11 janeiro 2021

Centro de Inteligência Artificial tem bolsas de pós-doutorado para o desafio AgriBio


Centro de Inteligência Artificial (C4AI), um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) financiado pela FAPESP e IBM Research com sede na Universidade de São Paulo (USP), oferece cinco oportunidades de pós-doutorado com bolsas do Centro. As inscrições podem ser feitas até dia 31 de janeiro de 2021.
O CPE conduz vários projetos em áreas como processamento de linguagem natural, sistemas de perguntas/respostas, tomada de decisão, aprendizado de máquina, além de investigar aplicações em vários temas, de saúde a agronegócio, meio ambiente e políticas públicas.
As vagas estão vinculadas ao Grande Desafio “AgriBio – Tomada de Decisão Causal Multicritério em Redes de Produção de Alimentos”, que se concentra na investigação de modelos causais multicritério baseados em inteligência artificial para a tomada de decisão sob incerteza em redes de produção de alimentos.
As bolsas estão disponíveis para projetos nas áreas de conhecimento de segurança alimentar e commodities. Em segurança alimentar, os projetos são “Post-Doc Position: Bayesian causal network on food security decision making”, “Information management for food process network and decision making” e “Knowledge-based and data-driven models of ecosystem-based adaptation using water extreme predictions for the security of food-biodiversity nexus”.
Já na área de commodities, as oportunidades são para os projetos “Representation learning from heterogeneous data for AI models applied to commodities commercialization strategies” e “Econometrics, hybrid-ensemble models and decision making on commodity commercialization strategies”.
Os candidatos devem enviar mensagem para c4ai-agribio@usp.br, destacando a adequação do perfil e anexando carta de interesse e curriculum vitae resumido.  Mais informações pelo e-mail c4ai@usp.br.    Fonte: Agência FAPESP - 11/01/21


10 janeiro 2021

Agricultura digital brasileira: 84% dos produtores usam pelo menos uma tecnologia

Uso de ferramentas digitais para comercialização, interesse por soluções digitais, gargalos em infraestrutura de conectividade e falta de conhecimento sobre as tecnologias disponíveis são alguns tópicos extraídos da pesquisa realizada com mais de 750 participantes entre produtores rurais, empresas e prestadores de serviço sobre tendências, desafios e oportunidades para a agricultura digital no Brasil. O trabalho foi feito por meio de parceria entre a Embrapa, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e revelou que 84% dos agricultores brasileiros já utilizam ao menos uma tecnologia digital como ferramenta de apoio na produção agrícola
Os resultados, recém-consolidados, mostram que a facilidade de comunicação e de acesso à informação, proporcionada pela internet, são a porta de entrada hoje para introduzir o agricultor nessas novas tecnologias. Mas aplicações mais especializadas, capazes de ampliar o acesso a mercados, reduzir custos ou ainda agregar valor à produção já estão no radar dos produtores rurais, com potencial de expansão.
Por meio de painéis interativos (dashboards), é possível analisar todos os resultados da pesquisa de forma estratificada. A consultas podem ser feitas a partir das informações sobre o perfil do agricultor e do prestador de serviço, como tamanho da área cultivada e tempo na atividade, para cada unidade da federação. Os dados completos também estão disponíveis para consulta no sumário executivo. O estudo foi realizado no âmbito do projeto de cooperação “Inteligência estratégica para pequenos negócios rurais: agregação de valor e tecnologia”, coordenado pela Secretaria de Inovação e Negócios (SIN) da Embrapa e firmado em parceria com o Sebrae. Seu objetivo é ajudar a orientar novas pesquisas e inovações além de subsidiar estratégias de mercado.   Veja mais.    Fonte: AGROemDIA


 


 

08 janeiro 2021

Novo prazo para os empréstimos: 8 de fevereiro de 2021

Fonte: AGUIA - 07/01/21

Para acompanhar a Covid-19 nos municípios

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou em setembro o painel Covid-19 Síntese por Município. Trata-se de uma plataforma que permite acompanhar uma série de dados sobre a epidemia no Brasil inteiro, com potencial de auxiliar na tomada de decisões.
Cada município, ao ser selecionado no mapa ou encontrado por meio de busca, vem acompanhado de um gráfico com o número de casos diários e semanais, desde o final de março. Também inclui dados sobre a população vulnerável do município (idosa, domicílios com três ou mais moradores por dormitório ou em áreas de ocupação irregular – como favelas – e a quantidade de localidades indígenas), a capacidade de resposta do sistema de saúde (leitos hospitalares, leitos de UTI, respiradores e profissionais da saúde disponíveis no SUS) e o acompanhamento da pandemia. Cada dado fornece a comparação com o estado no qual o município está inserido e, no mapa, é possível enxergar a situação nos municípios vizinhos.
Os dados vêm de pesquisas do próprio IBGE, do Ministério da Saúde e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com o repositório Brasil.IO.   Fonte: Pesquisa FAPESP

Como contar uma história de impacto? Os blocos de construção de que você precisa

Não sabe como demonstrar o impacto? Laura Meagher e David Edwards descrevem uma compreensão dinâmica da avaliação de impacto composta de ‘blocos de construção’. Esses blocos de construção são cinco tipos de impactos; cinco categorias amplas de partes interessadas; e oito fatores causais, juntamente com um conjunto de questões reflexivas abrangentes. Esta é uma tradução livre da matéria original em inglês: How to tell an impact story? The building blocks you need [1]


A pressão crescente colocada sobre organizações de pesquisa de todos os tipos (não apenas universidades) para demonstrar impacto é freqüentemente repassada para pesquisadores e gerentes de pesquisa sem o apoio de uma mudança cultural dentro da instituição.
Com isso em mente, a Forest Research, agência de pesquisa do governo que apoia o setor florestal do Reino Unido, se comprometeu a promover uma cultura de troca de conhecimento e interdisciplinaridade em suas pesquisas. Essa missão resultou de uma avaliação de impacto externo de 2012 que recomendou direcionar a atenção para ajudar os pesquisadores a gerar e registrar os impactos. Além das atividades do programa, como oficinas de treinamento e conversas em pequenos grupos, a iniciativa identificou um desafio adicional: o de desmistificar e operacionalizar a avaliação de impacto de forma coerente e acessível que, no entanto, permite diversidade, sutileza e incerteza.    Veja mais.    Fonte: AGUIA - 08/01/21

 

07 janeiro 2021

CAPES regulamenta polos para mestrado e doutorado EaD

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) publicou nesta quinta-feira, 7 de janeiro, os requisitos para autorizar o funcionamento e a permanência de polos de educação a distância (EaD) para a pós-graduação stricto sensu. A medida determina as características necessárias para a  abertura e manutenção de espaços para a realização de atividades presenciais de programas de pós-graduação (PPGs) na modalidade EaD.
“A nova portaria vem para trazer segurança jurídica e formalizar as características necessárias de espaços físicos para PPGs na modalidade EaD. Trata-se da segunda etapa de um processo iniciado em 2019 e que se mostrou ainda mais necessário com as restrições impostas pela pandemia”, explica Benedito Aguiar, presidente da CAPES.  O documento regulamenta o artigo 8º da Portaria nº 90/2019, que estabelece regras gerais para PPGs na modalidade EaD.
Os polos deverão ter área administrativa, laboratório de informática ou multimídia equipados com computadores ou dispositivos similares, internet em todos os espaços, sala de estudos com acesso à biblioteca virtual e bases de dados, além de equipamentos para conferências virtuais e identificação da instituição responsável pela oferta de cursos.
A parte burocrática inclui alvará de funcionamento ou habite-se, documento de dominialidade ou aluguel ou cessão de uso e declaração dos recursos humanos do polo. As características pedagógicas devem ser avaliadas por uma comissão de avaliação da proposta de curso novo.
Os polos passarão por uma análise documental e visita de monitoramento, que poderá ser virtual ou presencial, para verificar se atendem aos requisitos da portaria. Os espaços autorizados poderão, a qualquer tempo, ser visitados por avaliadores.    Fonte: CCS/CAPES - 07/01/21

Bolsas de pesquisa para quem precisa

O Brasil tem vivido um ambiente de incerteza, em que o enfrentamento de problemas correntes tem muitas vezes comprometido progressos conquistados com dificuldade, provocando danos que ameaçam ainda mais o futuro do País. Em momentos de crise, os países desenvolvidos têm reforçado o apoio à educação e à pesquisa científica em geral. Por aqui temos visto o contrário, com propostas e medidas que põem em xeque todo o sistema, do ensino básico à pós-graduação.
Em São Paulo o orçamento proposto para 2021 permite corte de R$ 450 milhões de recursos da Fapesp, em desrespeito à Constituição do Estado, que destina um mínimo de 1% da receita tributária estadual a essa fundação. Neste artigo demonstramos que cortes dessa magnitude causarão grandes prejuízos à produção de conhecimento no Estado de São Paulo e no País. O sistema brasileiro de fomento da pós-graduação é um dos mais bem estruturados do mundo, o mais forte de toda a América Latina e responsável por manter o Brasil na fronteira da produção de conhecimento de todas as áreas.  Veja mais.    Fonte: O Estado de S. Paulo - 07/01/21

Excelência e relacionamento com a sociedade norteiam ações da gestão em 2020


A despeito da suspensão das atividades presenciais na Universidade desde o dia 17 de março, em 2020, a USP deu continuidade a diversos projetos voltados para a modernização de sua estrutura administrativa e de fomento a parcerias. Durante o ano, os dirigentes da Universidade se reuniram virtualmente em diversas ocasiões para debater questões importantes sobre o andamento da gestão em tempos de pandemia. O tema autonomia administrativo-financeira também fez parte das discussões dos colegiados, já que a USP esteve sob a ameaça de cortes em seu orçamento pelo Governo do Estado. O Conselho Universitário aprovou homenagens a estudiosos importantes da área de ensino superior, da cultura e da pós-graduação. A Comissão de Direitos Humanos promoveu mais uma edição de seu tradicional prêmio.    
Fonte: Jornal da USP - 06/01/21   

06 janeiro 2021

O labirinto do Plano S

Em vigor a partir de 1º de janeiro, iniciativa de acesso aberto reduz ambições e enfrenta incertezas sobre seu alcance

O Plano S, iniciativa para expandir o acesso aberto na comunicação científica criada por instituições de fomento à pesquisa de 17 países, na maioria europeus, entrou em vigor em 1º de janeiro com ambições mais comedidas do que as programadas em seu lançamento, em setembro de 2018. O conceito central manteve-se intacto: se uma pesquisa é financiada com dinheiro público – no caso, com recursos de uma das agências signatárias–, os seus resultados deverão ser divulgados em revistas científicas ou em plataformas na internet às quais qualquer pessoa tenha acesso sem precisar pagar por isso. Já os caminhos para alcançar essa meta se tornaram mais flexíveis, a fim de conciliar interesses de pesquisadores, editoras e organizações de financiamento.
Responsável pelo plano, o consórcio cOAlition S desistiu de banir modelos de negócio tradicionais de periódicos, como a venda de assinaturas ou a cobrança de taxas extras para divulgação de artigos na internet. No escopo original do plano, apenas revistas integralmente de acesso aberto, aquelas que disponibilizam todo o seu conteúdo livremente, poderiam ser adotadas por autores financiados pelas agências signatárias – e se cogitou até mesmo patrocinar a criação de novos periódicos com esse modelo (ver Pesquisa FAPESP nº 276).
Pesquisadores se queixaram de que o plano limitaria sua liberdade de escolher onde publicar. Também houve uma intensa resistência de editoras e sociedades científicas, receosas de perder receitas. Sob pressão, os organizadores do plano transferiram a sua implementação de 2020 para 2021 e suspenderam temporariamente uma série de restrições. O cOAlition S anunciou que seguiria permitida a publicação em qualquer modelo de periódico, até mesmo os de acesso restrito para assinantes, desde que a revista garanta a divulgação de uma cópia revisada do trabalho em algum repositório de acesso aberto logo após a publicação, onde possa ser consultada sem restrições. Mas a flexibilização só vai beneficiar periódicos que celebrem os chamados “acordos de transformação”, por meio dos quais se comprometem a ampliar progressivamente suas atividades em acesso aberto até alcançar 100% dos artigos em 2024. Em troca, ficam autorizados a manter o modelo antigo nos próximos quatro anos, podendo assim receber dinheiro das agências públicas para custear a publicação de artigos em acesso aberto.  
 Veja mais.   Fonte: Pesquisa FAPESP - jan. 2021

Inteligência artificial na revisão por pares

Software aponta possíveis conflitos de interesse envolvendo autores de artigos e pesquisadores que avaliam sua qualidade


A editora suíça Frontiers, que publica mais de 90 periódicos científicos em acesso aberto, desenvolveu um software que utiliza inteligência artificial para examinar artigos e identificar até 20 diferentes problemas relacionados à sua integridade, como plágio ou imagens com sinais de manipulação. O programa chamou a atenção, no entanto, por oferecer um serviço inovador: ele avisa quando os autores de um manuscrito e os editores e revisores que estão apreciando o seu conteúdo já assinaram juntos outros artigos, em uma proximidade que pode tornar a avaliação subjetiva e configurar um conflito de interesses. Denominado Artificial Intelligence Review Assistant (Aira), a ferramenta está sendo utilizada no processo de revisão por pares de revistas da Frontiers com o propósito de fornecer um alerta objetivo sobre interações prévias entre quem produz e quem avalia o conhecimento. Cabe a um juiz de carne e osso – o editor-chefe do periódico, em última instância – arbitrar se esses contatos anteriores afetam ou não a isenção da análise. “É necessário ter apoio tecnológico para verificar em larga escala conflitos de interesse entre autores e revisores”, disse o cientista da computação Daniel Petrariu, diretor de Desenvolvimento de Produtos da Frontiers, no lançamento do programa, em julho.
O Committee on Publication Ethics (Cope), fórum que discute temas relacionados à integridade na ciência, define conflito de interesses como uma situação em que pesquisadores ou instituições científicas têm interesses que concorrem entre si, de caráter profissional ou econômico, de modo que tomar partido de um deles pode comprometer a imparcialidade de suas decisões. A existência de um conflito de interesses, observa o Cope, não é determinante para a ocorrência de má conduta: a despeito de tais circunstâncias, um estudo pode perfeitamente ter resultados válidos e fidedignos. Mas, quando isso acontece, é obrigatório lidar com o problema de forma transparente. Por isso, exige-se que pesquisadores assinem declarações de conflitos de interesse sempre que apresentar um projeto ou publicar um artigo. Fica a cargo do avaliador do projeto ou do leitor do paper ponderar os resultados tendo em mente os interesses envolvidos.   Veja mais.    Fonte: Pesquisa FAPESP - jan. 2021

Ciência de impacto

Lista de pesquisadores com trabalhos altamente citados contém mais brasileiros em 2020

Cresceu o número de pesquisadores brasileiros entre os mais citados do mundo. Foram 19 em 2020, quatro a mais que no ano anterior, destacando-se em áreas como epidemiologia e saúde pública. Os dados constam de um levantamento divulgado em novembro pelo Institute for Scientific Information (ISI), serviço de bases bibliométricas da Clarivate Analytics. Todos os anos a empresa lista os cientistas responsáveis por 1% dos artigos mais citados em 21 áreas do conhecimento. O relatório de 2020 se baseou em trabalhos publicados em periódicos indexados na Web of Science (WoS) entre janeiro de 2009 e dezembro de 2019, e nas citações que receberam no período. Ao todo, 6.389 pesquisadores figuram na relação.

O Brasil, um dos 15 países que mais produzem artigos científicos, ficou na 26ª posição no ranking das nações com mais cientistas altamente citados (ver tabela), consolidando uma tendência de crescimento que ganhou força em 2018, quando a Clarivate adotou uma nova metodologia para contabilizar o impacto dos pesquisadores. Até então, o contingente de brasileiros entre os mais citados restringia-se a, em média, quatro nomes – nem sempre os mesmos. Em 2018, esse número subiu para 13 e, em 2019, para 15. O desempenho do Brasil é tímido quando comparado ao de nações como Estados Unidos e China, mas se destaca na América Latina. O país ficou à frente do México, com quatro pesquisadores na lista de 2020, e da Argentina, com apenas um – desde que a Clarivate passou a fazer esse levantamento, em 2014, o vizinho do Brasil nunca emplacou mais do que três pesquisadores na listagem.   
Veja mais.    Fonte: Pesquisa FAPESP - jan. 2021

Folheie a Pesquisa FAPESP de janeiro 2021

Pesquisadores com filhos querem incluir esse dado na Plataforma Lattes

O projeto Parent in Science, que luta por equidade para pesquisadores e pesquisadoras com filhos, lançou campanha para reivindicar a inclusão de um campo na Plataforma Lattes, para que se possa indicar a condição de maternidade e paternidade. Mantida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a plataforma é o sistema oficial do Brasil para cadastro de cientistas das diversas áreas do conhecimento.

Como representa, basicamente, o cartão de visita dos cientistas no mundo acadêmico e profissional, a campanha tem por objetivo melhorar a avaliação que seus pares fazem sobre seu trabalho. Isso se explica porque muitos deles acabam tendo dificuldades para conciliar os cuidados dos filhos com o desenvolvimento das pesquisas. Em alguns casos, chegam a interromper totalmente a carreira durante certo período.

De acordo com o projeto, a chegada dos filhos pode causar impacto significativo na produção dos pesquisadores, especialmente das mulheres. A desaceleração na elaboração de artigos pode durar até quatro anos, o que, consequentemente, acaba afetando seu currículo e gerando desvantagem em relação a colegas.

Assim, com a possibilidade de sinalizar a parentalidade no Currículo Lattes, recrutadores, universidades e agências de fomento à pesquisa poderão compreender o por quê da queda em sua produção.

“Várias agências de fomento e instituições de ensino e pesquisa já utilizam essa informação em editais de financiamento, processos seletivos, avaliação de progressão funcional e cadastro de docentes orientadores nos PPGs [programas de pós-graduação], ampliando o período de análise do currículo das cientistas mães”, argumentam representantes do projeto, em postagem no Facebook.

Em 2019, o Parent in Science apresentou um pedido formal ao CNPq, mas, até o momento, não foi atendido. A Agência Brasil perguntou ao CNPq se a medida será concretizada e aguarda retorno.    Fonte: Jornal da Ciência - 06/01/21


 

Relatório conecta pesquisas aos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU

O levantamento da editora Elsevier fornece uma visão sobre o papel da pesquisa científica no aprimoramento de mudanças sociais

O material fornece uma visão sobre o papel da pesquisa acadêmica no aprimoramento de mudanças sociais. O levantamento serve como um chamado à ação para que a comunidade científica explore os achados e participe do diálogo em torno da ciência para avançar nesses objetivos.
Os principais insights do relatório, segundo especialistas, revelam três pontos chave:
1) Necessidade de focar nas sinergias entre os ODS e adotar uma abordagem holística que envolva gêneros, nacionalidades e disciplinas, com atenção individual a cada objetivo e aos pontos necessários para que as metas traçadas sejam atingidas;
2) Premência de diminuir a distância entre ciência, política e sociedade, uma vez que, de acordo com as Nações Unidas, o mundo não está no caminho certo para atingir nenhuma das metas antes de 2030, o que aponta para a urgência de maior cooperação entre ciência, política e sociedade para garantir que os resultados da pesquisa sejam traduzidos em ações concreta;
3) Urgência de autoridade, pois o conjunto global de pesquisas continua a crescer e especialistas revelam a necessidade de uma liderança forte e eficaz para defender as metas dos ODS. 
Para mais detalhes sobre o relatório, acesse esta página ou clique aqui
Fonte: Portal de Periódicos CAPES - 06/01/21

05 janeiro 2021

Grupo da USP cria mensagens de áudio para combater informações falsas sobre vacinas​

Objetivo do material produzido pela União Pró-Vacina é que as pessoas compartilhem os áudios pelo WhatsApp para fazer frente às fake news que circulam em redes familiares


Formato de fácil viralização, as mensagens de áudio no WhatsApp estão se tornando grandes aliadas contra a desinformação. Integrantes da União Pró-Vacina, grupo de instituições que atua no combate a informações falsas sobre imunização, criaram uma série de mensagens desse tipo explicando e esclarecendo as principais fake news sobre vacinas para disparar na rede social.
Segundo o estudante de graduação da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP e guia da ONU no Projeto Halo, Wasim Syed, que também faz parte da União Pró-Vacina, a ideia surgiu a partir de uma análise dos conteúdos recebidos por WhatsApp pelos próprios integrantes do projeto. “Grande parte das fake news que saem sobre vacinas e coronavírus são disseminadas por áudios enviados por pessoas que estão conversando com alguém da família. Isso viraliza muito mais do que vídeos e qualquer informação correta”, diz ele.
A partir dessa constatação, o grupo começou a adaptar conteúdos já postados em outras redes sociais, como o Facebook e o Instagram, para mensagens de áudio. O roteiro padrão inclui a pergunta, a apresentação do integrante que está narrando e a explicação correta, sempre embasada em fontes confiáveis, como revistas científicas.
“O áudio é ainda mais acessível para as pessoas porque ela não precisa saber ler para entender o conteúdo da mensagem. É diferente de um artigo ou um post um pouco maior no Facebook. Um áudio você só escuta. E a linguagem que estamos usando nessas peças é bem simples”, explica Wasim.    Veja mais.    Fonte: Jornal da USP - 05/01/21

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

04 janeiro 2021


Do exercício de cultivar plantas à procura por cursos, certamente a leitura se destaca entre as atividades mais procuradas da quarentena. Tanto aquela voltada para aprofundar conhecimentos específicos quanto a leitura despretensiosa, de quem abre as páginas do livro – ou do ebook – para se ver preso numa narrativa de entretenimento.

E dentre as possibilidades de gêneros literários, os romances predominam na pandemia. Eles figuram entre os livros mais comprados em 2020. O romance distópico de George Orwell, 1984, voltou à lista de mais vendidos da gigante Amazon. E clássicos como Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes, seguem singulares em número de cópias: estima-se que já tenham sido vendidos 600 milhões de exemplares.
Mas o romance não atrai apenas leitores, ele também é objeto de interesse da academia. Na USP, um grupo de pesquisadores se dedica a estudá-lo dentro da dimensão histórica e de teoria crítica. A professora Sandra Guardini Teixeira Vasconcelos, do Departamento de Letras Modernas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, trabalha com o tema há pelo menos 40 anos.
Há quase dez, ela criou e co-coordena o Laboratório de Estudos do Romance (LERo), junto do professor Jorge de Almeida, do Departamento de Teoria Literária da FFLCH. Sandra conta que a vocação do laboratório é reunir pessoas, tanto do ponto de vista do ensino, da pesquisa, como da extensão universitária. “A ideia sempre foi, desde o começo, aproximar alunos, pesquisadores, professores e interessados em romance, em geral. Sem propor um recorte nacional, nosso foco é o romance como gênero e isso agrega muita gente.”   Veja mais.  
Fonte: Jornal da USP - 04/01/21

Aluno da USP desenvolve visita virtual à exposição de arte com técnicas de jogos

Durante a pandemia do novo coronavírus, que pede o distanciamento social, museus e galerias perceberam a necessidade de adaptação no setor artístico. Foi assim com o Instituto Figueiredo Ferraz (IFF), da cidade de Ribeirão Preto, que por meio de visita virtual gamificada conseguiu dar continuidade a sua missão – divulgar, incentivar e tornar acessível a arte contemporânea brasileira, mesmo em período atípico.

O projeto, que possibilitou apresentar virtualmente a exposição Outras Paisagens, Coleção Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz, com curadoria de Rejane Cintrão, foi desenvolvido pelo engenheiro mecatrônico e mestrando em Engenharia Mecânica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, Ícaro Ostan, e a co-desenvolvedora Ingrid Assis Ostan, arte-educadora do IFF.

A ideia da visita virtual gamificada, conta Ingrid, surgiu com o objetivo de criar um projeto diferente para o IFF neste período. Assim, os irmãos se dividiram entre a parte teórica e a aplicação prática. A familiaridade com ferramentas de desenvolvimento facilitou o processo de criação, diz Ostan. “Eu tentei aplicar alguns atributos simples que pudessem aumentar o realismo da experiência virtual e, com isso, tornar a experiência mais engajadora e imersiva, como visão em primeira pessoa, o som dos passos ao caminhar, escala e proporção entre os objetos.”

Assim, o projeto incentivou a realização de novas atividades remotas com as escolas que antes da pandemia visitavam presencialmente o IFF, sendo possível “efetuar todo o percurso da visitação juntos, através de plataformas de encontro on-line, como se estivessem todos presentes no espaço físico, criando uma imersão dos alunos, de forma que todos pudessem compartilhar a mesma experiência simultaneamente”, diz a arte-educadora. 

A visita para conhecer a exposição Outras Paisagens, Coleção Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz continua, gratuitamente, e pode ser feita por computador com acesso à internet por aqui.     Fonte: Jornal da USP - 04/01/21

Decreto do governador recompõe orçamento da FAPESP

Decreto nº 65.438, de 30 de dezembro de 2020, publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo no dia 31de dezembro, assinado pelo governador de São Paulo, João Doria, recompôs integralmente o orçamento da FAPESP e das três universidades públicas paulistas para 2021.
A publicação do decreto, prevista no artigo 11 da Lei nº 17.309, de 29 de dezembro de 2020, proposto pelo próprio Executivo, teve como objetivo assegurar o cumprimento do disposto no artigo 271 da Constituição do Estado de São Paulo e no artigo 5 da Lei nº 17.286, de 2020.
O artigo 271 da Constituição Estadual estabelece que o Estado destinará o mínimo de 1% de sua receita tributária à FAPESP, como renda de sua privativa administração, para aplicação em desenvolvimento científico e tecnológico, e o artigo 5 da Lei 17.286 destina às universidades estaduais liberações mensais de, no mínimo, 9,57% da arrecadação do ICMS.
Em nota encaminhada ao jornal Folha de S.Paulo em 31 de dezembro, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) afirma que o governo de São Paulo “mantém seu compromisso com a ciência e garante todos os recursos destinados à pesquisa, ciência e tecnologia em sua integralidade para a FAPESP e as universidades, mesmo em um momento de grande desafio fiscal e recuperação econômica devido à pandemia, que levou o governo a fazer uma reforma administrativa de R$ 7 bilhões para cobrir restrições orçamentárias em todas as suas áreas”.
De acordo com a nota da SDE, “o Decreto 65.438 de 30/12/2020 reforça e comprova o compromisso realocando um total de R$ 1.191.101.414 milhões para a FAPESP e universidades estaduais. Não há fragilidade na garantia de recursos, pois a Lei Orçamentária Anual [LOA] aprovada estabelece que os recursos da FAPESP serão aqueles definidos pelo artigo 271 da Constituição Estadual [redação dada pelo parágrafo 5 do Artigo 11 da LOA]. Portanto, isso assegura por lei que a FAPESP contará, mensalmente, com a transferência de 1% da Receita Tributária Líquida do Estado”.
Ainda de acordo com a SDE, o decreto foi necessário para ajustar o orçamento geral do Estado e reforça, também “que a Desvinculação da Receita Orçamentária de Estados e Municípios [DREM] não foi e não será aplicada à FAPESP em 2021 e que há um compromisso claro do Governo Doria pela ciência”.    Fonte: Agência FAPESP - 04/01/21