Alemanha trava duelo com editora científica para ampliar acesso aberto a papers do país e reduzir custos
Universidades da Alemanha travam com a editora holandesa Elsevier uma queda de braço cujo desfecho pode influenciar o modo de divulgação de artigos científicos no mundo. No ano passado, um grupo de 150 instituições de ensino e pesquisa liderado pela Associação dos Reitores da Alemanha (HRK) procurou três grandes editoras científicas responsáveis por mais de 50% dos orçamentos de suas bibliotecas propondo um novo tipo de contrato. Em vez de fazer assinaturas para ter acesso a títulos, as universidades passariam a pagar uma taxa básica pela publicação de cada artigo e isso garantiria acesso aberto e irrestrito na web a todos os papers assinados por autores alemães. As negociações prosperaram com as editoras Springer e Wiley, que devem celebrar novos acordos em 2018. Mas chegaram a um impasse com a Elsevier, a maior empresa de periódicos científicos do planeta, cujos representantes argumentaram que o modelo proposto não cobre seus custos.
Segundo uma estimativa da Sociedade Max Planck, as bibliotecas acadêmicas do mundo gastam com assinaturas € 7,6 bilhões (o equivalente a R$ 28,8 bilhões) para ter acesso a 1,5 milhão de novos papers publicados anualmente e aos arquivos das revistas. É esse mercado que está em jogo. Outros países com menor poder de negociação aguardam com interesse o desfecho do duelo. A Associação das Universidades da Holanda fez um pleito semelhante ao da Alemanha em 2015, mas o máximo que conseguiu obter da editora foi a oferta de 30% dos artigos de pesquisadores holandeses em acesso aberto até 2018. No Brasil, os responsáveis pelo Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) também acompanham a disputa. “Trabalhamos em conjunto com entidades da Alemanha, da Califórnia [Estados Unidos] e do Canadá para verificar como elas estão renegociando seus contratos”, anunciou em junho a coordenadora-geral do portal, Elenara Chaves Edler de Almeida, segundo o site da Capes. “Queremos utilizar a expertise para remodelar nossos acordos com uma nova ótica.” O Portal de Periódicos oferece a pesquisadores e estudantes de universidades brasileiras acesso a um conjunto de 38 mil periódicos – em 2016, o orçamento aprovado para custear as assinaturas e o acesso foi de R$ 334 milhões. De acordo com Elenara, o objetivo da Capes é gastar menos com assinaturas e instituir um programa para financiar a publicação de artigos. “Conforme os contratos se encerrarem, queremos renegociar levando em consideração o volume de artigos produzido por autores brasileiros”, informou.
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28 novembro 2017
27 novembro 2017
USP adota identificador digital que serve como RG para pesquisadores
Gratuita, ferramenta permite que usuário armazene e gerencie informações por meio de um número de identificação
Operando como uma “rede social" de pesquisadores provenientes do Brasil e de outros países, a ORCiD vem sendo adotada por inúmeras instituições. Universidades como Harvard, Stanford, Unicamp e Unesp já aderiram. Grupos editoriais internacionais, revistas científicas e agências de fomento à pesquisa também — recentemente, a CAPES passou a exigir dos candidatos a bolsas e financiamentos o cadastro na plataforma.
A Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) e o Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi) da USP, está realizando a Campanha de Adoção da ORCiD (Open Researcher and Contributor ID) entre professores, estudantes e funcionários da Universidade.
Trata-se de uma ferramenta digital gratuita de identificação, que pode ser utilizada por qualquer pessoa, permitindo ao usuário armazenar e gerir informações, tais como nome, e-mail, formação, ocupações profissionais, publicações, concessões, patentes e diversos tipos de trabalhos acadêmicos.
Trata-se de uma ferramenta digital gratuita de identificação, que pode ser utilizada por qualquer pessoa, permitindo ao usuário armazenar e gerir informações, tais como nome, e-mail, formação, ocupações profissionais, publicações, concessões, patentes e diversos tipos de trabalhos acadêmicos.
Cada usuário é identificado através de um código numérico de 16 dígitos, semelhante ao número de uma carteira de identidade. Esses códigos acompanham o indivíduo ao longo de sua carreira — qualquer seja sua formação ou vínculo institucional e empregatício — e permitem resolver o problema da ambiguidade e das semelhanças entre nomes de autores e indivíduos, pois substituem as variações nominais por um número de identificação individual. Desta forma, é possível encontrar mais facilmente os dados e produções de um pesquisador/autor específico.
Operando como uma “rede social" de pesquisadores provenientes do Brasil e de outros países, a ORCiD vem sendo adotada por inúmeras instituições. Universidades como Harvard, Stanford, Unicamp e Unesp já aderiram. Grupos editoriais internacionais, revistas científicas e agências de fomento à pesquisa também — recentemente, a CAPES passou a exigir dos candidatos a bolsas e financiamentos o cadastro na plataforma.
Outro benefício, é a possibilidade do usuário poder importar trabalhos do Google Scholar para a ORCiD, por meio do upload de arquivos, bem como autorizar a integração do seu registro com outros identificadores, como o Researcher iD e Scopus iD. Em breve, o Currículo Lattes também será integrado.
“Uma adoção integrada e em escala nacional da ORCiD oferece o suporte necessário a iniciativas de pesquisa aberta e transparente, como já é o caso em diferentes países nos quais a ORCID atua”, explica Ana Heredia, representante do ORCID na América Latina. Leia mais24 novembro 2017
O link Buscar periódico - uma das opções de pesquisa da biblioteca virtual da CAPES - passou recentemente por mudanças
O link Buscar periódico - uma das opções de pesquisa da biblioteca virtual da CAPES - passou recentemente por mudanças.
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23 novembro 2017
Jornada USP de Organização da Informação para a Redação Científica e Acadêmica
Em novembro acontece a Jornada USP de Organização da Informação para a Redação Científica e Acadêmica nos diversos campi da USP. A Jornada pretende ser um espaço e um período de forte promoção da importância da organização da informação para a pesquisa, redação e publicação de artigos, teses, trabalhos, com a realização de diversos treinamentos.
A organização das informações, citações e referências bibliográficas é essencial à qualidade da escrita científica e acadêmica.
Zotero, Mendeley, EndNote Web, F1000Workspace são exemplos de ferramentas que servem à mesma finalidade: todas permitem que o pesquisador crie um banco de dados de registros que pode ser utilizado para gerenciar leituras, importar registros de bases de dados, escolher estilos e padrões de citações e referências, integrar essas informações a textos e facilitar a redação de trabalhos acadêmicos e científicos.
== 27 de novembro de 2017 ==
Treinamento Mendeley – Scopus – ScienceDirect na Jornada USP-CENA
Data: 27 de novembro de 2017
Horário: 14h – 17h
Local: Anfiteatro Admar Cervellini (Prédio da Administração)
Centro de Energia Nuclear na Agricultura
Avenida Centenário, 303 - Piracicaba/SP
Inscrições: https://www.doity.com.br/jornada-mendeley-cena-27nov2017
Aplicativo incentiva a vivência cultural na Universidade
Além de obter informações sobre as atividades culturais, o usuário também pode acumular pontos e trocar por recompensas
Para divulgar seu patrimônio cultural, a USP lança o Entreartes, um aplicativo gratuito que fornece informações sobre as atividades culturais oferecidas pela Universidade e permite que o usuário acumule pontos e troque por brindes ou horas em Atividades Acadêmicas Complementares (AAC).
O aplicativo é uma parceria das Pró-Reitorias de Graduação e de Cultura e Extensão Universitária, com a adesão dos Museus da Universidade, das Unidades de Ensino e Pesquisa e dos Órgãos Centrais.
A ideia é dar mais visibilidade e incentivar alunos, docentes e funcionários a participarem das atividades culturais promovidas no âmbito universitário. “A USP tem uma quantidade incrível de atividades culturais, quase todas gratuitas e em todas as áreas. São tantas que, muitas vezes, mesmo quem está na USP não consegue ficar sabendo de tudo o que acontece e acaba nem participando”, explica o pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária, Marcelo de Andrade Roméro.
Quando uma atividade cultural é inserida no sistema Apolo pelo Museu, pela Unidade ou pelo Órgão Central, o responsável pode optar pela participação no Programa Entreartes. Então, o sistema gera um QR Code que deverá ser afixado em um local visível para que os visitantes possam fazer a identificação no aplicativo.
Todas as vezes que o usuário participar de uma atividade cultural – visitar um Museu, assistir a uma peça, filme, palestra ou concerto, por exemplo – ele deve aproximar o celular do QR Code disponível no local para gerar pontos, que poderão ser acumulados e trocados por livros da Edusp, cartões postais dos Museus da USP, camisetas e moletons.
Os pontos terão validade de um ano e poderão ser resgatados quando o participante acumular o número estabelecido.
"Os alunos de Graduação ainda têm a opção de converter os pontos em horas de Atividades Acadêmicas Complementares (AAC)", explicou o pró-reitor de Graduação, Antonio Carlos Hernandes.
Detentora de uma grande variedade de coleções, acervos, edifícios históricos, museus e bibliotecas, a USP também desenvolve uma intensa programação cultural regular, com as Orquestras Sinfônica (Osusp) e de Câmara (Ocam), os conjuntos corais do Coralusp, os núcleos de Teatro (Tusp) e Cinema (Cinusp), o Centro Universitário Maria Antonia e diferentes atividades promovidas pelas Unidades em todos os seus campi.
22 novembro 2017
II Simpósio dos Pós-Doutorandos do CENA
O evento tem por objetivo proporcionar um espaço de integração e diálogo entre diferentes setores com a finalidade de discutir diferentes abordagens e enfoques relacionados à carreira de pesquisador, assim como conhecer e debater sobre experiências e trabalhos realizados nas temáticas (i) Academia, (ii) Indústria/Empresas e (iii) Empreendedorismo. Mais informações
21 novembro 2017
SPIE Digital Library lança nova plataforma
O conteúdo da SPIE Digital Library – com coleção de pesquisa aplicada em óptica e fotônica – ganhou uma nova plataforma. Segundo a página da editora, o ambiente está sendo ‘construído em casa’, “permitindo maior flexibilidade, capacidade de resposta e um site que otimizará o conteúdo exclusivo e atenderá ainda melhor os usuários”. O recurso remodelado já está disponível para acesso por meio do Portal de Periódicos da CAPES.
A nova interface apresenta aspecto atualizado e oferece funcionalidades aprimoradas, com a intenção de ampliar a experiência dos pesquisadores da área. Ao mesmo tempo, a editora se preocupou em seguir a estrutura de navegação da antiga biblioteca digital, a fim de que os usuários se sintam familiarizados com a ferramenta. Entre as funcionalidades, é possível encontrar:
- Taxonomia expandida: a classificação de mais de quatro mil termos alimenta as recomendações de conteúdos relacionados e busca aprimorada para retornar resultados relevantes;
- Apresentações: estão disponíveis em uma página de gravações de conferências e agora podem ser mais facilmente identificadas durante a navegação, além de ser possível aplicar filtros de pesquisa para localizá-las;
- A biblioteca digital inclui agora uma quantidade muito maior de documentos disponíveis em HTML de texto completo, além do formato PDF;
- Ferramentas de personalização: ao criar uma conta gratuita, o usuário pode salvar as citações em uma biblioteca pessoal e se inscrever para receber diferentes tipos de alertas por e-mail;
- Site responsivo: os usuários que têm o hábito de acessar a plataforma por celulares e outros dispositivos móveis encontrarão uma versão mais amigável.
De acordo com a SPIE Digital Library, mesmo após o lançamento da plataforma haverá desenvolvimento de recursos e aprimoramentos adicionais contínuos. Para que os pesquisadores tenham conhecimento das principais mudanças que ocorreram na transição, a editoria criou um vídeo introdutório, que descreve recursos e possibilidades de navegação. Também é possível encontrar mais informações aqui.
Site mostra que pós-graduação brasileira publica em 485 periódicos predatórios
Lançado neste mês por três professores, Preda Qualis detecta revistas acadêmicas acusadas de não seguirem padrões científicos
Pelo menos 485 periódicos acusados de recorrer a más práticas editoriais são usados no Brasil por professores, pesquisadores e pós-graduandos, registra o site Preda Qualis, lançado neste mês por três docentes da USP, Unesp e UFABC. Essas publicações estão na plataforma de dados online Qualis Periódicos, do governo federal, que reúne e classifica cerca de 26,5 mil títulos e serve para orientar pesquisadores, professores e pós-graduandos a escolher de revistas acadêmicas para publicar seus trabalhos.
O objetivo do Preda Qualis, afirmam os autores da iniciativa, é “contribuir para o aperfeiçoamento dos critérios de avaliação dos programas de pós-gradução e do sistema Qualis”, que integra as atividades de avaliação da pós-graduação brasileira pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação.
Dos 485 periódicos “potencialmente predatórios”, 67% foram classificados nos estratos A e B do Qualis, em vez de serem listados no nível C, destinado a publicações consideradas inadequadas, afirmam os autores da iniciativa, Paulo Inácio Prado, do Instituto de Biociências da USP, Roberto André Kraenkel, do Instituto de Física Teórica da Unesp, e Renato Mendes Coutinho, do Centro de Matemática, Computação e Cognição da UFABC.
Embora considerem “baixa” a proporção de periódicos predatórios do Qualis – os 485 títulos detectados correspondem a 1,8% dos 26.477 registrados na plataforma – os criadores do novo site entendem que “há uma grande vulnerabilidade do sistema de avaliação da CAPES à invasão por este tipo de publicação”. Leia mais
13 novembro 2017
Sistemas de Identificação de Pesquisadores
A crescente complexidade dos sistemas de pesquisa e a globalização da ciência apontam para a adoção maciça de Identificadores Digitais de Pesquisador. ORCID iD, ResearcherID, Scopus ID, Google iD e Lattes iD são exemplos de identificadores.
Encaminhamos arquivo e link para os slides da Apresentação dos Sistemas de Identificação de Pesquisadores da USP, que tem por objetivo auxilar na criação, monitoramento e nas eventuais correções das informações contidas nos registros dos identificadores digitais dos pesquisadores e profissionais em geral.
Encaminhamos arquivo e link para os slides da Apresentação dos Sistemas de Identificação de Pesquisadores da USP, que tem por objetivo auxilar na criação, monitoramento e nas eventuais correções das informações contidas nos registros dos identificadores digitais dos pesquisadores e profissionais em geral.
10 novembro 2017
Plano de Gestão de Dados - FAPESP
Além de racionalizar recursos, a gestão apropriada de tais dados facilita a reprodutibilidade da pesquisa e permite promover novas pesquisas, graças à possibilidade de reúso e compartilhamento. Além disto, ajuda a realização de novas análises, com execução de outros testes ou métodos de análise. Também facilita o treinamento de novas gerações de pesquisadores e a exploração de tópicos não previstos no projeto original.
Por estes motivos, um Plano de Gestão de Dados vem se tornando componente obrigatório na fase de submissão de um projeto. É exigido pela maioria das agências de fomento públicas e privadas da América do Norte, Austrália e de alguns países europeus (Grã-Bretanha, Holanda, Alemanha, países escandinavos).
Planos de gestão de dados se incorporam a projetos de pesquisa no Brasil
As solicitações de financiamento de projetos de pesquisa na modalidade Projeto Temático submetidas à FAPESP a partir de 31 de outubro devem conter um documento complementar: o Plano de Gestão de Dados, que trata das formas pelas quais o pesquisador responsável pela proposta pretende gerenciar as informações resultantes de seu trabalho. A obrigatoriedade do plano deve se estender gradativamente para outras modalidades de apoio, como as propostas de Auxílio à Pesquisa – Regular, Jovem Pesquisador, bolsas de Doutorado e de Pós-doutorado, a partir de 2018.
O comunicado sobre o requisito ressalta “a gestão adequada dos dados de pesquisa como parte essencial das boas práticas de pesquisa” e a importância de as informações oriundas de projetos financiados pela Fundação serem “gerenciadas e compartilhadas de forma a garantir o maior benefício possível para o avanço científico e tecnológico”.
Exigido por agências públicas e privadas de apoio à pesquisa científica dos Estados Unidos, da Europa e Austrália, o plano de gestão permite que pesquisadores, como parte do planejamento do seu projeto, explicitem como os dados produzidos serão tratados. O Reino Unido, por exemplo, considera que “dados resultantes de pesquisa financiada por agências públicas são um bem comum e como tal devem ser disponibilizados de forma aberta com o menor número de restrições possível, de forma responsável e em tempo hábil”. O compartilhamento facilita a economia de recursos, evita a duplicação de pesquisas, protege a integridade, reduzindo o risco de plágio, além de ampliar a visibilidade do conhecimento produzido e a possibilidade de colaboração.
O site da FAPESP contém instruções com exemplos que podem ajudar na elaboração do documento, com base em registros similares de instituições dos Estados Unidos e do Reino Unido. O plano valoriza o compartilhamento de informações por meio de repositórios públicos on-line, mas não descarta a possibilidade de o pesquisador manter os dados sob sua guarda quando, por razões éticas ou de proteção à propriedade intelectual, as informações não puderem ser publicadas, como alguns estudos da área biomédica que devem preservar a privacidade dos pacientes.
09 novembro 2017
Análise sobre as revistas científicas predatórias
Em 2008, Jeffrey Beall, bibliotecário na Auraria Library e professor associado na Universidade do Colorado em Denver, nos Estados Unidos, iniciou uma trilha em busca de respostas para a origem de intrigantes mensagens eletrônicas que recebia constantemente em sua caixa de spam. A maioria dessas mensagens eram convites para que publicasse artigos ou compusesse o corpo editorial de supostas novas revistas científicas. Motivado a descobrir que tipo de instituição enviava tais convites, Beall passou a acessar os sites indicados nas mensagens eletrônicas, identificando que a maioria dessas revistas possivelmente não era exatamente aquilo que dizia ser – e o interesse por trás dos convites realizados era o pagamento das taxas de publicação. De 2011 a 2017, Beall dedicou-se a prestar um importante serviço à comunidade científica mundial: a publicação de uma lista com os nomes de revistas e corporações consideradas predatórias, expressão que ele mesmo cunhou. Criada e atualizada por meio de suas pesquisas e de denúncias realizadas por cientistas de todo o mundo, a chamada “Lista de Beall” logo se tornou referência mundial sobre o tema, sendo disponibilizada em seu blog (https://scholarlyoa.com/).
Um crescimento acentuado no número desse tipo de publicação, que segue a lógica de “pagou, publicou”, pode ser observado depois que a política open access ganhou força. As publicações de acesso livre têm na sua gênese o objetivo de democratizar as publicações de artigos de qualidade, avaliados criteriosamente com todo rigor científico. O custeio no sistema open access oficial se dá pelo pagamento de taxas de publicação pelos autores, instituições ou agências financiadoras. Leia mais
Fonte: Ciência&Cultura, vol.69, no.4, São Paulo, out./dez. 2017.
08 novembro 2017
USP Lecture: “Learning How to Learn”
A Professora Barbara Oakley estará na Universidade de São Paulo, Campus Butantã nos dias 13 e 14 de novembro para proferir palestras e realizar atividades com alunos e professores, essencialmente sobre os temas “Aprender a aprender” e “criação de cursos à distância em formato MOOC”.
Barbara Oakley é Professora de Engenharia na Oakland University. Atua em múltiplas áreas de pesquisa, que vão desde o aprendizado STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) até práticas de aprendizagem.
Barbara é co-criadora e instrutora do curso em formato MOOC mais popular disponível no Coursera: “Learning How To Learn: Powerful mental tools to help you master tough subjects”.
Confira a programação abaixo:
Dia 13/11 às 14:00 horas
USP Lecture: “Learning How to Learn” (em inglês)
Sala do Conselho Universitário
Rua da Reitoria, 374 – térreo
Cidade Universitária – São Paulo/SP
USP Lecture: “Learning How to Learn” (em inglês)
Sala do Conselho Universitário
Rua da Reitoria, 374 – térreo
Cidade Universitária – São Paulo/SP
Dia 14/11, das 9:00 às 16:00 horas
Workshop: “Online teaching and learning and how to develop MOOCs” (em inglês)
Sala do Conselho Universitário
Rua da Reitoria, 374 – térreo
Cidade Universitária – São Paulo/SP
Workshop: “Online teaching and learning and how to develop MOOCs” (em inglês)
Sala do Conselho Universitário
Rua da Reitoria, 374 – térreo
Cidade Universitária – São Paulo/SP
As atividades são gratuitas, não requerem inscrição prévia e haverá emissão de certificado (será enviado por e-mail após os eventos). Será transmitido online via iptv: https://iptv.usp.br
Já são quase 3 mil registros ORCiD associados! Campanha de adoção do ORCiD na USP
Campanha de adoção do identificador ORCiD faz USP aproximar-se da marca dos 3.000 registros associados à Universidade, segundo dados coletados na USP. No âmbito geral, já são quase 9 mil ORCiD registrados com e-mail usp.br, de acordo com informações fornecidas pela ORCID.
Mensagem da Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) enviada no final do mês de outubro a docentes e estudantes de pós-graduação deu início à Campanha de adoção do ORCiD na USP. Uma semana depois, já contabilizamos 2.939 registros ORCiD associados e coletados na USP.
Crie ou associe seu ORCiD à USP no link: http://www.usp.br/orcid
O cadastramento e atualização de informações no ORCiD são muito importantes, e extremamente simples. Após o registro inicial de seus dados, incluindo as variações de seu nome, certifique-se de que as informações referentes à Biografia, Educação e Emprego estejam corretas e atualizadas. Em seguida, caso tenha, preencha os campos referentes ao Financiamento (incluindo Fapesp). Integre seu registro a outros sistemas de identificação como o ResearcherID, Scoups ID e Crossref (DOI). Adicione ou importe então seus Trabalhos.
07 novembro 2017
3ª Marcha pela Ciência reunirá cientistas e pesquisadores em São Paulo
A 3ª Marcha pela Ciência acontecerá no dia 8 de outubro, a partir das 15 horas, em frente ao MASP (Museu de Arte de São Paulo), na Avenida Paulista, 1578.
O objetivo do evento é reunir a população para protestar contra os cortes orçamentários previstos pelo governo federal para 2018 e pela reversão imediata dos cortes já realizados em 2017 na área de Ciência e Tecnologia; pela revitalização dos Institutos de Pesquisa do Estado de São Paulo; e contra o desmonte das universidades públicas em todo o país.
Mais informações na página da Marcha pela Ciência no Facebook.
Programa de Mobilidade incentiva criação de cursos de duplo diploma
O objetivo é incentivar a criação de cursos de duplo diploma ou dupla titulação com universidades estrangeiras
Estão abertas as inscrições para o Programa USP-Santander de Mobilidade Docente para o Estabelecimento de Duplo Diploma ou Dupla/Múltipla Titulação Internacional da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani). O programa concederá auxílio financeiro para 50 missões internacionais de até dois docentes da Universidade para a implementação de convênios com universidades estrangeiras e estabelecimento de novos cursos de duplo diploma de Graduação ou dupla titulação de Pós-Graduação.
O valor do benefício para cada docente é de R$ 9.610,50. Para concorrer, os interessados devem apresentar um projeto para a implementação de convênio de Duplo Diploma ou Dupla Titulação com instituição estrangeira de destacada produção acadêmica. A proposta deverá ter o aval do diretor da Unidade e do presidente da Comissão de Graduação da Unidade (no caso de duplo diploma) ou do coordenador do Programa de Pós-Graduação (no caso de dupla ou múltipla titulação), além da aprovação do responsável pela Instituição de Ensino Superior estrangeira.
Como explica o presidente da Aucani, Raul Machado Neto, “o objetivo é expandir a experiência de sucesso dos duplos diplomas na USP e estimular um papel ativo dos nossos cursos de graduação e programas de pós-graduação na identificação de parceiros internacionais e estratégicos. Este programa contribuirá para a internacionalização e para consolidar a excelência do nosso ambiente acadêmico”.
Editais selecionam professores para representações acadêmicas
Os representantes da USP irão atuar na Universidade de Barcelona (UB) e na Universidade Sorbonne (USPC)
A Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani) está lançando dois editais para professores, de qualquer área do conhecimento, que tenham interesse em se candidatar à função de representantes da USP na Universidade de Barcelona (UB) e na Universidade Sorbonne (USPC).
A instalação de representações universitárias da USP nas duas instituições tem como objetivo gerar um polo de referência presencial para o incremento qualitativo e quantitativo das relações acadêmicas e de pesquisa. Os representantes também terão o compromisso de promover ações institucionais para facilitar o intercâmbio de estudantes e pesquisadores, o desenvolvimento de projetos conjuntos e a organização de eventos.
Esta será a primeira vez que a USP terá uma representação na Universidade de Barcelona. O início das atividades será em fevereiro do próximo ano e terá a duração de três meses. No ano passado, no período de outubro a dezembro, a USP recebeu o professor espanhol José María Fernández Varea, da área de Física Nuclear, Atômica e Molecular do Departamento de Estrutura e Constituintes da Matéria da UB.
Já o escritório da USPC foi inaugurado na USP em fevereiro de 2015, com a chegada do professor francês Philip Miller, especialista em sintaxe e semântica e pragmática discursiva. Este ano, a USPC recebeu o professor do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), Antonio Claudio Tedesco, que foi o primeiro selecionado para coordenar o escritório de representação da USP na instituição francesa. O início das atividades do novo representante será em março de 2018 e duração de um ano.
Os editais completos para a seleção de professores para representação acadêmica estão disponíveis no sistema Mundus. Para a Universidade de Barcelona, as inscrições podem ser feitas até o próximo dia 8 de dezembro e, para a USPC, até o dia 15 de dezembro.
A instalação de representações universitárias da USP nas duas instituições tem como objetivo gerar um polo de referência presencial para o incremento qualitativo e quantitativo das relações acadêmicas e de pesquisa. Os representantes também terão o compromisso de promover ações institucionais para facilitar o intercâmbio de estudantes e pesquisadores, o desenvolvimento de projetos conjuntos e a organização de eventos.
Esta será a primeira vez que a USP terá uma representação na Universidade de Barcelona. O início das atividades será em fevereiro do próximo ano e terá a duração de três meses. No ano passado, no período de outubro a dezembro, a USP recebeu o professor espanhol José María Fernández Varea, da área de Física Nuclear, Atômica e Molecular do Departamento de Estrutura e Constituintes da Matéria da UB.
Já o escritório da USPC foi inaugurado na USP em fevereiro de 2015, com a chegada do professor francês Philip Miller, especialista em sintaxe e semântica e pragmática discursiva. Este ano, a USPC recebeu o professor do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), Antonio Claudio Tedesco, que foi o primeiro selecionado para coordenar o escritório de representação da USP na instituição francesa. O início das atividades do novo representante será em março de 2018 e duração de um ano.
Os editais completos para a seleção de professores para representação acadêmica estão disponíveis no sistema Mundus. Para a Universidade de Barcelona, as inscrições podem ser feitas até o próximo dia 8 de dezembro e, para a USPC, até o dia 15 de dezembro.
Festa do Livro de 2017 será realizada entre os dias 28/11 e 1/12
Mais de 150 editoras já estão confirmadas, oferecendo livros com desconto mínimo de 50%
A 19ª Festa do Livro será realizada entre os dias 28 de novembro e 1º de dezembro, das 9h às 21h, na Cidade Universitária, em São Paulo.
Organizada anualmente pela Editora da USP (Edusp) desde 1999, a Festa do Livro é um evento que procura aproximar editoras e leitores, oferecendo livros de qualidade a preços especiais, com desconto mínimo de 50%. Mais de 150 editoras já confirmaram a presença.
O evento acontece no mesmo espaço dos anos anteriores, com uma estrutura de galpões e tendas que totalizam 3.600 metros quadrados, na Av. Prof. Mello Moraes, travessa C (entre a Raia Olímpica e Praça do Relógio Solar), Cidade Universitária, em São Paulo. A entrada é gratuita.
A lista das editoras participantes e o catálogo dos livros oferecidos com os preços estarão disponíveis em breve na página oficial do evento. Mais informações sobre a Festa do Livro pelo e-mail festadolivro@usp.br.
Organizada anualmente pela Editora da USP (Edusp) desde 1999, a Festa do Livro é um evento que procura aproximar editoras e leitores, oferecendo livros de qualidade a preços especiais, com desconto mínimo de 50%. Mais de 150 editoras já confirmaram a presença.
O evento acontece no mesmo espaço dos anos anteriores, com uma estrutura de galpões e tendas que totalizam 3.600 metros quadrados, na Av. Prof. Mello Moraes, travessa C (entre a Raia Olímpica e Praça do Relógio Solar), Cidade Universitária, em São Paulo. A entrada é gratuita.
A lista das editoras participantes e o catálogo dos livros oferecidos com os preços estarão disponíveis em breve na página oficial do evento. Mais informações sobre a Festa do Livro pelo e-mail festadolivro@usp.br.
06 novembro 2017
Visibilidade imprevisível
Boa disseminação dos resultados de pesquisa depende de outras razões, além da publicação em periódicos com alto fator de impacto
Algumas das recompensas perseguidas pelos pesquisadores – reconhecimento dos resultados da pesquisa, oportunidades de parcerias e financiamento para projetos – têm chances maiores de se tornar viáveis se estiverem ligadas à publicação de artigos em revistas com alto fator de impacto (FI). No entanto, não basta ter artigos aceitos nos periódicos de maior prestígio para receber obrigatoriamente mais citações, assim como fazê-lo em revistas com FI mais baixo não implica um destino irrelevante para o trabalho do cientista. A disseminação dos resultados das pesquisas e sua recepção pela comunidade científica dependem também de outros fatores.
“A publicação em revistas muito concorridas não garante que os artigos sejam necessariamente mais citados”, ressalta Gilson Volpato, professor aposentado da Universidade Estadual Paulista e especialista em metodologia e redação científica. O advento da internet mudou profundamente a maneira como os papers são disseminados na comunidade científica. Por um lado, periódicos impressos passaram a publicar seus conteúdos on-line, mas com acesso restrito, garantido por assinatura ou remuneração por artigo acessado. Por outro, a internet abriu uma via para a criação de publicações de acesso aberto que só existem on-line, como a PLOS ONE, e de repositórios de preprints, como arXiv e bioRxiv, que disponibilizam manuscritos para leitura e comentários antes de serem submetidos aos periódicos para publicação. Leia mais
“A publicação em revistas muito concorridas não garante que os artigos sejam necessariamente mais citados”, ressalta Gilson Volpato, professor aposentado da Universidade Estadual Paulista e especialista em metodologia e redação científica. O advento da internet mudou profundamente a maneira como os papers são disseminados na comunidade científica. Por um lado, periódicos impressos passaram a publicar seus conteúdos on-line, mas com acesso restrito, garantido por assinatura ou remuneração por artigo acessado. Por outro, a internet abriu uma via para a criação de publicações de acesso aberto que só existem on-line, como a PLOS ONE, e de repositórios de preprints, como arXiv e bioRxiv, que disponibilizam manuscritos para leitura e comentários antes de serem submetidos aos periódicos para publicação. Leia mais
Formação diversificada
Mudar de instituição na pós-graduação é enriquecedor para a construção de um forte perfil acadêmico
Muitos estudantes prestes a concluir a graduação não conseguem se ver em uma instituição diferente da qual estão matriculados. A maioria está acostumada com a universidade, familiarizada com os professores e, às vezes, participa de projetos de pesquisadores seniores, o que facilita a solicitação de bolsa de mestrado, doutorado ou pós-doutorado. Essas são razões pelas quais emendar todas as etapas da carreira acadêmica na mesma instituição costuma ser tentador. Mas há motivos para se fazer o caminho contrário. Começar tudo do zero em outro lugar pode ser enriquecedor para a construção da carreira profissional, permitindo ao indivíduo entrar em contato com novos grupos de pesquisa, diversificar suas habilidades científicas e intelectuais e experimentar diferentes rotinas de trabalho.
No Brasil, os estudantes normalmente têm o primeiro contato com a pesquisa acadêmica durante a graduação por meio de programas de iniciação científica, cujos temas frequentemente estão alinhados aos objetivos e necessidades dos projetos coordenados pelos orientadores. Os grupos de pesquisa costumam reunir indivíduos em diferentes estágios de desenvolvimento profissional, de modo que os coordenadores identifiquem as características de cada integrante da equipe, avaliem suas capacidades e limitações e distribuam as atividades de acordo com o nível de formação de cada um. “Ao ser integrado a um grupo de pesquisa, o estudante tende a querer se aprofundar em determinado assunto, optando por fazer mestrado e doutorado no mesmo laboratório, sob orientação do mesmo professor”, diz a bióloga Maria de Lourdes Spazziani, professora do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu. “Ao mesmo tempo, os professores, ao investirem na formação dos graduandos, incentivam a permanência dos alunos nos seus grupos de pesquisa”, completa. Leia mais
No Brasil, os estudantes normalmente têm o primeiro contato com a pesquisa acadêmica durante a graduação por meio de programas de iniciação científica, cujos temas frequentemente estão alinhados aos objetivos e necessidades dos projetos coordenados pelos orientadores. Os grupos de pesquisa costumam reunir indivíduos em diferentes estágios de desenvolvimento profissional, de modo que os coordenadores identifiquem as características de cada integrante da equipe, avaliem suas capacidades e limitações e distribuam as atividades de acordo com o nível de formação de cada um. “Ao ser integrado a um grupo de pesquisa, o estudante tende a querer se aprofundar em determinado assunto, optando por fazer mestrado e doutorado no mesmo laboratório, sob orientação do mesmo professor”, diz a bióloga Maria de Lourdes Spazziani, professora do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu. “Ao mesmo tempo, os professores, ao investirem na formação dos graduandos, incentivam a permanência dos alunos nos seus grupos de pesquisa”, completa. Leia mais
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