15 dezembro 2017

Já ouviu falar do Google Data Studio?



Segundo o Google, o Data Studio é uma ferramente que se integra a diversas fontes de dados, e basicamente qualquer dado que você insira nas Planilhas do Google e transforma em relatórios customizáveis, fáceis de entender e atualizados em tempo real. Ou seja, para quem tem dificuldade de criar relatórios a partir de planilhas, o Google Data Studio pode ser uma mão na roda.

As principais vantagens dessa ferramente são:
  • Transforma dados em um relatório de formato amigável;
  • Personalização de gráficos e relatórios;
  • Atualização em tempo real;
  • Compartilhamento de visualização e edição como funciona a do Google Drive;
  • Ferramenta para a equipe de marketing trabalhar conjuntamente no mesmo report em computadores diferentes;
  • Função que possibilita o cliente acompanhar a atualização dos resultados em tempo real;
  • Processamento de qualquer dado gerado nas ferramentas como Google Analytics ou que tenha sido upado para as planilhas do Google.
Como acessar o Google Data Studio?

Por enquanto, o Google Data Studio só está disponível em inglês, mas se você tem algum domínio básico ou intermediário, já consegue usar sem problemas.
Primeiro, acesse o site da ferramenta, clique em “try for free” e use o seu login do Google para entrar. Assim que você logar, vai se deparar com 5 arquivos:
Todos os quatro primeiros são exemplos em que você pode visualizar os tipos de relatórios que você pode criar através da ferramenta.
O Google Data Studio pode puxar dados do AdWords, Google Analytics, YouTube, BigQuery, Attribution 360 e Google Sheets para a criação de relatórios.
O último é um tutorial que vai ajudar você a entender as funcionalidades e como usar o Google Data Studio.  Acesse: https://datastudio.google.com/

Uma saída para pesquisadores vítimas de periódicos predatórios

Em alguns casos, é possível publicar novamente artigo usado por editores fraudulentos, segundo comitê de publishers acadêmicos
O fato não é recente, mas certamente é novidade para muitos pesquisadores. E é uma boa notícia para autores que alegam que não sabiam que estavam lidando com periódicos predatórios ao enviar um artigo para publicação. É possível, dentro de determinadas condições, publicar novamente o trabalho em outra revista, mesmo que a predatória se recuse a retirá-lo, segundo orientação do Comitê de Ética da Publicação (Cope).
O assunto veio à baila na segunda-feira (11) no artigo “When Authors Get Caught in the Predatory (Illegitimate Publishing) Net, publicado no site The Scholarly Kitchen por Phaedra Cress, editora-executiva do Aesthetic Surgery Journal.
Cress relata um caso do ano passado, quando o Cope foi consultado por um pesquisador que afirmou que não conhecia a má reputação de um periódico que lhe enviou um convite para envio de artigos e para o qual encaminhou um manuscrito para avaliação. O autor afirmou que se surpreendeu com a publicação do trabalho sem qualquer evidência de ter sido realizada a revisão por pares e que solicitou a remoção do artigo por e-mail e correspondência registrada, mas que não foi atendido.
O pesquisador enviou o mesmo trabalho para avaliação de outro periódico, explicando o que aconteceu. O editor-chefe entendeu que poderia publicar o artigo, pois o autor nem sequer havia assinado cessão de direitos autorais para o periódico predatório. O Cope concordou e publicou sua recomendação sobre o caso. (“Withdrawal of accepted manuscript from predatory journal”).

Predatórios no Qualis
No Brasil, pelo menos 485 periódicos acusados de recorrer a más práticas editoriais são usados por professores, pesquisadores e pós-graduandos, segundo o site Preda Qualis, lançado em novembro por três docentes da USP, Unesp e UFABC. Essas publicações estão na plataforma de dados online Qualis Periódicos, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que reúne e classifica cerca de 26,5 mil títulos e serve para orientar pesquisadores, professores e pós-graduandos a escolher de revistas acadêmicas para publicar seus trabalhos. 
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SIBiUSP oferece descontos a autores USP interessados em publicar nas revistas da BioMed Central

Algumas afiliações e parcerias que o Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBiUSP) mantém com editoras e serviços internacionais garantem descontos sobre o pagamento de taxas de processamento de artigos (ou Article Processing Charges – APCs) para autores da USP. Os descontos não necessariamente são aplicados automaticamente. O pesquisador deve informar ao editor a possibilidade de desconto. 

Autores USP recebem um desconto de 25% na taxa de processamento de artigo (APC) para todos os artigos publicados em qualquer periódico da BioMed Central. Caso esteja submetendo um manuscrito fora do IP institucional, na página “APC Agreement Page”, escolha a opção “I believe that I am covered by an institutional membership arrangement” e, em seguida, selecione a sua instituição. Para mais informações: http://www.biomedcentral.com/about/membership/members/1600009374 

Confira a lista de revistas editadas pela BioMed Central:  https://www.biomedcentral.com/journals 

Como conseguir e aproveitar melhor o doutorado sanduíche

1. Pesquise bem antes de decidir para onde ir
Identificar o grupo de pesquisa e orientador que dialoguem com a sua tese é imprescindível para aumentar as chances de aprovação da bolsa e um melhor aproveitamento da pesquisa em si. Para Kusmenko, pensar na cidade também foi estratégico. “Milão é uma cidade cosmopolita, conhecida pelo seu design e moda sofisticados. Um ambiente muito propício para a realização das minhas entrevistas, que foram com diversas empresas”, contou.
2. Como ter sua tese aceita pelo orientador
Despertar a atenção de um pesquisador internacionalmente reconhecido não é uma tarefa fácil. Os doutorandos contam que usaram abordagens diferentes para o contato com seus orientadores. “Pesquisei os professores que tinham a ver com minha área de estudo, e mandei milhares de e-mails. Ao final, realizei entrevistas via Skype com três docentes da Universidade de Nova Iorque e acabei optando por um deles”, explicou Chagas.
Para Sacchi, o processo não foi o mesmo. “Meu orientador aqui na Poli já tinha o contato de um pesquisador em Cambridge, e mandou um material com informações da minha pesquisa para ele. Este, por sua vez, repassou essas informações para seus colegas de departamento, até conseguir um interessado”.
3. Tenha seus objetivos bem definidos
Todos os palestrantes contam que, logo no início da estadia nos países, realizaram reuniões com os orientadores para definir um plano de trabalho para os próximos meses. “Percebi que quem não tinha feito isso ficou um pouco deslocado nas pesquisas”, afirmou Chagas.
Esse tipo de preparação é essencial, segundo Sacchi. “Uma coisa muito comum aqui no Brasil é associarmos a pós-graduação com a carreira acadêmica”, afirmou. “Lá, não necessariamente funciona assim. Meu orientador, logo que cheguei, sentou comigo e perguntou qual era o meu objetivo: se a academia ou a indústria. Uma dica é essa, você explicar logo seu objetivo para quem te orienta”.
4. Preste atenção nas bolsas
Apesar de todos terem conseguido bolsas de auxílio concedidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), algumas das universidades cobram taxas à parte. Para Sacchi, o segredo foi recorrer ao diálogo. “Conversei com o chefe do departamento de lá, e disse que não teria condições de arcar com os custos da taxa. Assim, eles me concederam uma isenção”, aconselhou.
Chagas passou por algo parecido. “Lembro que paguei a taxa, que era em torno de oito mil dólares. Porém, quando meu orientador descobriu que o dinheiro havia saído do meu bolso, me devolveram a quantia exata”, lembrou. Somente a Universidade de Milão, dos três exemplos, não cobra taxa.
5. Networking é essencial
Uma questão unânime entre os doutorandos foi a importância de criar uma rede de contatos. Para isso, ser ativo no grupo de pesquisa, conhecer todos os colegas com quem trabalha, participar de congressos relacionados à área e até confraternizar em happy hours podem ajudar a criar um vínculo com gente importante.
Kusmenko defendeu. “Dividi meu período na Itália em dois. A primeira parte foquei na integração com o meu grupo de pesquisa: participei de diversas reuniões com a equipe, cursos gratuitos que o Politécnico oferecia e de outras atividades acadêmicas. Isso foi muito importante para construir um networking forte”.
6. Mantenha contato com o orientador mesmo após voltar ao Brasil
Kusmenko também destacou a necessidade de manter o contato com o orientador. “Ele geralmente é uma pessoa de muita influência no meio acadêmico. Um dos requisitos para a conclusão de um doutorado sanduíche é a produção de um artigo com a coautoria de seu orientador, e isso facilita muito”.

ONU faz alerta sobre risco crescente do lixo eletrônico para o mundo

Segundo novo relatório da organização, foram descartadas quase 45 milhões de toneladas métricas de aparelhos como laptops, celulares e TVs em 2016


A ONU (Organização das Nações Unidas) publicou nesta quarta-feira, 13/12, um documento alertando sobre os riscos do volume cada vez maior de lixo eletrônico pelo mundo. A organização destaca que esses produtos descartados, como celulares, notebooks, TV e outros eletrônicos, representam um grande risco para o meio-ambiente e para a saúde das pessoas.
Apenas em 2016, por exemplo, foram descartadas 44,7 milhões de toneladas métricas de lixo eletrônico no mundo, segundo a mais recente edição do estudo Global E-Waste Monitor, liberado nesta semana pela União Internacional de Telecomunicações (ITU) em parceria com a Universidade da ONU (UNU) e a International Solid Waste Association (ISWA). Desse total, apenas 20%, ou cerca de 8,9 milhões de toneladas, do lixo eletrônico foi reciclado, conforme o levantamento. 
Segundo o relatório, houve um aumento de 8%, cerca de 3,3 milhões de toneladas de lixo eletrônico, entre 2014 e 2016. Especialistas esperam que o volume suba para 52,2 milhões de toneladas em 2021.
“A proteção ambiental é um dos três pilares do desenvolvimento sustentável (...) O gerenciamento de lixo eletrônico é uma questão urgente no mundo atual dependente digital, em que o uso de aparelhos eletrônicos é cada vez maior”, afirma o secretário-geral da ITU, Houlin Zhao.

Sensores e big data orientarão na tomada de decisão do produtor rural

Existe uma anedota sempre repetida pelos pesquisadores da área de e-agriculture. Ela afirma que, há alguns anos, os agricultores diziam aos filhos que deveriam estudar se quisessem deixar o campo e ir para a cidade. Agora, prossegue a anedota, o conselho mudou: os filhos precisam estudar para poderem continuar no campo.

Mudanças estão em curso: não só na produção, mas também na gestão. Com a junção de big data e Internet das Coisas, plantas e animais serão os sinalizadores da tomada de decisão do produtor rural. Isso porque, indo além da “agricultura de precisão”, que utiliza tecnologia da informação para analisar variáveis como clima e solo, passam a contar também os sinais emitidos pelas plantas e animais na tomada de decisão do produtor.

“Não é exagero dizer que, nos próximos 10 anos, teremos a planta e o animal respondendo a cada estímulo no sistema produtivo. As decisões quanto à produção vegetal e ao bem-estar animal serão tomadas a partir de dados coletados por biossensores implantados em cada planta e em cada animal”, disse Iran Oliveira da Silva, professor do Departamento de Engenharia de Biossistemas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo.

Silva foi um dos palestrantes do Workshop eScience “O Rural na Era Digital”, realizado no auditório da FAPESP, e que teve como eixo examinar mudanças no meio rural provocadas pela adoção da tecnologia da informação.   Leia mais

14 dezembro 2017

Como fazer uma revisão bibliográfica


revisão bibliográfica é a base que sustenta qualquer pesquisa científica. Acredite: algumas horas a mais na biblioteca podem poupar alguns meses de trabalho no laboratório ou a campo. Para proporcionar o avanço em um campo do conhecimento é preciso primeiro conhecer o que já foi realizado por outros pesquisadores e quais são as fronteiras do conhecimento naquela (Vianna, 2001).
Desta forma, a revisão bibliográfica é indispensável para a delimitação do problema em um projeto de pesquisa e para obter uma ideia precisa sobre o estado atual dos conhecimentos sobre um tema, sobre suas lacunas e sobre a contribuição da investigação para o desenvolvimento do conhecimento (Lakatos e Marconi, 2010).
Além de auxiliar na definição dos objetivos da pesquisa científica, a revisão bibliográfica também contribui nas construções teóricas, nas comparações e na validação de resultados de trabalhos de conclusão de curso e de artigos científicos (Medeiros e Tomasi, 2008).
Realizar uma revisão bibliográfica faz parte do cotidiano de todos os estudantes e cientistas. É uma das tarefas que mais impulsionam o aprendizado e o amadurecimento na área de estudo. Atualmente, as bibliotecas digitais têm facilitado e simplificado muito essa tarefa, pois trazem recursos de busca e cruzamento de informações que facilitam a vida de todos.
Mas as novas tecnologias não resolvem tudo. Por isso, preparamos este guia com algumas considerações importantes sobre a revisão bibliográfica.   Leia o guia na íntegra 

Dicas para apresentação oral - parte I


Dicas para apresentação oral - parte II


10 dicas para escolher o tópico de sua pesquisa


Professores da USP dão dicas para publicar em periódico importante

Quais são os passos que trabalhos científicos costumam seguir antes de serem publicados em periódicos de grande destaque e o que os tornam tão relevantes para o meio acadêmico? Essas e outras questões foram debatidas durante o evento Periódicos de Alto Impacto: Experiências Politécnicas, na Escola Politécnica (Poli) da USP, com a participação de professores referências no assunto: Reinaldo Giudici, do Departamento de Engenharia Química (PQI), e Vanderley John, do Departamento de Engenharia Civil (PCC).
Tendo como objetivo melhorar a qualidade, o encontro procurou discutir estratégias a serem aplicadas na redação de artigos que resultem em publicações de alto impacto. Confira agora algumas das dicas compartilhadas pelos professores da Poli, pesquisadores experientes em seus campos de estudo:

1 – Redija e publique também em inglês

As publicações de alto impacto geram o reconhecimento necessário para atrair os investimentos de empresas, instituições de ensino e órgãos de fomento à pesquisa, principalmente se forem internacionais. “Os artigos redigidos e publicados em inglês possuem maiores chances de serem citados”, afirma John.

2 – Pense onde quer publicar desde o início

A publicação do artigo deve começar a ser pensada logo na concepção do projeto de pesquisa e não como uma etapa separada, após o término da tese ou da dissertação. Isso se deve ao fato de que os periódicos levam em conta a originalidade do paper na hora de decidir por sua publicação. “Isso é importante para não repetir assuntos que já foram publicados no journal”, destaca Giudici, que desde 2008 é editor-chefe do Brazilian Journal of Chemical Engineering.

3 – Revise atentamente a bibliografia

“A contribuição e a relevância que esse trabalho terá para o meio científico, e se ele preencherá alguma das lacunas existentes da literatura atual são coisas a serem pensadas”, explica Giudici. Revisar a fundo e com cuidado toda a bibliografia existente sobre o tema antes de qualquer outra etapa é o conselho do professor John.

4 – O critério de escolha do periódico não se resume à relevância

Ao escolher o periódico para submeter um artigo, não é somente a relevância que esse journal têm para o meio acadêmico que deve ser ponderada, apesar de ser um fator muito importante. “Os periódicos mais citados são conhecidos, geralmente, por seus rígidos e éticos critérios de seleção e devemos ter isso em mente ao escolhermos para quem enviar o trabalho”, defende Giudici. Contudo, revistas que sejam especializadas na área estudada costumam ter seu público-alvo bem definido, o que aumenta as chances do artigo receber citações posteriores.
Além disso, é preciso tentar evitar ao máximo o que o pesquisador definiu como “periódico predatório”. “Aquele journal, preocupado somente em ganhar dinheiro com a publicação, vai aprovar o artigo de qualquer forma. Isso não acrescentará em nada ao trabalho”, concluiu.

5 – Conheça as normas e formalidades

Giudici colocou que o primeiro passo ideal é conhecer as normas e formalidades do periódico, além de adaptar o texto de acordo com elas. “A forma definitivamente não melhorará o conteúdo, mas se ela não estiver adequada pode servir como critério de eliminação de um conteúdo muito bom.”

6 – Revise com cuidado e seja simples e direto na redação

John destacou ainda a importância de uma boa revisão. “Uma publicação científica necessita de uma ótima redação. Costumamos, no Brasil, escrever resumos e introduções extremamente extensas e muitas vezes desnecessárias.” O embasamento adequado em uma literatura relevante, a apresentação do objetivo do trabalho no contexto científico e a simplicidade e síntese na escrita ajudariam, segundo ele, a melhorar o artigo.

7 – Saia do óbvio ao redigir a cover letter

Outro ponto em que se deve prestar muita atenção é na chamada cover letter, ou carta de encaminhamento. Ela consiste em um texto de apresentação do artigo a ser enviado ao editor com o trabalho. Para Giudici, o segredo é sair do óbvio. “Essa carta, de certo modo, tem que convencer o editor de que aquele artigo é digno de ser avaliado.” Por isso, o texto deve enfatizar a relevância e a contribuição inédita do trabalho.

8 – Quantidade ou qualidade?

Uma prática muito criticada pelos dois professores foi a chamada salami science: quando uma tese ou dissertação é dividida em vários artigos a fim de gerar uma quantidade maior de publicações. De acordo com ambos, isso não é bem-visto entre os editores das revistas científicas.
Publicar resultados é obrigação do pesquisador para com a comunidade – segundo destacou o professor Giudici, a atividade científica é, antes de tudo, coletiva. Por isso, o pesquisador possui o dever de divulgar os resultados de seu trabalho com os colegas da profissão. O professor John reforça o argumento do colega docente. “A pesquisa é um trabalho cumulativo, qualquer coisa que estudemos vai se tornar parte de um processo que começou há pelo menos 250 anos”, explica. Contribuir para a formação do conhecimento de mundo deve ser, consequentemente, parte do objetivo de quem faz ciência.
Segundo os palestrantes, a quantidade de citações que um paper ou um periódico tem é fundamental para determinar o fator impacto dos mesmos sobre a comunidade acadêmica. Com relação a um journal, essa variável é medida pela quantidade de citações que ele recebeu durante dois anos, dividida pelo número de artigos publicados por esse periódico no mesmo período.
Para artigos científicos, a lógica é parecida: seu impacto é medido pela divisão do número de citações que a publicação recebeu pela quantidade de publicações que o autor já fez. Ou seja, o número de citações acaba sendo mais impactante que o número de publicações.

Livro expõe o desafio da USP de preservar seu patrimônio ambiental

Editora da USP lança “Reservas Ecológicas da Universidade de São Paulo”


Preservar uma ampla biodiversidade, com espécies nativas e algumas ameaçadas de extinção, é o desafio que a USP vem travando. Se a população pode desfrutar da paisagem e dos benefícios das reservas ecológicas dos diversos campi com árvores centenárias, o canto e o voo de uma infinidade de pássaros, animais e insetos, é graças à preocupação de pesquisadores, ecologistas, botânicos, ambientalistas, administradores e tantos outros estudiosos e trabalhadores que se empenham e têm no cotidiano a manutenção e preservação desse patrimônio.


Um movimento de pesquisadores, cientistas e cidadãos que a USP compartilha ao lançar o livro Reservas Ecológicas da Universidade de São Paulo, da Editora da USP (Edusp), organizado por Wellington Delitti e Vânia Pivello, professores do Departamento de Ecologia do Instituto de Biociências (IB) da USP. A obra contou também com a colaboração de diversos especialistas, apresentando descrições do ambiente físico, da vegetação e da fauna dos diversos campi. Documenta os aspectos mais relevantes com mapas e fotos que trazem detalhes dessa relação USP e natureza.


As reservas ecológicas dos campi sinalizam, segundo Delitti, que a USP está identificada com seu tempo e ambiente natural e social. “A busca por alternativas e soluções para os problemas ambientais é tema de numerosas iniciativas do meio universitário”, destaca.
“Nesse cenário complexo, a Universidade de São Paulo decidiu criar uma rede de reservas ecológicas em seus diversos campi. A partir de 2012, a Superintendência de Gestão Ambiental, SGA, iniciou um programa de identificação e mapeamento de áreas disponíveis para essa finalidade, incluindo fragmentos de ecossistemas nativos em diferentes graus de preservação, bem como algumas áreas muito modificadas pelo histórico de sua ocupação e que foram destinadas a projetos de restauração.”   Leia mais
Reservas Ecológicas da Universidade de São Paulo, organização de Wellington Delitti e Vânia Pivello. Lançamento da Editora da Universidade de São Paulo (Edusp), 176 páginas. Preço: R$ 48,00.

13 dezembro 2017

Acesso CAFe ao Portal de Periódicos da CAPES

Você está querendo acessar o conteúdo restrito à sua instituição no Portal de Periódicos da Capes e não sabe como? Utilize o acesso CAFe ( http://www.periodicos.capes.gov.br )


Comunidade Acadêmica Federada (CAFe) é um serviço de gestão de identidade que reúne instituições de ensino e pesquisa brasileiras através da integração de suas bases de dados. Isso significa que, por meio de uma conta única (modelo single sign-on), o usuário pode acessar, de onde estiver, os serviços de sua própria instituição e os oferecidos pelas outras organizações que participam da federação. Essa autenticação elimina a necessidade de múltiplas senhas de acesso e processos de cadastramento, gerando uma relação de confiança. Serviços de ensino a distância, acesso a publicações científicas e atividades de colaboração estão entre os maiores beneficiários das infraestruturas oferecidas por federações.

As instituições pertencentes à CAFe podem atuar como provedores de identidade (IdP) e como provedores de serviço (SP). A RNP é responsável pela gestão e por manter o repositório centralizado com dados sobre integrantes da federação.  Leia mais

Ciência analógica, digital e o controle de autoridades


Um dos grandes problemas na atualidade é o grande número de variações de nomes e entradas. A indexação de artigos de revistas e outros documentos nas grandes bases de dados como Web of Science e Scopus esbarra muitas vezes na falta de univocidade de entidades utilizadas como pontos de acesso: pessoas, entidades coletivas, conceitos, etc. e os nomes pelos quais essas entidades são conhecidas.

Nesse sentido, o controle de autoridades continua a ser um tema atual e de fundamental importância.
Confira recente matéria e o artigo sobre esse tema: Matéria: http://fabricioassumpcao.com/tag/controle-de-autoridade
Artigo: http://biblios.pitt.edu/…/inde…/biblios/article/view/341/300

Segundo os autores, são quatro as funções dos arquivos de autoridade:
(1) “função de autoridade”, relativa à manutenção da consistência nos catálogos; 
(2) “função de localização”, relativa à habilidade dos usuários buscarem e encontrarem entidades utilizando um de seus vários nomes; 
(3)“função informativa”, relativa à documentação das fontes de informação consultadas pelo catalogador para a criação dos pontos de acesso; e 
(4) “função de manutenção”, relativa à possibilidade de uso do arquivo de autoridade para a identificação e a correção de erros no catálogo.

12 dezembro 2017

Programas internacionais da CAPES ofertam mais de 400 bolsas

Quem tiver interesse em concorrer a bolsas de doutorado-pleno, pós-doutorado ou professor visitante, tem até 19 de janeiro de 2018 para efetuar as inscrições nas páginas dos programas
Os editais para os programas de Professor Visitante (PVE)Pós-doutoradoDoutorado-sanduíche (PDSE) e Doutorado-pleno, todos no exterior, foram divulgados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 11. Aqueles que tiverem interesse em concorrer a bolsas de doutorado-pleno, pós-doutorado ou professor visitante, têm até o dia 19 de janeiro de 2018 para efetuar as inscrições nas páginas dos programas. Para o Programa de Doutorado-sanduíche, as inscrições na página da CAPES vão de 19 de fevereiro a 23 de março de 2018, após seleção interna pelas instituições de ensino superior (IES). Para estarem aptos, os candidatos deverão observar os requisitos descritos em cada edital. Leia na íntegra
Acesse aqui os editais:

Easier discovery of trusted Open Access

Accelerate discovery by connecting Web of Science researchers to verified, legal versions of millions of previously undiscoverable open access articles.
Millions of previously undiscoverable links to open access articles are now linked in Web of Science.

Clarivate Analytics, in partnership with Impactstory, has now delivered a significant contribution to Open Science. 


Through new technology developed by Impactstory with Clarivate’s support and implemented by Web of Science, researchers now can discover millions more verified, legal versions of previously undiscoverable open access articles among the searches they already perform every day. 
Web of Science is the first to implement this technology - the only publisher-neutral OA discovery resource for trusted peer-reviewed OA content.

Clarivate Analytics is committed to Open Access In a novel public/private partnership, Clarivate has joined with Impactstory, a non-profit organization devoted to making science more open and reusable. The goal of this arrangement is to provide Web of Science users with access to millions of verified peer-reviewed legal versions of Gold and Green OA content via Impactstory’s oaDOI knowledgebase by the end of 2017.


Registro de Obras Intelectuais - Dicas importantes

Com base nas dúvidas mais frequentes em relação ao Escritório de Direitos Autorais, a Fundação Biblioteca Nacional elaborou um pequeno guia para orientar os usuários durante o processo de registro. Confira:

→ PARA QUE SERVE O REGISTRO DE OBRAS INTELECTUAIS NO ESCRITÓRIO DE DIREITOS AUTORAIS?
Resposta: De acordo com a Lei nº 9.610/98, o registro de direitos autorais tem por finalidade dar ao autor segurança quanto ao direito de criação sobre sua obra. O registro permite o reconhecimento da autoria, especifica direitos morais e patrimoniais e estabelece prazos de proteção tanto para o titular quanto para seus sucessores.
→ O REGISTRO AUTORAL É OBRIGATÓRIO?
Resposta: Não, o registro não é obrigatório. Ele tem conteúdo meramente declaratório.
→ QUAIS AS OBRAS INTELECTUAIS PODEM E DEVEM SER REGISTRADAS?
Resposta:
  • Os textos de obras literárias, artísticas ou científicas;
  • Conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesma natureza;
  • Obras dramáticas e dramático-musicais;
  • Obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se fixa por escrito ou por outra qualquer forma;
  • Composições musicais tenham ou não letra (poesia);
  • Obras audiovisuais sonorizadas ou não, inclusive as cinematográficas;
  • Obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografia;
  • Obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte cinética;
  • Ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma natureza;
  • Projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia, engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência;
  • Adaptações, traduções e outras transformações de obras originais, apresentadas como criação intelectual nova;
  • Coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários, bases de dados e outras obras que, por sua seleção, organização ou disposição de seu conteúdo, constituam uma criação intelectual.  Leia o guia na íntegra

Aventuras e desventuras na comunicação científica

Papel da comunicação científica de massa na amplificação da transmissão de conhecimento da academia à sociedade

                        Dez dicas para o postulante a comunicador científico


1)     Participe de mídia sociais, crie um blog científico e divulgue para seus colegas especialistas e não especialistas.

2)     Reserve um tempo para produzir material (texto ou vídeo) informativo, com linguagem clara e descontraída. Não se preocupe com grandes investimentos em edição; na verdade, o caráter amador pode trazer um charme extra ao projeto.
3)     Interaja com os seguidores na busca por feedbacks. Aceite sugestões de temas e respeite opiniões divergentes. Evite gastar tempo com os haters; nada que você disser mudará a opinião deles.
4)     Publique sobre os avanços trazidos pelo seu próprio grupo de pesquisa. Nem tudo é rocket science, mas ainda assim pode trazer pequenos impactos à vida das pessoas e a sua percepção do mundo.
5)     Invista em técnicas pedagógicas variadas. O emprego de simplificações gráficas, exemplos práticos e mensagens centrais (take-home messages)costumam funcionarLembre-se da célebre frase atribuída a Albert Einstein: “Se você não consegue explicar de forma simples é porque não entendeu bem o suficiente”.
6)     Evite conflitos pessoais com outros pesquisadores e, sobretudo, celebridades da mídia social. Há espaço e público para todos.
7)     Não faça sensacionalismo científico para conquistar novos seguidores. Faz parte do nosso trabalho informar as pessoas que a ciência de qualidade é lenta, refutável e não definitiva.
8)     Preferencialmente, mantenha-se independente da indústria e de outros potenciais geradores de conflito de interesse. Caso haja algum patrocínio, declare-o explicitamente. Isso ajudará na idoneidade do seu projeto.
9)     Conecte-se com outros pesquisadores-comunicadores que possam mutuamente colaborar na disseminação dos projetos e inspire-se em experiências bem-sucedidas. Café na Bancada, Nerdologia e Blog do MM são iniciativas idealizadas por membros da comunidade USP que servem de modelo.
10)  Divulgue seus feitos científicos mais importantes através dos canais de comunicação institucional.  Leia mais

Universidades paulistas reavaliam seus indicadores de desempenho institucional

As três universidades públicas estaduais paulistas – USP, Unicamp e Unesp – começam a rever seus sistemas de avaliação de desempenho com o objetivo de aprimorar métricas, estabelecer metas e, adicionalmente, melhorar sua inserção nas comparações internacionais.

A iniciativa é financiada pela FAPESP, no âmbito do projeto Indicadores de desempenho nas universidades estaduais paulistas, vinculado ao Programa Pesquisa em Políticas Públicas. Liderado por Jacques Marcovitch e pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), o projeto tem como parceira a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo.

A reavaliação de métricas e de indicadores de desempenho não é tarefa fácil. “Não existe um modelo único e as universidades são diferentes entre si”, ponderou Goldemberg. Reitor da USP entre 1986 e 1990, Goldemberg criou o Anuário da USP, até hoje uma das principais fontes de informações sobre o desempenho da universidade. “Mas ainda há problemas na garimpagem de dados. Precisamos de mais informações qualitativamente diferenciadas.”

Assim como as universidades, os indicadores utilizados pelos rankings para classificá-las também diferem entre si. O THE, por exemplo, utiliza 13 indicadores que contemplam Ensino, Pesquisa, Citações, Visibilidade Internacional e Captação de Recursos da Indústria. O indicador de maior peso (18%) é o de Reputação em Pesquisa, alimentado por um questionário aplicado a cientistas de todo o mundo. O QS também tem foco na reputação acadêmica e entre empregadores, que equivale à metade da pontuação. Já para o ARWU, publicado pela Shangai Ranking Consultancy, o número de artigos publicados na Nature e na Science tem peso de 20% no seu conjunto de indicadores.

De fato, apesar de estar entre as 40 universidades no mundo que mais publicam artigos, de acordo com o Web of Science, a USP não aparece entre aquelas com maior índice de citação, o que leva a universidade a uma pontuação média reduzida. A USP, assim como a Unicamp e a Unesp, têm, respectivamente, pontuações nesse índice de citações de 31,5, 31,7 e 12,7, enquanto universidades chinesas como as de Pequim, Tsinghua e Zhejiang têm pontuações de 74,2, 71,4 e 45,9, respectivamente, no mesmo índice. Leia mais

11 dezembro 2017

Identificação Digital e seus desafios

À medida que os sistemas digitais de descoberta e distribuição de conteúdo crescem, aumenta também a necessidade de uma identificação inequívoca das pessoas e das partes interessadas (stakeholders) que trocam informações e conteúdos. Na cadeia de suprimentos de informações, incluindo a cadeia de publicações científicas, identificar corretamente pessoas, documentos e organizações tem sido um dos maiores desafios. 
Há uma crescente conscientização sobre a necessidade de utilizar identificadores únicos para troca de informações acadêmicas e científicas. O uso de identificadores comerciais para recursos como livros (International Standard Book Number – ISBN) e revistas (International Standard Serial Number – ISSN) há muito tempo se tornaram padrão e têm sido eficientes em gerenciar com sucesso a cadeia de suprimentos de materiais publicados. O Digital Object Identifier (DOI) é hoje o identificador digital de documentos mundialmente aceito. Pesquisadores utilizam identificadores digitais como ORCiD, ResearcherID, Scopus Author ID, Google ID e Lattes ID (Brasil). 
Do ponto de vista das Organizações, o imperativo de padronização e inequívoca identificação também é consenso e o International Standard Name Identifier (ISNI) é o padrão global certificado pela ISO 27729 para identificar organizações e indivíduos envolvidos com a cadeia de suprimentos de informação e mídia, bem como na cadeia de suprimentos científicos e acadêmicos (scholarly supply chain).Identificar Organizações não é tarefa fácil. Elas mudam de nome, de local, fundem-se a outras, separam-se, mantêm vínculos diversos com organizações maiores, menores ou associam-se em consórcios. Podem estar escritas por extenso, abreviadas, na forma de siglas. Segundo o Relatório da OCLC intitulado Addressing the Challenges with Organizational Identifiers and ISNI de 2016, estabelecer uma identificação única para as Organizações.
O ISNI é um identificador de código aberto composto por 16 dígitos amplamente utilizado em vários setores e projetado para funcionar em diversos contextos, facilitando a troca digital de informações, dados e ativos. A Agência Internacional ISNI (ISNI-IA) contém registros de identidade associados a cerca de 8.75 milhões de nomes individuais e a mais de 654.000 organizações envolvidas nas indústrias de mídia, informação e áreas relacionadas.  Leia mais