Quem atua no meio científico reconhece a importância de estar por dentro do que os autores mais citados do mundo estão produzindo. Por meio do Portal de Periódicos da CAPES, a editora American Association for the Advancement of Science (AAAS) proporciona à comunidade brasileira o acesso a uma significativa parcela desses conteúdos. Na biblioteca virtual, os usuários encontram os periódicos Science, Science Signaling e Science Advances.
O conteúdo das publicações é multidisciplinar, com foco nas áreas de saúde e ciências biológicas. O acesso pelo Portal inclui também a coleção Science Express – que reúne artigos aceitos para publicação na Science antes da impressão. Além dos títulos disponíveis somente para as instituições que participam da biblioteca virtual da CAPES, os usuários encontram mais um periódico da editora. A revista científica Science Advances é de acesso aberto e pode ser visualizada em texto completo por qualquer usuário conectado à internet.
A AAAS se firmou como fonte importante de descoberta científica desde a fundação da revista científica Science, em 1880. No último meio século, o periódico publicou o genoma humano inteiro pela primeira vez, imagens nunca antes vistas da superfície marciana e os primeiros estudos ligando a Aids ao vírus da imunodeficiência humana. Posteriormente, a família de publicações cresceu e incluiu outros títulos, como a Science Translational Medicine – que se tornou uma plataforma para pesquisa multidisciplinar revisada por pares com os últimos avanços médicos.
A Science Signaling, por sua vez, oferece artigos de revisão originais, protocolos e recursos didáticos para o crescente campo de transdução de sinais celulares. A Science Advances, de acordo com a editora, representa a nova geração de títulos online, com publicação rápida de pesquisas significativas e completas disponíveis gratuitamente para os leitores.
O título Science Advances pode ser localizado diretamente na opção buscar periódico do Portal. As demais publicações estão disponíveis por meio do link buscar base, inserindo no campo de pesquisa o termo “Science (AAAS)”.
07 dezembro 2017
A Capes oferece, gratuitamente, treinamentos online no uso do Portal de Periódicos
É necessário fazer login no “MEU ESPAÇO” para verificar os treinamentos com inscrições abertas. Havendo vaga, basta clicar e solicitar a inscrição no treinamento desejado. Caso o usuário não possua cadastro na área indicada, deve fazer um clicando em “Novo usuário”. Após a identificação, é essencial retornar à página de “Treinamentos” para fazer a escolha. Outras informações podem ser solicitadas pelo e-mail treinamento.periodicos@capes.gov.br. Mais informações
Ciclo de Seminários dos Pós-doutorandos do CENA-USP
A Comissão de Pesquisa do CENA convida a todos para assistir as palestras abaixo intituladas. Tratam-se dos resultados das pesquisas dos Pós-doutorandos, durante a vigência do programa.
Palestrante: Maurício Roberto Cherubin
Pós-doutorando do Laboratório Biogeoquímica Ambiental
Supervisora: Profa. Dra. Brigitte Josefine Feigl
Título da palestra: Remoção da palha de cana-de-açúcar para a produção de bioenergia: compreendendo as inter-relações solo-planta-atmosfera
Palestrante: Juliane Karine Ishida
Pós-doutoranda do Laboratório Biologia Celular e Molecular
Supervisora: Profa. Dra. Tsai Siu Mui
Título da palestra: Análise funcional do microbioma do feijoeiro
Data: 13/12/2017
Horário: 10h e 10h35
Local: Anfiteatro Epaminondas S.B. Ferraz – Central de Aulas do CENA
Palestrante: Maurício Roberto Cherubin
Pós-doutorando do Laboratório Biogeoquímica Ambiental
Supervisora: Profa. Dra. Brigitte Josefine Feigl
Título da palestra: Remoção da palha de cana-de-açúcar para a produção de bioenergia: compreendendo as inter-relações solo-planta-atmosfera
Palestrante: Juliane Karine Ishida
Pós-doutoranda do Laboratório Biologia Celular e Molecular
Supervisora: Profa. Dra. Tsai Siu Mui
Título da palestra: Análise funcional do microbioma do feijoeiro
Data: 13/12/2017
Horário: 10h e 10h35
Local: Anfiteatro Epaminondas S.B. Ferraz – Central de Aulas do CENA
FAPESP - Atendimento ao público em dezembro e janeiro
A FAPESP estará fechada para o público externo no período de 22 de dezembro de 2017 a 23 de janeiro de 2018.
Todos os compromissos de entrega de Relatórios Científicos (RC), Prestação de Contas (PC) e documentos, no período das férias, deverão ser entregues pelos correios, para processos em papel. Para processos SAGe o RC é via sistema e a PC deverá ser via correio.
Números de contas correntes de bolsas poderão ser informados no período, nos seguintes endereços:
Todos os compromissos de entrega de Relatórios Científicos (RC), Prestação de Contas (PC) e documentos, no período das férias, deverão ser entregues pelos correios, para processos em papel. Para processos SAGe o RC é via sistema e a PC deverá ser via correio.
Números de contas correntes de bolsas poderão ser informados no período, nos seguintes endereços:
· Bolsas no país: www.fapesp.br/converse/ solicitacoes-bolsista/32/
· Bolsas no exterior: www.fapesp.br/converse/ solicitacoes-bolsista/65/
· Bolsas BEPE: www.fapesp.br/converse/solicitacoes-bolsista/115/
Liberações de verbas deverão ser solicitadas até, no máximo, 20 de dezembro. Após essa data esse serviço ficará indisponível, retornando em 24 de janeiro.
O serviço de atendimento Converse com a FAPESP não funcionará no período de 21 de dezembro de 2017 a 23 de janeiro de 2018.
O serviço de atendimento Converse com a FAPESP não funcionará no período de 21 de dezembro de 2017 a 23 de janeiro de 2018.
Amazônia é uma das principais fontes emissoras de metano do mundo
Árvores localizadas em áreas alagáveis emitem por volta de 15 milhões de toneladas por ano desse gás de efeito estufa
As árvores situadas em áreas alagáveis na Amazônia emitem por ano entre 15 e 20 milhões de toneladas de metano (CH4), o equivalente ao que é emanado por todos os oceanos juntos. A conclusão é de um grupo de pesquisadores ingleses e brasileiros, entre eles a bióloga Luana Basso, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), e a química Luciana Vanni Gatti, do Laboratório de Gases de Efeito Estufa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em um estudo publicado na edição desta segunda-feira (04/12) na revista Nature, o grupo constatou que essas árvores são uma das principais fontes emissoras do gás. O metano absorve até 23 vezes mais calor do que o dióxido de carbono (CO2), sendo, por isso, um dos três principais gases de efeito estufa. Segundo o grupo, apesar de ser um processo natural da floresta, a quantidade de metano emitida por essas árvores impressiona e, somada à emissão de outras fontes naturais, de proveniente de rebanhos e da queima de biomassa na região, pode ter impactos significativos.
Há algum tempo os dados sobre a emissão de metano na Amazônia intrigam os pesquisadores. Até então, os números mais recentes disponíveis na literatura especializada, obtidos a partir de observações via satélite por outros grupos de pesquisa, indicavam que a floresta emitia por ano cerca de 30 milhões de toneladas de CH4. Em 2011, Luciana e Luana Basso, à época sua aluna de doutorado no Ipen, verificou que a realidade era diferente. Seus dados indicavam uma emissão quase 50% maior, de 42,7 milhões de toneladas por ano. Apesar de ter verificado na prática uma diferença significativa em relação ao valor até então conhecido, as pesquisadoras não souberam explicar de onde vinha o metano excedente. À época, o grupo coordenado por Luciana estava interessado em obter uma amostra representativa do balanço de carbono de toda a bacia amazônica. Leia mais
As árvores situadas em áreas alagáveis na Amazônia emitem por ano entre 15 e 20 milhões de toneladas de metano (CH4), o equivalente ao que é emanado por todos os oceanos juntos. A conclusão é de um grupo de pesquisadores ingleses e brasileiros, entre eles a bióloga Luana Basso, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), e a química Luciana Vanni Gatti, do Laboratório de Gases de Efeito Estufa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em um estudo publicado na edição desta segunda-feira (04/12) na revista Nature, o grupo constatou que essas árvores são uma das principais fontes emissoras do gás. O metano absorve até 23 vezes mais calor do que o dióxido de carbono (CO2), sendo, por isso, um dos três principais gases de efeito estufa. Segundo o grupo, apesar de ser um processo natural da floresta, a quantidade de metano emitida por essas árvores impressiona e, somada à emissão de outras fontes naturais, de proveniente de rebanhos e da queima de biomassa na região, pode ter impactos significativos.
Há algum tempo os dados sobre a emissão de metano na Amazônia intrigam os pesquisadores. Até então, os números mais recentes disponíveis na literatura especializada, obtidos a partir de observações via satélite por outros grupos de pesquisa, indicavam que a floresta emitia por ano cerca de 30 milhões de toneladas de CH4. Em 2011, Luciana e Luana Basso, à época sua aluna de doutorado no Ipen, verificou que a realidade era diferente. Seus dados indicavam uma emissão quase 50% maior, de 42,7 milhões de toneladas por ano. Apesar de ter verificado na prática uma diferença significativa em relação ao valor até então conhecido, as pesquisadoras não souberam explicar de onde vinha o metano excedente. À época, o grupo coordenado por Luciana estava interessado em obter uma amostra representativa do balanço de carbono de toda a bacia amazônica. Leia mais
06 dezembro 2017
Embrapa começa a mapear o solo brasileiro
O objetivo é mapear 1,3 milhão de quilômetros quadrados nos primeiros dez anos com gastos estimados em R$ 740 milhões
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) deu início ontem, 5 de dezembro, ao mapeamento do solo brasileiro, que pode ser o maior já executado no país. O trabalho será feito ao longo dos próximos 30 anos e a estimativa é de que sejam gastos R$ 740 milhões nos 10 primeiros anos, de acordo com a instituição de pesquisa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
No Dia Mundial do Solo, comemorado ontem, 5 de dezembro, representantes de universidades e instituições ligadas à tecnologia e ciência assinaram o protocolo de intenções que oficializa o início dos trabalhos, a serem executados dentro do Programa Nacional de Solos do Brasil (Pronasolos). Os recursos serão liberados ao tempo da elaboração dos projetos e de acordo com o avanço das ações. O objetivo é mapear 1,3 milhão de quilômetros quadrados nos primeiros dez anos.
Entre os maiores resultados esperados está a criação de um sistema nacional de informação sobre solos do Brasil e a retomada de um programa nacional de levantamento de solo. Segundo o coordenador do Pronasolos, o pesquisador José Carlos Polidoro, da Embrapa Solos, os dois pontos estão listados no acordão redigido pelo Tribunal de Contas da União, em 2015, que deu origem ao programa.
Vinte instituições, incluindo nove universidades vão participar do empreendimento, que envolverá atividades de investigação, documentação, inventário e interpretação de dados de solos brasileiros para gestão de recursos e conservação. As informações são fundamentais para inúmeras áreas, que vão de mudanças climáticas a recursos hídricos. O presidente da Embrapa, Maurício Antonio Lopes, ressaltou que “não se faz um trabalho dessa magnitude sem uma parceria muito consolidada.”
De acordo com a Embrapa, o programa tem grande importância para o ordenamento territorial do país, uma vez que influencia o desenvolvimento econômico do campo, a conservação dos recursos naturais e o gerenciamento dos recursos hídricos. Por estar atrasado em relação ao levantamento de solos do Brasil, a estima-se que o país esteja perdendo U$ 5 bilhões por ano somente pela ação da erosão.
Nos Estados Unidos, cada dólar investido no levantamento de solo resultou em até 120 dólares de retorno. No Brasil, que o resultado pode ser ainda maior, ou seja, a cada R$ 1,00 investido, a perspectiva de retorno é de R$ 185,00, diz a Embrapa.
Os setores mais beneficiados são os de seguro e crédito agrícola, zoneamentos agroecológicos e ecológico-econômicos dos estados e municípios, o Programa de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC), vulnerabilidade da terra a eventos extremos em áreas urbanas e rurais e, ainda, planejamento de microbacias e projetos de telecomunicações.
SciVal - Topic Prominence in Science fornece a primeira análise global do portfólio de pesquisa
You are now able to run a complete portfolio analysis to see which Topics your institution is currently active in, and which Topics have high momentum, those therefore more likely to be well-funded. It will provide insight into which researchers are active in those Topics, which Topics your peers and competitors are active in and the related Topics of which you should be aware.
The development of Topic Prominence in Science is based upon extensive research and customer feedback. Unlike other research analytics solutions, which merely scratch the surface by only analyzing top-cited articles, we take the entire world of research into account. Our ground-breaking, new technology takes into consideration 95% of the articles available in ScopusTM and clusters them into nearly 96,000 global, unique research topics based on citation patterns. How can I use Topic Prominence in Science?
As a researcher, Topic Prominence in Science provides you with a much clearer picture of your overall research performance, and insight into the momentum or level of activity of particular Topics. Read more
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ResearchGate restringe o acesso a quase 2 milhões de artigos
Milhões de artigos podem em breve desaparecer do ResearchGate, a maior rede social acadêmica do mundo. Na última semana (início de outubro), cinco editoras afirmaram ter formado uma coalizão que começaria a solicitar a remoção de artigos de pesquisa do site do ResearchGate porque os mesmos violam os direitos autorais dos editores. Um porta-voz do grupo informou que mais de 7 milhões de documentos podem ser afetados, e que um primeiro lote de avisos de retirada de cerca de 100 mil artigos seria enviado iminentemente.
Enquanto isso, a coalizão de membros da Elsevier e da American Chemical Society apresentaram uma ação judicial para tentar impedir que o material com direitos autorais apareça no ResearchGate no futuro. A denúncia, que não foi tornada pública, foi arquivada em 6 de outubro em um tribunal regional na Alemanha (ResearchGate é sediado em Berlim), faz um “pedido simbólico de danos”, mas seu objetivo é mudar o comportamento do site, diz um porta-voz.
O site ResearchGate pode já ter começado a retirar artigos, de acordo com uma declaração de 10 de outubro da coalizão. O grupo disse que notou que o site havia removido “um número significativo de artigos protegidos por direitos autorais”, embora o ResearchGate não tivesse compartilhado informações sobre isso com editores. “Neste ponto, nem todas as violações foram apresentadas e o ResearchGate precisará tomar medidas adicionais para cessar a distribuição não autorizada de artigos de pesquisa”, diz o comunicado
O confronto vem acontecendo há muito tempo. Os pesquisadores estão cada vez mais publicando artigos de pesquisa pagos, muitos deles no ResearchGate, uma rede frequentemente comparada ao Facebook para cientistas. O site possui mais de 13 milhões de membros e arrecadou mais de US $ 80 milhões em fundos de start-up de investidores, incluindo o fundador da Microsoft, Bill Gates, e o Wellcome Trust, o financiador de pesquisas biomédicas com sede em Londres.
Não são apenas os acadêmicos que carregam artigos no site, mas o ResearchGate também busca o material on-line e convida os pesquisadores a reivindicar e fazer o upload desses documentos, diz James Milne, um porta-voz do grupo de cinco editores, que se chama “Coalização do Compartilhamento Responsável”. Leia mais05 dezembro 2017
Nova plataforma interativa da USP fornece conteúdo multimídia de pesquisas acadêmicas
O projeto Interatrilhas reúne imagens de alta qualidade e outros arquivos produzidos durante pesquisas e os inclui no mapa do Google
Segundo o professor Guilherme de Andrade Marson, diretor do Museu de Ciências da USP, “a ideia é que arquivos de mídia interessantes que estão escondidas do público em teses e artigos possam ser colocadas ali, relacionados a locais no mapa Google. O projeto é uma vitrine do conhecimento da USP, só que geolocalizado”.
A plataforma será atualizada constantemente, já que permanece aberta para o envio de novos trabalhos. Os pesquisadores da USP que desejarem divulgar seus materiais no Interatrilhas devem contatar o Museu de Ciências através dos canais de comunicação do próprio órgão: mc.prceu.usp.br e (11) 5077-6335 / 5077-6337.
O Museu de Ciências (MC) da USP, órgão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, colocou no ar o projetoInteratrilhas. A plataforma online e gratuita traz um acervo crescente de conteúdos multimídia, provenientes de atividades de pesquisa da USP, e os insere no mapa do Google. Acessível tanto pelo computador quanto por tablets e celulares, o Interatrilhas visa divulgar materiais de pesquisas da USP em diversas áreas e ampliar seu acesso pelo público.
Atualmente, a iniciativa se destaca pelas fotografias de 360 graus do Arquipélago dos Alcatrazes, localizado a 35 km de São Sebastião e fechado para visitação pela Marinha desde 1980. Com fotos terrestres, aéreas e submarinas, é possível fazer uma viagem virtual às ilhas, que devem ser reabertas à visitação pública em 2018.
Além de visualizar as fotos produzidas pelos pesquisadores no mapa, estudantes e interessados no tema podem também relacionar os conteúdos aos cursos de graduação da USP. Cada projeto disponível no site está cadastrado de acordo com a sua área do conhecimento, aliado a uma pequena descrição e aos cursos da USP relacionados ao estudo.
Atualmente, a iniciativa se destaca pelas fotografias de 360 graus do Arquipélago dos Alcatrazes, localizado a 35 km de São Sebastião e fechado para visitação pela Marinha desde 1980. Com fotos terrestres, aéreas e submarinas, é possível fazer uma viagem virtual às ilhas, que devem ser reabertas à visitação pública em 2018.
Além de visualizar as fotos produzidas pelos pesquisadores no mapa, estudantes e interessados no tema podem também relacionar os conteúdos aos cursos de graduação da USP. Cada projeto disponível no site está cadastrado de acordo com a sua área do conhecimento, aliado a uma pequena descrição e aos cursos da USP relacionados ao estudo.
Segundo o professor Guilherme de Andrade Marson, diretor do Museu de Ciências da USP, “a ideia é que arquivos de mídia interessantes que estão escondidas do público em teses e artigos possam ser colocadas ali, relacionados a locais no mapa Google. O projeto é uma vitrine do conhecimento da USP, só que geolocalizado”.
A plataforma será atualizada constantemente, já que permanece aberta para o envio de novos trabalhos. Os pesquisadores da USP que desejarem divulgar seus materiais no Interatrilhas devem contatar o Museu de Ciências através dos canais de comunicação do próprio órgão: mc.prceu.usp.br e (11) 5077-6335 / 5077-6337.
Governo federal consulta comunidade científica sobre abertura de base de dados
A Política de Dados Abertos é parte importante do Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto, de 2011, contribuindo para o aumento da transparência e aprimoramento da governança pública, bem como permitindo maior participação social na gestão das políticas públicas. Está inserida ainda no contexto da Estratégia de Governança Digital, de 2016, sendo uma parte importante do eixo Acesso à Informação e também aplicando a participação social.
Além disso, dentre os quatro objetivos que um governo deve buscar para ser considerado aberto, segundo a Declaração de Governo Aberto da OGP-Open Government Partnership, destacam-se a Transparência na gestão pública e o Aprimoramento na qualidade dos dados governamentais.
A Política de Dados Abertos do governo federal foi instituída em 2016 pelo Decreto nº 8.777 e, dentre os seus objetivos, destaca-se o de fomentar a pesquisa científica de base empírica sobre a gestão pública.
Assim sendo, visando facilitar o acesso a dados governamentais de forma a impulsionar pesquisas científicas que façam análises, a partir desses dados, sobre a efetividade de políticas públicas conduzidas pelo governo federal, o CNPq e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações desejam conhecer, por meio desta pesquisa, a relação de dados governamentais de interesse da comunidade científica.
Este trabalho integra o plano de ação do Comitê Gestor de Infraestrutura de Dados Abertos e os resultados serão publicados e disponibilizados nesta página a partir de janeiro de 2018.
DEFINIÇÕES
Bases de dados governamentais são conjuntos de dados mantidos por órgãos, fundações e empresas públicos dos 3 Poderes e demais entidades controladas direta ou indiretamente pelas 3 esferas de governo: federal, estadual e municipal, enquadrando-se, portanto, no escopo da Lei de Acesso a Informação - LAI, Lei nº 12.527/2011.
As bases abertas são, resumidamente, bases cujos dados (i) estejam em seu formato mais bruto possível, (ii) estejam em formato aberto, não proprietário, estável e de amplo uso, (iii) preservem ao máximo a estrutura original (iv) possuam um identificador único e persistente (v) tenham informações sobre seus dados e metadados, i.e., deve ser possível recuperar o significado dos dados. Definição extensiva pode ser encontrada em http://dados.gov.br/pagina/cartilha-publicacao-dados-abertos.
Cadeia de Blocos ‘Blockchain’ pode ser solução para Comunicação Científica
Relatório intitulado “Blockchain for Research” foi publicado recentemente abordando o potencial da cadeia de blocos para transformar a comunicação científica e a pesquisa em geral.
Ao descrever iniciativas importantes neste campo, destaca como a ‘cadeia de blocos’ –blockchain – pode tocar em muitos aspectos críticos da comunicação da ciência, incluindo transparência, confiança, reprodutibilidade e crédito. Além disso, blockchain poderia mudar o papel das editoras no futuro e desempenhar um papel importante na pesquisa além da comunicação científica. O relatório mostra que a tecnologia blockchain tem potencial para resolver alguns dos problemas mais importantes atualmente enfrentados tais como os custos, a abertura e a acessibilidade universal a informações científicas. A matéria apresentada a seguir baseou-se no referido Relatório e em outras fontes de informação sobre o tema.
Desafios da Comunicação Científica (Scholarly Communication)
A comunicação é uma parte essencial da pesquisa. Como um esforço verdadeiramente colaborativo, a pesquisa depende de uma troca efetiva de ideias, hipóteses, dados e resultados. Essa troca deve superar tanto barreiras de tempo quanto geográficas, permitindo que os pesquisadores colaborem com colegas localizados em diferentes partes do mundo e construam sobre o trabalho dos predecessores. Existe um consenso geral de que esta comunicação em sua forma atual traz sérios desafios. Hoje, a comunicação científica é percebida como uma série de fluxos de trabalho legados, paradigmas de publicação desatualizados e interesses comerciais que parecem ser diametralmente opostos aos interesses da ciência. Muitas vezes, a palavra “crise” é usada para transmitir a seriedade dos desafios que se reflete em níveis distintos e toca aspectos diferentes do processo de comunicação científica.
Os desafios na comunicação científica inspiraram muitas iniciativas, na tentativa de tornar a ciência mais aberta, transparente, rigorosa e eficaz. Nos últimos anos, testemunhamos uma miríade de esforços que foram iniciados por todos os players do setor, incluindo financiadores, universidades, editores, pesquisadores, bem como startups. Novas plataformas e revistas para publicação alternativa foram lançadas, métricas alternativas foram introduzidas, foram formados fóruns de discussão com o objetivo de trazer melhorias duradouras para a comunicação científica. Apesar do crescimento e da crescente institucionalização, e uma transição bem sucedida do modelo impresso para o digital, a comunicação científica ainda é caracterizada pelos mesmos processos e fluxos de trabalho, modelos, saídas e métricas, não obstante os problemas associados. No entanto, um número crescente de pessoas acredita que a tecnologia blockchain pode fornecer a tecnologia para alterar a comunicação científica de forma fundamental. A adoção da cadeia de blocos (blockchain) significa pensar a pesquisa de um modo diferente.
Atualmente, os pesquisadores usam diferentes e, em grande medida, sistemas desconectados em seu fluxo de trabalho de pesquisa. Por exemplo, planilhas ou software de laboratório são usados para capturar os resultados de um experimento. Quando os resultados são coletados, um artigo é escrito usando um aplicativo de escrita local em uma ferramenta de escrita colaborativa baseada em nuvem. Este manuscrito é então enviado para um editor através de um sistema de submissão.
Após revisão e aceitação, o manuscrito é convertido em PDF e HTML e hospedado em uma plataforma editorial, de onde é baixado. O acesso a esta plataforma de editor é muitas vezes facilitado por bibliotecários. As citações são coletadas em bancos de dados de citações que são distribuídos por bibliotecários ou através de bancos de dados de acesso livre. Em uma ciência baseada em blocos, esse processo seria muito diferente. Leia mais
04 dezembro 2017
Conheça cinco títulos de periódicos da área de Ciências Biológicas disponíveis no Portal de Periódicos
Conheça quatro títulos de periódicos da área de Ciências Biológicas disponíveis no Portal de Periódicos. A biblioteca virtual da CAPES oferece aos seus usuários acesso a conteúdos de todas as áreas do conhecimento, inclusive à área de Ciências Biológicas. A Biologia está dividida em vários campos especializados que abrangem morfologia, fisiologia, anatomia, comportamento, origem, evolução, processos vitais, relações entre os seres vivos, entre outras categorias. Nas ferramentas de busca disponibilizadas pelo Portal, é possível encontrar opções para pesquisas relacionadas a todas as subdisciplinas de Ciências Biológicas. Nessa gama de conteúdos, os usuários encontram cinco importantes títulos: quatro da Canadian Science Publishing (NRC Research Press) e um da Federation of American Societies for Experimental Biology (FASEB). As revistas científicas podem ser localizadas em texto completo na opção Buscar periódico. Conheça as publicações:
Biochemistry and Cell Biology
Publicado desde 1929, o título de periodicidade bimensal explora todos os aspectos da bioquímica geral e inclui cobertura atualizada de pesquisa experimental em biologia celular e molecular em eucariotas, bem como artigos de revisão sobre temas de interesse atual. Os volumes contemplam notas com contribuições de especialistas internacionais renomados. A publicação disponibiliza ainda edições especiais anuais dedicadas a expandir novas áreas de pesquisa em bioquímica e biologia celular.
Canadian Journal of Animal Science
O título trimestral, publicado desde 1957, contém novas pesquisas sobre todos os aspectos da agricultura animal e de produtos animais. O periódico também publica avaliações, cartas ao editor, resumos de trabalhos técnicos apresentados na reunião anual da Sociedade Canadense de Ciência Animal (Canadian Society of Animal Science) e, ocasionalmente, trabalhos de conferências.
Canadian Journal of Plant Science
Trata-se de uma publicação bimestral que comporta pesquisas sobre todos os aspectos da ciência das plantas relevantes para a agricultura climática continental, como produção e gestão de plantas, horticultura e manejo de pragas. O título inclui também artigos interdisciplinares, comentários, cartas ao editor, resumos de trabalhos técnicos apresentados nas reuniões das sociedades patrocinadoras e, ocasionalmente, trabalhos de conferências. É publicado desde 1957.
Canadian Journal of Soil Science
Lançada em 1957, a revista científica trimestral contém novas pesquisas sobre uso, gerenciamento, estrutura e desenvolvimento de solos. O periódico também publica comentários, cartas para o editor e, ocasionalmente, trabalhos de conferências. Edições ou seções especiais que incluam tópicos específicos relacionados à temática também são considerados.
The FASEB Journal
Editada pela Federation of American Societies for Experimental Biology (FASEB), a publicação está entre os periódicos de biologia mais citados do mundo, conforme o InCites Journal Citation Reports (setembro/2017). Por sua causa, a federação adquiriu a expertise que oferece a seus membros, já que o título foi lançado em 1987. Trata-se de uma revista científica da área de Ciências Biológicas que aborda todas as áreas de Ciências da Vida e publica artigos originais revisados por pares de diversos campos, assim como editoriais, revisões e novidades.
01 dezembro 2017
Networking: conexões que geram frutos
Investir na criação de uma rede de contatos é essencial para ampliar oportunidades de trabalho e parcerias em projetos de pesquisa
A maioria dos projetos de pesquisa hoje envolve pesquisadores de diferentes áreas e instituições, públicas ou privadas, em colaborações muitas vezes concebidas em conversas informais travadas nos intervalos de conferências, simpósios e workshops, ou via internet, por meio das redes sociais. Em muitos casos, os cientistas tomam conhecimento de novas oportunidades de trabalho ou são admitidos em laboratórios de universidades e empresas do Brasil ou do exterior por meio de indicações ou recomendação de outros pesquisadores com quem estabeleceram conexões. Investir na criação ou no aperfeiçoamento de uma boa rede de contatos é importante para ampliar oportunidades de trabalho e parcerias em projetos de pesquisa, contribuindo direta ou indiretamente para o desenvolvimento da carreira.
A construção de uma rede de contatos científicos pode ser feita de várias maneiras. Ao ler um estudo em uma revista de prestígio, o pesquisador pode tentar contato com os autores principais e trocar ideias sobre assuntos de interesse e possíveis colaborações. No entanto, eventos científicos costumam ser o ambiente ideal para esse tipo de atividade, permitindo aos pesquisadores apresentar seus trabalhos e ilustrar suas competências, interagir com outros cientistas e se atualizar sobre as discussões e novidades em sua área de atuação. Muitas vezes, essas interações podem resultar em colaborações científicas, cartas de recomendação, redação, revisão de artigos científicos, entre outros.
No caso de pesquisadores de mestrado e doutorado, participar de eventos maiores, com pesquisadores do Brasil e do exterior, pode ser a melhor estratégia. Durante as discussões informais é possível conhecer as dificuldades e falhas envolvendo os trabalhos dos colegas, ampliando as possibilidades de colaborações e fortalecendo as conexões. “É importante usar esses encontros para deixar transparentes os interesses, fazer perguntas, trocar informações, criar novos contatos e, desse modo, construir ou reforçar sua reputação como um cientista colaborativo e interativo”, destaca o biólogo brasileiro Alysson Muotri, professor da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos. Ele recomenda que nessas situações o indivíduo saia da zona de conforto e supere a timidez, reunindo-se com pesquisadores que não conhece, conversando sobre seus trabalhos, procurando conexões com os estudos que esteja desenvolvendo. Leia mais
A construção de uma rede de contatos científicos pode ser feita de várias maneiras. Ao ler um estudo em uma revista de prestígio, o pesquisador pode tentar contato com os autores principais e trocar ideias sobre assuntos de interesse e possíveis colaborações. No entanto, eventos científicos costumam ser o ambiente ideal para esse tipo de atividade, permitindo aos pesquisadores apresentar seus trabalhos e ilustrar suas competências, interagir com outros cientistas e se atualizar sobre as discussões e novidades em sua área de atuação. Muitas vezes, essas interações podem resultar em colaborações científicas, cartas de recomendação, redação, revisão de artigos científicos, entre outros.
No caso de pesquisadores de mestrado e doutorado, participar de eventos maiores, com pesquisadores do Brasil e do exterior, pode ser a melhor estratégia. Durante as discussões informais é possível conhecer as dificuldades e falhas envolvendo os trabalhos dos colegas, ampliando as possibilidades de colaborações e fortalecendo as conexões. “É importante usar esses encontros para deixar transparentes os interesses, fazer perguntas, trocar informações, criar novos contatos e, desse modo, construir ou reforçar sua reputação como um cientista colaborativo e interativo”, destaca o biólogo brasileiro Alysson Muotri, professor da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos. Ele recomenda que nessas situações o indivíduo saia da zona de conforto e supere a timidez, reunindo-se com pesquisadores que não conhece, conversando sobre seus trabalhos, procurando conexões com os estudos que esteja desenvolvendo. Leia mais
29 novembro 2017
Comitê de Boas Práticas da USP investirá em educação e prevenção
A Pró-reitoria de Pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) criou em setembro seu Comitê de Boas Práticas Científicas. O órgão, composto por cinco membros, vai se reunir uma vez por mês e tem um duplo objetivo: promover ações educativas no campo da integridade científica e ajudar a prevenir casos de má conduta. O foco inicial são alunos de iniciação científica e estagiários de pós-doutorado, dois públicos atendidos pela pró-reitoria. Entre as iniciativas do comitê, destacam-se o lançamento previsto para este ano de uma plataforma de cursos on-line sobre boas práticas, a organização regular de palestras e eventos e a divulgação de textos e documentos de referência no site da pró-reitoria. A percepção é de que há escassez de informações sobre integridade científica. “Existem má-fé e fraude, mas muitos desses problemas estão relacionados ao desconhecimento sobre boas práticas na pesquisa”, disse à Agência FAPESP o pró-reitor José Eduardo Krieger.
De acordo com Hamilton Varela, do Instituto de Química de São Carlos da USP e assessor da pró-reitoria, a disseminação das boas práticas exige uma mudança cultural. “Em uma universidade como a nossa, com quase 6 mil professores, precisamos de meios eficientes para auxiliar o trabalho das comissões de pesquisa. Em algumas unidades, há iniciativas maduras, mas em outras ainda não.” A oferta no site da pró-reitoria de documentos de referência e reportagens – entre os quais os mais de 150 textos publicados nesta seção de Pesquisa FAPESP desde 2011 – busca estimular a discussão em laboratórios e salas de aula. “É possível introduzir para os alunos temas relacionados à integridade científica utilizando esse material”, diz Varela.
A plataforma de cursos on-line terá produção própria e também deve usar vídeos e material didático de unidades e programas de pós-graduação da instituição. “Uma ideia é fornecer no site apostilas e exigir que alunos de iniciação científica façam provas on-line sobre aquele conteúdo como requisito para participarem de pesquisas”, conta Varela. Uma iniciativa experimental é o uso de um caderno de laboratório on-line, o SciNote, que guarda em uma nuvem computacional todas anotações sobre o andamento de um projeto. “A boa manutenção das anotações é essencial para acompanhar os resultados e garantir que eles possam ser reproduzidos por outros grupos.”
A criação do comitê é parte do programa da atual gestão da pró-reitoria e atende a uma demanda da FAPESP em seu Código de boas práticas, lançado em 2011, segundo o qual as instituições com projetos financiados pela Fundação devem dispor de órgãos encarregados de oferecer programas de treinamento e educação em integridade científica, além de estruturas voltadas para investigar e punir casos de má conduta. “A USP já dispunha de mecanismos para investigar denúncias, mas faltava organizar as ações de educação e prevenção”, afirma Varela.
28 novembro 2017
Alemanha pressiona editoras para ampliar acesso aberto
Alemanha trava duelo com editora científica para ampliar acesso aberto a papers do país e reduzir custos
Universidades da Alemanha travam com a editora holandesa Elsevier uma queda de braço cujo desfecho pode influenciar o modo de divulgação de artigos científicos no mundo. No ano passado, um grupo de 150 instituições de ensino e pesquisa liderado pela Associação dos Reitores da Alemanha (HRK) procurou três grandes editoras científicas responsáveis por mais de 50% dos orçamentos de suas bibliotecas propondo um novo tipo de contrato. Em vez de fazer assinaturas para ter acesso a títulos, as universidades passariam a pagar uma taxa básica pela publicação de cada artigo e isso garantiria acesso aberto e irrestrito na web a todos os papers assinados por autores alemães. As negociações prosperaram com as editoras Springer e Wiley, que devem celebrar novos acordos em 2018. Mas chegaram a um impasse com a Elsevier, a maior empresa de periódicos científicos do planeta, cujos representantes argumentaram que o modelo proposto não cobre seus custos.
Segundo uma estimativa da Sociedade Max Planck, as bibliotecas acadêmicas do mundo gastam com assinaturas € 7,6 bilhões (o equivalente a R$ 28,8 bilhões) para ter acesso a 1,5 milhão de novos papers publicados anualmente e aos arquivos das revistas. É esse mercado que está em jogo. Outros países com menor poder de negociação aguardam com interesse o desfecho do duelo. A Associação das Universidades da Holanda fez um pleito semelhante ao da Alemanha em 2015, mas o máximo que conseguiu obter da editora foi a oferta de 30% dos artigos de pesquisadores holandeses em acesso aberto até 2018. No Brasil, os responsáveis pelo Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) também acompanham a disputa. “Trabalhamos em conjunto com entidades da Alemanha, da Califórnia [Estados Unidos] e do Canadá para verificar como elas estão renegociando seus contratos”, anunciou em junho a coordenadora-geral do portal, Elenara Chaves Edler de Almeida, segundo o site da Capes. “Queremos utilizar a expertise para remodelar nossos acordos com uma nova ótica.” O Portal de Periódicos oferece a pesquisadores e estudantes de universidades brasileiras acesso a um conjunto de 38 mil periódicos – em 2016, o orçamento aprovado para custear as assinaturas e o acesso foi de R$ 334 milhões. De acordo com Elenara, o objetivo da Capes é gastar menos com assinaturas e instituir um programa para financiar a publicação de artigos. “Conforme os contratos se encerrarem, queremos renegociar levando em consideração o volume de artigos produzido por autores brasileiros”, informou.
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Universidades da Alemanha travam com a editora holandesa Elsevier uma queda de braço cujo desfecho pode influenciar o modo de divulgação de artigos científicos no mundo. No ano passado, um grupo de 150 instituições de ensino e pesquisa liderado pela Associação dos Reitores da Alemanha (HRK) procurou três grandes editoras científicas responsáveis por mais de 50% dos orçamentos de suas bibliotecas propondo um novo tipo de contrato. Em vez de fazer assinaturas para ter acesso a títulos, as universidades passariam a pagar uma taxa básica pela publicação de cada artigo e isso garantiria acesso aberto e irrestrito na web a todos os papers assinados por autores alemães. As negociações prosperaram com as editoras Springer e Wiley, que devem celebrar novos acordos em 2018. Mas chegaram a um impasse com a Elsevier, a maior empresa de periódicos científicos do planeta, cujos representantes argumentaram que o modelo proposto não cobre seus custos.
Segundo uma estimativa da Sociedade Max Planck, as bibliotecas acadêmicas do mundo gastam com assinaturas € 7,6 bilhões (o equivalente a R$ 28,8 bilhões) para ter acesso a 1,5 milhão de novos papers publicados anualmente e aos arquivos das revistas. É esse mercado que está em jogo. Outros países com menor poder de negociação aguardam com interesse o desfecho do duelo. A Associação das Universidades da Holanda fez um pleito semelhante ao da Alemanha em 2015, mas o máximo que conseguiu obter da editora foi a oferta de 30% dos artigos de pesquisadores holandeses em acesso aberto até 2018. No Brasil, os responsáveis pelo Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) também acompanham a disputa. “Trabalhamos em conjunto com entidades da Alemanha, da Califórnia [Estados Unidos] e do Canadá para verificar como elas estão renegociando seus contratos”, anunciou em junho a coordenadora-geral do portal, Elenara Chaves Edler de Almeida, segundo o site da Capes. “Queremos utilizar a expertise para remodelar nossos acordos com uma nova ótica.” O Portal de Periódicos oferece a pesquisadores e estudantes de universidades brasileiras acesso a um conjunto de 38 mil periódicos – em 2016, o orçamento aprovado para custear as assinaturas e o acesso foi de R$ 334 milhões. De acordo com Elenara, o objetivo da Capes é gastar menos com assinaturas e instituir um programa para financiar a publicação de artigos. “Conforme os contratos se encerrarem, queremos renegociar levando em consideração o volume de artigos produzido por autores brasileiros”, informou.
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27 novembro 2017
USP adota identificador digital que serve como RG para pesquisadores
Gratuita, ferramenta permite que usuário armazene e gerencie informações por meio de um número de identificação
Operando como uma “rede social" de pesquisadores provenientes do Brasil e de outros países, a ORCiD vem sendo adotada por inúmeras instituições. Universidades como Harvard, Stanford, Unicamp e Unesp já aderiram. Grupos editoriais internacionais, revistas científicas e agências de fomento à pesquisa também — recentemente, a CAPES passou a exigir dos candidatos a bolsas e financiamentos o cadastro na plataforma.
A Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) e o Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi) da USP, está realizando a Campanha de Adoção da ORCiD (Open Researcher and Contributor ID) entre professores, estudantes e funcionários da Universidade.
Trata-se de uma ferramenta digital gratuita de identificação, que pode ser utilizada por qualquer pessoa, permitindo ao usuário armazenar e gerir informações, tais como nome, e-mail, formação, ocupações profissionais, publicações, concessões, patentes e diversos tipos de trabalhos acadêmicos.
Trata-se de uma ferramenta digital gratuita de identificação, que pode ser utilizada por qualquer pessoa, permitindo ao usuário armazenar e gerir informações, tais como nome, e-mail, formação, ocupações profissionais, publicações, concessões, patentes e diversos tipos de trabalhos acadêmicos.
Cada usuário é identificado através de um código numérico de 16 dígitos, semelhante ao número de uma carteira de identidade. Esses códigos acompanham o indivíduo ao longo de sua carreira — qualquer seja sua formação ou vínculo institucional e empregatício — e permitem resolver o problema da ambiguidade e das semelhanças entre nomes de autores e indivíduos, pois substituem as variações nominais por um número de identificação individual. Desta forma, é possível encontrar mais facilmente os dados e produções de um pesquisador/autor específico.
Operando como uma “rede social" de pesquisadores provenientes do Brasil e de outros países, a ORCiD vem sendo adotada por inúmeras instituições. Universidades como Harvard, Stanford, Unicamp e Unesp já aderiram. Grupos editoriais internacionais, revistas científicas e agências de fomento à pesquisa também — recentemente, a CAPES passou a exigir dos candidatos a bolsas e financiamentos o cadastro na plataforma.
Outro benefício, é a possibilidade do usuário poder importar trabalhos do Google Scholar para a ORCiD, por meio do upload de arquivos, bem como autorizar a integração do seu registro com outros identificadores, como o Researcher iD e Scopus iD. Em breve, o Currículo Lattes também será integrado.
“Uma adoção integrada e em escala nacional da ORCiD oferece o suporte necessário a iniciativas de pesquisa aberta e transparente, como já é o caso em diferentes países nos quais a ORCID atua”, explica Ana Heredia, representante do ORCID na América Latina. Leia mais24 novembro 2017
O link Buscar periódico - uma das opções de pesquisa da biblioteca virtual da CAPES - passou recentemente por mudanças
O link Buscar periódico - uma das opções de pesquisa da biblioteca virtual da CAPES - passou recentemente por mudanças.
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23 novembro 2017
Jornada USP de Organização da Informação para a Redação Científica e Acadêmica
Em novembro acontece a Jornada USP de Organização da Informação para a Redação Científica e Acadêmica nos diversos campi da USP. A Jornada pretende ser um espaço e um período de forte promoção da importância da organização da informação para a pesquisa, redação e publicação de artigos, teses, trabalhos, com a realização de diversos treinamentos.
A organização das informações, citações e referências bibliográficas é essencial à qualidade da escrita científica e acadêmica.
Zotero, Mendeley, EndNote Web, F1000Workspace são exemplos de ferramentas que servem à mesma finalidade: todas permitem que o pesquisador crie um banco de dados de registros que pode ser utilizado para gerenciar leituras, importar registros de bases de dados, escolher estilos e padrões de citações e referências, integrar essas informações a textos e facilitar a redação de trabalhos acadêmicos e científicos.
== 27 de novembro de 2017 ==
Treinamento Mendeley – Scopus – ScienceDirect na Jornada USP-CENA
Data: 27 de novembro de 2017
Horário: 14h – 17h
Local: Anfiteatro Admar Cervellini (Prédio da Administração)
Centro de Energia Nuclear na Agricultura
Avenida Centenário, 303 - Piracicaba/SP
Inscrições: https://www.doity.com.br/jornada-mendeley-cena-27nov2017
Aplicativo incentiva a vivência cultural na Universidade
Além de obter informações sobre as atividades culturais, o usuário também pode acumular pontos e trocar por recompensas
Para divulgar seu patrimônio cultural, a USP lança o Entreartes, um aplicativo gratuito que fornece informações sobre as atividades culturais oferecidas pela Universidade e permite que o usuário acumule pontos e troque por brindes ou horas em Atividades Acadêmicas Complementares (AAC).
O aplicativo é uma parceria das Pró-Reitorias de Graduação e de Cultura e Extensão Universitária, com a adesão dos Museus da Universidade, das Unidades de Ensino e Pesquisa e dos Órgãos Centrais.
A ideia é dar mais visibilidade e incentivar alunos, docentes e funcionários a participarem das atividades culturais promovidas no âmbito universitário. “A USP tem uma quantidade incrível de atividades culturais, quase todas gratuitas e em todas as áreas. São tantas que, muitas vezes, mesmo quem está na USP não consegue ficar sabendo de tudo o que acontece e acaba nem participando”, explica o pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária, Marcelo de Andrade Roméro.
Quando uma atividade cultural é inserida no sistema Apolo pelo Museu, pela Unidade ou pelo Órgão Central, o responsável pode optar pela participação no Programa Entreartes. Então, o sistema gera um QR Code que deverá ser afixado em um local visível para que os visitantes possam fazer a identificação no aplicativo.
Todas as vezes que o usuário participar de uma atividade cultural – visitar um Museu, assistir a uma peça, filme, palestra ou concerto, por exemplo – ele deve aproximar o celular do QR Code disponível no local para gerar pontos, que poderão ser acumulados e trocados por livros da Edusp, cartões postais dos Museus da USP, camisetas e moletons.
Os pontos terão validade de um ano e poderão ser resgatados quando o participante acumular o número estabelecido.
"Os alunos de Graduação ainda têm a opção de converter os pontos em horas de Atividades Acadêmicas Complementares (AAC)", explicou o pró-reitor de Graduação, Antonio Carlos Hernandes.
Detentora de uma grande variedade de coleções, acervos, edifícios históricos, museus e bibliotecas, a USP também desenvolve uma intensa programação cultural regular, com as Orquestras Sinfônica (Osusp) e de Câmara (Ocam), os conjuntos corais do Coralusp, os núcleos de Teatro (Tusp) e Cinema (Cinusp), o Centro Universitário Maria Antonia e diferentes atividades promovidas pelas Unidades em todos os seus campi.
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