18 outubro 2018

Estudo mostra como está a aceitação dos artigos de autores brasileiros

Clarivate Analytics revela tendências de rejeição e aprovação de artigo científico em revistas indexadas na Web of Science

O panorama da pesquisa está mudando. A taxa de crescimento anual das revistas científicas e acadêmicas é de 3,5%, o que significa que, com o número atual de títulos, há quase mil novos periódicos a cada ano – e isso só continuará aumentando. Analisando os dados de submissões, revisões e decisões de revistas nos últimos cinco anos (2012 – 2016), quais tendências sobre a publicação científica emergem?Utilizando dados agregados do ScholarOne Manuscripts e da Web of Science, especialista da Clarivate Analytics realizou um estudo explorando informações por país, região do mundo, categoria do assunto e o que todos esses dados podem significar para o futuro: são insights de publicação científica. Ian Potter, da Clarivate Analytics, apresentou sua análise em outubro de 2017, na Feira de Livros de Frankfurt.
O estudo está em andamento e baseia-se em dados agregados da plataforma de envio e revisão de artigos ScholarOne, sistema de gerenciamento de fluxo de trabalho para periódicos científicos, livros e conferências que congrega 6.700 títulos, 10 milhões de autores, 1.9 milhões de submissões por ano. De acordo com o estudo, 72% de submissões no ScholarOne são para títulos indexados na Base Web of Science (WoS) dos quais 35% encontram-se nos Quartis mais elevados.
Os dados são baseados no ano de submissão e nas taxas de aceitação ou rejeição dos manuscritos submetidos. Nenhum detalhe em relação aos editores foi divulgado. O mapeamento na Web of Science foi realizado em revistas constantes do SCI-E e SSCI. O país refere-se aos dados de inscrição do autor. As áreas de conhecimento baseiam-se na Categoria WoS (de 252 áreas de conhecimento) e ESI Research Field (com 22 áreas) para as revistas, ordenadas a partir do maior percentil de classificação do Fator de Impacto das revistas, que podem estar em mais de uma categoria.  Leia mais

17 outubro 2018

Recompensa no prato

Investimento em pesquisa ampliou a produtividade da agricultura paulista e gerou retorno econômico para a população

Um estudo sobre os efeitos dos investimentos em capital humano na agropecuária do estado de São Paulo mostrou que cada R$ 1 aplicado em pesquisa e desenvolvimento (P&D), educação superior e extensão rural resultou em um retorno de R$ 12 para a economia paulista, por meio de um crescimento da produtividade. O trabalho, liderado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), debruçou-se sobre a contribuição de instituições que financiam, geram e disseminam conhecimento de interesse desse setor produtivo. No caso dos investimentos da FAPESP, o levantamento indicou que os recursos destinados pela Fundação a bolsas, projetos de pesquisa e infraestrutura nos campos da agronomia e agricultura produziram um retorno de R$ 27 para cada R$ 1 aplicado, desempenho só superado pelas universidades públicas que formam mão de obra especializada para a agricultura, com R$ 30 restituídos para cada R$ 1 gasto.
Os dados foram divulgados no livro recém-lançado Contribuição da FAPESP ao desenvolvimento da agricultura no estado de São Paulo, que reúne as conclusões de um projeto de pesquisa realizado entre 2013 e 2018. “Hoje se diz com frequência que o agronegócio sustenta a economia brasileira em meio à crise. Isso é o resultado de investimentos em pesquisa e de políticas públicas de longo prazo, mantidas de forma razoavelmente consistente pelas instituições públicas do estado de São Paulo nos últimos 60 anos”, afirma o economista Alexandre Chibebe Nicolella.  Leia mais

16 outubro 2018

Instrumentos apoiam colaborações internacionais em pesquisa

Heitor Shimizu  |  Agência FAPESP – FAPESP Week Belgium, realizada nas cidades de Bruxelas, Liège e Leuven de 8 a 10 de outubro de 2018, demonstra a importância da colaboração internacional para o avanço do conhecimento científico e indica que as parcerias entre pesquisadores da Bélgica e do Brasil devem aumentar. Além do interesse, não faltam mecanismos para estimular e financiar os trabalhos conjuntos.
 “Nos últimos 20 anos houve um grande aumento no número de artigos publicados por cientistas brasileiros e não é coincidência que, no mesmo período, as colaborações internacionais em pesquisa cresceram enormemente”, disse Euclides de Mesquita Neto, membro da coordenação Adjunta - Programas Especiais e Colaborações em Pesquisa da FAPESP, em sessão sobre “Perspectivas para Futuras Colaborações”.
Mesquita falou sobre o esforço da FAPESP em estimular a cooperação internacional e apresentou alguns dos instrumentos oferecidos pela Fundação que permitem a pesquisadores do Estado de São Paulo colaborar com colegas de outros países em trabalhos em todas as áreas do conhecimento. 
“A FAPESP oferece vários mecanismos para isso, como as bolsas de pesquisa no exterior e os auxílios, seja para projetos de pesquisa, para apoiar a vinda de pesquisadores de outros países ou para apoiar a participação de pesquisadores de São Paulo em eventos no exterior”, disse o professor titular da Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).  Leia mais


Uma pesquisa mundial com cerca de 900 professores de cursinho e universidade, identificou as cinco modalidades de plágio mais frequentes:
1. Clonagem - Apresentar o trabalho de outra pessoa como próprio, copiando palavra por palavra.
2. Mosaico - Material copiado de múltiplas fontes que se completam adequadamente.
3. Copiado e Colado - Inclusão de longos trechos de textos de uma única fonte sem modificá-los.
4. Remix - Misturar material parafraseado extraído de múltiplas fon
tes.
5. Busca e substituição - Mudar palavras e expressões chave sem alterar o conteúdo essencial das fontes.
Evite o plágio!  
goo.gl/ANBmNh


11 outubro 2018



Alumni USP, uma plataforma para reunir ex-alunos


No final de 2016, foi ao ar o portal Alumni USP, com o intuito de reunir os antigos alunos de Graduação e de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) da Universidade. Podem se cadastrar todos os antigos alunos da Universidade, mas apenas os graduados a partir de 1974 e os titulados de Pós-Graduação a partir de 1986 terão aprovação automática do cadastro. Os que estiverem fora dessa faixa serão validados pela sua Unidade de origem, pois os dados anteriores a esses anos ainda não estão digitalizados.
“Esse é um projeto inovador, uma vez que o portal não quer apenas gerar estatísticas sobre os antigos alunos, mas quer acolhê-lo por meio de ferramentas atrativas, melhorar o relacionamento da USP com esse público e mostrar para a sociedade a contribuição da Universidade na formação de seus alunos”, destaca a coordenadora e professora da Faculdade de Odontologia (FO), Marina Helena Cury Gallottini. A plataforma foi desenvolvida a partir da parceria da Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) da USP com dois alunos da Pós-Graduação da Escola Politécnica (Poli), sob a coordenação do Escritório Alumni USP. A missão é criar uma rede de antigos alunos de graduação e pós-graduação para proporcionar o contato entre os colegas.   Acesse o site. 



09 outubro 2018

Editoras científicas tentam se adaptar à expansão do acesso aberto

Principal aposta dos publishers para transição, revistas híbridas são alvo de críticas da comunidade acadêmica

Com a recente decisão de 11 países europeus de, a partir de 2020, só financiar estudos publicados em periódicos de acesso aberto, algumas das grandes editoras de periódicos científicos já reconhecem que o estabelecimento de um novo paradigma de editoração acadêmica é inevitável, alegam apoio à causa e começam a mudar seus modelos de negócios.
No entanto, especialistas que defendem o modelo Open Access – no qual não há cobrança pelo acesso aos conteúdos dos periódicos acadêmicos – vêm com desconfiança a boa vontade das empresas e criticam as alternativas que elas propõem para uma transição.
Embora a campanha pelo fim do “paywall” das publicações científicas já exista há anos, o sinal de alerta das grandes editoras se acendeu no início de setembro, quando foi lançada a força-tarefa para o Plano S por agências de fomento à pesquisa e governos da Áustria, Eslovênia, França, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Noruega, Polônia, Reino Unido e Suécia.
Modelo híbrido
Já nas revistas de “acesso aberto dourado”, o autor paga pela publicação, mas o artigo fica imediatamente acessível, gratuitamente e sem restrições. A Elsevier possui também revistas híbridas, que cobram pela assinatura, mas dispõem de algumas seções de acesso totalmente gratuito.
“Enquanto alguns preferem pagar para distribuir suas pesquisas globalmente por meio do acesso aberto dourado, outros preferem continuar publicando sob o modelo de assinatura e buscar a rota do acesso aberto verde. Apoiamos fortemente o acesso aberto e temos opções disponíveis de acesso aberto verde e dourado em todas as nossas publicações”, afirmou Gemma.
A Elsevier já é a líder mundial em publicações de acesso aberto verde, segundo Gemma. Segundo ela, a editora possui ainda 170 títulos de acesso totalmente aberto e 1.850 revistas híbridas.
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06 outubro 2018

Ranking mundial classifica universidades com base em indicadores bibliométricos

Os indicadores bibliométricos têm sido evidenciados ao longo dos últimos anos para descrever o desempenho científico em inúmeros âmbitos. Por meio da aplicação de métodos estatísticos e matemáticos, esses recursos auxiliam a observação sobre a dinâmica e a evolução da informação científica e tecnológica de disciplinas, áreas, organizações e países. Uma das ferramentas estatísticas com essa abordagem indexadas no acervo do Portal de Periódicos da CAPES é o CWTS Leiden Ranking.
Compilado pelo Centro de Estudos em Ciência e Tecnologia (Centre for Science and Technology Studies – CWTS) da Universidade de Leiden (Holanda), o recurso é um ranking universitário global anual baseado exclusivamente em indicadores bibliométricos que incluem dados como número de publicações, citações por publicação e impacto por publicação. O CWTS Leiden Ranking também classifica as universidades por colaboração científica, incluindo outras instituições e parceiros da indústria. 
O ranking de 2018* – que envolve o período de 2013 a 2016 – contém mais de 900 universidades e pode ser acessado por meio do Portal de Periódicos. A líder absoluta do ano é a Universidade de Harvard (Estados Unidos), com o número total de 33.045 publicações. A Universidade de São Paulo (USP) é a oitava colocada da lista, com 16.120 publicações contabilizadas.  Leia mais

Fonte: Portal de Periódicos da CAPES

05 outubro 2018


SciELO completa 20 anos de apoio à produção científica

Com foco nos novos desafios que incluem a maior adesão à ciência aberta, com mais transparência de dados, publicação de preprints – em que os resultados de uma pesquisa são publicados na internet antes da análise de revisores – e uma melhor visibilidade internacional das revistas científicas brasileiras, o SciELO comemorou 20 anos de existência com uma conferência em São Paulo.
Essa biblioteca digital on-line chamada de Scientific Electronic Library Online (SciELO) foi concebida em 1997 por Rogério Meneghini, então professor do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), e Abel Laerte Packer, do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde da Organização Pan-Americana da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (Bireme/Opas/OMS). No mesmo ano, eles levaram a ideia de fazer essa biblioteca eletrônica de acesso aberto à FAPESP. Em 1998, lançaram o SciELO com apoio da FAPESP e da Bireme para agregar e indexar revistas científicas de qualidade em todas as áreas do conhecimento e em vários idiomas, além de operar um portal de acesso e busca facilitada de conteúdos científicos.
Do projeto-piloto em 1998, com 10 periódicos, o SciELO chega a 2018 com 291 revistas no Brasil, uma média de mais de 800 mil acessos por dia.
“É um programa de apoio à infraestrutura de pesquisa que contribui para o progresso da ciência brasileira por meio do aperfeiçoamento dos periódicos e da capacidade de fazer comunicação científica”, disse Packer, diretor do SciELO, à Agência FAPESP Leia mais
Por Marcos de Oliveira  |  Agência FAPESP

03 outubro 2018

Biblioteca online do Congresso Americano disponibiliza mais de 17 milhões de registros

Considerada uma das maiores do mundo, a Biblioteca do Congresso Americano (Library of Congress – LOC) é uma significativa fonte de investigação para todas as áreas do conhecimento, sendo, inclusive, o principal braço de pesquisa do Congresso dos Estados Unidos e sede do Escritório de Direitos Autorais norte americano. O catálogo da Biblioteca está registrado no Portal de Periódicos da CAPES e disponível para todos os cidadãos brasileiros, inclusive aqueles que não estão vinculados a instituições participantes do programa.

A plataforma LOC preserva e fornece acesso a uma variada fonte de conhecimento, a fim de “informar, inspirar e engajar empreendimentos intelectuais e criativos”, conforme dados da própria base. Os usuários têm à disposição cerca de 17 milhões de registros com catálogo de livros (incluindo obras raras da América do Norte), manuscritos, publicações em série, mapas, músicas, gravações, fotos, imagens, jornais e recursos eletrônicos.

Ao consultar a página da LOC por meio da opção buscar base do Portal de Periódicos, o usuário encontra um site intuitivo e de fácil manuseio. O editor oferece opções de busca avançada, por palavra-chave ou por título, autor, assunto, códigos e outros dados. Há ainda alguns catálogos adicionais listados, que atuam como ponto de acesso para as principais coletâneas da biblioteca. Entre as ferramentas estão guias para localizar arquivos, catálogo do escritório de direitos autorais americano, Thesaurus e vocabulários controlados, entre outras.

A interface da LOC incorpora o design responsivo da web, que permite visualização e interação em vários tipos de dispositivos, facilitando a rotina do pesquisador. Caso o usuário encontre dificuldades para consultar o acervo ou localizar algum documento específico, é possível recorrer à equipe de bibliotecários de nível internacional responsável pela plataforma. Para acessar o conteúdo pelo Portal de Periódicos, o termo de consulta é Library of Congress (United States Library of Congress - LOC).  Fonte: Portal de Periódicos da CAPES


Inventor da World Wide Web está criando rival para Amazon, Facebook e Google

O inventor da grande World Wide Web, Tim Berners-Lee, anunciou que está lançando uma startup para concorrer de frente com três gigantes online: AmazonFacebook e Google.
O mais recente projeto de Berners-Lee, o Inrupt, é baseado em sua nova plataforma open-source chamada Solid, desenvolvida para que usuários possam escolher o local em que seus dados serão armazenados e a quais informações as pessoas poderão ter acesso.
Com a tecnologia da Solid, também é possível criar o seu próprio armazenamento de dados pessoal e online, listas de contatos, tarefas, calendário, biblioteca de músicas e outras funcionalidades, tanto pessoais quanto profissionais. Resumindo, seria uma mistura de ferramentas como o Google Drive, Microsoft Outlook, Slack e Spotify em apenas um navegador, e tudo funcionando ao mesmo tempo.
Segundo John Bruce, CEO da Inrupt, o objetivo é trazer recursos, processos e habilidades que tornem a Solid disponível para todos. A partir desta semana, desenvolvedores de todo o mundo já podem criar os seus próprios aplicativos descentralizados utilizando as ferramentas que estão disponíveis no site da Inrupt.
Berners-Lee conta que não está conversando com o Google e Facebook sobre introduzir ou não uma mudança completa. "Não estamos pedindo permissão", conta.
O executivo criou a World Wide Web no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em 1994, e hoje é uma voz influente quando o assunto é a neutralidade de rede.   Fonte: Newsweek

Atualização do Chrome mudará informações mostradas na barra de endereços


Um novo experimento da Google deve mudar o modo como o Chrome mostrará os resultados de uma pesquisa. De acordo com um post de François Beaufort, um dos mais conhecidos entusiastas do navegador, no Google+, este experimento mudará o que será mostrado na barra de endereços ao se fazer uma pesquisa com o Chrome.
O que acontece é que, hoje, ao fazer uma pesquisa utilizando o navegador da Google, a barra de endereços do do programa mostra a URL dos resultados da pesquisa sobre o assunto.
Com a mudança, intitulada “Query in Omnibox”, a barra de endereços passará a mostrar quais foram os termos usados naquela pesquisa, com o intuito de ajudar o usuário a não se perder entre várias abas de buscas.
A novidade está sendo programada para fazer parte do Chrome 71, mas os usuários que quiserem testá-la já podem fazê-lo a partir do Chrome Canary, que é a versão de testes para a implementação de novos recursos do Chrome. Com o browser instalado, é só digitar chrome://flags/#enable-query-in-omnibox na barra de endereços, e habilitar a opção "Query in Omnibox".

02 outubro 2018

O tomate original

Edição gênica permite refazer o caminho da domesticação do fruto para inserir características desejadas

Aproveitar os genes das variedades originais das plantas encontradas na natureza (ditas selvagens) para aprimorar os vegetais importantes na dieta humana é hoje quase corriqueiro. Isso vale especialmente no caso de características determinadas por um único gene, como componentes do tamanho do fruto ou da planta e o tempo de floração. No entanto, as características mais complexas – e cobiçadas – como resistência à salinidade, à seca ou às pragas, ainda esbarram em dificuldades. A introdução desses genes em novos cultivares depende de um esforço hercúleo para identificar uma série de genes e rotas bioquímicas ainda desconhecidos, sem nenhuma garantia de que o efeito será o mesmo no organismo novo.
Diante desse impasse, um grupo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) resolveu inverter o jogo fazendo algo que, até aqui, parecia impossível: domesticar novamente vegetais selvagens e refazer, no laboratório, as mutações adquiridas em um percurso de milhares de anos de domesticação e seleção artificial. Desta vez, porém, por meio de edição gênica pela técnica CRISPR-Cas9 (ver Pesquisa FAPESP nº 240). No experimento, publicado hoje (1º/10) na revista Nature Biotechnologyo grupo editou seis genes da espécie Solanum pimpinellifolium, considerada a mais parecida com a forma ancestral, simulando algumas das mesmas modificações genéticas que deram origem ao tomate doméstico.  Leia mais