No início de novembro, um artigo na Quantitative Science Studies
estimou que entre 2015 e 2018 um oligopólio de apenas cinco editoras acadêmicas
– Elsevier, Wiley, Springer-Nature, Taylor & Francis e Sage – faturou mais
de US$ 1 bilhão ao redor do mundo cobrando taxas de publicação de artigos
científicos. O trabalho quase certamente subestima o valor atual, tanto porque
os preços aumentaram como porque o mercado cresce em ritmo acelerado: uma
estimativa do ano passado coloca o total de gastos com taxas de publicação
científica no mundo em torno de US$ 2 bilhões. A ideia de pagar para publicar
ciência é um fenômeno recente, implantado como forma de financiar a divulgação
de conteúdo científico em acesso aberto. Ainda que a migração do sistema de
publicação para o ambiente online tenha tornado a abertura tecnicamente viável,
ela foi inicialmente impedida pelo fato das revistas científicas terem caído
nas mãos de grandes editoras comerciais, que mantiveram um modelo baseado em
assinaturas, cobrando taxas exorbitantes de indivíduos, instituições ou países
pelo acesso a conteúdo protegido por paywalls. Saiba mais. Fonte: Jornal da Ciência - 22/11/23