29 maio 2024

O lado ainda fechado da ciência aberta

A facilidade em acessar e difundir artigos pela internet, por exemplo, tornou quase inútil a assinatura de revistas acadêmicas, ameaçando a principal fonte de renda dos grandes publishers. À onda do acesso aberto, somaram-se os chamados servidores de preprint, plataformas virtuais nas quais é possível depositar um manuscrito sem passar pelos filtros editoriais tão temidos por Darwin. Já os dados das pesquisas estão à mão em repositórios de replicabilidade, uma novidade que promete tornar a pesquisa científica mais escrutinável aos pares. No entanto, tornar mais acessíveis os textos e dados produzidos pela ciência não tem sido sinônimo de torná-los mais abertos à avaliação, ao contrário. O número de artigos depositados em servidores abertos de preprint cresce exponencialmente a cada ano, mas a proporção avaliada por pares permanece ínfima. O mesmo se aplica às bases de dados, cada vez mais replicáveis, mas nem por isso efetivamente replicadas.   Saiba mais.   Fonte: Jornal da Ciência – 29/05/24