Durante a pandemia, o Ministério da Saúde recomendou que os cidadãos utilizem máscaras caseiras, feitas de tecido. No Estado de São Paulo, é obrigatório o uso de máscaras para circulação em espaços públicos, segundo medida publicada no Diário Oficial do Estado na última terça-feira (5). Como explica o professor Valdes Roberto Bollela, do Departamento de Clínica Médica da Divisão de Moléstias Infecciosas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, quando o cidadão utiliza a máscara, ele está protegendo o ambiente contra gotículas que podem ser expelidas por tosse, espirro ou pela fala.
Com a procura por máscaras caseiras, a confecção tem variado de modelo e tecido. Na hora de comprar, o cidadão deve optar por aquela que cobre integralmente a boca e o nariz e que venha armazenada em um saco plástico para evitar sujidade. É preciso realizar periodicamente a limpeza da máscara com água e sabão, como indica o professor: “Nos locais onde as máscaras estão sendo exigidas, se você for fazer compra no supermercado, se for entrar num transporte coletivo, é importante você estar usando a sua máscara e, quando chegar em casa, você retira a máscara e faz a lavagem com água e sabão e deixa secar. Seria bom, nesse sentido, ter pelo menos duas para você poder trocar ao longo do dia e de um dia para o outro”.
Para o professor Bollela, mais importante do que a utilização da máscara, é realizar a higiene constante das mãos e manter distância de pelo menos um metro e meio de outra pessoa, optando, sempre que possível, por permanecer em isolamento social: “É fundamental que as pessoas, se não tiverem razão para sair de casa, que permaneçam em casa. Se a pessoa estiver com sintomas leves, como uma dor de garganta, um pouco de tosse, na maior parte das vezes, esse quadro pode ser um resfriado. Mas pode ser infecção pelo coronavírus, neste caso, ele será autolimitado, ou seja, ele vai curar sozinho, e a pessoa em 14 dias não transmite mais e já vai estar de certa forma protegida contra a infecção pelo vírus. Então, nesses casos de pessoas com sintomas, o melhor é permanecer em domicílio. Caso tenha falta de ar, febre persistente, tem que procurar atendimento médico”. Fonte: Jornal da USP - 11/05/20