02 maio 2019

Estudo revela como os docentes estão pesquisando e o que mais valorizam nas bibliotecas

Seria interessante saber como os docentes estão lidando com a descoberta e o acesso a informações, o gerenciamento de dados, disseminação de pesquisas? O que pensam sobre recursos educacionais abertos, análise de aprendizado e modelos de comunicação acadêmica? Como estão lidando com as habilidades de pesquisa dos alunos e que valor dão à biblioteca?
Estas e outras questões foram alvo do Inquérito Ithaka S+R aos Professores dos EUA, finalizado agora em abril de 2019. Esta matéria é uma tradução livre desse estudo. 
O Inquérito Ithaka S+R aos Professores dos EUA tem acompanhado as práticas de pesquisa, ensino e publicação dos membros do corpo docente do ensino superior dos Estados Unidos em uma base trienal desde 2000. O objetivo neste projeto é fornecer descobertas e análises acionáveis ​​para ajudar as faculdades e universidades também serviços de suporte relevantes, como bibliotecas acadêmicas, sociedades científicas e editoras acadêmicas, planejam o futuro.
O Ithaka S+R é parte da ITHAKA, uma organização sem fins lucrativos dos EUA cuja missão declarada é “ajudar a comunidade acadêmica a usar as tecnologias digitais para preservar o registro acadêmico e avançar na pesquisa e no ensino de maneiras sustentáveis”. Artstor, JSTOR e Pórtico também fazem parte da ITHAKA.
Neste sétimo ciclo trienal, pesquisamos uma amostra aleatória de professores nos Estados Unidos sobre tópicos de ciclos anteriores, incluindo descoberta e acesso a informações, gerenciamento de dados, disseminação de pesquisas, percepções das habilidades de pesquisa dos alunos e o valor da biblioteca. Também adicionamos novas perguntas sobre tópicos de interesse emergentes, incluindo recursos educacionais abertos, análise de aprendizado e modelos de comunicação acadêmica em desenvolvimento. Dados os níveis de resposta à pesquisa, os resultados podem ser analisados ​​por disciplina, tipo de instituição e outras características demográficas importantes. As principais conclusões abaixo destacam muitos dos resultados mais notáveis ​​da pesquisa do corpo docente de 2018 dos EUA.   Leia mais.  Fonte: SIBiUSP - 2/5/2019

Iniciativas defendem o acesso aberto à publicação acadêmica


O acesso a 80% dos artigos científicos publicados atualmente no mundo é dificultado pelo chamado paywall, sistema usado pelas grandes editoras para restringir o conteúdo de suas revistas aos assinantes.
Há, no entanto, um movimento pelo acesso aberto universal ao conhecimento científico que tem se fortalecido nos últimos anos e diversas iniciativas, com diferentes abordagens, têm surgido.
Representantes de cinco importantes iniciativas que visam revolucionar o sistema de publicação acadêmica estiveram reunidos em São Paulo, no dia 1º de maio de 2019, para trocar experiências e alinhar estratégias. O encontro ocorreu paralelamente à 8ª Reunião Anual do Global Research Council (GRC), organização que reúne as principais agências de fomento à pesquisa do mundo.
“Todos compartilhamos os mesmos princípios. Entendemos que o conhecimento científico é um bem comum, pois foi financiado com dinheiro público. Portanto, o acesso a esse conteúdo deve ser um direito”, disse Marc Schiltz, presidente da Science Europe, prganização que congrega diversas instituições europeias que financiam e realizam pesquisa.
O objetivo comum do grupo, segundo Schiltz, é alcançar o acesso aberto universal e imediato às publicações acadêmicas, ou seja, sem período de embargo. Outro princípio defendido é que o conhecimento publicado tenha licença aberta, podendo ser reutilizado por outras pessoas sem pagamento de royalties. “A reunião do GRC é uma excelente oportunidade de encontrar financiadores de diversos países e de promover a nossa agenda”, disse.
Na abertura do workshop, o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, afirmou que a Fundação tem se preocupado com o tema desde pelo menos 1997, quando teve início o projeto Scientific Electronic Library Online (SciELO). “Não ousaria dizer que inventamos o conceito de acesso aberto, mas fazemos parte desse movimento desde seus primeiros dias”, disse.  
Leia mais.  Fonte: Agência FAPESP - 1/5/2019

15 dúvidas mais frequentes no preenchimento do currículo Lattes


O preenchimento do currículo Lattes sempre gera muitas dúvidas.
E muitas vezes é preciso muita paciência e tempo para achar onde encaixar a informação que queremos. Pensando nisso, reunimos aqui as dúvidas de preenchimento mais comuns.

1) Fui aluno especial de disciplina de mestrado, onde colocar?
Não há um campo próprio para aluno especial.
Você pode inserir no campo de formação complementar ou em outras informações relevantes.
2) Como coloco o Orcid no Lattes?
Não coloca mais. Esse campo foi desativado pois, por ser um campo aberto, ocasionava o preenchimento incorreto do mesmo. Além disso, existem algumas negociações entre a ORCID e o CNPq em andamento visando uma futura integração de dados. Ou seja, não apenas a inserção do ID, mas a integração das bases. Então por enquanto essa funcionalidade não está em uso no currículo lattes.
3) Fui responsável por disciplina ministrada no curso de graduação e/ou pós-graduação, onde insiro?
Você pode mencionar as aulas em Atuação> Atuação profissional.
No tipo de vínculo você coloca outros e vai abrir campo para que você escreva qual foi.
No enquadramento funcional você preenche de acordo com o que a instituição chama essa atividade.
Por exemplo: Responsável pela disciplina, professor, docência, etc.
E em outras informações você pode descrever as atividades desenvolvidas e/ou outras informações que possam ser relevantes em uma seleção de currículos.
4) Onde cadastrar os projetos relacionados às teses de doutorado?
Você pode cadastrar e detalhar  na aba Projetos > Projetos de pesquisa. Você também pode colocar em Atuação Profissional.  Leia mais.   Fonte: Pós-graduando

Preprint: conheça a revolução das publicações científicas




30 abril 2019

Palestra sobre a Política para Acesso Aberto da Fapesp esclareceu pontos importantes para os pesquisadores


Palestra sobre a “Política para Acesso Aberto às Publicações Resultantes de Auxílios e Bolsas FAPESP” proferida pelo Prof. Dr. Carlos Henrique Brito Jr., Diretor Científico da FAPESP, dia 15 de abril de 2019, reuniu docentes, funcionários e os Pró-Reitores da Universidade de São Paulo.
A FAPESP lançou em 21 de março de 2019 sua política para acesso aberto a publicações científicas. Autores de artigos que resultem, total ou parcialmente, de projetos e bolsas financiados pela Fundação deverão divulgá-los em periódicos que permitam o arquivamento de uma cópia do trabalho em um repositório público, onde possa ser consultado na web por qualquer pessoa. Confira o texto na íntegra em: http://www.fapesp.br/12632
O Prof. Brito iniciou sua fala abordando a importância da Comunicação Científica, uma das bases para o avanço do conhecimento. O acesso mais abrangente possível aos resultados da pesquisa científica contribui decisivamente para o desenvolvimento social, econômico e cultural das nações. 
Destacou que os autores têm total liberdade para escolher a revista onde desejam publicar seus artigos, desde que se possa depositar uma cópia da versão final do artigo em um repositório. Ressaltou que a Fapesp não vai interferir na escolha dos autores.
O depósito da cópia da produção científica, que pode ser post-print (versão aprovada pelo editor) ou o próprio arquivo pdf do artigo, deverá ser feito assim que o paper for aprovado para publicação ou em prazos compatíveis com as restrições de cada revista – algumas delas impõem períodos de embargo entre seis meses e um ano. As normas adotadas por editoras ou sociedades científicas em relação ao acesso aberto de artigos de suas publicações podem ser consultadas on-line por meio do website Sherpa Romeo: http://sherpa.mimas.ac.uk/romeo/index.php?la=pt.   
Leia mais.   Fonte: SIBiUSP 

29 abril 2019

Pró-Reitoria de Pesquisa lança guia para incrementar pós-doutorado


Visando a incentivar os pesquisadores da Universidade e de outras instituições de ensino superior no processo de ingresso no pós-doutorado, a Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) lançou o, Guia para o Programa de Pós-Doutorado da USP que está sendo distribuído, de forma on-line, para toda 
a Universidade.
O pós-doutorado na USP é um programa realizado por portadores de título de doutor com o objetivo de melhorar o nível de excelência científica e tecnológica da Universidade. A inscrição deve ser feita na comissão de pesquisa da unidade de ensino e pesquisa, institutos, museus ou órgãos nos quais o trabalho será desenvolvido.
No guia, os candidatos têm informações sobre os benefícios do programa, como participar, quais são os requisitos para a conclusão do programa e como ser um dos beneficiários das bolsas concedidas pelas agências de fomento à pesquisa.
Atualmente, a Universidade possui cerca de 2.300 pós-doutorandos cadastrados. “Com essa iniciativa, queremos atrair talentos da USP e de fora dela de forma a fortalecer nosso programa e ampliar pesquisas. Somos uma universidade de pesquisa e desempenhamos um papel crucial na produção do conhecimento”, afirma o pró-reitor de Pesquisa, Sylvio Roberto Accioly Canuto.  
Leia mais.     Fonte: Jornal da USP - 29/4/2019

              5 Fatores essenciais para o compartilhamento de dados

Leia na íntegra     Fonte: Springer Nature

26 abril 2019

Para gerenciar seu tempo

Para muita gente, principalmente estudantes de pós-graduação, o tempo é um inimigo. Corre-se contra o relógio para terminar as tarefas e cumprir os prazos. A Técnica Pomodoro, criada por Francesco Cirillo nos anos 80, ensina você a trabalhar com o tempo, em vez de lutar contra isso.


Exposição 100% digital mescla luzes e redes sociais a partir deste sábado


Museum of Me – Um mergulho em sua alma digital é a mais nova mostra de arte que chega na paulista neste sábado (26). Com foco 100% digital a mostra audiovisual é formada por imagens compartilhadas pelos usuários em suas redes sociais e projetadas em dezenas de displays de LCD instalados em uma combinação de cores, textos e imagens. A experiência será exibida no Edifício Banco do Brasil, localizado na Avenida Paulista nº 1230 até 20 de maio com entrada gratuita.
Os visitantes entrarão em uma sala escura e silenciosa. Primeiro, perceberão sons, imagens e outras luzes em sua visão periférica. Progressivamente, são despertados em uma explosão exuberante de cores e sons. Os padrões e as fotos se combinam para fazer uma colagem caleidoscópica abstrata. Então, surgem palavras: hashtags e legendas que correspondem às fotografias compartilhadas – grandes, pequenas, de cabeça para baixo e de lado.
São palavras familiares, registradas pelo próprio usuário nas redes sociais. As fotos se tornam gradativamente mais reconhecíveis e começam a ser descritas em legendas. O computador passar a ler e processar suas memórias, em imagens, palavras e gráficos. Quando acaba e todas as telas se apagam, deixando apenas o som de uma respiração rápida e ansiosa, fica a sensação de que poderia ter sido um sonho. A exposição fica aberta até 20 de maio de segunda a sexta, das 10h às 20h, aos sábados, domingos e feriados das 10h às 18h.

24 abril 2019

Produção científica da Embrapa é a maior entre as instituições não acadêmicas do País

Entre os anos de 2003 e 2017, os pesquisadores da Embrapa produziram 16.493 artigos científicos, colocando a Empresa entre as dez primeiras instituições brasileiras com o maior nível de produtividade acadêmica no País e a primeira entre as instituições de pesquisa não acadêmicas. Os dados são do Balanço Social 2018, estudo anual realizado pela Empresa que aponta o seu retorno social para a sociedade
 e que será divulgado no próximo dia 24 de abril, durante a solenidade do seu 46º aniversário, em Brasília-DF. O Balanço também vai revelar que o lucro social apurado no ano passado foi de R$ 43,52 bilhões, gerado a partir do impacto econômico no setor agropecuário; 
e para cada real aplicado pelo Governo na Embrapa gerou R$ 12,16 para a sociedade brasileira.
O ranking de produção científica foi realizado a partir de uma busca na base de dados Web of Science (WoS) de todos os tipos de documentos cujos autores declararam afiliações no Brasil e que foram publicados nesse período. Desta maneira, foram reunidos quase 500 mil artigos e, entre os resultados, identificou-se que a Embrapa ocupa o 8º lugar entre todas as instituições que mais publicaram nesses últimos 15 anos. As sete primeiras instituições são universidades públicas, como Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), entre outras.
No entanto, quando consideradas organizações não universitárias, a Empresa ocupa o primeiro lugar, ficando à frente de outras instituições como, por exemplo, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e até mesmo importantes universidades.  Leia mais.   Fonte: Embrapa

23 abril 2019


Comunidade acadêmica tem acesso a 14 títulos da American Society for Microbiology


As ciências da vida compreendem disciplinas que envolvem o estudo dos organismos vivos, como plantas, animais e seres humanos, além de questões correlacionadas, como bioética. Embora a biologia seja o tópico fundamental da área, os avanços tecnológicos – principalmente na biologia molecular e na biotecnologia – têm proporcionado uma série de especializações e novos campos interdisciplinares que afetam a vida de milhares de pessoas pelo mundo.
O Portal de Periódicos da CAPES oferece aos usuários ligados ao campo uma ampla variedade de conteúdos para pesquisa, como a plataforma da Sociedade Americana de Microbiologia (American Society for Microbiology – ASM). Criada em 1899, a ASM é a mais antiga sociedade americana dedicada a área de ciências da vida. Seus títulos cobrem o segmento de microbiologia, desde a biologia molecular e celular até a pesquisa em biomédica e tecnologia.
O conteúdo da ASM, entre outros objetivos, apoia esse tipo de avanço. A missão dos periódicos, segundo o editor, “é fazer avançar as ciências microbiológicas, divulgando os resultados das pesquisas fundamentais e aplicadas”. Os títulos publicam pesquisas de alta qualidade rigorosamente revisadas por especialistas de renome mundial. “Os artigos publicados recebem atenção da mídia internacional e foram apresentados em veículos como New York Times, Science Magazine, Los Angeles Times, CNN, National Public Radio, CNBC e em dezenas de outros meios de comunicação”, destaca o editor em seu site.  Leia mais.   Fonte: Portal de Periódicos da CAPES  

Acesso Aberto @USP


Certifique-se de atender aos requisitos de acesso aberto da USP e de financiadores para todos os resultados de sua pesquisa. Utilize as seções abaixo para obter informações sobre os benefícios do acesso aberto, políticas relevantes, suas opções e o suporte da Biblioteca.
    O Acesso Aberto é um movimento mundial e refere-se à disponibilidade e acesso gratuito por qualquer pessoa aos resultados de pesquisas científicas. Esse acesso é disponibilizado por meio do site do editor da publicação ou através de depósito em um repositório institucional ou temático.
      Embora a Universidade de São Paulo sempre tenha promovido o acesso aberto ao conhecimento e aos resultados de suas pesquisas, foi há cerca de dez anos que o movimento do Acesso Aberto iniciou-se na Universidade. Saiba mais sobre a Política de Informação e o Repositório da Produção USP.
    A Portaria CTA nº 01/2019 da Fapesp institui a “Política para Acesso Aberto às Publicações Resultantes de Auxílios e Bolsas FAPESP”.     
       Antes de enviar sua publicação para um periódico, descubra quais são suas opções para o acesso aberto e se essas opções estão em conformidade com as políticas de seu financiador e de sua instituição. Como alternativa, você pode entrar em contato com a Biblioteca da sua Unidade para receber orientações específicas.
    Saiba mais sobre os procedimentos de envio das suas publicações para a Biblioteca da sua  Unidade, para depósito na BDPI e sobre a Biblioteca Digital da Produção Intelectual da USP.
Fonte: SIBiUSP - 22/4/2019

22 abril 2019


Domínio ".br" completa 30 anos de existência

Operado pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), o ".br" vem operando há três décadas e firmou-se como um do maiores ccTLD (country-code Top Level Domain) do mundo. São mais de 4 milhões de nomes registrados nele e que englobam uma vasta variedade de sites de diversas áreas. Vale lembrar que o ccTLD significa domínio nacional de nível superior, sendo um domínio reservado para ser usado por países.
O nascimento do ".br" ocorreu em de 18 de abril de 1989, quando Jon Postel, cientista de computação que contribuiu de forma grandiosa para o desenvolvimento da internet, era responsável pela atribuição de ccTLDs e delegou o ".br" ao grupo que operava redes acadêmicas na Fapesp. 
Um detalhe interessante é que, dessa forma, o ".br" marcou a presença no Brasil antes mesmo da conexão à internet estar estabelecida no país. Foi somente em 1991, quando o acesso à internet já estava estabelecida por aqui, que foram apresentados subdomínios como o "gov.br", "com.br", "net.br", "org.br" e "mil.br". Até agora, eles são usados em larga escala e são destinados, respectivamente, ao Governo, empresas, organizações sem fins de lucro e as forças armadas.
Pouco a pouco a internet mostrava ao mundo todo o seu potencial e, com o início da fase comercial dela, o nosso ".br" também começou a crescer rapidamente. De 851 domínios existentes no início dessa fase, a quantidade de “.br” registrados já alcançava mais de 7.500 no final de 1996. Com a automatização do processo do registro, o número passou a subir freneticamente, atingindo a marca de 1 milhão de domínios em 2006.
Atualmente com mais de 4 milhões de nomes registrados, o domínio brasileiro situa-se entre um dos maiores ccTLDs do mundo, em sétimo lugar, ficando na frente de outros grandes nomes como “.eu” (União Europeia, em oitavo), “.fr” (França, em nono) e “.it” (Itália, em décimo). Além disso, com a criação de novos subdomínios, pôde ser observada a aparição de mais de 120 opções. 
De acordo com a pesquisa TIC Empresas 2017, do CGI.br, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação do NIC.br, temos ainda a informação de que, no Brasil, 92% das empresas que possuem website usam o domínio ".br".  
Assista ao vídeo.  Fonte: MSN Brasil



18 abril 2019

Por que autores procuram revistas predatórias?

O que leva um autor a publicar um artigo em uma revista predatória, aquele tipo de periódico que faz avaliação frouxa da qualidade dos papers e parece mais interessado em arrecadar dinheiro do que em manter boa reputação? Em busca de respostas, a pesquisadora Tove Faber Frandsen, especialista em ciência da informação da Universidade do Sul da Dinamarca, analisou um conjunto de trabalhos científicos acerca do problema.
Em um artigo de revisão publicado em janeiro na revista Learned Publishing, ela mostra que existem dois tipos de autores que recorrem a esse tipo de revista. De um lado, há pesquisadores mal informados, em geral em início de carreira, que são atraídos pela facilidade em publicar nesses títulos, sem necessariamente se dar conta de que suas práticas são antiéticas. De outro, há os mal-intencionados, que conhecem a natureza desses periódicos e buscam inflar artificialmente sua produção acadêmica, frequentemente para obter promoções na carreira. Segundo Frandsen, autores antiéticos costumam alegar falta de atenção para justificar suas escolhas. “Mas o fato é que eles procuram ativamente um jeito de publicar artigos com menos barreiras”, disse. A pesquisadora contesta o uso do adjetivo “predatório” no caso dos mal-intencionados, porque não existiria uma vítima enganada ou capturada: há autores que sabem o que estão fazendo e buscam tirar benefícios da prática.
Embora muitas revistas predatórias sejam editadas em países como Índia e Nigéria, o uso dessas publicações não se restringe a nações em desenvolvimento. Frandsen menciona um estudo feito em 2017 por pesquisadores da Universidade de Ottawa, no Canadá, segundo o qual um número significativo de papers publicados em revistas predatórias da área biomédica tinham autores de países desenvolvidos, inclusive alguns afiliados a universidades de alto nível. Da mesma forma, cita levantamento realizado por duas emissoras públicas de televisão da Alemanha que identificou 5 mil pesquisadores do país publicando em revistas predatórias.
“Pelo menos duas abordagens diferentes para o problema são necessárias”, escreveu. Para os mal informados, as estratégias adequadas envolvem oferecer mentoria, a fim de que eles possam usar ferramentas disponíveis para avaliar a qualidade de periódicos científicos, e treinamento para que sejam capazes de atender às expectativas de revistas de alta qualidade. Já para o grupo dos mal-intencionados, a recomendação é revogar políticas de progressão na carreira baseadas na quantidade de artigos publicados e punir quem utiliza de propósito periódicos predatórios.  
Fonte: Pesquisa FAPESP - abril 2019

17 abril 2019

Detectores de plágio

Em artigo publicado no periódico Nature, Debora Weber-Wulff, professora da Universidade de Ciências Aplicadas de Berlim, analisa os softwares que detectam plágio existente no mercado. "Acadêmicos e editores precisam parar de fingir que o software sempre pega texto reciclado e começa a ler com mais cuidado, há uma crença errônea de que eles documentam devidamente todos os casos. Eu tenho testado o software de detecção de plágio nos últimos 15 anos. Os resultados costumam ser difíceis de interpretar, difíceis de navegar e, às vezes, errados"., diz Debora Weber-Wulff. Acesse aqui artigo na integra: https://go.nature.com/2FHh0Ht