Taxas de milhares de dólares são fora da realidade de países em
desenvolvimento
Memes satíricos encheram as redes sociais de cientistas do mundo
todo quando, em janeiro deste ano, o periódico especializado Nature
Neuroscience decidiu fazer um editorial destacando sua recente política para
publicação de artigos de acesso aberto -ou seja, que podem ser lidos por
qualquer pessoa que disponha de conexão de internet, sem necessidade de uma
assinatura.
"Essa transição reflete nosso comprometimento com a ciência aberta e a forte demanda da comunidade científica", declarou a revista. O preço da mudança: US$ 11,39 mil (ou mais de R$ 60 mil) por artigo, valor pago pelos próprios cientistas que querem publicar a pesquisa.
Apesar do bafafá online há poucas semanas, a política, na verdade, tem sido implementada desde o começo de 2021 nas principais revistas do grupo Springer Nature, uma das mais importantes editoras de periódicos científicos em nível global (o de maior prestígio é a britânica Nature).
Embora a Springer Nature argumente que o valor se justifica pelos serviços oferecidos pelas publicações aos cientistas e pela alta competição por espaço em suas páginas, pesquisadores dizem que a taxa está fora da realidade para países em desenvolvimento, como o Brasil. Além disso, criaria barreiras para a livre divulgação de resultados de pesquisa justamente quando esse seria um dos objetivos do modelo de acesso aberto. Saiba mais.
"Essa transição reflete nosso comprometimento com a ciência aberta e a forte demanda da comunidade científica", declarou a revista. O preço da mudança: US$ 11,39 mil (ou mais de R$ 60 mil) por artigo, valor pago pelos próprios cientistas que querem publicar a pesquisa.
Apesar do bafafá online há poucas semanas, a política, na verdade, tem sido implementada desde o começo de 2021 nas principais revistas do grupo Springer Nature, uma das mais importantes editoras de periódicos científicos em nível global (o de maior prestígio é a britânica Nature).
Embora a Springer Nature argumente que o valor se justifica pelos serviços oferecidos pelas publicações aos cientistas e pela alta competição por espaço em suas páginas, pesquisadores dizem que a taxa está fora da realidade para países em desenvolvimento, como o Brasil. Além disso, criaria barreiras para a livre divulgação de resultados de pesquisa justamente quando esse seria um dos objetivos do modelo de acesso aberto. Saiba mais.
Fonte: Folha de S. Paulo - 02/02/22