A facilidade em acessar e difundir artigos pela
internet, por exemplo, tornou quase inútil a assinatura de revistas acadêmicas,
ameaçando a principal fonte de renda dos grandes publishers. À onda do acesso
aberto, somaram-se os chamados servidores de preprint, plataformas virtuais nas
quais é possível depositar um manuscrito sem passar pelos filtros editoriais
tão temidos por Darwin. Já os dados das pesquisas estão à mão em repositórios
de replicabilidade, uma novidade que promete tornar a pesquisa científica mais
escrutinável aos pares. No entanto, tornar mais acessíveis os textos e dados produzidos
pela ciência não tem sido sinônimo de torná-los mais abertos à avaliação, ao
contrário. O número de artigos depositados em servidores abertos de preprint
cresce exponencialmente a cada ano, mas a proporção avaliada por pares
permanece ínfima. O mesmo se aplica às bases de dados, cada vez mais
replicáveis, mas nem por isso efetivamente replicadas. Saiba mais.
Fonte: Jornal da Ciência – 29/05/24