“Fábricas de ensaios” podem se tornar ilegais no
Reino Unido, em estratégia para combater fraudes disseminadas no ensino remoto
O governo do Reino Unido propôs uma reforma na legislação
educacional que, se for aprovada, tornará ilícita a venda de trabalhos
acadêmicos. A Câmara dos Comuns começou a discutir em outubro uma nova
regulação para as instituições de ensino superior, com o objetivo de garantir
formação de alta qualidade a profissionais em áreas consideradas estratégicas,
como engenharia, energias limpas e manufatura. Um dos dispositivos do projeto
propõe transformar em crime as atividades das chamadas “fábricas de ensaios”. São
sites da internet que, em troca de dinheiro, produzem trabalhos encomendados
por estudantes, comprometendo, assim, a integridade do processo de avaliação de
desempenho acadêmico. “Essas empresas são completamente antiéticas. Depreciam o
esforço realizado pela maioria dos alunos e ainda lucram com isso”, afirmou à
BBC Alex Burghart, subsecretário de Estado para Aprendizagem e Competências,
subordinado ao Departamento de Educação do Reino Unido.
A detecção desse tipo de fraude é difícil. Muitos serviços oferecem garantias de que os trabalhos são bem escritos e imunes aos softwares antiplágio, mas, quando o embuste é identificado pelos professores, os estudantes são punidos. Já as fábricas de ensaios não sofriam nenhuma consequência no Reino Unido, dada a ausência de legislação sobre seu funcionamento.
Durante a pandemia, as universidades investiram na supervisão remota das provas on-line. Muitas contrataram serviços de empresas especializadas em monitorar estudantes durante a realização de exames, bloqueando seus navegadores da internet e vigiando-os pelas câmeras de seus notebooks. Mas há evidências de que a cola ganhou espaço com a migração do ensino presencial para o on-line e que as opções para trapacear ficaram mais numerosas. A Agência de Garantia de Qualidade para a Educação Superior, um órgão fiscalizador das universidades do Reino Unido, contabilizou 932 fábricas de ensaios em operação atualmente, ante 638 em 2018. Saiba mais. Fonte: Pesquisa FAPESP - dez. 2021
A detecção desse tipo de fraude é difícil. Muitos serviços oferecem garantias de que os trabalhos são bem escritos e imunes aos softwares antiplágio, mas, quando o embuste é identificado pelos professores, os estudantes são punidos. Já as fábricas de ensaios não sofriam nenhuma consequência no Reino Unido, dada a ausência de legislação sobre seu funcionamento.
Durante a pandemia, as universidades investiram na supervisão remota das provas on-line. Muitas contrataram serviços de empresas especializadas em monitorar estudantes durante a realização de exames, bloqueando seus navegadores da internet e vigiando-os pelas câmeras de seus notebooks. Mas há evidências de que a cola ganhou espaço com a migração do ensino presencial para o on-line e que as opções para trapacear ficaram mais numerosas. A Agência de Garantia de Qualidade para a Educação Superior, um órgão fiscalizador das universidades do Reino Unido, contabilizou 932 fábricas de ensaios em operação atualmente, ante 638 em 2018. Saiba mais. Fonte: Pesquisa FAPESP - dez. 2021