11 fevereiro 2021

Como nasceu a avaliação multidimensional

A maior reestruturação do modelo de avaliação dos PPGs foi gestada há quatro anos. Segundo a revista Pesquisa Fapesp, quando saíram os resultados da quadrienal 2013-2016 a direção da Capes encomendou ao conselho tecnocientífico da instituição um estudo sobre aspectos do sistema que mereceriam ser aprimorados. “Depois de uma consulta a especialistas e organizações vinculadas à pós-graduação, duas sugestões principais emergiram: a importância de que as universidades fizessem uma autoavaliação de seus programas, declarando o que esperavam deles e se a expectativa se cumpriu, e a adoção de métricas sensíveis a diferentes propósitos que os cursos de pós-graduação podem ter além de fazer pesquisa de qualidade, como auxiliar o desenvolvimento regional e interagir com o setor produtivo.”
Em 2018, a Capes enviou uma comissão técnica à Europa para conhecer o U-Multirank, ferramenta de avaliação de universidades que parecia atender aos anseios de mudança no modelo brasileiro.
O U-Multirank analisa cinco indicadores: ensino e aprendizagem, pesquisa, transferência de conhecimento, orientação internacional e engajamento regional. O resultado é exibido em um diagrama com cinco cores, uma para cada dimensão. As cores têm tonalidades diferentes de acordo com a performance, o que ajuda a visualizar os pontos fortes e fracos da instituição.
A ferramenta foi desenvolvida em 2014 pelo Centro de Educação Superior em Gütersloh, na Alemanha, e pelo Centro de Estudos sobre Políticas em Educação Superior da Universidade de Twente, na Holanda. Até 2019, era utilizado por universidades de 96 países, incluindo o Brasil, por meio das três universidades estaduais paulistas USP, Unicamp e Unesp.
Embora inspirada no U-Multirank, o novo modelo tem uma metodologia diferente, adequada aos propósitos da avaliação da Capes.    Fonte: Desafios da Educação - 09/02/21