19 setembro 2019

Ciência aberta e o novo modus operandi de comunicar pesquisa

Considerando a importância de se aprofundar os conhecimentos a respeito do conceito e os desafios da Ciência Aberta, reproduzimos aqui a matéria publicada recentemente no Blog SciELO em duas partes, de autoria de Abel L. Packer e Solange Santos

Ciência Aberta  -   Parte I   |   Parte II
A Ciência Aberta pleiteia uma transformação considerável essencialmente enriquecedora do tradicional modus operandi de fomentar, projetar, realizar e, particularmente, comunicar pesquisa. 
O objetivo é privilegiar a natureza colaborativa da pesquisa e democratizar o acesso e uso do conhecimento científico. Ela abarca um conjunto de práticas, entre as quais, destacamos:
  • disponibilização em acesso aberto dos dados, métodos de análise e códigos de programas e outros materiais utilizados na pesquisa, assim como dos resultados obtidos para viabilizar a preservação, reprodutibilidade e reusabilidade dos dados;
  •  rapidez na comunicação dos artigos como fator chave no avanço do conhecimento científico, mediante a adoção da modalidade preprint, que é uma versão completa do artigo científico depositada pelos autores em um servidor público de preprints, antes do envio a um periódico para avaliação da publicação. Os preprints se posicionam assim, como início formal do fluxo de publicação dos artigos e dotam os autores de maior controle da comunicação;
  •  transparência e abertura progressiva nos processos de avaliação de manuscritos por pares envolvendo relações e interações entre autores, editores e pareceristas.
Embora conceitos de Ciência Aberta sempre estiveram presentes na evolução da ciência, o movimento atual é produto da web e, mais precisamente, da sua capacidade de promover a desintermediação nos processos de acesso e comunicação de informação e a interoperabilidade entre conteúdos.  Fonte: SciELO em Perspectiva - 12/09/19

22 dicas avançadas para fazer uma pesquisa no Google

Você já imaginou como seria sua vida sem o Google? Parece inacreditável, mas há pouco mais de duas décadas, antes do chamado boom da internet, as pessoas eram obrigadas a fazer pesquisas em livros ou consultar especialistas quando tinham dúvidas acerca de algum tema.
Hoje tudo é facilitado pelo mecanismo de busca e as respostas para qualquer tipo de pergunta está a um clique de distância.
Porém, apesar de parecer simples, há um complicado mecanismo de algoritmo e inteligência humana por detrás de uma única busca.
Nesse artigo, serão reveladas as melhores dicas avançadas para realizar uma pesquisa no Google 
e tornar mais precisos os resultados.
Afinal, há uma infinidade de recursos disponíveis que podem facilitar sua vida na hora de procurar exatamente o que procura.  Veja as dicas.  

Plataformas de compartilhamento de documentos


18 setembro 2019

Serrapilheira lança terceira Chamada Pública de Apoio à Pesquisa

Até 24 jovens pesquisadores que façam grandes perguntas fundamentais em suas áreas serão apoiados com R$ 100 mil. As inscrições vão de 18 de novembro a 18 de dezembro de 2019

O Instituto Serrapilheira lança nesta quarta-feira, 18 de setembro, a sua terceira Chamada Pública de Apoio à Pesquisa Científica. O objetivo é selecionar até 24 jovens pesquisadores que façam grandes perguntas nas áreas de Ciências Naturais, Ciência da Computação e Matemática. Os contemplados receberão grants de até R$ 100 mil, cada.
Como nas chamadas anteriores, o Serrapilheira procura pesquisadores criativos com perguntas ambiciosas que busquem, sobretudo, compreender as questões fundamentais da ciência, ainda que os projetos envolvam estratégias de risco. Por acreditar que a diversidade é essencial para uma ciência de qualidade por promover a pluralidade de ideias, o instituto encoraja a candidatura de mulheres, pessoas negras e de outros grupos sub-representados.
Os requsitos são que o candidato tenha vínculo permanente com alguma instituição de pesquisa no Brasil e que tenha concluído o doutorado entre 1º de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2017.   Leia mais.  Fonte: Jornal da Ciência - 18/09/19

USP divulga resultado do Prêmio Novas Lideranças

A Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) divulgou o resultado do Prêmio Excelência para Novas Lideranças, concedido a docentes com até 40 anos de idade que se destacam pelo impacto de sua pesquisa científica, artística ou cultural.
Os vencedores das oito categorias têm ou já tiveram apoio da FAPESP. Os escolhidos em “Ciências Agrárias”, “Ciências Biológicas”, “Ciências da Saúde” e “Ciências Exatas e da Terra” foram, respectivamente: Hudson Wallace Pereira de Carvalho, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da USP; José Donato Junnior, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP; Gabriel Lima Barros de Araujo, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP; e Tiago Pereira da SIlva, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP de São Carlos.
A pró-reitoria recebeu 37 inscrições. As propostas foram analisadas por uma comissão avaliadora composta por 24 pesquisadores externos, representantes de todas as áreas do conhecimento, levando em conta o impacto científico ou social e a relevância das atividades de pesquisa para o desenvolvimento de seu campo de estudos, para a visibilidade da pesquisa realizada na universidade e para a interação da USP com a sociedade.
Cada docente selecionado receberá um prêmio no valor de R$ 15 mil. A cerimônia será no dia 8 de novembro de 2019, às 14 horas, na Sala do Conselho Universitário da USP, em São Paulo.
Mais informações:https://bit.ly/2kofzpD.   Fonte: Agência FAPESP – 18/09/19

Veja dicas para aproveitar melhor a internet wi-fi em casa

Saiba como medir a intensidade do sinal e os melhores lugares para deixar o seu roteador, a fim de melhorar a qualidade da conexão sem fio

Para aproveitar melhor a internet de casa não basta apenas escolher um bom equipamento, mas é preciso levar em consideração alguns cuidados essenciais para se obter a melhor qualidade do sinal do wi-fi.

Onde posicionar o roteador?
O roteador deve estar posicionado num local livre de obstáculos, preferencialmente no cômodo onde a rede será acessada na maior parte do tempo. Quanto mais escondido o aparelho estiver, menor será o alcance do sinal e a estabilidade da conexão.
Por isso, evite instalar o roteador dentro de balcões, atrás de utensílios de decoração, debaixo de prateleiras, etc. E é bom que ele fique longe da base do telefone sem fio.
A altura em que ele for posicionado também contribui para uma melhor propagação do sinal: mais alto é melhor, mas o que prevalece é a ausência de obstáculos.

Alcance do sinal
O protocolo wireless disponível nos roteadores mais modernos pode atingir cerca de 400 metros de distância em ambiente aberto. Na prática, esse alcance é significativamente menor por causa de obstáculos e interferências.
Em locais com diversos ambientes separados por paredes, o ideal é recorrer a um repetidor de sinal. Esse dispositivo deve ser instalado na posição em que o sinal original chega com a melhor intensidade. Como 
saber qual é? Em qualquer aparelho que conecte na rede wireless, verifique o ícone que indica a intensidade do sinal.   Leia mais.   Fonte: G1 - 18/09/19




Ferramentas facilitam prestação de contas e avaliação da produção científica na USP

Dois sistemas de gerenciamento foram desenvolvidos na USP buscando facilitar e modernizar etapas burocráticas que envolvem a pesquisa científica

A tecnologia é capaz de apresentar soluções para minimizar trâmites burocráticos que envolvem as atividades científicas, permitindo ao pesquisador destinar seu tempo para o que é mais importante: produzir ciência. Pesquisadores assumem uma sobrecarga extra de trabalho ao ter que gerenciar aportes vultosos de recursos financeiros vindos de agências de fomento que exigem, no decorrer da pesquisa, a elaboração de relatórios, prestação de contas, assinatura de cheques, realização de compras, além de entradas e saídas de dinheiro. Para facilitar e modernizar algumas dessas etapas, a Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) da USP, a pedido da Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) da USP, desenvolveu dois sistemas de gerenciamento de pesquisas: o Gestão da Informação de Projetos (GIP) e o WeR_USP.
Os dois sistemas serão utilizados prioritariamente pela PRP, porém, podem ser compartilhados pelas outras pró-reitorias da USP, pelas unidades de ensino e pesquisa da Universidade e, em breve, passarão a ter vínculos também com as agências de fomento – a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O GIP, que está sendo utilizado em fase piloto por sete unidades da USP, tem o objetivo de reduzir o tempo gasto pelo pesquisador na prestação de contas das atividades financeiras dos projetos de pesquisa e, ao mesmo tempo, informar à PRP o status financeiro dos projetos em andamento. O WeR_USP, que já está disponível a todos os pesquisadores da Universidade, funciona como um visualizador dos indicadores de produção bibliográfica (com base nas informações da Plataforma Lattes), citações (com base nas informações do Google Scholar, Scopus e Web of Science) e número de teses e dissertações na USP.  Confira o site.  Fonte: Jornal da USP


A importância da ciência produzida nas universidades públicas

Em depoimento à CPI das Universidades Públicas na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, pró-reitor de Pesquisa da USP destaca como a produção científica, as parcerias com a indústria e o empreendedorismo vêm crescendo na Universidade

O que a sociedade ganha com a astronomia feita nas universidades públicas? Faz sentido investir recursos públicos na pesquisa de estrelas e galáxias distantes que nunca teremos a oportunidade de visitar, simplesmente para saciar nossa curiosidade científica sobre o universo? O mesmo questionamento poderia ser feito sobre a ida do homem à Lua, 50 anos atrás, e tantas outras linhas de pesquisa cujos benefícios práticos para a sociedade não são necessariamente óbvios de início, mas existem, e podem ser extremamente significativos para o desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social de um país, um continente, ou de toda a espécie humana.
Esse foi um dos princípios levantados pelo pró-reitor de Pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), Sylvio Canuto, para defender a importância da ciência acadêmica em seu depoimento à CPI das Universidades Públicas, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), na manhã da última segunda-feira, 16 de setembro.
Para ver mais exemplos e saber mais sobre a importância da ciência produzida nas universidades públicas, veja a reportagem especial do Jornal da USP: Fábricas de Conhecimento
Canuto também destacou a liderança da USP como maior produtora de ciência e maior celeiro de recursos humanos especializados e “unicórnios” do Brasil — como são chamadas as startups bilionárias, que superam US$ 1 bilhão em valor de mercado. Se fosse um país, a USP seria o terceiro maior produtor de conhecimento científico da América Latina (atrás apenas do próprio Brasil e do México). É a universidade que mais colabora com a indústria no País, como mostram os dados do relatório mais recente da empresa Clarivate Analytics. Para saber mais sobre os unicórnios da USP, veja a reportagem especial do Jornal da USP: Empreendedorismo na Universidade
Além de seus vários unicórnios, a USP abriga 11 dos 17 Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) da Fapesp; três dos oito Centros de Pesquisa em Engenharia da Fapesp; quatro dos 42 centros da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii); e 19 dos 102 Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), além de vários outros projetos, centros e iniciativas de excelência em pesquisa científica e tecnológica.
Com relação à qualidade dessas pesquisas, Canuto ressaltou que ela deve ser avaliada de forma criteriosa, sem ser “reduzida a meros fatores bibliométricos”. No geral, o índice de impacto da ciência produzida na USP está acima da média mundial, de 1.0.
Sobre os esforços da Universidade para se comunicar melhor com a sociedade, Canuto citou o USP Talks – iniciativa que realiza eventos públicos mensais com pesquisadores na Avenida Paulista, para debater temas da atualidade – e mostrou um dos vencedores de um concurso de vídeos de divulgação científica, produzidos por alunos de pós-graduação da USP.  
Leia maisFonte: Jornal da USP – 17/09/19

A ciência compartilhada na rede

A web já faz parte do cotidiano de pesquisadores, editoras e instituições científicas. Publicamos e lemos periódicos on-line, e utilizamos plataformas da web social (Twitter, Facebook, blogues, YouTube, etc.) para divulgar nossos trabalhos, fazer contatos, encontrar novos colaboradores… Nossas produções e resultados de pesquisa também circulam no ambiente on-line, recebendo curtidas e comentários, sinalizando um interesse que, até pouco tempo atrás, era muito mais difícil de acompanhar. O padrão ouro da avaliação dos artigos científicos até a década passada era a citação. Diante da possibilidade de se ver e monitorar todo esse diálogo da ciência em ação na internet, não seria interessante considerar essa uma nova forma de medir os impactos da ciência?

Muito além das citações
Quando olhamos para as citações que um artigo recebeu, estamos considerando um grupo relativamente limitado de pessoas que o usaram: aquele grupo que se interessou, leu e utilizou aquele texto para construir e publicar o seu próprio trabalho. Esse grupo com certeza é muito importante ‒ afinal, é assim que se faz ciência, com pesquisadores usando trabalhos de outros pesquisadores para construir conhecimento novo. Mas a citação não é o único uso que um artigo científico pode ter. Estudantes leem artigos como parte da sua formação profissional. Profissionais leem artigos para ficar em dia com novas tendências da área e para resolver questões específicas, como definir um diagnóstico médico. Pacientes, gestores, ativistas, amadores, wikipedistas, curiosos, muita gente pode se interessar pela literatura científica, pelos mais diversos motivos.
Hoje, nas redes sociais, encontramos traços desses interesses por artigos científicos e pela ciência. O biólogo compartilha seu artigo novo no Facebook. A astrônoma explica sua pesquisa em um vídeo no YouTube. A doutoranda cria seu caderno de pesquisa em formato de blogue. O observador de pássaros publica uma série de fotos no Instagram para identificar uma possível espécie nova. A cientista social escreve uma sequência no Twitter mostrando com o que a pesquisa acadêmica pode contribuir para a sociedade.  Fonte: Ciência Hoje

17 setembro 2019

Comunidade acadêmico-científica brasileira tem acesso a bases de dados do IIASA

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro sediou, nos dias 5 e 6 de setembro, a conferência regional Systems Analysis and the Americas. O encontro contribuiu com o fortalecimento da parceria entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e
o Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicados (International Institute for Applied Systems Analysis – IIASA). A comunidade acadêmica brasileira tem acesso gratuito a 
24 bases de dados de referências, estatísticas e outros materiais desse instituto.
O instituto tem como missão fornecer informações e orientações para a elaboração de políticas mundiais relacionadas a problemas globais por meio de análise de sistemas aplicados, com o objetivo de melhorar o bem-estar humano e social e proteger 
meio ambiente. As pesquisas do IIASA possuem três focos: energia e mudanças climáticas; alimentos e água; e pobreza e equidade.  Fonte: Portal de Periódicos da CAPES - 17/09/19

Quais os caminhos para a digitalização?

“Governos, setor privado e o terceiro setor devem buscar iniciativas no sentido de se acelerar o processo de digitalização”, opinam Francisco Gaetani, da Ebape/FGV e Virgilio Almeida, do Berkman Klein Center da Universidade de Harvard 


Entre o reducionismo tecnológico e o ludismo digital, a resposta é curta e simples. O caminho para o futuro passa por preparar a sociedade para o avanço digital. Crianças, jovens, trabalhadores, terceira idade, todos, devem ser preparados para as exigências do século 21. Um artigo recente publicado na prestigiosa revista “Nature” aponta seis transformações fundamentais para os países alcançarem os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, propostos na Agenda 2030 das Nações Unidas. A transformação de número seis baseia-se na ampla adoção das tecnologias digitais, também conhecidas como Quarta Revolução Industrial, que incluem inteligência artificial, internet das coisas, 5G e big data.
As tecnologias digitais trazem inovação e disrupção a quase todos setores da economia e sociedade, como agricultura, mineração, manufatura, varejo, serviços, finanças, saúde, mídia, educação, ciência, governos e até mesmo a política. Seus benefícios podem ser sumarizados no aumento de produtividade, redução de custos de produção, diminuição de perdas nos processos produtivos, possibilidade de monitorar e proteger ecossistemas, além de criar condições para acelerar os processos de inovação.
Para cada problema público ou individual temos a impressão que há uma solução digital.
No processo de digitalização da sociedade, podemos agrupar os indivíduos em duas categorias, aqueles que são “empurrados’’ para o mundo digital e aqueles que querem fazer parte desse novo mundo. Ambos tem de ser preparados para que o país tenha uma força de trabalho mais qualificada para as novas exigências. Não há como evitar o mundo digital, por várias razões. Caixas eletrônicos, smartphones e serviços online não perguntaram às pessoas se estavam interessadas em mudar seus hábitos.
A queda nos preços de equipamentos, softwares e serviços facilitou a conectividade de empresas e indivíduos a todo ciberespaço. Ainda que desigual e diferenciado do ponto de vista de região, classe social e poder de compra, este acesso é potencializado pela expansão da economia informal. À medida que a tecnologia vai se tornando mais amigável às pessoas, ela se torna mais sedutora e indispensável. A empregabilidade e o empreendedorismo são fatores chaves na determinação das pessoas de todas as idades, que sabem que se quiserem ter uma chance neste mundo que emerge em bases digitais elas precisam se (re)qualificar.
O Brasil não vai sair do buraco em que se encontra se não encontrar vetores de convergência que tragam ganhos e benefícios a todos cidadãos. A digitalização é uma destas forças capazes de aglutinar atores de múltiplas tendências, regiões e interesses em torno de uma causa comum. Governos, setor privado e o terceiro setor devem buscar iniciativas no sentido de se acelerar este processo, que deve ser um movimento de massa e integrador em todo território nacional.
Ela é uma das forças capazes de reunir atores de múltiplas tendências, regiões e interesses em torno de causa comum.  Fonte: Valor Econômico - 17/09/19

Brasil está em 13ª em produção de artigos, mostra relatório

Produzido pela plataforma Web of Science, estudo mostra que somente em 2018 pesquisadores brasileiros publicaram mais de 50 mil artigos

O Brasil mantém a 13ª posição no mundo em termos de produção de artigos e revisões de pesquisa, logo atrás da Índia (10º) e da Coréia do Sul (12º), porém à frente da Rússia (15º) e da África do Sul (21º) – países que compõem o BRICS ao lado do Brasil. Os dados constam do Relatório “A Pesquisa no Brasil: Promovendo a Excelência”, realizado pela plataforma Web of Science Group, segmento da Clarivate Analytics. O relatório foi apresentado no dia 4 de setembro.
O estudo fornece uma análise da pesquisa científica brasileira em um contexto global, contemplando trabalhos publicados entre 2013 e 2018, destacando a importância das colaborações internacionais e da indústria no impacto e na visibilidade da pesquisa nacional.
Somente em 2018, pesquisadores brasileiros publicaram mais de 50 mil artigos. O crescimento da produção em 2018 é 30% superior aos anos anteriores observados, além de ser o dobro da média global. O relatório indica ainda que existem bolsões de excelência em termos de impacto de citação nas áreas de Ciências da Vida, Física e Engenharias.
Outra informação apresentada é sobre a colaboração internacional. Entre 2013 e 2018, a comunidade científica brasileira colaborou com pesquisadores de 205 países. Aproximadamente um terço dos cientistas brasileiros são coautores de trabalhos internacionais.
A colaboração industrial também tem destaque. De acordo com o levantamento, as estratégias para promover ações conjuntas com a atividade industrial já apresentam resultados referentes ao número de artigos publicados: 81% das publicações articuladas nessa esfera no período de 2015 a 2017 são de colaborações entre universidades públicas e a indústria.   Fonte: Jornal da Ciência - 16/09/19