 

ResearchGate restringe o acesso a quase 2 milhões de artigos

Milhões de artigos podem em breve desaparecer do ResearchGate, a maior rede social acadêmica do mundo. Na última semana (início de outubro), cinco editoras afirmaram ter formado uma coalizão que começaria a solicitar a remoção de artigos de pesquisa do site do ResearchGate porque os mesmos violam os direitos autorais dos editores. Um porta-voz do grupo informou que mais de 7 milhões de documentos podem ser afetados, e que um primeiro lote de avisos de retirada de cerca de 100 mil artigos seria enviado iminentemente.
Enquanto isso, a coalizão de membros da Elsevier e da American Chemical Society  apresentaram uma ação judicial para tentar impedir que o material com direitos autorais apareça no ResearchGate no futuro. A denúncia, que não foi tornada pública, foi arquivada em 6 de outubro em um tribunal regional na Alemanha (ResearchGate é sediado em Berlim), faz um “pedido simbólico de danos”, mas seu objetivo é mudar o comportamento do site, diz um porta-voz.
O site ResearchGate pode já ter começado a retirar artigos, de acordo com uma declaração de 10 de outubro da coalizão. O grupo disse que notou que o site havia removido “um número significativo de artigos protegidos por direitos autorais”, embora o ResearchGate não tivesse compartilhado informações sobre isso com editores. “Neste ponto, nem todas as violações foram apresentadas e o ResearchGate precisará tomar medidas adicionais para cessar a distribuição não autorizada de artigos de pesquisa”, diz o comunicado
O confronto vem acontecendo há muito tempo. Os pesquisadores estão cada vez mais publicando artigos de pesquisa pagos, muitos deles no ResearchGate, uma rede frequentemente comparada ao Facebook para cientistas. O site possui mais de 13 milhões de membros e arrecadou mais de US $ 80 milhões em fundos de start-up de investidores, incluindo o fundador da Microsoft, Bill Gates, e o Wellcome Trust, o financiador de pesquisas biomédicas com sede em Londres.
Não são apenas os acadêmicos que carregam artigos no site, mas o ResearchGate também busca o material on-line e convida os pesquisadores a reivindicar e fazer o upload desses documentos, diz James Milne, um porta-voz do grupo de cinco editores, que se chama “Coalização do Compartilhamento Responsável”.   Leia mais

05 dezembro 2017

Nova plataforma interativa da USP fornece conteúdo multimídia de pesquisas acadêmicas

O projeto Interatrilhas reúne imagens de alta qualidade e outros arquivos produzidos durante pesquisas e os inclui no mapa do Google
O Museu de Ciências (MC) da USP, órgão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, colocou no ar o projetoInteratrilhas. A plataforma online e gratuita traz um acervo crescente de conteúdos multimídia, provenientes de atividades de pesquisa da USP, e os insere no mapa do Google. Acessível tanto pelo computador quanto por tablets e celulares, o Interatrilhas visa divulgar materiais de pesquisas da USP em diversas áreas e ampliar seu acesso pelo público. 

Atualmente, a iniciativa se destaca pelas fotografias de 360 graus do Arquipélago dos Alcatrazes, localizado a 35 km de São Sebastião e fechado para visitação pela Marinha desde 1980. Com fotos terrestres, aéreas e submarinas, é possível fazer uma viagem virtual às ilhas, que devem ser reabertas à visitação pública em 2018.


Além de visualizar as fotos produzidas pelos pesquisadores no mapa, estudantes e interessados no tema podem também relacionar os conteúdos aos cursos de graduação da USP. Cada projeto disponível no site está cadastrado de acordo com a sua área do conhecimento, aliado a uma pequena descrição e aos cursos da USP relacionados ao estudo.

Segundo o professor Guilherme de Andrade Marson, diretor do Museu de Ciências da USP, “a ideia é que arquivos de mídia interessantes que estão escondidas do público em teses e artigos possam ser colocadas ali, relacionados a locais no mapa Google. O projeto é uma vitrine do conhecimento da USP, só que geolocalizado”.

A plataforma será atualizada constantemente, já que permanece aberta para o envio de novos trabalhos. Os pesquisadores da USP que desejarem divulgar seus materiais no Interatrilhas devem contatar o Museu de Ciências através dos canais de comunicação do próprio órgão: mc.prceu.usp.br e (11) 5077-6335 / 5077-6337.

Governo federal consulta comunidade científica sobre abertura de base de dados

SOBRE DADOS GOVERNAMENTAIS DE INTERESSE DA COMUNIDADE CIENTÍFICA
A Política de Dados Abertos é parte importante do Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto, de 2011, contribuindo para o aumento da transparência e aprimoramento da governança pública, bem como permitindo maior participação social na gestão das políticas públicas.  Está inserida ainda no contexto da Estratégia de Governança Digital, de 2016, sendo uma parte importante do eixo Acesso à Informação e também aplicando a participação social.
Além disso, dentre os quatro objetivos que um governo deve buscar para ser considerado aberto, segundo a Declaração de Governo Aberto da OGP-Open Government Partnership, destacam-se a Transparência na gestão pública e o Aprimoramento na qualidade dos dados governamentais.
A Política de Dados Abertos do governo federal foi instituída em 2016 pelo Decreto nº 8.777 e, dentre os seus objetivos, destaca-se o de fomentar a pesquisa científica de base empírica sobre a gestão pública.
Assim sendo, visando facilitar o acesso a dados governamentais de forma a impulsionar pesquisas científicas que façam análises, a partir desses dados, sobre a efetividade de políticas públicas conduzidas pelo governo federal, o CNPq e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações desejam conhecer, por meio desta pesquisa, a relação de dados governamentais de interesse da comunidade científica.
Este trabalho integra o plano de ação do Comitê Gestor de Infraestrutura de Dados Abertos e os resultados serão publicados e disponibilizados nesta página a partir de janeiro de 2018.
DEFINIÇÕES
Bases de dados governamentais são conjuntos de dados mantidos por órgãos, fundações e empresas públicos dos 3 Poderes e demais entidades controladas direta ou indiretamente pelas 3 esferas de governo: federal, estadual e municipal, enquadrando-se, portanto, no escopo da Lei de Acesso a Informação - LAI, Lei nº 12.527/2011.
As bases abertas são, resumidamente, bases cujos dados (i) estejam em seu formato mais bruto possível, (ii) estejam em formato aberto, não proprietário, estável e de amplo uso, (iii) preservem ao máximo a estrutura original (iv) possuam um identificador único e persistente (v) tenham informações sobre seus dados e metadados, i.e., deve ser possível recuperar o significado dos dados. Definição extensiva pode ser encontrada em http://dados.gov.br/pagina/cartilha-publicacao-dados-abertos.

Cadeia de Blocos ‘Blockchain’ pode ser solução para Comunicação Científica

Relatório intitulado “Blockchain for Research” foi publicado recentemente abordando o potencial da cadeia de blocos para transformar a comunicação científica e a pesquisa em geral.
Ao descrever iniciativas importantes neste campo, destaca como a ‘cadeia de blocos’ –blockchain – pode tocar em muitos aspectos críticos da comunicação da ciência, incluindo transparência, confiança, reprodutibilidade e crédito. Além disso, blockchain poderia mudar o papel das editoras no futuro e desempenhar um papel importante na pesquisa além da comunicação científica. O relatório mostra que a tecnologia blockchain tem potencial para resolver alguns dos problemas mais importantes atualmente enfrentados tais como os custos, a abertura e a acessibilidade universal a informações científicas. A matéria apresentada a seguir baseou-se no referido Relatório e em outras fontes de informação sobre o tema.
Desafios da Comunicação Científica (Scholarly Communication)
A comunicação é uma parte essencial da pesquisa. Como um esforço verdadeiramente colaborativo, a pesquisa depende de uma troca efetiva de ideias, hipóteses, dados e resultados. Essa troca deve superar tanto barreiras de tempo quanto geográficas, permitindo que os pesquisadores colaborem com colegas localizados em diferentes partes do mundo e construam sobre o trabalho dos predecessores. Existe um consenso geral de que esta comunicação em sua forma atual traz sérios desafios. Hoje, a comunicação científica é percebida como uma série de fluxos de trabalho legados, paradigmas de publicação desatualizados e interesses comerciais que parecem ser diametralmente opostos aos interesses da ciência. Muitas vezes, a palavra “crise” é usada para transmitir a seriedade dos desafios que se reflete em níveis distintos e toca aspectos diferentes do processo de comunicação científica.
Os desafios na comunicação científica inspiraram muitas iniciativas, na tentativa de tornar a ciência mais aberta, transparente, rigorosa e eficaz. Nos últimos anos, testemunhamos uma miríade de esforços que foram iniciados por todos os players do setor, incluindo financiadores, universidades, editores, pesquisadores, bem como startups. Novas plataformas e revistas para publicação alternativa foram lançadas, métricas alternativas foram introduzidas, foram formados fóruns de discussão com o objetivo de trazer melhorias duradouras para a comunicação científica. Apesar do crescimento e da crescente institucionalização, e uma transição bem sucedida do modelo impresso para o digital, a comunicação científica ainda é caracterizada pelos mesmos processos e fluxos de trabalho, modelos, saídas e métricas, não obstante os problemas associados. No entanto, um número crescente de pessoas acredita que a tecnologia blockchain pode fornecer a tecnologia para alterar a comunicação científica de forma fundamental. A adoção da cadeia de blocos (blockchain) significa pensar a pesquisa de um modo diferente.
Atualmente, os pesquisadores usam diferentes e, em grande medida, sistemas desconectados em seu fluxo de trabalho de pesquisa. Por exemplo, planilhas ou software de laboratório são usados ​​para capturar os resultados de um experimento. Quando os resultados são coletados, um artigo é escrito usando um aplicativo de escrita local em uma ferramenta de escrita colaborativa baseada em nuvem. Este manuscrito é então enviado para um editor através de um sistema de submissão.
Após revisão e aceitação, o manuscrito é convertido em PDF e HTML e hospedado em uma plataforma editorial, de onde é baixado. O acesso a esta plataforma de editor é muitas vezes facilitado por bibliotecários. As citações são coletadas em bancos de dados de citações que são distribuídos por bibliotecários ou através de bancos de dados de acesso livre. Em uma ciência baseada em blocos, esse processo seria muito diferente.  Leia mais

04 dezembro 2017

Conheça cinco títulos de periódicos da área de Ciências Biológicas disponíveis no Portal de Periódicos

Conheça quatro títulos de periódicos da área de Ciências Biológicas disponíveis no Portal de Periódicos. A biblioteca virtual da CAPES oferece aos seus usuários acesso a conteúdos de todas as áreas do conhecimento, inclusive à área de Ciências Biológicas. A Biologia está dividida em vários campos especializados que abrangem morfologia, fisiologia, anatomia, comportamento, origem, evolução, processos vitais, relações entre os seres vivos, entre outras categorias.  Nas ferramentas de busca disponibilizadas pelo Portal, é possível encontrar opções para pesquisas relacionadas a todas as subdisciplinas de Ciências Biológicas. Nessa gama de conteúdos, os usuários encontram cinco importantes títulos: quatro da Canadian Science Publishing (NRC Research Press) e um da Federation of American Societies for Experimental Biology (FASEB). As revistas científicas podem ser localizadas em texto completo na opção Buscar periódico.  Conheça as publicações:

Biochemistry and Cell Biology

Publicado desde 1929, o título de periodicidade bimensal explora todos os aspectos da bioquímica geral e inclui cobertura atualizada de pesquisa experimental em biologia celular e molecular em eucariotas, bem como artigos de revisão sobre temas de interesse atual. Os volumes contemplam notas com contribuições de especialistas internacionais renomados. A publicação disponibiliza ainda edições especiais anuais dedicadas a expandir novas áreas de pesquisa em bioquímica e biologia celular.

Canadian Journal of Animal Science

O título trimestral, publicado desde 1957, contém novas pesquisas sobre todos os aspectos da agricultura animal e de produtos animais. O periódico também publica avaliações, cartas ao editor, resumos de trabalhos técnicos apresentados na reunião anual da Sociedade Canadense de Ciência Animal (Canadian Society of Animal Science) e, ocasionalmente, trabalhos de conferências.

Canadian Journal of Plant Science

Trata-se de uma publicação bimestral que comporta pesquisas sobre todos os aspectos da ciência das plantas relevantes para a agricultura climática continental, como produção e gestão de plantas, horticultura e manejo de pragas. O título inclui também artigos interdisciplinares, comentários, cartas ao editor, resumos de trabalhos técnicos apresentados nas reuniões das sociedades patrocinadoras e, ocasionalmente, trabalhos de conferências. É publicado desde 1957.

Canadian Journal of Soil Science

Lançada em 1957, a revista científica trimestral contém novas pesquisas sobre uso, gerenciamento, estrutura e desenvolvimento de solos. O periódico também publica comentários, cartas para o editor e, ocasionalmente, trabalhos de conferências. Edições ou seções especiais que incluam tópicos específicos relacionados à temática também são considerados.

The FASEB Journal

Editada pela Federation of American Societies for Experimental Biology (FASEB), a publicação está entre os periódicos de biologia mais citados do mundo, conforme o InCites Journal Citation Reports (setembro/2017). Por sua causa, a federação adquiriu a expertise que oferece a seus membros, já que o título foi lançado em 1987. Trata-se de uma revista científica da área de Ciências Biológicas que aborda todas as áreas de Ciências da Vida e publica artigos originais revisados por pares de diversos campos, assim como editoriais, revisões e novidades.

01 dezembro 2017

Networking: conexões que geram frutos

Investir na criação de uma rede de contatos é essencial para ampliar oportunidades de trabalho e parcerias em projetos de pesquisa


A maioria dos projetos de pesquisa hoje envolve pesquisadores de diferentes áreas e instituições, públicas ou privadas, em colaborações muitas vezes concebidas em conversas informais travadas nos intervalos de conferências, simpósios e workshops, ou via internet, por meio das redes sociais. Em muitos casos, os cientistas tomam conhecimento de novas oportunidades de trabalho ou são admitidos em laboratórios de universidades e empresas do Brasil ou do exterior por meio de indicações ou recomendação de outros pesquisadores com quem estabeleceram conexões. Investir na criação ou no aperfeiçoamento de uma boa rede de contatos é importante para ampliar oportunidades de trabalho e parcerias em projetos de pesquisa, contribuindo direta ou indiretamente para o desenvolvimento da carreira.
A construção de uma rede de contatos científicos pode ser feita de várias maneiras. Ao ler um estudo em uma revista de prestígio, o pesquisador pode tentar contato com os autores principais e trocar ideias sobre assuntos de interesse e possíveis colaborações. No entanto, eventos científicos costumam ser o ambiente ideal para esse tipo de atividade, permitindo aos pesquisadores apresentar seus trabalhos e ilustrar suas competências, interagir com outros cientistas e se atualizar sobre as discussões e novidades em sua área de atuação. Muitas vezes, essas interações podem resultar em colaborações científicas, cartas de recomendação, redação, revisão de artigos científicos, entre outros.
No caso de pesquisadores de mestrado e doutorado, participar de eventos maiores, com pesquisadores do Brasil e do exterior, pode ser a melhor estratégia. Durante as discussões informais é possível conhecer as dificuldades e falhas envolvendo os trabalhos dos colegas, ampliando as possibilidades de colaborações  e fortalecendo as conexões. “É importante usar esses encontros para deixar transparentes os interesses, fazer perguntas, trocar informações, criar novos contatos e, desse modo, construir ou reforçar sua reputação como um cientista colaborativo e interativo”, destaca o biólogo brasileiro Alysson Muotri, professor da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos. Ele recomenda que nessas situações o indivíduo saia da zona de conforto e supere a timidez, reunindo-se com pesquisadores que não conhece, conversando sobre seus trabalhos, procurando conexões com os estudos que esteja desenvolvendo. Leia mais

29 novembro 2017

Comitê de Boas Práticas da USP investirá em educação e prevenção

A Pró-reitoria de Pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) criou em setembro seu Comitê de Boas Práticas Científicas. O órgão, composto por cinco membros, vai se reunir uma vez por mês e tem um duplo objetivo: promover ações educativas no campo da integridade científica e ajudar a prevenir casos de má conduta. O foco inicial são alunos de iniciação científica e estagiários de pós-doutorado, dois públicos atendidos pela pró-reitoria. Entre as iniciativas do comitê, destacam-se o lançamento previsto para este ano de uma plataforma de cursos on-line sobre boas práticas, a organização regular de palestras e eventos e a divulgação de textos e documentos de referência no site da pró-reitoria. A percepção é de que há escassez de informações sobre integridade científica. “Existem má-fé e fraude, mas muitos desses problemas estão relacionados ao desconhecimento sobre boas práticas na pesquisa”, disse à Agência FAPESP o pró-reitor José Eduardo Krieger.

De acordo com Hamilton Varela, do Instituto de Química de São Carlos da USP e assessor da pró-reitoria, a disseminação das boas práticas exige uma mudança cultural. “Em uma universidade como a nossa, com quase 6 mil professores, precisamos de meios eficientes para auxiliar o trabalho das comissões de pesquisa. Em algumas unidades, há iniciativas maduras, mas em outras ainda não.” A oferta no site da pró-reitoria de documentos de referência e reportagens – entre os quais os mais de 150 textos publicados nesta seção de Pesquisa FAPESP desde 2011 – busca estimular a discussão em laboratórios e salas de aula. “É possível introduzir para os alunos temas relacionados à integridade científica utilizando esse material”, diz Varela.

A plataforma de cursos on-line terá produção própria e também deve usar vídeos e material didático de unidades e programas de pós-graduação da instituição. “Uma ideia é fornecer no site apostilas e exigir que alunos de iniciação científica façam provas on-line sobre aquele conteúdo como requisito para participarem de pesquisas”, conta Varela. Uma iniciativa experimental é o uso de um caderno de laboratório on-line, o SciNote, que guarda em uma nuvem computacional todas anotações sobre o andamento de um projeto. “A boa manutenção das anotações é essencial para acompanhar os resultados e garantir que eles possam ser reproduzidos por outros grupos.”

A criação do comitê é parte do programa da atual gestão da pró-reitoria e atende a uma demanda da FAPESP em seu Código de boas práticas, lançado em 2011, segundo o qual as instituições com projetos financiados pela Fundação devem dispor de órgãos encarregados de oferecer programas de treinamento e educação em integridade científica, além de estruturas voltadas para investigar e punir casos de má conduta. “A USP já dispunha de mecanismos para investigar denúncias, mas faltava organizar as ações de educação e prevenção”, afirma Varela.