16 abril 2018

Aprenda a escrever legendas para as suas figuras


Embora os padrões para a escrita de legendas para seus números variem de periódico para periódico, existem alguns princípios comuns que podem ajudar a garantir clareza.
    
As figuras são instrumentais para transmitir seus resultados, mas podem ser inescrutáveis ​​sem uma lenda eficaz. Embora os padrões de escrita de legendas variem de periódico para periódico, existem alguns princípios comuns que podem ajudar a garantir clareza.

Em geral, o conteúdo de uma legenda deve possibilitar que o leitor interprete e compreenda o significado de uma figura sem ler o texto principal. Devido a essa necessidade de ser independente do resto do texto, a estrutura de uma legenda pode ser um pouco parecida com a de um artigo reduzido, incluindo um título e descrições curtas dos métodos e dos resultados. A seguir estão os componentes que devem ser incluídos na legenda da figura.
Quatro características de uma boa legenda de figura:

1. Título: Um breve título que se aplica à figura inteira, incluindo todos os painéis
O título pode ser descritivo, indicando o tipo de experimento (por exemplo, “Análise de citometria de fluxo de células expressando US6”), ou declarativo, afirmando o achado geral (por exemplo, “A proteína viral US6 diminui a expressão da superfície do MHC I ”). Em alguns casos, este título pode ser parcial ou totalmente retirado de um subtítulo na seção de resultados do trabalho.

2. Materiais e métodos: Uma descrição das técnicas utilizadas
Esta descrição pode incluir o tipo de célula ou modelo animal, as condições / tratamentos testados, o (s) controle (s) utilizado (s), os testes laboratoriais e estatísticos aplicados e o número de repetições. Essa informação deve ser limitada ao que é absolutamente necessário para entender a figura sem se referir à seção de métodos do artigo. No entanto, em certos casos, como em manuscritos da Nature com uma seção de métodos, os editores de revistas podem solicitar que essas informações não sejam detalhadas nas legendas das figuras.

3. Resultados: Uma declaração dos resultados que podem ser obtidos a partir da figura particular
A profundidade desse componente pode variar não apenas entre os trabalhos, mas também entre os periódicos. De fato, se o título for declarativo, uma explicação adicional dos dados pode ser desnecessária no corpo da legenda. Os valores de P e o tamanho da amostra, se aplicável, também devem ser incluídos.

4. Definições: Uma explicação das características na figura
Inclua uma explicação de todos os símbolos, padrões, linhas, cores, abreviaturas não padrão, barras de escala e barras de erro (desvio padrão ou erro padrão), bem como quaisquer outros recursos potencialmente não intuitivos, na própria figura. Essas definições podem excluir aspectos já descritos na figura real, como em uma chave que acompanha um gráfico ou esquema.

Livro Verde da IUPAC está disponível em Português

SBQ e Sociedade Portuguesa de Química editam, pela primeira vez em Português, padronização da nomenclatura da Físico-Química

Estudantes, professores e pesquisadores já podem ter acesso à nomenclatura oficial da Físico-Química em Português. O livro “Grandezas, Unidades e Símbolos em Físico-Química”, conhecido como o “Livro Verde” da IUPAC, foi traduzido para o Português e está disponível para download no site da SBQ (http://www.sbq.org.br/livroverde/). O trabalho de tradução da terceira edição do original em Inglês foi coordenado pelo professor Romeu Cardozo Rocha Filho (UFSCar) em parceria com o professor Rui Fausto (Universidade de Coimbra), em uma parceria entre a SBQ e a Sociedade Portuguesa de Química.
Em formato e-book, com 272 páginas, e com a perspectiva de uma edição interativa no futuro, o Livro Verde é o primeiro lançamento da EditSBQ em 2018. Trata-se de uma compilação dos nomes, símbolos e unidades recomendados para grandezas físico-químicas.

“Essa ideia me interessou muito porque testemunho, há décadas, a confusão conceitual causada por terminologias desleixadas”, afirma o professor Fernando Galembeck (Unicamp), um dos catalisadores desse trabalho. “O Livro Verde guia professores e estudantes brasileiros no uso de uma linguagem organizada e uniforme, o que facilita a compreensão e o uso de conceitos, além dos contatos, colaborações e interações em pesquisa e na vida profissional. Esta é uma grande preocupação da IUPAC e suas afiliadas, como a SBQ. O trabalho com a SPQ certamente contribuirá para que esta linguagem se estenda a todos os países de língua portuguesa, em um processo de consolidação necessário, desejável e por vezes difícil.”
“Em geral, os nomes e símbolos recomendados para as diferentes grandezas estão de acordo com os recomendados pela ISO (Organização Internacional de Normalização) e pela IUPAP (União Internacional de Física Pura e Aplicada)”, explica Rocha, que dedicou horas intensas nos últimos três anos para este trabalho. “Além de extensas listas de nomes, símbolos e unidades de grandezas de diferentes áreas da físico-química ou a ela relacionadas, também constam recomendações sobre como grafar corretamente os símbolos de grandezas e os de unidades de medida, para que possam ser distinguidos. Estão também incluídas tabelas de valores de constantes fundamentais, fatores de conversão e de algumas propriedades de partículas, elementos e nuclídeos.”
Para Fausto, o Livro Verde é uma ferramenta de trabalho de grande importância para quem trabalha nos domínios da Físico-Química. “A existência de uma versão do livro em língua portuguesa era uma aspiração da comunidade científica há muito tempo e é uma grande satisfação vê-lo concluído”, declarou ao Boletim SBQ. Segundo ele, os trabalhos decorreram, sem que fosse necessário perder muito tempo com aspectos formais, como quase sempre acontece quando várias instituições e pessoas se envolvem numa tarefa comum. “O clima de grande confiança e estima recíproca que acompanhou este trabalho foi a pedra-de-toque facilitadora que o tornou possível”, afirmou. “Agora é esperar pelas reações dos colegas portugueses e brasileiros que irão fazer uso do manual, desejando que nos ajudem a melhorá-lo para uma nova edição que surgirá no devido tempo.”

13 abril 2018

Plataforma de Métricas e Indicadores Científicos

Pesquisador: analise seu desempenho e impacto de pesquisa, compare com outros pesquisadores, acompanhe tendências em sua área, descubra potenciais colaboradores, visualize seu perfil na Plataforma de Métricas e Indicadores Científicos SciVal (Elsevier). 
Basta registrar-se e iniciar as atividades: https://www.scival.com.
Por meio de IP de computador autorizado USP, toda a comunidade da Universidade de São Paulo tem acesso ao SciVal. 
Em caso de dúvida, procure a Biblioteca da sua Unidade ou entre em contato com a equipe do Departamento Técnico do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP (SIBiUSP)
http://www.sibi.usp.br.

6 truques para reter a atenção da plateia numa apresentação


Exposição fotográfica “Visões da Ciência" - 3ª edição

Estão abertas, até 16 de abril de 2018, as inscrições para a terceira edição da exposição fotográfica Visões da Ciência, da Escola Superior Luiz de Queiroz (Esalq) da USP. O tema da edição deste ano é  A fotografia como meio de divulgação científica.
A mostra apresenta trabalhos fotográficos, de amadores e profissionais, que retratam experimentos em laboratório ou em campo, registros em microscópio óptico ou eletrônico, em salas de aulas e viagens didáticas, entre outros locais com paisagens, pessoas, animais, plantas e suas partes.
Segundo os organizadores, a proposta com a exposição é evidenciar a associação entre realidade e fotografia a partir da divulgação de conceitos tangíveis e intangíveis. As fotos serão apresentadas em expositores de vidros (1,75 m x 0,80 m) dispostos ao ar livre.
A exposição será aberta em 3 de junho nas dependências da Esalq. 

Exposição Fotográfica Visões da Ciência
Data de inscrição: de 5 de março a 16 de abril de 2018
Local: Av. Pádua Dias, 11 - Agronomia - Piracicaba - SP
Inscrições: http://www.esalq.usp.br/
Abertura da Exposição: 3 de junho de 2018

12 abril 2018

A evolução das parcerias

A produção científica mundial e o quinhão de artigos resultantes de colaborações internacionais. Economista diz que a multiplicação das colaborações científicas internacionais começa a criar um sistema de inovação acima dos países

Em estudo publicado em janeiro na revista Scientometrics, um grupo liderado pelo economista Eduardo da Motta e Albuquerque, pesquisador do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universidade Federal de Minas Gerais (Cedeplar-UFMG), mapeou o crescimento das colaborações científicas. Observou-se que o número de artigos publicados no mundo, indexados na base Web of Science, subiu de 1,2 milhão em 2000 para 2 milhões em 2015 e ao mesmo tempo a proporção de papers escritos por coautores de países diferentes mais que dobrou, indo de 10% do total em 2000 para 21% 15 anos mais tarde.
Como o Brasil se situa nesses fluxos?
Duas coisas puderam ser vistas. A primeira é que o Brasil, em 2015, integra um grupo de nações que tem em torno de 20% da produção científica em colaboração internacional, o que é razoável. Em 2000, essa porcentagem era de 14,7%. Esses índices dizem respeito a artigos em colaboração internacional que tem um brasileiro como primeiro autor. Outro dado é que a nossa produção nos conecta a 171 países. Estamos em 15º lugar no ranking de vínculos. Não temos um grau de internacionalização como o de países como Suécia, Holanda, mas estar ligado a 171 países é um ativo importantíssimo. O crescimento da produção científica brasileira, apesar de consistente, só tem sido suficiente para manter a distância da fronteira internacional. Temos que pensar em mecanismos de inserção mais ativa do país na ordem internacional e a ciência e a tecnologia podem liderar essa mudança. Seria construir um sistema de inovação para a fase de crescente internacionalização, capaz também de fortalecer o sistema internacional.   Leia mais


Cursos de comunicação científica serão apoiados

A FAPESP e o British Council lançaram uma nova chamada de propostas para apoiar a realização de cursos de curta duração voltados ao desenvolvimento de habilidades em comunicação científica para pesquisadores.
A oportunidade, lançada no âmbito do programa Researcher Connect, tem apoio do Newton Fund e é oferecida a outros estados brasileiros pelas FAPs que aderiram à chamada de propostas, em articulação com o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap).
Os cursos terão duração de três dias, com módulos de oito horas por dia, serão ministrados em inglês e treinarão grupos de, no mínimo, 20 pesquisadores de qualquer disciplina ou área multidisciplinar.
A composição dos cursos será aberta e pode ser customizada por cada instituição. Há oito opções de módulos, sendo um deles obrigatório: “Know your audience” (módulo obrigatório), “Abstracts”, “Academic Collaboration”, “Academic Writing”, “Digital Researcher”, “Effective E-mails”, “Persuasive Proposals” e “Presenting with Impact”.
Os cursos deverão ocorrer entre 6 de agosto de 2018 e 15 de março de 2019. Propostas para a chamada serão recebidas até 3 de junho de 2018.
A FAPESP e as demais FAPs participantes disponibilizarão até R$ 12,5 mil por curso.
Orientações específicas para proponentes de instituições do Estado de São Paulo estão disponíveis em www.fapesp.br/11659Informações gerais sobre a submissão de propostas estão disponíveis em www.fapesp.br/11658.    Fonte: Agência FAPESP

A Capes propõe revisão na avaliação da pós-graduação brasileira

Entidade formou comissão interdisciplinar para propor princípios que devem nortear a avaliação da Capes. Documento vai juntar-se com contribuições de outras entidades, instituições, coordenações, comissões e grupos de pesquisa
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) enviou à Comissão Especial de Acompanhamento do Programa Nacional de Pós-Graduação (PNPG) da Capes uma proposta para a discussão de um novo modelo de avaliação da Pós-Graduação no País. Pactuada durante o Fórum Permanente das Sociedades Científicas Associadas à SBPC – reunião ocorrida em março para definir estratégias de ação no campo da ciência, tecnologia, inovação e educação em 2018 –, a contribuição da entidade recebeu sugestões de diversos membros de seu corpo diretor, bem como de sociedades científicas afiliadas, e foi sistematizada por Comissão criada pelo Conselho da SBPC  e coordenada pelo professor Carlos Alexandre Netto, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
O documento ressalta a importância dos 60 anos de trajetória dos cursos de pós-graduação e destaca a contribuição para o desenvolvimento científico e social que os mais de quatro mil programas de PG em atividade proporcionam ao País, sendo a grande maioria abrigada em universidades públicas e comunitárias.
Segundo a proposta, toda a comunidade reconhece que a institucionalização da avaliação dos programas de pós-graduação pela Capes foi um dos principais fatores que levaram ao crescimento da produção científica brasileira e ao sucesso da PG brasileira.   Leia mais
Academia Brasileira de Ciência (ABC) produziu um documento com sugestões para aprimorar o processo de avaliação dos programas de pós-graduação do País, introduzido há mais de 40 anos. No documento, a entidade ressalta que a avaliação dos cursos de pós-graduação da Capes garantiu progressos extraordinários da ciência, na qualificação de recursos humanos e na capacitação de grupos de pesquisa de todo o Brasil.  Leia mais

11 abril 2018

DataCite integrado ao ORCiD


Precisa fazer a citação de artigos na bibliografia da sua pesquisa? O DataCite permite localizar, identificar e citar conjuntos de dados de estudos. O site possui quase 11 milhões de registros, é integrado ao ORCID Initiative, além de permitir o uso do DOI (Digital Object Idenfier) nas buscas.
Dentre as entidades integradas à ORCID e seus registros está o DataCite, organização internacional sem fins lucrativos que permite localizar, identificar e citar os conjuntos de dados de pesquisa, desempenhando um papel de liderança global na promoção do uso de identificadores persistentes associados a dados e conjuntos de dados de pesquisa. Dessa forma, o DataCite:

:: Aumenta a aceitação dos dados da pesquisa como contribuições legítimas para o registro científico;
:: Fornece suporte ao arquivamento de dados, permitindo que sejam verificados e reutilizados em estudos futuros;
:: Apoia centros de dados (data publishers) fornecendo DOIs para conjuntos de dados, fluxos de trabalho e padrões;
:: Apoia editores de revistas, permitindo que os artigos de pesquisa sejam vinculados a dados / objetos subjacentes;
:: Apoia as agências de financiamento, ajudando-as a entender o alcance e o impacto do seu financiamento;
:: Estabelece acesso mais fácil a dados de pesquisa na Internet, por meio de sua interface de busca: https://search.datacite.org/

O principal meio para estabelecer acesso fácil a conjuntos de dados de pesquisa é atribuir identificadores persistentes como, por exemplo, o Digital Object Idenfier (DOI). O DataCite recomenda que os nomes DOI sejam exibidos como URLs vinculáveis ​​e permanentes. Para tanto, mantém o DataCite DOI Fabrica e adota uma abordagem aberta para os identificadores, considerando outros sistemas e serviços que ajudam a alcançar seus objetivos. 
Estabelecido como agência de registro global para dados de pesquisa em 2009, o DataCite foi formado por organizações de diversos países como Inglaterra, Alemanha, Dinamarca, França, Holanda, dentre outros.
Em 2017, o número de dados registrados só naquele ano ultrapassou a marca dos três milhões. 
A integração entre DataCite e ORCID iniciou-se em 2015. Dessa forma, hoje as informações referentes aos conjuntos de dados de pesquisa que possuem DOI podem ser carregadas para o registro ORCiD, desde que a integração seja habilitada pelo pesquisador.  Toda vez que um novo conjunto de dados for publicado, será automaticamente adicionado ao registro ORCiD do pesquisador.   Fonte: Acontece |  SIBiUSP

10 abril 2018

Conheça a USP em visitas monitoradas

Confira o calendário das visitas monitoradas que acontecerão nas unidades de ensino, museus e órgãos de integração da Universidade de São Paulo. A inscrição é gratuita e as vagas são limitadas. Observe as datas de inscrição e das visitas em nosso site http://goo.gl/bz5fQx.

USP terá Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho

Projeto Indicadores de Desempenho nas Universidades Estaduais Paulistas, apoiado pela FAPESP no âmbito do Programa Pesquisa em Políticas Públicas, tem como objetivo propor reformulação das métricas utilizadas atualmente pelas três universidades públicas estaduais paulistas até 2019.
As métricas a serem aprimoradas são as mesmas que alimentam rankings internacionais como o Times Higher Education (THE) ou o Academic Ranking of World Universities (ARWU). “Mas, para definir padrões de avaliação das universidades estaduais paulistas, é fundamental que se defina claramente qual o projeto institucional de cada uma delas, vis-à-vis o interesse de seus grupos de pesquisa”, recomendou José Goldemberg, presidente da FAPESP e ex-reitor da USP.
“Para implementar políticas eficazes e obter melhor visibilidade dos impactos da universidade em favor da sociedade precisamos de boas métricas”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, que também afirmou que existe parceria entre universidades e empresas, conforme demonstra o gráfico de co-autorias.   
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Como escrever uma boa revisão bibliográfica

Fazer uma revisão bibliográfica pode parecer um trabalho muitas vezes cansativo e desafiador, porém dele dependerá a sustentação da relevância de sua pesquisa. Um trabalho cuja bibliografia restringe-se apenas a pesquisa recentes e que convergem com as conclusões do pesquisador, por exemplo, denota fragilidade e pode indicar que o pesquisador está apenas atestando sua opinião. Por isso mesmo, a revisão de pesquisa deve ser feita com esmero e em seu início – sendo gradualmente aprofundada em seu desenrolar. A seguir, cinco dicas para montar uma revisão bibliográfica realmente útil à sua pesquisa e escrita da dissertação.
1) Tenha em mente o objetivo da revisão bibliográfica – fazer uma revisão bibliográfica é algo trabalhoso e que demanda tempo, especialmente para longos trabalhos – caso da bibliografia de tese – mas é também um trabalho de base fundamental para garantir a qualidade final dos resultados alcançados. Uma revisão de pesquisa malfeita pode inclusive acabar com suas chances de alcançar resultados relevantes, por isso, sempre que estiver desmotivado a realizar este tipo de trabalho, lembre-se de sua importância e do impacto negativo que uma má revisão bibliográfica poderá ter em seu trabalho final e reputação como pesquisador.
A revisão é um trabalho ainda mais fundamental caso a tese defendida baseie-se em lacunas deixadas por outras pesquisas, pontos pouco mapeados em sua área de conhecimento ou a continuação imediata de outros estudos. Lembre-se que para criticar o trabalho de terceiros ou pontos mal mapeados em sua área de conhecimento é preciso antes conhecer muito bem o terreno que se pretende explorar, visto que pesquisas mais críticas e inovadoras tendem também a ser mais criticadas.
2) Mapeie os pontos fundamentais da pesquisa – comece analisando o contexto geral no qual sua pesquisa se encaixa dentro de sua grande área de conhecimento. Depois disso, identifique conceitos chave e variáveis importantes e correlacione-os à sua pesquisa. Por fim, aponte caminhos para o aprofundamento do desenvolvimento do estudo e indique metodologias alternativas que se relacionem ao tema do trabalho. Ao final deste trabalho você terá um delineamento dos grandes temas e pormenores abordados por sua pesquisa e poderá então começar a mapear a bibliografia que melhor dá conta das questões com as quais está trabalhando. O último ponto, sobre caminhos para aprofundar a pesquisa posteriormente, deve reunir bibliografia a ser usada em desdobramentos de sua pesquisa, mas cujas questões abordadas não necessariamente serão exploradas em seu trabalho. Esta bibliografia pode inclusive servir como fonte para o desenvolvimento de projetos futuros.
3) Demonstre autoridade em sua área de conhecimento – é fundamental que sua revisão de pesquisa demonstre sua autoridade no tema, especialmente caso se trate de uma bibliografia de tese. Neste aspecto, não importa tanto a quantidade de fontes levantadas, mas sim a qualidade e abrangência das mesmas. Procure focar em obras relevantes e de maior impacto na área ao longo de um escopo temporal significativo, mas sem se preocupar necessariamente em mapear “tudo” que já foi escrito sobre o tema. Construa um enquadramento lógico da evolução da discussão sobre o assunto, relacionando as contribuições dadas pelos autores a partir daquilo que é mais difundido e aceito em sua área de conhecimento. A melhor forma de organizar uma revisão bibliográfica é a partir da evolução de linhas teóricas ao longo do tempo, deste modo ficará mais fácil distinguir num amplo universo bibliográfico aquilo que é mais relevante das tendências momentâneas ou já ultrapassadas.
5) Coerência é tudo! – ao final de sua revisão bibliográfica seu leitor deverá ter conseguido entender aquilo que você está se propondo a pesquisar, situando seu trabalho em relação àquilo que foi feito em sua área de conhecimento nesta linha previamente. Por isso mesmo, é importante deixar claro argumentativamente qual o papel do seu trabalho neste panorama de pesquisa mais amplo, se é preencher uma lacuna nesta área, revisitar pesquisas que apresentam resultados inconclusivos, desafiar uma teoria já conhecida, aprofundar um estudo em particular, etc. Seja qual for seu propósito, ele deverá ficar claro através da forma como você alinha sua pesquisa a estudos anteriores, o que confere um caráter único à sua revisão bibliográfica. Por isso mesmo este trabalho não pode ser copiado da pesquisa de outros nem delegado a terceiros, visto que para que ele tenha qualidade é necessário que você leia a bibliografia pesquisada e a avalie criticamente sob a luz das particularidades de seu projeto de pesquisa. Além disso, o não domínio da bibliografia irá interferir negativamente na escrita da dissertação.

09 abril 2018

O acervo digital do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP

O acervo digital do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP - SIBiUSP possui revistas eletrônicas, obras raras, artigos científicos, banco de dados, bibliotecas digitais de fotos e vídeos, e muitos outros materiais de todo o mundo. Para o acesso é preciso usar um equipamento de dentro da universidade, ou você pode acessar direto da sua casa usando o VPN da USP.

(a) e-books: aproximadamente 270 mil obras adquiridas de editoras diversas (em parceria com o Cruesp, bibliotecas ou isoladamente) e suas coleções podem ser localizadas pelo Portal de Busca Integrada  ou na Lista de Livros Eletrônicos, pesquisando por Título, ISBN, Autor ou Fornecedor. Dentre as coleções destacam-se a ECCO (Eighteenth Century Collections Online), uma coleção com mais de 150 mil volumes publicados no século XVII no Reino Unido.

(b) Revistas Eletrônicas: o SIBiUSP mantém a assinatura online de cerca de quatro mil títulos de revistas internacionais em diversas áreas do conhecimento. Para identificar os títulos disponíveis e as plataformas utilizadas por seus respectivos editores, bem como o fator de impacto das mesmas, deve-se utilizar a pesquisa por títulos constantes na Lista de Revistas Eletrônicas (A-Z)  do Portal de Busca Integrada

(c) Bases de Dados: são mantidas pelo SIBiUSP aproximadamente 60 assinaturas de bases de dados, das mais diversas áreas do conhecimento. Todas elas estão disponíveis para acesso diretamente no site de seus respectivos editores ou via Portal de Busca Integrada

(d) Revistas da USP: o SIBiUSP mantém, desde 2008, o Portal de Revistas USP (www.revistas.usp.br). Trata-se de uma biblioteca digital das revistas publicadas por unidades de ensino e pesquisa, programas de pós-graduação e núcleos de pesquisas de docentes e alunos da Universidade de São Paulo e, em alguns casos, em parceria oficial com instituições externas. Todos os artigos disponíveis no Portal são de acesso aberto.

(e) Obras Raras e Documentos Especiais: diversas unidades da USP, dentre elas, o Departamento Técnico do SIBiUSP, a Brasiliana, o IEB (Instituto de Estudos Brasileiros) e outras estão digitalizando seus acervos. Todo esse conteúdo pode ser localizado e acessado diretamente em suas plataformas originais, e, em breve, pelo Portal de Busca Integrada. Hoje, a USP já mantém cerca de 5 mil obras raras e especiais digitalizadas e disponíveis online.

(f) Produção Científica e Acadêmica: o SIBiUSP, desde 1985, é o órgão responsável pela coleta e organização de toda a produção intelectual da Universidade. Até o ano de 2012 toda a produção do corpo docente é cadastrada no banco bibliográfico Dedalus. A USP mantém também, desde 2001, a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) (www.teses.usp.br), a maior biblioteca digital do gênero na América Latina, com mais de 42 mil itens defendidos em um de seus programas de pós-graduação. As teses e dissertações se encontram em acesso aberto.

(g) Vídeos: a USP possui duas importantes bibliotecas digitais de vídeos. A primeira e mais antiga é o IPTV USP (www.iptv.usp.br), um banco de vídeos relativos a palestras, conferências, reuniões, aulas, etc.; além disso, é também o canal da USP de transmissão de eventos em tempo real (streaming). O outro sistema, chamado de e-aulas (www.eaulas.usp.br), é uma biblioteca digital de aulas das disciplinas/cursos oferecidos na USP e já possui mais de 1.500 vídeos.

(h) Fotos: estão disponíveis também, à comunidade, duas bibliotecas digitais de fotos, com diferentes focos de conteúdos. A primeira é a USP Imagens (www.imagens.usp.br), um banco de dados de fotos e imagens da Universidade de São Paulo, suas Unidades e eventos. Um acervo riquíssimo da história da principal universidade brasileira. A segunda biblioteca digital é chamada de Cifonauta (cifonauta.cebimar.usp.br), um banco de imagens que contém uma grande variedade de fotos e vídeos provenientes de atividades científicas em biologia marinha. As imagens possuem classificação taxonômica, estágio de vida, habitat e outras informações que permitem navegar de maneira intuitiva e didática.

06 abril 2018

7 motivos que fazem seu artigo ser recusado pelo periódico

     
Leia na íntegra

Escrevendo o resumo da sua dissertação

Quando escrever o resumo ? Antes ou depois da dissertação já escrita ? Não existe uma regra definida para isso, o importante é que o resumo contenha precisamente toda a informação necessária para o leitor obter uma boa ideia geral sobre o que você realmente fez.


05 abril 2018

Figshare e SciELO estabelecem parceria para posicionar dados suplementares na vanguarda

SciELO Brazil agora utiliza Figshare para disponibilizar material suplementar de mais de 200 de seus periódicos

O SciELO - Scientific Electronic Library Online - anunciou uma nova parceria com o Figshare, um repositório baseado na nuvem voltado para pesquisa acadêmica.
 
O portal do repositório SciELO – disponível em https://scielo.figshare.com/ - é um local agregado para pesquisadores acessar os mais recentes resultados de pesquisa do SciELO, desde mapas climáticos brasileiros até dados que avaliam as zonas de risco da doença de Chagas no Chile. O portal cobre os periódicos SciELO do Brasil. Cada periódico possui sua própria página identificada para exibir seus dados.


Como parte desta parceria, todos os dados do portal serão hospedados de forma segura e receberão um Digital Object Identifier (DOI). Mais de 1.000 diferentes tipos de arquivos serão visualizados no navegador, tornando mais fácil para as pessoas se envolver com os dados.
 
Além disso, as estatísticas, incluindo visualizações, downloads, citações e informação Altmetric estarão disponíveis até o nível de cada item. Os administradores também terão um painel de estatísticas completo, personalizável de acordo com as necessidades de seus relatórios.


04 abril 2018

Web of Science com novas funcionalidades e novo visual

Referências citadas, recuperação de documentos em acesso aberto em repositórios, pesquisa por agência de fomento, apresentação e análise de resultados, etc. 
Confira os vídeos

Genealogia acadêmica do Brasil


Genealogia acadêmica é "o estudo da herança intelectual perpetuada por meio das relações formais de orientação acadêmica". Consulte a Plataforma Acácia que congrega dados de 5,1 milhões de currículos da Plataforma Lattes.
Plataforma Acácia foi concebida com o intuito de documentar as relações formais de orientação no contexto dos programas de pós graduação brasileiros. Isto é feito utilizando dados disponibilizados pela Plataforma Lattes, que atualmente concentra mais de 5,1 milhões de currículos acadêmicos. A documentação é feita sob a forma de grafos de genealogia acadêmica, em que cada vértice representa um pesquisador e cada aresta uma relação de orientação concluída entre dois pesquisadores. Uma descrição do algoritmo desenvolvido e utilizado para gerar o grafo pode ser encontrada em DAMACENO (2017). Adotamos o conceito proposto por SUGIMOTO (2014), que define genealogia acadêmica como "o estudo da herança intelectual perpetuada por meio das relações formais de orientação acadêmica". 
O termo Acácia é uma inspiração da árvore Acácia-negra (Acacia mearnsii), uma espécie nativa do sudeste Australiano. O formato da copa desta espécie assemelha-se com os grafos de genealogia acadêmica identificados no contexto brasileiro, ou seja, são compactos em termos de altura, indicando que no Brasil a Ciência é jovem (possui poucas gerações de doutores e mestres), mas largos, em termos de comprimento.
A Plataforma Acácia está ainda em desenvolvimento. Todas as relações de orientação serão atualizadas a partir de uma nova coleta de dados registrados nos CVs Lattes. Dessa forma, não é possível através desta plataforma inserir ou eliminar relações de orientação. 
Data de coleta de dados: Novembro de 2017. Acesse: http://plataforma-acacia.org/

03 abril 2018

Seminário propõe repensar a divisão das grandes áreas do conhecimento


(Re)discussão Sobre as Grandes Áreas do Conhecimento
dia 13 de abril de 2018
São Paulo - SP

A divisão do conhecimento em três grandes áreas será tema de um encontro que pretende questionar tal separação e propor um novo formato para ser utilizado nas universidades brasileiras. O seminário (Re)discussão sobre as Grandes Áreas do Conhecimento acontece no dia 13 de abril, às 14h, na Sala Alfredo Bosi, no IEA/USP, com transmissão ao vivo pelo site do IEA..
O seminário discutirá as essências das Ciências da Natureza (considerando-se a física, a química e a biologia em suas relações indissociáveis, bem como demais grandes áreas, desde a engenharia até às ciências médicas, em seu evidente carácter teórico-empírico-matemático de pesquisa), dos Estudos Culturais (considerando-se a datação e o relativismo próprio dos estudos antropológico-sociológicos envolvendo as culturas humanas) e, por fim, dos Conhecimentos Artísticos (com suas condições diferenciadas de poíesis, práxis e theoria). Acesse: https://bit.ly/2pXTaPv