07 janeiro 2021
Excelência e relacionamento com a sociedade norteiam ações da gestão em 2020
06 janeiro 2021
O labirinto do Plano S
Em vigor a
partir de 1º de janeiro, iniciativa de acesso aberto reduz ambições e enfrenta
incertezas sobre seu alcance
Responsável pelo plano, o consórcio cOAlition S desistiu de banir modelos de negócio tradicionais de periódicos, como a venda de assinaturas ou a cobrança de taxas extras para divulgação de artigos na internet. No escopo original do plano, apenas revistas integralmente de acesso aberto, aquelas que disponibilizam todo o seu conteúdo livremente, poderiam ser adotadas por autores financiados pelas agências signatárias – e se cogitou até mesmo patrocinar a criação de novos periódicos com esse modelo (ver Pesquisa FAPESP nº 276).
Pesquisadores se queixaram de que o plano limitaria sua liberdade de escolher onde publicar. Também houve uma intensa resistência de editoras e sociedades científicas, receosas de perder receitas. Sob pressão, os organizadores do plano transferiram a sua implementação de 2020 para 2021 e suspenderam temporariamente uma série de restrições. O cOAlition S anunciou que seguiria permitida a publicação em qualquer modelo de periódico, até mesmo os de acesso restrito para assinantes, desde que a revista garanta a divulgação de uma cópia revisada do trabalho em algum repositório de acesso aberto logo após a publicação, onde possa ser consultada sem restrições. Mas a flexibilização só vai beneficiar periódicos que celebrem os chamados “acordos de transformação”, por meio dos quais se comprometem a ampliar progressivamente suas atividades em acesso aberto até alcançar 100% dos artigos em 2024. Em troca, ficam autorizados a manter o modelo antigo nos próximos quatro anos, podendo assim receber dinheiro das agências públicas para custear a publicação de artigos em acesso aberto. Veja mais. Fonte: Pesquisa FAPESP - jan. 2021
Inteligência artificial na revisão por pares
Software aponta possíveis conflitos de interesse envolvendo autores de artigos e pesquisadores que avaliam sua qualidade
O Committee on Publication Ethics (Cope), fórum que discute temas relacionados à integridade na ciência, define conflito de interesses como uma situação em que pesquisadores ou instituições científicas têm interesses que concorrem entre si, de caráter profissional ou econômico, de modo que tomar partido de um deles pode comprometer a imparcialidade de suas decisões. A existência de um conflito de interesses, observa o Cope, não é determinante para a ocorrência de má conduta: a despeito de tais circunstâncias, um estudo pode perfeitamente ter resultados válidos e fidedignos. Mas, quando isso acontece, é obrigatório lidar com o problema de forma transparente. Por isso, exige-se que pesquisadores assinem declarações de conflitos de interesse sempre que apresentar um projeto ou publicar um artigo. Fica a cargo do avaliador do projeto ou do leitor do paper ponderar os resultados tendo em mente os interesses envolvidos. Veja mais.
Ciência de impacto
Lista de pesquisadores com trabalhos altamente citados contém mais brasileiros em 2020
Cresceu o número de pesquisadores brasileiros entre os mais
citados do mundo. Foram 19 em 2020, quatro a mais que no ano anterior,
destacando-se em áreas como epidemiologia e saúde pública. Os dados constam de
um levantamento divulgado em novembro pelo Institute for Scientific Information
(ISI), serviço de bases bibliométricas da Clarivate Analytics. Todos os anos a
empresa lista os cientistas responsáveis por 1% dos artigos mais citados em 21
áreas do conhecimento. O relatório de 2020 se baseou em trabalhos publicados em
periódicos indexados na Web of Science (WoS) entre janeiro de 2009 e dezembro de
2019, e nas citações que receberam no período. Ao todo, 6.389 pesquisadores
figuram na relação.
Veja mais.
Pesquisadores com filhos querem incluir esse dado na Plataforma Lattes
O projeto Parent in Science, que
luta por equidade para pesquisadores e pesquisadoras com filhos, lançou
campanha para reivindicar a inclusão de um campo na Plataforma Lattes, para que
se possa indicar a condição de maternidade e paternidade. Mantida pelo Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a plataforma é o
sistema oficial do Brasil para cadastro de cientistas das diversas áreas do
conhecimento.
Como representa, basicamente, o cartão de
visita dos cientistas no mundo acadêmico e profissional, a campanha tem por
objetivo melhorar a avaliação que seus pares fazem sobre seu trabalho. Isso se
explica porque muitos deles acabam tendo dificuldades para conciliar os
cuidados dos filhos com o desenvolvimento das pesquisas. Em alguns casos,
chegam a interromper totalmente a carreira durante certo período.
De acordo com o projeto, a chegada dos
filhos pode causar impacto significativo na produção dos pesquisadores,
especialmente das mulheres. A desaceleração na elaboração de artigos pode durar
até quatro anos, o que, consequentemente, acaba afetando seu currículo e
gerando desvantagem em relação a colegas.
Assim, com a possibilidade de sinalizar a
parentalidade no Currículo Lattes, recrutadores, universidades e agências de
fomento à pesquisa poderão compreender o por quê da queda em sua produção.
“Várias agências de fomento e instituições
de ensino e pesquisa já utilizam essa informação em editais de financiamento,
processos seletivos, avaliação de progressão funcional e cadastro de docentes
orientadores nos PPGs [programas de pós-graduação], ampliando o período de
análise do currículo das cientistas mães”, argumentam representantes do
projeto, em postagem no Facebook.
Em 2019, o Parent in Science apresentou um
pedido formal ao CNPq, mas, até o momento, não foi atendido. A Agência
Brasil perguntou ao CNPq se a medida será concretizada e aguarda
retorno. Fonte: Jornal da Ciência - 06/01/21
Relatório conecta pesquisas aos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU
3) Urgência de autoridade, pois o conjunto global de pesquisas continua a crescer e especialistas revelam a necessidade de uma liderança forte e eficaz para defender as metas dos ODS. Para mais detalhes sobre o relatório, acesse esta página ou clique aqui.
05 janeiro 2021
Grupo da USP cria mensagens de áudio para combater informações falsas sobre vacinas
Objetivo do material produzido pela União Pró-Vacina é que as pessoas compartilhem os áudios pelo WhatsApp para fazer frente às fake news que circulam em redes familiares