18 julho 2017

Um novo vocabulário para retratação

Um dos temas discutidos na 5ª Conferência Mundial sobre Integridade Científica, realizada entre os dias 28 e 31 de maio em Amsterdã, na Holanda, foi a necessidade de criar alternativas ao conceito de retratação, que é o cancelamento de artigos científicos após a sua publicação devido à descoberta de fraudes ou erros. O principal argumento a favor da mudança é que, hoje, erros cometidos de boa-fé acabam confundidos com casos de fraude e são estigmatizados, merecendo, por isso, uma nomenclatura à parte.
Já existem experiências nesse sentido. O Embo Journal adotou o termo “retratação parcial” para casos em que um erro menor identificado no artigo não comprometa sua conclusão. Em 2015, a revista JAMA Psychiatry apresentou o conceito de “retratação e substituição”, para ensaios clínicos que apresentam erros generalizados, mas, uma vez corrigidos, ainda são relevantes. Em ambas as situações, o artigo não é removido da revista, mas ganha uma versão corrigida. Há propostas mais abrangentes. Virginia Barbour, professora da Universidade de Tecnologia de Queensland, na Austrália, sugeriu em um artigo publicado em março no repositório bioRxiv a substituição do termo “retratação” por “alteração” – que seria acompanhado por uma das três seguintes categorias: não substancial, para erros menores, como de digitação; substancial, para o caso de haver erros em dados ou figuras, mas que não comprometem o trabalho como um todo; e completa, quando o artigo todo não é considerado confiável e precisa ser cancelado, corrigido e publicado novamente.

Universidades brasileiras contra o plágio

Campanhas, softwares e treinamento são utilizados por grandes instituições de ensino superior no país para coibir a cópia de trabalhos acadêmicos

Algumas das maiores universidades brasileiras se mobilizam para coibir o plágio em trabalhos acadêmicos de estudantes e professores. Em março, a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) lançou uma campanha com peças publicitárias que exibem frases como “troquei seis por meia dúzia”, “aproveitei só um pedacinho do texto” e “só usei uma vez essa imagem”. “São expressões frequentemente utilizadas pelos alunos para justificar a prática. Adotamos uma linguagem simples e direta para mostrar aos estudantes que plágio é crime”, diz José Ricardo Bergmann, vice-reitor da PUC-Rio. Ele explica que o esforço da instituição não se restringirá aos cartazes. “Até o final do ano, serão realizados seminários e debates para esclarecer dúvidas a partir de casos concretos.” Para Bergmann, programas educativos devem ser o foco da estratégia para promover Universidades brasileiras contra o plágio Campanhas, softwares e treinamento são utilizados por grandes instituições de ensino superior no país para coibir a cópia de trabalhos acadêmicos a integridade científica, mas diz que é preciso se preparar para agir diante de problemas concretos. Ele ainda faz um alerta: “O plágio pode ser fruto de má-fé, mas muitas vezes ocorre por falta de preparo do aluno, que não sabe como fazer citações e referências nem compreende bem o conceito de autoria.”   Leia mais: goo.gl/Wk7hvR

17 julho 2017

IUPAC ratifica, no Brasil, quatro novos elementos químicos

Os quatro novos elementos da tabela periódica, nomeados no ano passado, foram ratificados no dia 13 de julho, durante o 46º Congresso Mundial de Química da União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC), que está sendo realizado na cidade de São Paulo desde o dia 9 de julho.

Os elementos 113, 115, 117 e 118 receberam os nomes de Nihonium (Nh), Moscovium (Mc), Tennessine (Ts) e Oganesson (Og), respectivamente, e estão alocados na sétima fila da tabela periódica desde janeiro de 2016.

A validação de novos elementos meses depois de serem descobertos é uma cerimônia padrão da IUPAC, porém, desta vez, a entidade deixou para fazer a ratificação no Brasil, durante a Assembleia Geral da IUPAC.  Saiba mais: goo.gl/4mYw7R

12 julho 2017

Integridade e prevenção do plágio

Turnitin
Como parte das ações de valorização da integridade acadêmica e de pesquisa, em fevereiro de 2017 a Universidade de São Paulo disponibilizou aos docentes dois serviços de identificação de similaridade de textos e ensino à distância da Plataforma Turnitin. Os serviços são oferecidos pelo Sistema Integrado de Bibliotecas em parceria com a Pró-Reitoria de Pós-Graduação (OriginalCheck) e Pró-Reitoria de Graduação (FeedBack Studio). 
O acesso à plataforma por docentes da pós-graduação e graduação da USP é feito mediante cadastro e login realizados previamente. Para mais informações, confira o Tutorial para Uso do Turnitin ou envie e-mail para integridade.academica@sibi.usp.br .

10 julho 2017

Campanha de adesão ao ORCiD continua na USP

ORCiD (Open Researcher and Contributor ID) é um identificador digital único e persistente, que distingue um acadêmico/pesquisador de outro e resolve o problema da ambiguidade e semelhança de nomes de autores e indivíduos, substituindo as variações de nome por um único código numérico, algo como "0000-0002-0123-208X.". Dessa forma, facilita o registro de informações e automatiza a atualização das publicações e produções (artigos, trabalhos, etc.).
Todo docente e pesquisador da USP deve ter seu registro ORCID autenticado. Acesse: http://www.sibi.usp.br/orcid/

03 julho 2017

Coleção Científica Digital Dot.Lib

Agora ficou mais fácil ter acesso a todos os conteúdos assinados pela USP e fornecidos pela Dot.Lib. A página Coleção Científica Digital Dot.Lib (http://www.sibi.usp.br/dotlib/) reúne e disponibiliza o acesso a 16 fontes de informação em diversas áreas de conhecimento:
  • Wiley Online Library, com acesso a mais de 19.500 livros digitais de excelência em todas as áreas do conhecimento humano.
  • Obras de Referência Wiley, Importantes obras de referência editadas por uma das principais editoras científicas mundiais.
  • JSTOR Archival Collections, com mais de 20 coleções de periódicos de arquivo da JSTOR. Conteúdo de excelência cobrindo praticamente todas as áreas do conhecimento.
  • Access Engineering (McGrawHill Collection), que reúne todos os melhores títulos da editora em formato digital nas 14 principais áreas da Engenharia: Civil, Comunicação, Construção, Elétrica, Energia, Industrial, Materiais, Mecânica, Nanotecnologia, Óptica, Química, Ambiental, Biomédica e Sustentável.
  • Springer eBooks (Springer Nature), livros digitais de excelência reconhecida mundialmente em diversas áreas de Ciências, Tecnologia e Medicina. 
  • BMJ Journals (BMJ Group), acesso a todo o conteúdo de três das principais publicações de BMJ Group: The BMJ, BMJ Case Reports e BMJ Quality & Safety.
  • Biological Abstracts (1999–2014) (Ovid), base de dados que permite ao pesquisador encontrar a cobertura que necessita para preparar projetos de pesquisas, assegurar propostas e seguir tendências em todas as disciplinas das ciências da vida. 
  • Zoological Record (Ovid), a mais antiga base de dados no mundo em biologia animal. É considerada a principal referência mundial em taxonomia, atuando há tempos como o registro extra-oficial mundial dos nomes de animais.
  • Ovid MEDLINE® (Ovid), a principal fonte bibliográfica mundial para literatura acadêmica e de pesquisa em biomedicina—com vínculos rápidos aos periódicos em texto completo.

30 junho 2017

Indicadores de Pesquisa

O uso de indicadores e métricas de produção científica tornou-se prática rotineira na avaliação da qualidade e desempenho de pesquisaNo esteio dessa demanda, a análise bibliométrica e cientométrica realizada por meio de indicadores tem se tornado cada vez mais popular, juntamente com ferramentas analíticas de produção científica como o InCites e o SciVal, além do VantagePoint.

Ferramentas analíticas:

InCites (Thomson Reuters) é uma plataforma online de avaliação de pesquisa personalizada e baseada em citações, que tem como fonte de dados a Base Web of Science. Permite realizar análises de produtividade e impacto científico, comparar resultados com outras instituições, aferir o desempenho de pesquisadores, pesquisas financiadas. Saiba mais sobre o InCites.

SciVal (Elsevier) possui um portfólio de ferramentas de análise de indicadores de produção científica, que tem como fonte de dados o Scopus e o Science Direct. Permite realizar análises bibliométricas da produção científica de uma determinada instituição, país, região, autor ou grupos de autores, ou ainda em revistas, desde que o material esteja indexado na base de dados Scopus. Saiba mais sobre o SciVal.

VantagePoint (Search Technology) é uma importante ferramenta de mineração e análise de dados, que permite realizar análises bibliométricas e estudos relacionados à produção científica de uma determinada área de conhecimento, instituição ou pesquisador, análise de coleções, verificação de erros e inconsistências em registros bibliográficos, bem como análises de tendências de pesquisa, desde que se tenha o arquivo de dados. Saiba mais sobre o VantagePoint. 

Publish or Perish é um software de desktop gratuito que extrai dados do Google Scholar para ajudar os autores a analisar várias estatísticas sobre o impacto da pesquisa.
Google Scholar Metrics fornece uma maneira fácil para os autores avaliarem rapidamente a visibilidade e a influência de artigos recentes em publicações científicas.

29 junho 2017

Conteúdos de acesso aberto do Portal de Periódicos podem ser visualizados de qualquer lugar

Além dos títulos assinados, que dependem de reconhecimento de IP, o Portal de Periódicos oferece um vasto conteúdo livre,acessível por qualquer cidadão que deseja realizar pesquisas


O Portal de Periódicos indexa informações científicas de todas as áreas do conhecimento.
O acervo da biblioteca virtual da CAPES abrange conteúdos
assinados e outros de acesso livre, estes disponíveis para qualquer pessoa conectada à internet em qualquer lugar do Brasil e do mundo.

Os materiais de acesso aberto são de alta relevância científica e possuem conteúdo confiável para pesquisa, seguindo o padrão de qualidade definido para o acervo do Portal de Periódicos.

Um exemplo é o Directory of Open Access Journals (DOAJ), que opera como um diretório online que indexa e fornece acesso livre a revistas científicas conceituadas, revisadas por pares e em diversas áreas do conhecimento. A plataforma reúne cerca de 9.500 publicações de 126 países, somando mais
de 2.5 milhões de artigos.

Outro exemplo é o Scientific Electronic Library Online (Scielo – Brasil). Além de uma ampla coleção de livros nacionais, o diretório oferece busca integrada de artigos de vários países: África do Sul, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Espanha, México, Peru, Portugal, Uruguai Venezuela. Os números registrados são de 1.249 periódicos, 39.651 fascículos,
 573.525 artigos e 13.005.080 citações.

Para localizar as publicações livres o usuário pode utilizar qualquer ferramenta de busca do Portal de Periódicos ou, se não souber onde encontrá-las, é possível filtrar uma lista com esse conteúdo.

Basta entrar na opção Buscar base e clicar na aba “busca avançada”.
No campo “tipo”, selecione “Sites com periódicos de acesso gratuito”. 
Depois é só clicar em “enviar” e conferir os links disponíveis.

28 junho 2017

American Physical Society disponibiliza coleção de publicações em Física

A Física é uma ciência de grande abrangência que causa consequências na vida humana. A especialidade contribui com diversas áreas, como medicina, engenharia, biologia e tantas outras. Entre os conteúdos desse campo disponibilizados para os usuários do Portal de Periódicos da CAPES, está a plataforma American Physical Society (APS).

A coleção da APS oferece acesso a mais de 10 títulos especializados em texto completo, que cobrem todos os ramos da área, como física molecular, nuclear, moderna, dentre outras. A disponibilidade de acesso tem início em 1970 e segue até o ano corrente. Entre as publicações, estão as revistas científicas Physical Review Letters, Reviews of Modern Physics e a série Physical Review. Para localizar os títulos, acesse a opção Buscar periódico e selecione o Editor/Fornecedor “American Physical Society”, ou entre na opção Buscar base com a mesma informação (nome do editor).

26 junho 2017

Scientia Agricola eleva fator de impacto

A revista Scientia Agricola atingiu este mês o Fator de Impacto (FI) 1,108, o maior índice de sua história

Com essa marca, a publicação da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ESALQ) volta a ser a primeira revista brasileira de ciências agrárias e a 29ª revista nacional (de todas as áreas) de maior FI. “Com isso, reforçamos ainda mais nossa liderança em nível nacional e passamos a ingressar o grupo seleto de revistas internacionais em ciências agrárias com FI maior que 1”, ressalta o editor chefe Paulo Sentelhas.

O FI representa o número de vezes que artigos publicados pela revista, em dois anos, são citados no ano seguinte por revistas que compõem uma base de dados, dividido pelo número de artigos publicados no referido período.

Editada desde 1992, em continuação aos Anais da ESALQ e absorvendo a revista Energia Nuclear e Agricultura, a Scientia Agricola é uma publicação da Universidade de São Paulo que publica artigos originais que contribuam ao avanço científico das Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas.

Os interessados em encaminhar artigos para publicação devem seguir as Instruções aos autores, e enviar seus trabalhos pelo sistema on-line, acessando o site http://www.scielo.br/sa, clicando em "submissão online".
Scientia Agricola passou a ser veiculada exclusivamente em sua versão eletrônica a partir de 2017, sendo a versão impressa descontinuada. Saiba mais em: www.scielo.br/sa.

23 junho 2017

O novo relatório de citação na Web of Science

O relatório de citação é uma das análises mais utilizadas na plataforma Web of Science, pois oferece aos usuários as métricas de citação para seus resultados de pesquisa. Se você está procurando trabalhos coletivos de um autor ou um tópico científico, o relatório de citações é o lugar para ver os tempos acumulados citados para um grupo de artigos, bem como o índice H. Ele também mostra o nível de auto-citação dentro de um conjunto de resultados. As visualizações incluem uma tendência de trabalhos na plataforma Web of Science, bem como a contagem anual de citações, ajudando a destacar quais tópicos, autores e instituições estão tendendo para cima ou para baixo. O relatório de citações está disponível na plataforma Web of Science, bem como em bancos de dados de citações individuais, como a Web of Science Core Collection.

No final deste mês, você verá um novo aspecto no nosso relatório de citações. Estamos fazendo as métricas e tendências de citação que você confia para serem mais fáceis de visualizar e utilizar. Você poderá rapidamente selecionar um intervalo de ano para sua análise e exportar seus dados. Experimente o nosso novo relatório de citações nas próximas semanas.   Para uma visualização, veja este vídeo: https://youtu.be/77wAllIYNTk

Estamos no radar do Google Scholar Metrics?

O Google Scholar Metrics (GSM), é um serviço bibliométrico em acesso aberto que fornece um ranking mundial de periódicos científicos segundo o indicador h-index1 calculado sobre a base das citações compiladas pelo motor do Google Scholar nos últimos 5 anos, daí a denominação h-5-index. Este índice difere do JCR/WoS da Clarivate Analytics e do SJR/Scopus do SCImago pelas políticas de seleção, cobertura e a indexação dos periódicos científicos que inclui.
A primeira versão do GSM surgiu em abril de 2012 (calculado entre os anos 2007-2011), e foi sendo aperfeiçoado em sucessivas versões até a versão atual de 2016 (calculado entre os anos 2011-2015), que elimina muitos dos erros constatados e reportados à equipe técnica do Google Scholar. Por outro lado, o GSM oferece produtos interessantes que não estão incluídos nas alternativas comerciais como JCR e SJR. 
Para ser incluído no GSM não é necessário apresentar solicitações a comitês de seleção de SCImago ou WoS, pois o processo é gratuito e simples.

O que é necessário que um periódico cumpra para ser incluído neste ranking? Apenas cumprir dois critérios básicos:
  • O periódico deve ter publicado ao menos 100 artigos citáveis no quinquênio precedente ao último ano indexado. Por exemplo, para o índice de 2017, o periódico deve ter publicado ao menos 100 artigos no período 2012-2016, ou seja, uma média de 20 artigos por ano.
  • Neste quinquênio o periódico deve ter recebido ao menos uma citação de qualquer outro periódico do conjunto do GSM.

Como encontrar artigos em acesso aberto

A publicação dos resultados de estudos acadêmicos em acesso aberto é cada vez mais frequente e estima-se que atualmente estão disponíveis milhões de documentos online. Por esta razão, é importante ter ferramentas eficientes para encontrar as versões livres dos artigos que precisamos (sem pagar assinaturas ou comprando artigos individuais e usando métodos legais). Como a necessidade vai criando a oferta, nos dois ou três últimos anos vem surgindo aplicativos gratuitos para atender aos requerimentos dos acadêmicos, bibliotecários, pesquisadores, e estudantes em geral. Qual é o mercado de oferta hoje em dia?


    1. BASE
Este serviço criado pela Bielefeld University Library na Alemanha é, provavelmente, um dos maiores e mais avançados agregadores do mundo, superando em novembro de 2016 os 100 milhões de documentos . O serviço BASE assegura que pelo menos 40% dos textos identificados estão em acesso aberto.
    2. CORE
O CORE afirma ter cerca de 70 milhões de documentos. 
    3. Dissemin
Está em versão beta, têm indexados cerca de 100 milhões de documentos. É uma versão simples, por enquanto limitada a buscar apenas pelo nome do autor. Entrega os resultados rapidamente indicando quais deles estão disponíveis em acesso aberto.
    4. Lazy Scholar button
Lançado em 2014, é um plugin que, até o momento, funciona apenas no navegador Google Chrome.
    5. OAIster
Propriedade de OCLC, esse é um catálogo coletivo que declara possuir mais de 50 milhões de registros de recursos em acesso aberto.
    6. Open Access button
É um plugin criado em 2013 por dois estudantes e deve ser instalado facilmente no Google Chrome. 
    7. Google Scholar button
Criado em 2015, é instalado diretamente e é, possivelmente, a opção preferida.


22 junho 2017

Aplicativo encontra artigo científico

O físico Peter Vincent e o estudante Benjamin Kaube, ambos do Imperial College London, criaram um aplicativo para celulares e computadores chamado Canary Haz, que permite acessar com rapidez artigos em revistas científicas. Semelhante ao Spotify, aplicativo que facilita o acesso a milhões de músicas on-line, o Canary Haz conecta-se automaticamente a cerca de 5 mil publicações, a ferramentas de busca de trabalhos acadêmicos, como o Google Scholar, e a sites de bibliotecas universitárias para encontrar uma versão em PDF do artigo procurado. 

Se o pesquisador tiver acesso limitado a bases acadêmicas de dados, o aplicativo busca versões gratuitas do artigo em acervos de instituições ou em preprints. Kaube, um dos fundadores da startup Newsflo, que mede o impacto dos artigos científicos e foi comprada pela editora Elsevier, começou a pensar em desenvolver o aplicativo ao iniciar a redação de sua tese de doutorado e perceber a dificuldade de acesso a artigos. “Comparado ao Netflix e ao Spotify, é um processo antiquado”, ele comentou, em entrevista ao boletim do Imperial College de 30 de maio. “Os pesquisadores perdem horas pulando de um site para outro para vencer as barreiras das editoras e conseguir os artigos que desejam”, acrescentou Vincent. Os pesquisadores ressaltam que o aplicativo não promove a pirataria de artigos científicos de acesso fechado, como o site russo Scihub. Ele apenas facilita encontrar PDFs de trabalhos que estão escondidos em repositórios da internet.

Artigos adormecidos


Para estudar o processo científico e aperfeiçoar sistemas de avaliação, pesquisadores analisam papers inovadores que têm reconhecimento tardio

Pesquisadores que acompanham a produção científica de sua área sabem que bons papers nem sempre têm repercussão instantânea. Não chega a ser incomum que ideias inovadoras demorem um pouco para ter sua importância assimilada – vencedores do prêmio Nobel, com frequência, são premiados por contribuições feitas há muitos anos, às vezes décadas –, assim como acontece de surgirem aplicações baseadas em conceitos já conhecidos, que ganham relevância extemporânea. Especialistas da área de cientometria, ramo que estuda aspectos quantitativos da produção do conhecimento, apelidaram de “belas adormecidas” os artigos que despertam interesse anos ou até décadas depois de terem sido divulgados. E passaram a estudá-los como expressões do fenômeno do reconhecimento tardio da produção científica.   Leia mais: goo.gl/S6cKHi

21 junho 2017

Novas ferramentas de gestão de pesquisa edição 2017

Em um esforço contínuo para traçar a mudança do panorama da comunicação acadêmica e científica, anualmente a Universidade de Utrecht, Holanda, realiza um levantamento entre os pesquisadores [1], tendo como foco o uso de ferramentas de gestão de pesquisa, que servem para buscar literatura e dados, organizar, analisar, escrever, publicar, etc. Na edição de 2015, foram elencadas 101 ferramentas/sites de gestão das atividades de pesquisa, apenas aquelas que representavam uma inovação. Na atual edição (2016), foram contabilizadas mais de 400 ferramentas/sites de gestão de pesquisa, além de ferramentas de interoperabilidade, uma lista que não se restringiu ao critério da inovação e foi organizada de acordo com os fluxos de trabalho e fases das atividades de pesquisa.
Preparação (Preparation)Descoberta (Discovery), Análise (Analysis), Escrita (Writing), Publicação (Publication), Divulgação (Outreach) e  Avaliação (Assessment) são componentes do fluxo de atividades do pesquisador/autor e há várias ferramentas gratuitas (ou não) relacionadas à gestão das atividades de pesquisa.   Leia mais: goo.gl/qcE5EQ

Aliança entre revistas e universidades

Um grupo de pesquisadores e gestores propôs em maio novas diretrizes para coordenar o trabalho de revistas e instituições científicas no enfrentamento de casos de má conduta. O documento traz recomendações que procuram definir os papéis que cabem a universidades e a editores, esboçando um novo conjunto de boas práticas para complementar as regras estabelecidas em 2012 pelo Committee on Publication Ethics (Cope), fórum internacional de editores que discute problemas ligados à ética na pesquisa. A proposta foi apresentada para discussão no 5º Congresso Mundial de Integridade Científica, realizado em Amsterdã, Holanda, entre os dias 28 e 31 de maio.

Intitulado “Cooperação e ligação entre universidades e editores (Clue)”, o documento traz como principal novidade a ideia de criar registros nacionais de escritórios responsáveis por lidar, dentro de cada instituição científica, com investigações de suspeitas de fraudes, falsificações ou plágio e o contato de seus responsáveis. A recomendação parece uma medida meramente burocrática, mas busca auxiliar os editores numa missão complexa, que é definir quem deve ser procurado para esclarecer indícios de problemas em um paper já publicado. Os periódicos costumam acionar em primeiro lugar o próprio autor do artigo científico. Mas há críticas a essa rotina, pois ela dá chance a que o autor mal-intencionado obstrua a investigação que será realizada posteriormente por sua instituição.

Outra sugestão inovadora é que as universidades criem instâncias internas encarregadas de rapidamente responder a perguntas apresentadas por editores e que sejam capazes de avaliar se são confiáveis os resultados de um artigo sobre o qual surgem suspeitas. Essa instância funcionaria de forma independente dos comitês de sindicância que investigam se autores são culpados ou inocentes de má conduta.  

A criação de registros nacionais de escritórios de integridade científica e de seus responsáveis ajudaria os editores a procurar a pessoa certa nesses casos extremos. Segundo o documento, é comum que editores busquem estabelecer um contato informal com as universidades antes de comunicar oficialmente suspeitas relacionadas a um artigo.   Leia na íntegra: goo.gl/YwvjKU

Portal de Periódicos inicia negociação com editores para renovação de contratos

No dia 25 de maio, a CAPES recebeu representantes de editoras científicas que compõem o acervo do Portal de Periódicos para dar início ao diálogo acerca da renovação de contratos.

O diretor de Programas e Bolsas no País, Geraldo Nunes Sobrinho, introduziu a reunião com um panorama geral da atuação do Portal de Periódicos. “A CAPES é referência nacional. Ao longo de 66 anos, a agência tem balizado o que ocorre no sistema. A instituição é conhecida por quebrar paradigmas e um deles foi em 2000, quando deu início ao Portal de Periódicos. Até então, nós comprávamos revistas físicas; a CAPES introduziu o sistema de acesso eletrônico – e já se vão 17 anos. Isso quer dizer que estamos sempre atrás de algo novo. O Portal é um sucesso, mas nós não estamos ancorados nele. Estamos com a perspectiva de ver o que está acontecendo no mundo em relação à questão do acesso à informação”, destacou o diretor.  

Outro ponto levantado foi o ingresso do Portal de Periódicos no movimento internacional Open Access 2020. Em abril deste ano, o presidente da CAPES, Abílio Neves, assinou a carta de intenção da iniciativa, colocando a agência entre as 83 instituições no mundo que estão seguindo nessa direção. “Estamos trabalhando em conjunto com entidades da Alemanha, da Califórnia e do Canadá para verificar como elas estão renegociando os contratos. Queremos utilizar a expertise para remodelar nossos acordos com uma nova ótica, assim como está sendo feito em diversas partes do mundo”, anunciou a coordenadora-geral do Portal de Periódicos. 

Segundo ela, a ideia seria investir menos em assinaturas e mais em taxas de publicação. Isso quer dizer que, nessa perspectiva, o Portal passaria a ter outro serviço além do programa de aquisição de periódicos: um programa de financiamento de autores. “Na medida em que os contratos estão encerrando, queremos buscar a renegociação levando em consideração o volume de artigos produzido por autores brasileiros. Estamos focando nas quatro maiores editoras para iniciar o processo ainda em 2017”, declarou Elenara. 

Treinamento das ferramentas Elsevier - ScienceDirect, Scopus e Mendeley

 
 Datas: 12 de junho, 4 de setembro e 13 de novembro
Horário: 9h00 às 11h30
Escolha sua data e faça sua inscrição aqui

19 junho 2017

Demonstrações Turnitin acontecem em junho e julho via Web


Participe e veja como o Turnitin Feedback Studio pode ajudar sua instituição a oferecer a seus alunos feedbacks mais personalizados, criando um maior engajamento, melhor desempenho acadêmico e auxiliando professores na prevenção de conteúdos não originais.
Todas as sessões serão realizadas à 10 horas da manhã do Brasil (Brasilia) e terão duração aproximada de 1 hora. Consulte o site http://www.thetimezoneconverter.com/ para revisar a hora no seu fuso horário.
Para se inscrever, clique na data que lhe for mais conveniente: