17 janeiro 2023

Biogás produzido com bagaço de maçã pode minimizar o uso de combustível fóssil na indústria

Cientistas das universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e Federal do ABC (UFABC) utilizaram com sucesso bagaço de maçã para produzir biogás. A pesquisa, publicada na revista Biomass Conversion and Biorefinery, está inserida na filosofia de “economia circular”, cujos princípios são redução de custos, fechamento dos ciclos de produção de resíduos e avanço da reutilização e reciclagem de bioenergia e biomateriais. A maçã está entre as frutas mais consumidas em todo o mundo, tanto in natura como processada em suco, vinagre e cidra, entre outros. Mas os subprodutos gerados pela indústria são geralmente descartados sem qualquer aplicação posterior. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a produção mundial de maçã em 2020 foi de quase 86,5 milhões de toneladas. China (46,85%), Estados Unidos (5,38%) e Turquia (4,97%) são os produtores mais destacados.   Saiba mais.   Fonte: Agência FAPESP – 17/01/23

16 janeiro 2023

Mudanças climáticas: caminhos para o Brasil

As mudanças climáticas constituem um dos maiores desafios da humanidade. É urgente compreender como os ecossistemas brasileiros, a economia, a infraestrutura, as cadeias produtivas, a biodiversidade, a saúde, entre outros aspectos, estão sendo afetados por elas. Isso é o que aponta artigo nova edição da revista Ciência & Cultura, que tem como tema “Ciência e Vida”. A edição especial aborda as várias maneiras como a ciência e a tecnologia contribuem com diversos aspectos de nossa vida diária. O Brasil é o sétimo maior emissor de gases de efeito estufa (GEE) do planeta, e o quarto em emissões per capita. Se por um lado o Brasil tem notáveis vantagens estratégicas para enfrentar estes desafios, como a possibilidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e potencial de geração de energia solar e eólica que nenhum outro país possui, por outro, também tem vulnerabilidades, como um agronegócio dependente do clima e a geração de hidroeletricidade dependente da chuva.   Saiba mais.   Leia o artigo completo em: https://revistacienciaecultura.org.br/?p=3633

O que é ciência aberta. E quais os entraves para ela

A publicação de pesquisas em revistas e periódicos acadêmicos é um dos pilares da ciência atual. A lógica é que esses veículos garantem que o estudo em questão foi revisado por outros cientistas e permitem que os resultados alcancem mais pesquisadores. Já faz alguns anos, contudo, que esse sistema lida com contradições. Periódicos geridos por editoras tradicionais são criticados por cobrarem assinaturas caras às instituições de ensino, tornando o acesso aos estudos mais restrito. A internet fez com que revistas digitais se multiplicassem, mas não tornou o processo mais acessível – pelo contrário, os pesquisadores começaram a ter que pagar para ver seus trabalhos publicados. Em paralelo, alguns cientistas reivindicam meios alternativos para publicar suas pesquisas, sem custos para quem publica ou lê o estudo. O movimento que incorpora essa e outras práticas de democratização do conhecimento é chamado de Open Science, ou, em português, ciência aberta. Neste texto, o Nexo explica esse movimento e seu potencial no avanço do conhecimento científico.   
Veja o texto na íntegra: Nexo – 16/01/23


CNPq abre inscrições para o Prêmio de Fotografia - Ciência e Arte

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Editoras científicas testam softwares para detecção de papers falsos

Uma colaboração de 24 editoras e empresas de análise de dados científicos está testando sistemas automatizados desenvolvidos para detectar artigos falsos gerados por “fábricas de papers”, serviços ilegais que produzem trabalhos sob encomenda, com dados ou imagens falsas, e os submetem a periódicos acadêmicos em nome de pesquisadores. As ferramentas, que chegam a escrutinar mais de 70 sinais de manipulação característicos desses trabalhos fraudulentos, como imagens adulteradas, vícios de linguagem, gráficos duplicados e endereços de e-mail suspeitos, resultam de um esforço capitaneado pela Associação Internacional de Editores Científicos, Técnicos e Médicos (STM), com sede em Haia, nos Países Baixos. A STM não informou quais são as editoras envolvidas nos testes dos protótipos dos sistemas  automatizados e afirmou que ainda é cedo para divulgar dados significativos sobre a eficácia das ferramentas. Joris van Rossum, diretor de integridade de pesquisa da STM, disse à revista Nature que espera poder disponibilizar versões preliminares desses softwares para uso mais amplo ainda no início de 2023. Desde 2020 a organização trabalha com algumas das principais editoras científicas do mundo – entre elas a Elsevier, IOP Publishing, Taylor & Francis, Wiley e Springer Nature – na criação de programas para garantir a integridade no processo de revisão por pares. Em uma iniciativa anterior, a STM lançou um ano atrás o STM Integrity Hub, plataforma dedicada a fornecer ferramentas on-line para auxiliar editores no escrutínio de manuscritos submetidos para publicação.   
Fonte: Pesquisa FAPESP - 13/01/23

13 janeiro 2023

A pirâmide financeira da carreira acadêmica

“Com pesquisadores orientando vários pós-graduandos ao mesmo tempo, a única forma de absorver todos os novos doutores na academia seria a expansão contínua do sistema universitário”, escreve Olavo Amaral, professor da UFRJ

Como tantos outros meses na era Bolsonaro, dezembro de 2022 começou de forma não muito auspiciosa para a ciência brasileira. Devido ao contingenciamento no orçamento do Ministério da Educação, a Capes anunciou que seria forçada a cortar o pagamento de seus mais de 200 mil bolsistas de pós-graduação. A decisão acabou revertida, mas isso não deixou os pós-graduandos do país em situação confortável. Com os valores das bolsas de mestrado e doutorado estagnados há dez anos em R$ 1.500 e R$ 2.200, a remuneração da categoria viu seu poder de compra frente à inflação cair quase pela metade desde 2013. A defasagem foi suficiente para que a equipe de transição declarasse o reajuste das bolsas como uma das primeiras prioridades para o novo governo na área de ciência e tecnologia. Tais agruras financeiras são apenas a ponta do iceberg das dificuldades de quem busca seguir a carreira acadêmica no Brasil. O gargalo maior não é a pós-graduação em si, mas o que vem depois, já que há um descompasso evidente entre o número de doutores formados e as vagas disponíveis nas universidades.   Saiba mais.  Fonte: Nexo - 13/01/23


Palavras-chave são estratégicas para as publicações de pesquisa

Todos os anos,
mais de um milhão de publicações científicas são adicionadas ao conjunto existente de artigos de pesquisa, tornando cada vez mais difícil identificar as publicações mais relevantes por meio de uma simples pesquisa. Portanto, mesmo quando seu trabalho duro leva a uma publicação bem-sucedida, você pode sentir que ela não está sendo notada ou citada tanto quanto você esperava. Mas não se preocupe, existem maneiras de fazer sua pesquisa se destacar entre os milhões. Uma delas é fazer uso do conceito de Search Engine Optimization (SEO) e escolher as palavras-chave certas para sua publicação.  Saiba mais.   Fonte: ABCD USP

12 janeiro 2023

A reputação internacional da USP

A Universidade de São Paulo é a maior e a melhor universidade de pesquisa do Brasil. Como tal, a USP é uma marca amplamente conhecida e usufrui de uma boa reputação nacional e internacional. Na tentativa de inferir sobre a percepção do prestígio das instituições, o Times Higher Education (THE) World Reputation Rankings tem como objetivo classificar as universidades de pesquisa segundo a reputação internacional. A edição de 2022 foi publicada recentemente e trouxe a USP e a Universidade de Campinas (Unicamp) como as únicas brasileiras listadas. A USP está no grupo das 81–90 e a UNICAMP no bloco das posições 151–175, resultados idênticos aos observados na edição de 2021. As cinco instituições mais bem classificadas na edição de 2022 são, nessa ordem: a Universidade de Harvard (EUA), o MIT – Massachusetts Institute of Technology (EUA), e as universidades de Stanford (EUA), de Oxford (Reino Unido) e de Cambridge (Reino Unido). Entre as dez primeiras, apenas duas não são dos Estados Unidos e Reino Unido: as universidades de Tsinghua (China) e de Tóquio (Japão), em nono e décimo lugares, respectivamente.   Saiba mais.   Fonte: Jornal da USP - 12/01/23

SP terá exposição imersiva sobre Michelangelo e Capela Sistina

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O que é um solo saudável e como ele impacta o planeta? E-book gratuito explica e ilustra o conceito

Saúde do solo é um termo recente na ciência para definir a capacidade continuada do solo de funcionar como um ecossistema vital que sustenta a produtividade de plantas e animais e mantém ou melhora a qualidade da água e do ar. Um solo saudável é essencial para alcançar a segurança alimentar da população e combater as mudanças climáticas. Essa e outras explicações estão no e-book gratuito Saúde do solo: múltiplas perspectivas e percepções, que tem o objetivo de contribuir para a conscientização dos profissionais da área e da população geral sobre a importância de manter os solos saudáveis para aumentar a produtividade da agricultura de forma harmônica com o meio ambiente. Ilustrado por fotografias e infográficos, o livro presta homenagem ao Dia Mundial do Solo (celebrado em 5 de dezembro), e tem autoria de Maurício Roberto Cherubin, professor do departamento de Ciência do Solo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) da USP, e de Bruna Emanuele Schiebelbein, pesquisadora do Soil Health & Management Research Group (Sohma) da ESALQ. “A saúde do solo é reconhecida como um bem comum da humanidade”, afirma Maurício. O e-book está disponível no Portal de Livros Abertos da USP neste link.   Saiba mais.  
Fonte: Jornal da USP – 11/01/23

11 janeiro 2023

Nanossegurança para inovação sustentável

A nanotecnologia oferece um imenso potencial para inovação em diferentes setores, com perspectivas em aplicações inimagináveis. No entanto, os perigos e riscos dos nanomateriais frente à saúde humana e ambiental estão sendo ainda avaliados e têm sido foco de debates e controvérsias no mundo todo. Isso é o que discute artigo da nova edição da revista Ciência & Cultura, que tem como tema “Ciência e Vida”. A edição especial aborda as várias maneiras como a ciência e a tecnologia contribuem com diversos aspectos de nossa vida diária. O artigo aponta que incertezas têm levado a dificuldades na elaboração das regulamentações em nanotecnologia, culminando, muitas vezes, em iniciativas isoladas em diferentes países. Atividades de pesquisa em nanotoxicologia e nanossegurança exercem um papel fundamental neste contexto, pois propiciam a geração de informações e conhecimento científico cruciais para a proteção e preservação da vida e do meio ambiente, considerando toda cadeia de valor durante a produção, uso e descarte de nanomateriais.   Saiba mais.  
Confira em artigo da nova edição da Ciência & Cultura. 

Autores: 

- Diego Stéfani Teodoro Martinez - pesquisador do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM)
- Francine Côa - analista do LNNano/CNPEM e doutoranda em Ciências (Química na Agricultura e Ambiente) no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA-USP)
- Marcelo Knobel - professor do Instituto de Física da UNICAMP

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Para conhecer a saúde das árvores

A empresa paulista Kerno Geo Soluções desenvolveu uma tecnologia que permite conhecer a saúde das árvores sem a necessidade de realizar escavações no solo nem perfurar a madeira. A estratégia proporciona imagens em alta resolução das raízes e do tronco das árvores usando dois métodos geralmente empregados em estudos de geofísica: o mapeamento do solo por radar e a eletrorresistividade. O primeiro fornece o mapeamento tridimensional das raízes, mesmo quando ocultas por pavimentos impermeáveis, como asfalto ou concreto. Já o segundo, por meio da passagem de uma corrente elétrica inofensiva para a planta, possibilita detectar ocos ou áreas de apodrecimento do tronco e dos galhos. São informações essenciais para avaliar o risco de queda das árvores e a necessidade de manejo. “Na geofísica, estudamos o interior da terra e o subsolo por métodos indiretos. Demos um outro enfoque a esses métodos, empregando-os no estudo de árvores urbanas”, contou o geofísico Vinicius Neris Santos, sócio da Kerno Geo, à Agência FAPESP. A estratégia, desenvolvida em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Universidade de São Paulo (USP) com apoio da FAPESP, já foi testada com sucesso em São Paulo, São José dos Campos, Sorocaba e Belo Horizonte.  Fonte: Pesquisa FAPESP - jan. 2023

Amnésia digital é fruto do volume de informação disponibilizado pelo avanço tecnológico

Fenômeno caracterizado pelo declínio cognitivo relaciona o uso descompensado de aparelhos eletrônicos à perda da memória em longo prazo

O esquecimento de atividades e assuntos corriqueiros pode ter relação com o uso descompensado de telas de computadores, celulares e aparelhos eletrônicos. O fenômeno é denominado “amnésia digital” e ocasiona déficits na capacidade de armazenamento de memória e no declínio cognitivo. Isso decorre da quantidade de informações disponibilizadas pelas mídias digitais e a velocidade com que o volume de dados é processado pelo cérebro. Com o avanço e a facilidade com que as informações são disponibilizadas para a sociedade, as agendas digitais e os calendários, que marcam datas e eventos importantes, assim como dados necessários, nos deixam em uma situação confortável, levando ao esquecimento de pequenas tarefas, dados ou informações.   Saiba mais.   Fonte: Jornal da USP - 10/01/23

Cresce o número de startups de base científica e tecnológica em São Paulo

O número de startups de base científica e tecnológica no Estado de São Paulo registrou crescimento expressivo nos últimos triênios, com aumento acentuado entre 2017 e 2019. Entre 2011 e 2013 foram fundadas 13 startups com esse perfil. De 2014 a 2016 o número de novas deep techs paulistas saltou para 64 e chegou a 87 nascentes entre 2017 e 2019. “A ideia foi fazer um mapeamento mais amplo de startups científicas do Estado de São Paulo de modo a entender o potencial de crescimento e de impacto, além de identificar onde estão situadas, quais os setores em que atuam, se já têm mercado e receberam investimento, entre outras questões”, diz Maria Augusta Miglino, consultora de inovação do Sebrae for Startups. O levantamento identificou 388 startups de base científica e tecnológica em operação no Estado de São Paulo. Em sua maioria, elas desenvolvem tecnologias nas áreas de biotecnologia, big data, inteligência artificial e machine learning e os segmentos de mercado que mais atendem são os de saúde e bem-estar e do agronegócio.   Saiba mais.   Fonte: Agência FAPESP – 11/01/23

10 janeiro 2023

Projeto aprimora traduções de termos da química de pesticidas

Substâncias químicas ou biológicas comumente utilizadas na agricultura para evitar ou combater pragas, os pesticidas estão muito presentes na cultura agro do Brasil, país cuja economia tem participação importante de commodities agrícolas (soja, milho, café, cana-de-açúcar, etc.) e que se posiciona como um dos maiores importadores mundiais desses defensivos. As terminologias que envolvem o campo dos agrotóxicos, normalmente encontradas em inglês, nem sempre possuem traduções adequadas para a língua portuguesa, o que dificulta a vida de estudantes e pesquisadores da área, bem como de agricultores e do público em geral. A partir desta problemática, as professoras Marcela Marques de Freitas Lima (Departamento de Química e Ciências Ambientais) e Paula Tavares Pinto (Departamento de Letras Modernas) do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce) da Unesp, campus de São José do Rio Preto, desenvolveram um projeto interdisciplinar para aprimorar traduções na área de química de pesticidas. Foi assim que surgiu o Projeto EVOLVE (language as a tool for EnVirOnmentaLly sustainable actions in deVEloping countries: for the right to healthy food), que teve parceria com a Universidade de St. Gallen, da Suíça.   Saiba mais.   Fonte: Agência FAPESP – 06/01/23

Programa de Apoios: Fealq adia período de submissão de pedidos para fevereiro de 2023

A Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq) adiou o período de recebimento dos pedidos de apoio de janeiro/23 para fevereiro/23. Com a mudança, definida pela Diretoria em reunião no último dia 20, a fase de análise das solicitações pela Comissão de Apoio passa de fevereiro para março do próximo ano, com retorno previsto até o 15º dia útil do mês dedicado à avaliação. O pedido deve ser encaminhado para apoios@fealq.com.br, por meio do Formulário do Programa de Apoio, disponível na página da entidade: fealq.org.br/programa-de-apoios. Além do formulário, deve ser apresentado um ofício dirigido ao diretor-presidente da Fundação, assinado pelo requerente e por seu professor/coordenador (quando for o caso), com as justificativas do pedido e com a documentação relacionada no Formulário. Clique aqui para conferir em detalhe os novos períodos de submissão e análise para as quatro linhas de apoio oferecidas pela Fealq com uso de recursos próprios.  Saiba mais.   Fonte: FEALQ

Compartilhar dados é a base da Ciência Aberta: mas isso nem todos querem ou sabem fazer…

Quando se trata de pesquisa aberta na prática, é principalmente o acesso aberto a publicações (acesso aberto) e dados abertos que estiveram no centro. Outros elementos da pesquisa aberta, como código-fonte aberto, revisão por pares aberta e recursos de aprendizagem abertos, estão começando a ganhar mais foco. Isso contribui para que o conhecimento e os resultados da pesquisa sejam disponibilizados para mais pessoas, mas também para que o processo de pesquisa e a própria metodologia se tornem mais transparentes e possam ser cada vez mais testados e testados. Uma vez que o bom gerenciamento de dados de pesquisa é um pré-requisito tanto para dados abertos quanto para verificabilidade geral, a pesquisa aberta na prática também significa boas rotinas e procedimentos para manipulação de dados. Boas práticas de tratamento de dados, incluindo segurança e privacidade da informação, tornam-se assim um elemento importante na introdução da pesquisa aberta.   Saiba mais.   
Fonte: ABCD USP – 10/01/23

09 janeiro 2023

Como inflar currículos e influenciar pessoas

A empresa Clarivate Analytics, que mantém a base de dados Web of Science (WoS), divulgou em novembro a sua lista anual dos pesquisadores altamente citados, uma relação de 6.938 cientistas cuja produção mais recente teve impacto e influência extraordinários em seus campos do conhecimento. A novidade no anúncio desse ano foi a supressão de um número recorde de autores suspeitos de cometer algum tipo de irregularidade para inflar seu desempenho: ao todo, 550 nomes foram desclassificados e removidos da lista final. Em 2021, pouco mais de 300 haviam sido descartados. A relação de autores da Clarivate se tornou uma espécie de clube exclusivo da ciência de alto impacto. Ela é abastecida pelo 1% de artigos que receberam o maior número de citações em 21 campos do conhecimento, publicados nos últimos 10 anos. Ao longo do tempo, a empresa foi desenvolvendo uma série de filtros para evitar que pesquisadores manipulassem sua performance acadêmica a fim de aparecer na lista. Em 2019, passaram a ser excluídos, por exemplo, nomes de cientistas cujos artigos altamente citados, ou ao menos a maioria deles, tivessem sido produzidos por grandes redes de pesquisa – existem muitos casos de papers que chegam a ter mais de mil autores (ver Pesquisa FAPESP nº 289).  Saiba mais.   
Fonte: Pesquisa FAPESP - jan. 2023