15 fevereiro 2021

Sem alívio para a ciência

Principal fundo de fomento à pesquisa científica do país, o FNDCT é reformulado, mas governo veta proibição de bloqueio de seus recursos

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou com vetos em janeiro o Projeto de Lei Complementar nº 135/20 que estabelece mudanças no Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), principal instrumento de fomento à ciência, tecnologia e inovação (CT&I) no Brasil. O projeto, aprovado no ano passado por ampla maioria na Câmara e no Senado, transforma o FNDCT em um fundo financeiro cumulativo – atualmente, o fundo recebe receitas de diferentes setores da economia, mas tem natureza apenas contábil. Com a mudança, seus valores poderão ser alocados em fundos de investimento, gerando rendimentos que deverão ser usados no financiamento de atividades de CT&I. Outra novidade importante diz respeito ao reaproveitamento de saldos anuais não utilizados para reinvestimento, de modo que os recursos se acumulem ao longo dos anos – os valores não desembolsados hoje voltam para a União.   Veja mais.    Fonte: Pesquisa FAPESP - fev. 2021

 


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13 fevereiro 2021


Prorrogação de bolsas de mestrado e doutorado do CNPq

 

Tendo em vista a permanência do estado de emergência de saúde pública decorrente da Covid-19, a necessidade de adotar medidas que garantam a continuidade das pesquisas na pós-graduação, bem como em atendimento a solicitações de representações da comunidade científica brasileira, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) informa que providenciará, em caráter excepcional, a prorrogação por 60 (sessenta) dias do prazo de vigência de todas as bolsas de mestrado e doutorado com encerramento previsto para ocorrer entre janeiro e fevereiro de 2021.
Estão no âmbito dessa decisão bolsas de mestrado e doutorado no País concedidas pelo CNPq pelo sistema de quotas. Bolsas já prorrogadas em virtude da pandemia de Covid-19, e que finalizam no período entre janeiro e fevereiro de 2021, não serão prorrogadas novamente.
Importante ressaltar ainda que, caso haja a conclusão do curso de mestrado ou de doutorado pelo bolsista com a sua efetiva titulação, caberá à Coordenação do Programa de Pós-Graduação na instituição de vínculo do bolsista encerrar a bolsa na Plataforma Integrada Carlos Chagas.
Ao final de janeiro, o CNPq divulgará informações sobre os mecanismos que serão adotados para as quotas liberadas no primeiro semestre de 2021.
Em caso de dúvidas, enviar mensagem para a Central de Atendimento do CNPq por meio do endereço: atendimento@cnpq.br.    Fonte: CNPq - fev. 2021

12 fevereiro 2021

Grupo de trabalho da Reitoria divulga comunicado sobre início do semestre letivo de 2021

O Grupo de Trabalho para a Elaboração do Plano de Readequação do Ano Acadêmico (GT PRAA) divulgou hoje, dia 12 de fevereiro, um comunicado a respeito do início do primeiro semestre letivo dos cursos de graduação em 2021 previsto para o dia 12 de abril.
Segundo o documento, as aulas neste primeiro semestre letivo serão remotas, com autorização para atividades presenciais de reposição de aulas práticas desde que se cumpra rigorosamente o protocolo de biossegurança e a critério dos dirigentes das Unidades de Ensino e Pesquisa.
As informações sobre a Semana de Recepção aos Calouros, matrícula e confirmação de matrícula serão divulgadas pela Pró-Reitoria de Graduação ainda neste mês de fevereiro.
Ainda de acordo com o comunicado, o retorno pleno às atividades presenciais dependerá das condições epidemiológicas e/ou da vacinação dos profissionais da educação.
O comunicado enfatiza que os dirigentes devem avaliar a situação em suas unidades e desenvolver ações para manter as atividades administrativas e atividades-fim, sempre respeitando o protocolo de biossegurança.
O GT PRAA é coordenado pelo vice-reitor da Universidade, Antonio Carlos Hernandes, e formado pelos professores André Lucirton Costa, Edson Cezar Wendland, Gerson Aparecido Yukio Tomanari,  Mônica Sanches Yassuda e Tarcisio Eloy Pessoa de Barros Filho.
O GT é responsável pelo desenvolvimento e pela atualização do Plano USP para o retorno gradual das atividades presenciais, que define protocolos, oferece recomendações e apresenta orientações aos gestores e aos membros da comunidade universitária para a viabilização progressiva das atividades acadêmicas e administrativas presenciais nos campi, que estão suspensas desde o dia 17 de março do ano passado, por conta da pandemia da covid-19.  Fonte: Jornal da USP - 12/02/21

O golpe das edições especiais

Fraudadores enganam editores de revistas científicas e se infiltram no processo de revisão de artigos de números temáticos


Os editores do Journal of Nanoparticle Research, revista interdisciplinar dedicada a fenômenos e processos sobre estruturas em escala nanométrica, caíram em um golpe que comprometeu a integridade do processo de avaliação de artigos da publicação. O periódico, fundado em 1999 e vinculado à editora Springer Nature, suspendeu o lançamento de uma edição especial sobre o papel da nanotecnologia e da internet das coisas no atendimento em saúde após a descoberta de que três colaboradores incumbidos de selecionar os manuscritos eram impostores fazendo-se passar por cientistas reais.

Em setembro de 2019, a revista foi contatada por e-mail por pesquisadores das áreas de ciência da computação e engenharia afiliados a instituições do Reino Unido e da Alemanha, que sugeriam a edição especial. A proposta vinha acompanhada de uma lista de cientistas que poderiam auxiliar na avaliação, com os respectivos endereços eletrônicos. Um dos editores do periódico, o químico Nicola Pina, da Universidade Humboldt, em Berlim, checou a lista de e-mails e não notou nada de errado. A maioria era composta por contas aparentemente institucionais, enquanto outras eram da plataforma Gmail, para a qual várias universidades migraram. A equipe editorial considerou a proposta interessante e franqueou a três pesquisadores dessa lista acesso a seu sistema de gerenciamento de papers, para que recebessem os artigos submetidos e coordenassem a edição.  Veja mais.  

Fonte: Pesquisa FAPESP - fev. 2021


AuthorArranger: ferramenta para preparar a apresentação do artigo

AuthorArranger é uma ferramenta da web gratuita projetada para ajudar os autores de manuscritos de pesquisa a gerar automaticamente páginas de título formatadas corretamente para submissão de manuscritos em periódicos em uma fração do tempo que leva para criar as páginas manualmente. Quer o seu manuscrito tenha 20 ou 200 autores, o AuthorArranger pode economizar tempo e recursos ajudando-o a conquistar as páginas dos títulos dos periódicos em segundos.
Basta fazer upload de uma planilha contendo detalhes do autor ordenados por contribuição do autor, ou baixar o modelo de planilha fácil de seguir do AuthorArranger e preenchê-lo com detalhes do autor e da afiliação. De qualquer forma, uma vez que suas informações do autor sejam carregadas, o AuthorArranger permitirá que você faça escolhas de formato com base nas regras de submissão do periódico. Ao terminar, você obtém um documento formatado e para download que contém todos os seus autores e afiliações organizados para envio ao periódico.
Siga o QuickStart Guide ou vá direto para a ferramenta AuthorArrangerFonte: AGUIA - 12/02/21


FAPESP reajusta valores na modalidade Auxílio à Pesquisa Regular

A FAPESP reajustará o valor máximo destinado a projetos apoiados na modalidade Auxílio à Pesquisa Regular (APR) de R$ 200 mil para R$ 300 mil a partir de 1º de março. Esse ajuste, o primeiro desde 2015, tem como objetivo aumentar os recursos disponíveis para essa modalidade de apoio a projetos de pesquisa fundamentais para fazer avançar o conhecimento em áreas estratégicas da ciência e para pavimentar a carreira de pesquisadores paulistas.

Por meio do APR, a FAPESP dá suporte ao desenvolvimento de projetos por pesquisador com título de doutor e experiência internacional – ou que integre redes internacionais de pesquisa –, vinculado a uma instituição de pesquisa, pública ou privada, sediada no Estado de São Paulo, por um período de até dois anos – com possibilidade de prorrogação por um semestre.

A análise e avaliação das propostas levam em conta requisitos básicos do projeto – incluindo a competitividade internacional da pesquisa, potencial para expandir a fronteira do conhecimento daquela área, o impacto científico e um Plano de Gestão de Dados adequado, que vem sendo cada vez mais observado nas propostas de projeto –, além do histórico acadêmico do pesquisador responsável.

Os pesquisadores responsáveis pelo APR não poderão ter mais de um projeto apoiado nessa modalidade de auxílio simultaneamente.

Os recursos da FAPESP devem ser utilizados no custeio do projeto de pesquisa, como a compra de material permanente – exceto grandes equipamentos –, material de consumo e pagamento de serviços técnicos de terceiros, no país ou no exterior, além de despesas de transportes e Bolsas de Treinamento Técnico e participação em cursos.

As normas para submissão e seleção de propostas de Auxílio à Pesquisa Regular estão disponíveis em https://fapesp.br/apr.     Fonte: Agência FAPESP - 12/02/21


11 fevereiro 2021

Universidades de SP decidem manter aulas a distância

Autorizadas a retomar as aulas presenciais, as instituições de ensino superior públicas e privadas de São Paulo decidiram manter a maior parte das atividades letivas a distância no primeiro semestre de 2021.
Pela autorização do governador João Doria (PSDB), faculdades e universidades podem reabrir e receber até 35% dos alunos em cidades que estão na fase amarela do Plano São Paulo.
As instituições têm optado por só retomar as aulas presenciais em disciplinas práticas, como a dos anos finais de cursos da área da saúde. As matérias teóricas continuam sendo feitas de forma remota. A informação foi adianta pelo jornal O Estado de S. Paulo.
A decisão de adiar o retorno presencial, segundo os dirigentes das instituições, ocorreu após o aumento de casos de Covid-19 registrado em todo o estado no início deste ano. Eles avaliam que não há necessidade de colocar alunos e professores em risco de contaminação depois de terem se adaptado ao ensino remoto.
Nas três universidades públicas estaduais, o primeiro semestre letivo ainda não começou, mas o planejamento é de que seja iniciado com atividades a distância.
Na Unesp (Universidade Estadual Paulista), as aulas de 2021 devem começar em abril de forma remota por causa do “recrudescimento da pandemia”.
Na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o reitor Marcelo Knobel suspendeu as atividades presenciais no fim de janeiro depois do aumento de casos de infecção no estado. A suspensão continua valendo até as regiões de Campinas e Piracicaba, onde a instituição tem câmpus, permanecerem por 14 dias seguidos na fase amarela.
No entanto, mesmo que a situação permaneça estável, a tendência é de que a instituição também mantenha a maior parte das aulas no modelo remoto. Na USP (Universidade de São Paulo), a orientação também é de que as atividades sejam mantidas preferencialmente a distância.    Fonte: O Estado de S. Paulo - 11/02/21 

Vazamento de informações recorrentes mostra falta de aplicação da Lei de Proteção de Dados

Um novo vazamento de dados expôs 100 milhões de celulares, incluindo o do presidente da República. Tal fato alia-se ao vazamento recente, como já foi amplamente noticiado,  de CPFs e dados pessoais de milhões de brasileiros. Como é possível saber se seus dados foram vazados? O que fazer quando isso acontece? O professor Eduardo Tomasevicius Filho, do Departamento de Direito Civil da Faculdade de Direito da USP, comenta o problema, em entrevista ao
 Jornal da USP no Ar 1ª Edição.
Existe, no Brasil, uma Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais responsável por regular as atividades de tratamento de dados pessoais. A lei entrou em vigor em setembro do ano passado. O professor aponta que “as empresas têm que tomar um cuidado enorme, tendo em vista o impacto que um vazamento pode causar na vida das pessoas. Têm também que ter, de acordo com a lei, um relatório de impacto de proteção de dados, ou seja, fazer um estudo das vulnerabilidades; desenvolver um plano de contingência; saber o que fazer quando uma situação dessas ocorre”.
Lei de Proteção de Dados
Para o professor, se estamos vendo vazamentos de dados tão recorrentes é porque não está havendo mobilização para adequação à lei. Outro fato que demonstra a falta de aplicação da lei é que a informação sobre o vazamento é proveniente de sites privados, sendo que a lei estabelece o dever de comunicação de incidentes de segurança como esses por parte da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).
Como a lei foi estabelecida recentemente, poucas pessoas sabem de sua existência. É necessário, então, que se propague, se fale mais sobre a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais para que todos passem a conhecer os seus direitos. Caso a pessoa seja vítima de algum crime, como extorsão, a partir do vazamento de seus dados, deve fazer um boletim de ocorrência para que se inicie a investigação.
Uma vez fornecidos pelos consumidores os dados solicitados pelas empresas, “eu, enquanto pessoa, não tenho como evitar que esses dados sejam vazados. Quem tem que tomar as providências é a empresa, por isso a lei impõe uma série de deveres”, afirma Tomasevicius Filho. Em agosto, será possível aplicar multas às organizações, caso a segurança dos dados seja comprometida. “Precisamos exigir que se cumpra a Lei Geral de Proteção de Dados”, encerra.    Fonte: Jornal da USP - 11/02/21

Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

Há seis anos, no dia 11 de fevereiro é celebrado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Iniciativa das Nações Unidas (ONU) a data pretende aumentar a conscientização sobre a excelência das mulheres nas ciências e lembrar à comunidade internacional que ciência e igualdade de gênero devem avançar lado a lado.
A Elsevier lançou em 2017 o relatório “Gender in the Global Research Landscape”, um panorama da pesquisa mundial ao longo de 20 anos, em 12 países e regiões. Percebe-se que em 9 dessas regiões (EUA, União Européia, Reino Unido, Canadá, Austrália, França, Brasil, Dinamarca, Portugal), entre 2011 e 2015, mais de 40% dos pesquisadores eram mulheres, o que representa uma melhora do cenário em 1996-2000, onde tal cifra só era realidade em Portugal. Entretanto, a representatividade feminina varia muito de acordo com o campo de pesquisa: mulheres estão mais presentes em ciências biológicas e da saúde, mas são raras nas ciências físicas, da computação e matemáticas, relacionadas com a criação de tecnologias. Em decorrência, apenas 14% de aplicações para patente envolviam uma inventora entre 2011 e 2015 – entre 1996 e 2000, somente 10% dos pedidos de patente envolviam mulheres entre os solicitantes.    
Fonte: SBMFC - 11/02/21

Como funcionará o novo modelo de avaliação multidimensional da Capes

O ano de 2021 marca o início de um novo ciclo – e modelo – de avaliação multidimensional dos programas de pós-graduação (PPGs) stricto sensu do Brasil.

A principal mudança é que a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) deixará de dar uma nota única – que hoje vai de 3 a 7 – para os 4.062 programas de mestrado e doutorado em atividade. Em vez disso, a agência ligada ao Ministério da Educação classificará os programas em cinco dimensões:           
       

                                           1) Ensino e aprendizagem;
                                           2) Internacionalização;
                                           3) Produção científica;
                                           4) Inovação e transferência de conhecimento;
                                           5) Impacto e relevância econômica e social.

Cada dimensão receberá uma nota. Segundo Jorge Audy, coordenador da Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG 2011-2020), a avaliação por dimensão ajudará a reconhecer as diversidades, vocações e qualidades dos PPGs.
Até então, o modelo de avaliação privilegiava indicadores de pesquisa e ensino, como o impacto das publicações científicas – o que foi importante para expandir a pós-graduação no Brasil desde a década de 1960, mas se tornou insuficiente para compreender a diversidade dos cursos.
Os primeiros resultados da avaliação multidimensional serão divulgados em 2025, após o encerramento da avaliação quadrienal (2021-2024).     Fonte: Desafios da Educação - 09/02/21

Como nasceu a avaliação multidimensional

A maior reestruturação do modelo de avaliação dos PPGs foi gestada há quatro anos. Segundo a revista Pesquisa Fapesp, quando saíram os resultados da quadrienal 2013-2016 a direção da Capes encomendou ao conselho tecnocientífico da instituição um estudo sobre aspectos do sistema que mereceriam ser aprimorados. “Depois de uma consulta a especialistas e organizações vinculadas à pós-graduação, duas sugestões principais emergiram: a importância de que as universidades fizessem uma autoavaliação de seus programas, declarando o que esperavam deles e se a expectativa se cumpriu, e a adoção de métricas sensíveis a diferentes propósitos que os cursos de pós-graduação podem ter além de fazer pesquisa de qualidade, como auxiliar o desenvolvimento regional e interagir com o setor produtivo.”
Em 2018, a Capes enviou uma comissão técnica à Europa para conhecer o U-Multirank, ferramenta de avaliação de universidades que parecia atender aos anseios de mudança no modelo brasileiro.
O U-Multirank analisa cinco indicadores: ensino e aprendizagem, pesquisa, transferência de conhecimento, orientação internacional e engajamento regional. O resultado é exibido em um diagrama com cinco cores, uma para cada dimensão. As cores têm tonalidades diferentes de acordo com a performance, o que ajuda a visualizar os pontos fortes e fracos da instituição.
A ferramenta foi desenvolvida em 2014 pelo Centro de Educação Superior em Gütersloh, na Alemanha, e pelo Centro de Estudos sobre Políticas em Educação Superior da Universidade de Twente, na Holanda. Até 2019, era utilizado por universidades de 96 países, incluindo o Brasil, por meio das três universidades estaduais paulistas USP, Unicamp e Unesp.
Embora inspirada no U-Multirank, o novo modelo tem uma metodologia diferente, adequada aos propósitos da avaliação da Capes.    Fonte: Desafios da Educação - 09/02/21


10 fevereiro 2021

Vacina em spray nasal é nova arma em desenvolvimento contra o coronavírus

Se você é daqueles que têm medo de agulha e sonha com a vacina, é possível que seus anseios venham a ser atendidos. Atualmente, está sendo desenvolvida uma vacina em spray nasal. Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, Jorge Kalil Filho, diretor do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, professor titular de Imunologia Clínica e Alergia da FMUSP e coordenador da pesquisa, explica como está sendo o processo de desenvolvimento da vacina.

O médico introduz dizendo que a proposta da pesquisa, desde o início, foi estudar melhor a resposta imune contra o coronavírus para criar uma vacina baseada nos alvos da resposta imune mais eficientes. “Tem duas formas de nós combatermos o vírus: não deixando ele entrar em uma célula, ou se ele entrou na célula e a infectou, ele pode ser morto por uma outra célula do sistema imune”, explica. Para o estudo, então, coletou-se o sangue de pessoas contaminadas com o vírus e foi possível analisar os alvos da resposta de anticorpos e também da resposta celular. Essa investigação mais profunda do antígeno é o que diferencia a nova vacina das demais.


A opção pelo desenvolvimento da vacina nasal se deve ao fato de que uma resposta local muito forte pode, assim, ser estimulada, diz Kalil Filho. Além disso, a vacina fortalece a mucosa nasal. Como demais vantagens, a produção é descomplicada e 100% nacional, a vacina é extremamente adaptável aos diferentes variantes, pode ser guardada até mesmo em temperatura ambiente.
“Nós estamos construindo, geneticamente, a composição final dessa vacina”, diz o professor Kalil Filho. A meta é de que os testes em seres humanos comece este ano e o trabalho está sendo feito para atingi-la. “Quem vence a corrida é quem chega melhor, em melhores condições de dar uma proteção mais ampla”, afirma o médico.
Na opinião do imunologista, tivemos um avanço muito grande em um ano, tratando de uma doença que ninguém conhecia. “Normalmente, esse conhecimento seria acumulado em pelo menos dez anos. Nós já temos vacina, as vacinas funcionam. Aprendemos muito sobre a doença, aprendemos a tratar, sabemos que temos que isolar as pessoas que estão doentes”, diz. A ciência brasileira segue respirando.     Fonte: Jornal da USP - 10/02/21

Pesquisa refina método que usa radiação para conservar acervos históricos

A radiação gama pode ser usada para proteger filmes fotográficos e cinematográficos da degradação causada pelas condições ambientais. A dose necessária é de 6 a 10 quilos gray 

A aplicação de radiação é uma técnica de conservação de acervos históricos utilizada para proteção, desinfestação e desinfecção de materiais contaminados com insetos e fungos. A historiadora Maria Luiza Emi Nagai determinou o intervalo de doses de radiação gama e feixe de elétrons necessário para proteger filmes fotográficos e cinematográficos, sem alterar a composição do material. Os resultados mostraram que a dose ideal de radiação a ser aplicada com segurança nos filmes é de 6 a 10 quilos gray (kGy) – unidade de medida que representa a quantidade de energia de radiação ionizante absorvida por unidade de massa. 
O vasto acervo bibliográfico da USP conta com filmes fotográficos e cinematográficos compostos de triacetato de celulose, que é muito sensível às condições ambientais de temperatura e umidade. Umidade acima de 50% já começa a degradar os filmes em um processo chamado desacetilação. Esse processo é conhecido como “síndrome do vinagre”, porque filmes com essa composição contêm ácido acético (vinagre) em sua fórmula. Iniciada a degradação, o material começa a se desfazer, liberando o cheiro forte do ácido.  Veja mais.  
Fonte: Jornal da USP – 10/02/21.

Pós-graduação brasileira cresce 48% na última década

A pós-graduação 
stricto sensu brasileira cresceu 48,6% na última década, passando de 3.128 programas, em 2011, para 4.650, em 2020. A informação, que reúne cursos de mestrado e doutorado, foi divulgada por Benedito Aguiar, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), durante a Feira de Pós-Graduação da Universidade de São Paulo (EXPO PG USP), nesta segunda-feira, 9.
Aguiar acredita que a formação de pesquisadores e profissionais qualificados “é fundamental para o desenvolvimento contínuo do conhecimento científico e tecnológico, assim como para o desenvolvimento econômico e social do País”. Ele lembrou que a CAPES, que em 2021 completa 70 anos, tem cumprido um importante papel no apoio à pós-graduação e defendeu que o Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) “precisa ampliar o protagonismo em relação às demandas e problemas da sociedade, para atendê-las, por meio da educação, ciência e tecnologia”.
CAPES na USP
Atualmente, 544 instituições participam do SNPG, com 7.064 cursos. Entre estes, 487 são oferecidos pela USP. Benedito Aguiar mostrou que, em 2020, a CAPES concedeu 95.116 bolsas em programas institucionais e especiais e estratégicos. À USP, foram destinadas 8.374 bolsas, sendo 3.951 a programas de excelência, o que “mostra a grande dimensão desta universidade”. Quanto aos recursos de custeio, a CAPES investiu R$167 milhões, dos quais R$29,8 milhões na instituição.
Aguiar contou que, em 2020, a CAPES concedeu um total de 160.955 bolsas, entre Institucionais no País, Programas Especiais e Estratégicos, Mobilidade Internacional no País e no Exterior e Cursos de Graduação e Licenciatura. Ele frisou que, mesmo com a redução de 16% do orçamento da CAPES em 2020, não houve corte de bolsas e acredita que, novamente, não haverá neste ano.    Fonte: CCS/CAPES - 10/02/21