Ensino e pesquisa científica são duas áreas nas quais a
Inteligência Artificial (IA) está sendo vista como uma verdadeira revolução.
Para o bem e para o mal. Na verdade, a IA já estava sendo acionada antes do
aparecimento do ChatGPT, geralmente por laboratórios e pesquisadores que
utilizavam a técnica para objetivos específicos. O que mudou mais recentemente
foi o aparecimento de modelos de capacidade gigante para captura, acumulação e
processamento de dados, as chamadas “IAs generativas”, que levam esse nome
porque geram conteúdo e podem ser treinadas em conjuntos massivos de dados
(Large Language Models). “Isso nos leva a refletir sobre o potencial para a
pesquisa científica”, observa Rafael Cardoso Sampaio, Professor do Departamento
de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Pesquisador do
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT.DD),
Sampaio acredita que a IA é uma verdadeira mudança de paradigma, não só para
a ciência, mas para a própria internet.
Fonte: Jornal da Ciência – 31/07/23