12 julho 2018

“Fake news”: termo é um novo jeito de chamar velhos problemas

Artigo do jornalista e professor Caio Túlio Costa ressalta que boatos e mentiras sempre existiram nas mídias tradicionais

Dossiê Pós-Verdade e Jornalismo é composto por artigos de jornalistas renomados, especialistas no tema proposto pela atual publicação do número 116 da Revista USP. O editor da revista, Francisco Costa, apresenta um questão polêmica dos dias de hoje: a pós-verdade, “eleita em 2016, pela Universidade de Oxford, como a ‘palavra do ano’”. Mas o que é a pós-verdade?”, indaga Costa. Os que são as fake news? Ao investigar o conceito das palavras, Costa nos conta que o professor e jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva afirma que fake news são “’notícias fraudulentas, ou seja, aquelas notícias publicadas com intenção de dolo, de modo baixo e trapaceiro”. É como um mal que se alastra apoiado pelas redes sociais de maior alcance atualmente: o Facebook e o Google.
No artigo aqui enfocado, “Verdades e mentiras no ecossistema digital”, Caio Túlio Costa, a partir de exemplos retirados do Facebook e do Google, questiona e analisa formas de garantir o acesso de todos à informação e à diversidade de opiniões e de como manter e incentivar o pluralismo das fontes, sem incorrer no risco das fake news. O artigo aborda a qualidade do atual uso irrestrito de acesso à informação. Informações improcedentes, boatos e mentiras sempre existiram, não é fato novo, mas preocupa “os profissionais da imprensa tradicional, como se o jornalismo nunca tivesse deparado com notícias falsas, plantadas por terceiros nos meios tradicionais de comunicação […] como se nunca houvesse existido a imprensa marrom”.  Leia mais