A parceria foi firmada nesta quinta-feira, 14 de dezembro, com o Ministério do Planejamento
Com 5 milhões de currículos cadastrados, a Plataforma Lattes se tornou um padrão nacional no registro da vida pregressa e atual dos estudantes e pesquisadores do País. Criada e administrada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ela é, hoje, adotada pela maioria das instituições de fomento, universidades e institutos de pesquisa do País.
A partir de parceria firmada nesta quinta-feira, 14, com o Ministério do Planejamento, a Plataforma passará a ser a base de informações para um ‘Banco de Talentos’ de servidores públicos. A iniciativa, segundo o Secretário de Gestão de Pessoas do Ministério, Augusto Akira Chiba, irá suprir uma carência de ferramentas que disponibilizem informações sobre as capacitações e qualificações dos servidores públicos para, por exemplo, ajudar na escolha de candidatos a vagas nos órgãos públicos. “É uma ação que visa à profissionalização da gestão pública, aliada a um trabalho de dimensionamento da força de trabalho que também vamos iniciar”, anunciou Akira.
Para o presidente do CNPq, Mario Neto Borges, essa parceria agrega um importante valor à Plataforma, já tão bem reconhecida no mundo acadêmico. “Além disso, é uma iniciativa inovadora do governo federal, o que vem ao encontro da missão do CNPq, que é promover não só a ciência, mas também a inovação”, afirmou.
O acordo de parceria foi assinado em Brasília, com a presença dos diretos do CNPq, Adriana Tonini, José Ricardo Santana e Cláudio Lima, além de representantes do Ministério do Planejamento.
A Plataforma
Por sua riqueza de informações e sua crescente confiabilidade e abrangência, a Plataforma Lattes se tornou elemento indispensável e compulsório à análise de mérito e competência dos pleitos de financiamentos na área de ciência e tecnologia.
Lançada em agosto de 1999, pelo CNPq, ela vem aumentando sua abrangência, sendo utilizado pelas principais universidades, institutos, centros de pesquisa e fundações de amparo à pesquisa dos estados como instrumento para a avaliação de pesquisadores, professores e alunos.
No final do ano de 2002, e após o desenvolvimento de uma versão em língua espanhola do Currículo Lattes, o CNPq, juntamente com a Bireme/OPAS, cria a rede ScienTI. Essa rede, formada por Organizações Nacionais de Ciência e Tecnologia e outros Organismos Internacionais, teria o objetivo de promover a padronização e a troca de informação, conhecimento e experiências entre os participantes na atividade de apoio a gestão da área científica e tecnológica em seus respectivos países. Como forma de incentivar a criação das bases nacionais de currículos, o CNPq passou a licenciar gratuitamente o software e fornecer consultoria técnica para a implantação do Currículo Lattes nos países da América Latina. Assim, o Currículo Lattes foi implantado em países como Colômbia, Equador, Chile, Perú, Argentina, além de Portugal, Moçambique e outros que se encontram em processo de implantação.
Em julho de 2005, a Presidência do CNPq cria a Comissão para Avaliação do Lattes, composta por pesquisadores de diversas áreas do conhecimento, com o objetivo de avaliar, reformular e aprimorar a Plataforma Lattes, corrigindo possíveis desvios e promovendo o aperfeiçoamento da ferramenta.