24 outubro 2018

Carreiras: cientistas na vitrine

Análise de mercado pode auxiliar pesquisadores a elaborar um bom currículo acadêmico, aumentando as chances de inserção em grupos de pesquisa


As estratégias de análise de mercado podem ser de grande valor para pesquisadores interessados em avançar na carreira, aumentar a visibilidade de suas pesquisas e ampliar parcerias e apoios para investigações. Essa é uma das conclusões do geólogo Peter Fiske, do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, nos Estados Unidos. Em artigo recentemente publicado na revista Nature, ele explica como cientistas podem usar essas estratégias para elaborar um currículo mais adequado e se inserir com mais facilidade no mercado de trabalho acadêmico.
O primeiro passo consiste em listar habilidades, experiências e interesses e, então, mapear as áreas em que o perfil é mais valorizado. Por seu caráter reflexivo, o exercício, segundo Fiske, pode contribuir para o desenvolvimento de uma visão mais ampla sobre os desafios da própria área de conhecimento.
Ele também lembra que muitas agências de fomento costumam publicar relatórios sobre áreas prioritárias de pesquisa antes de lançar chamadas de propostas. Nada mais recomendável, portanto, que os cientistas examinem esses documentos e verifiquem se suas ideias estão alinhadas aos interesses da instituição e seus projetos em sintonia com as demandas dos editais. “Os cientistas tendem a esperar a publicação dos anúncios para enviar seus currículos ou projetos de pesquisa, na expectativa de que suas experiências sejam analisadas em detalhe”, anotou.  Leia mais

Ferramenta usa inteligência artificial para detectar fake news

Acessível via WhatsApp e na internet, plataforma que possibilita checar se uma notícia é falsa ou verdadeira está em fase de testes e aperfeiçoamento

Quantas vezes você já recebeu uma informação via um aplicativo de troca de mensagens instantâneas, como o WhatsApp, ou leu uma notícia circulando pela internet e gostaria de checar a veracidade do conteúdo? Agora, já é possível fazer essa verificação usando uma ferramenta piloto criada por um grupo de pesquisadores da USP e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A plataforma está em fase de testes e aperfeiçoamento, mas já é possível acessá-la gratuitamente via web ou pelo WhatsApp.
A ideia é que a ferramenta seja um apoio para o usuário. Ainda estamos no início desse projeto e, no estado atual, o sistema identifica, com 90% de precisão, notícias que são totalmente verdadeiras ou totalmente falsas. No entanto, as pessoas que propagam fake news costumam embasar suas mentiras em fatos verdadeiros. Nossa plataforma ainda não tem a capacidade de separar as informações com esse nível de refinamento, mas estamos trabalhando para isso.  Leia mais

23 outubro 2018

Curso Informações sobre produtos químicos, onde buscar e como interpretar?

Curso: Informações sobre produtos químicos, onde buscar e como interpretar?
Ministrante: Cassio Giovanni (UNIFESP)
Data: 23/10/2018
Horário: 13h às 18h
Local: Anfiteatro "Prof. Urgel de Almeida Lima" - LAN-ESALQ
Inscrições: goo.gl/kXkr7F

Programa: 
:: Sistema Global Harmonizado de Classificação e rotulagem de produtos químicos (GHS)
:: Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ)
:: ABNT NBR 14725-3 
:: ABNT NBR 14725-4 
:: Diamante de Hommel
:: Informações sobre transporte de produtos perigosos
:: Consultas a bases de dados
:: Rotulagem
:: Incompatibilidades químicas

22 outubro 2018

Artigos científicos: para publicar com critério

Escolher a revista científica mais apropriada é importante para aumentar o impacto dos resultados das pesquisas

Os artigos científicos constituem o principal caminho para a exposição, pelos pesquisadores, dos resultados de estudos. O reconhecimento do trabalho pelos pares é essencial para a construção de uma carreira científica, o que requer a divulgação adequada das pesquisas. Nos últimos anos, a pressão para que se publique a todo custo foi sintetizada no lema “publique ou pereça”, induzindo à publicação todo e qualquer resultado. Em um ambiente acadêmico cada vez mais competitivo, diversos pesquisadores foram de certa forma induzidos a pensar que é preciso publicar muito. Esse cenário parece estar mudando. O que se espera hoje é que eles publiquem um número razoável de trabalhos, mas de qualidade, apresentando resultados que sejam reconhecidos por suas contribuições. A escolha da revista mais apropriada para divulgar uma pesquisa é, assim, importante para que o estudo seja lido pelas pessoas certas, aumentando o impacto dos resultados.   Leia mais

Produção científica: a barreira do idioma

Estudo sugere correlação entre produtividade dos pesquisadores e sua competência em escrever em inglês   

Uma tese de doutorado defendida no final de 2008 forneceu dados inéditos e consistentes para um recorrente debate da comunidade científica: a desvantagem imposta aos pesquisadores brasileiros no cenário de publicações acadêmicas por não terem o inglês, o idioma consagrado da ciência, nem como língua materna nem sequer como a segunda língua do país. De autoria de Sonia Maria Ramos de Vasconcelos, do Programa de Educação, Gestão e Difusão em Biociências do Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o estudo analisou diversos aspectos da desvantagem linguística, mas chamou atenção em especial por encontrar uma correlação estatística entre a produtividade dos pesquisadores e sua proficiência no inglês escrito.   Leia mais

O Plano S e a revolução do Acesso Aberto

  • Os 10 princípios do Plano S:
  • 1. Os autores mantêm os direitos autorais de sua publicação sem restrições. Todas as publicações devem ser publicadas sob uma licença aberta, preferencialmente a licença Creative Commons Attribution CC BY. Em todos os casos, a licença aplicada deve cumprir os requisitos definidos pela Declaração de Berlim;
    2. Os financiadores assegurarão conjuntamente o estabelecimento de critérios e requisitos robustos para os serviços que os periódicos de acesso aberto de alta qualidade e plataformas de acesso aberto devem fornecer;
    3. Caso tais periódicos ou plataformas de acesso aberto de alta qualidade ainda não existam, os financiadores fornecerão, de forma coordenada, incentivos para estabelecê-los e apoiá-los quando apropriado; também será fornecido apoio para infra-estruturas de acesso aberto, quando necessário;
    4. Quando aplicável, as taxas de publicação do Acesso Aberto são cobertas pelos financiadores ou universidades, não por pesquisadores individuais; Reconhece-se que todos os cientistas devem poder publicar o seu trabalho Open Access, mesmo que as suas instituições tenham meios limitados;
    5. Quando as taxas de publicação do Acesso Aberto são aplicadas, seu financiamento é padronizado e limitado (em toda a Europa);
    6. Os financiadores solicitarão às universidades, organizações de pesquisa e bibliotecas que alinhem suas políticas e estratégias, principalmente para garantir transparência;
    7. Os princípios acima devem ser aplicados a todos os tipos de publicações científicas, mas entende-se que o cronograma para alcançar o Acesso Aberto para monografias e livros pode ser maior que 1º de janeiro de 2020;
    8. A importância dos arquivos e repositórios abertos para hospedar os resultados da pesquisa é reconhecida por causa de sua função de arquivamento a longo prazo e seu potencial de inovação editorial;
    9. O modelo ‘híbrido’ de publicação não é compatível com os princípios acima;
    10. Os financiadores monitorarão o cumprimento e sancionarão o descumprimento.  Leia mais

Editoras vão à Justiça para obrigar ResearchGate a apagar milhões de artigos

Pesquisadores já estão recebendo notificações da Elsevier, que acusa a maior rede social acadêmica do mundo de violar direitos autorais

Milhões de artigos de pesquisadores do mundo inteiro poderão ser eliminados do ResearchGate, a maior rede social acadêmica do planeta, por causa de uma batalha jurídica movida por uma coalizão de editoras e instituições científicas. Fundada em 2008, a rede é hoje utilizada por mais de 15 milhões de cientistas para compartilhar artigos, responder perguntas de pares e encontrar colaboradores.
Na primeira semana de outubro, grupo editorial Elsevier e a Academia Americana de Química (ACS, na sigla em inglês) – cuja editora é uma das principais fontes do mundo de artigos científicos na área de química – ajuizaram um processo em uma corte federal de Maryland, nos Estados Unidos, contra o ResearchGate, sediado em Berlim, na Alemanha. 
A Elsevier e a ACS alegam que a rede social acadêmica se tornou um “ponto focal para violação maciça de direitos autorais” e a acusa de faturar alto facilitando o acesso ilegal a artigos protegidos por copyrights, induzindo deliberadamente os cientistas a compartilhá-los de forma ilegal.
Em outubro de 2017, a Elsevier e a ACS, em uma coalizão formada por outras editoras e instituições científicas, já haviam movido um processo contra o ResearchGate na Alemanha, exigindo que a rede retirasse do ar os artigos cujo compartilhamento viola direitos autorais (ver reportagens da Nature e da Science).
Mas o processo nos Estados Unidos – onde se concentra a maior parte das visitas ao site do ResearchGate – é mais amplo. A ação exige que a rede apague todos os artigos e pague uma multa de US$ 150 mil por artigo. A estimativa da coalizão é que existam pelo menos 4 milhões de artigos ilegalmente compartilhados na rede.  Leia mais

19 outubro 2018

Aprovada proposta de aprimoramento de avaliação da pós-graduação

O trabalho foi estruturado a partir das novas demandas da comunidade acadêmica, científica, tecnológica e de inovação, que sinalizavam a necessidade de aprimorar alguns aspectos do modelo de avaliação
O Conselho Superior da Capes aprovou, no último dia 10, a Proposta de Aprimoramento de Avaliação da Pós-Graduação apresentada pela Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano Nacional de Pós-graduação (PNPG). O objetivo é contribuir para o aperfeiçoamento do sistema de avaliação e do processo de indução da qualidade da pós-graduação brasileira.
Ao longo de um ano, a Comissão recebeu contribuições de importantes entidades das áreas de educação, ciência e tecnologia e elaborou a proposta a pedido do Conselho, em novembro de 2017. O trabalho foi estruturado a partir das novas demandas da comunidade acadêmica, científica, tecnológica e de inovação, que sinalizavam a necessidade de aprimorar alguns aspectos do modelo de avaliação.
A proposta identificou, entre os participantes, dez aspectos convergentes que poderiam ser melhorados no processo avaliativo. Entre eles estão a autoavaliação dos PPGSs a partir do plano estratégico institucional da pós-graduação, a avaliação multidimensional, o impacto e a relevância social e econômica, a formação e o acompanhamento de egressos, um maior equilíbrio entre indicadores quantitativos e qualitativos, a inovação e a internacionalização.
Participaram das discussões diversas entidades, entre Conselhos (CNE, Confap, Consecti, CNpq e CTC-ES), Associações (Andifes, Abruem e Abruc) e Ministérios (da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio), além da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Foprop), e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Na sequência, o documento foi encaminhado pelo Conselho Superior à diretoria executiva da CAPES, para análises e estudos de viabilidade sobre sua implantação.
Leia aqui a íntegra da Proposta de Aprimoramento do Modelo de Avaliação da Pós-Graduação.  

Métricas de resultados, interação... Como será o currículo do futuro?

CV deverá trazer métricas de resultados, atualização autônoma e certificados online 


O currículo do futuro será um espaço interativo e personalizado, impulsionado especialmente pela inteligência artificial. De acordo com estudo da Michael Page, consultoria global de recrutamento para posições de alta e média gerência, até 2030 haverá à disposição uma espécie de plataforma de conhecimento, similar a um portal particular, seguro e capaz de se atualizar automaticamente, contando com comando de voz e recursos de vídeo para que o candidato seja acionado com facilidade.

O CV do futuro deverá exigir, segundo as empresas:

·     ::  Comprovação de horas de experiência e aprendizado (tecnologia será aliada nesse processo) a exemplo do que já existe hoje em e-games, por exemplo;
·     ::  Um resumo de temas e preocupações sociais, humanitárias, culturais e pessoais de cada pessoa. O CV do futuro vai privilegiar as habilidades subjetivas e fluídas (aprendizagens ao longo da vida);
·     ::  Acesso fácil e amigável (desde que autorizado pelo candidato) ao feedback de colegas de trabalho sobre os talentos e virtudes do profissional que se candidata a uma determinada vaga. Vídeos, posts e declarações serão facilmente compartilhadas;
·     ::  Registros em tempo real de habilidades exigidas para o cargo: como numa rede social, o candidato poderá registrar de maneira informal seus conhecimentos;
·     ::  Métricas de conquistas mais bem explicadas (infográficos e apresentações), que favorecerão a visão da companhia sobre o potencial do candidato e os seus resultados. Esse recurso estará alinhado com o padrão de compliance do momento.  Leia mais


Brasil lidera ranking de países com maior quantidade de publicações científicas em acesso aberto

Talvez nem todos os estudantes e pesquisadores brasileiros saibam, mas o Portal de Periódicos da CAPES oferece uma enorme variedade de conteúdos com acesso aberto. Embora todo o acervo seja gratuito para a comunidade acadêmica – uma vez que os custos com assinatura de contratos são assumidos pela CAPES – os usuários contam com repositórios e revistas científicas nacionais e internacionais de acesso livre. Ou seja, não é necessário estar vinculado às instituições participantes para acessar esse material.
Dados do relatório Analytical Support for Bibliometrics Indicators - Open access availability of scientific publications, publicado este ano pela Science-Metrix (empresa americana especializada na avaliação de atividades de ciência e tecnologia), mostram que o Brasil está no primeiro lugar quando se fala em disponibilização de conteúdo livre. Dos artigos publicados em periódicos brasileiros, 75% têm acesso aberto. Isso, segundo o estudo, se deve em grande parte à plataforma SciELO, que compõe uma rede com centenas de títulos nacionais, além de revistas científicas de outros países.
A CAPES contribui fortemente com a tendência mundial do acesso aberto, pois indexa não somente as produções do Brasil, mas de todo o mundo. Além do SciELO, que permite aos usuários a busca integrada em uma ampla coleção de títulos, cobrindo diversas áreas conhecimento, os usuários encontram também outras fontes de pesquisa abertas, com contextos multidisciplinares ou especializados em determinados campos.
Alguns exemplos são as bases de dados ArXiv.org (serviço de e-prints nas áreas de física, matemática, ciência da computação, estatística, economia e áreas afins); Directory of Open Access Repositories – OpenDOAR (que reúne repositórios acadêmicos mundiais, inclusive do Brasil, em todas as áreas do conhecimento); e Directory of Open Access Journals – DOAJ (com milhares de periódicos que abrangem todas as áreas de ciência, tecnologia, medicina, ciências sociais e humanidades).
Uma boa forma de localizar dentro do Portal de Periódicos o conteúdo disponível em acesso aberto é por meio da opção de pesquisa buscar base. A aba “busca avançada” permite ao usuário escolher os tipos de plataformas a serem filtradas e, entre as categorias, estão “sites com periódicos de acesso gratuito” e “arquivos abertos e redes de e-prints”. Após a seleção, é necessário clicar no botão “enviar” para ter acesso à lista de resultados.

Tendência mundial
Em 2017, a CAPES ingressou formalmente na iniciativa internacional Open Access 2020 (OA2020). O Portal de Periódicos está na linha de frente da ação, por ser o programa da agência que possibilita à comunidade acadêmica do Brasil o acesso gratuito a conteúdos científicos. Desde então, o tema vem sendo amplamente discutido por comitês internos e membros da comunidade científica brasileira e internacional.
Lançado pela Max Planck Society em 2016, o OA2020 visa acelerar a transição para o acesso aberto, alterando o foco atual de sistema de assinatura de periódicos. Os princípios da iniciativa estão descritos na Declaração de Berlim sobre o Acesso aberto ao Conhecimento nas Ciências e Humanidades, adotada até o momento por mais de 600 instituições signatárias. Outra referência-chave é a Expressão de Interesse – documento que foi discutido e adotado na Conferência de Berlim realizada em 2015.
O objetivo do OA2020 é alcançar em uma escala maior o que o SCOAP3 fez com sucesso para algumas revistas básicas no campo da Física: converter periódicos de assinatura ao acesso aberto, redirigindo o gasto de subscrição existente em fundos para financiar os serviços essenciais que os editores fornecem para a comunicação acadêmica. Fonte: Portal de Periódicos da CAPES


18 outubro 2018

Plataforma dá acesso à produção intelectual da USP desde 1985

Ferramenta indica caminho para material ainda não digitalizado; é possível encontrar até teses de 1914 da Poli

O público tem agora disponível uma plataforma que simplifica o acesso à produção intelectual dos pesquisadores da USP. No momento em que este texto era escrito, a Biblioteca Digital da Produção Intelectual (BDPI) da USP reunia quase 925 mil registros, incluindo a produção científica, acadêmica, artística e técnica de pesquisadores, mais as teses e dissertações defendidas desde 1985 na maior universidade da América Latina. E, diariamente, esses números são atualizados, à medida que os bibliotecários cadastram novos documentos.
Idealizada para funcionar como um buscador sofisticado, mas ao mesmo tempo fácil de personalizar para o usuário de acordo com seus interesses, a ferramenta proporciona, a partir de uma única interface, a descoberta, recuperação e rastreabilidade da produção de pesquisadores, departamentos e unidades da Universidade.
Além do acesso à íntegra de documentos que estão disponíveis para acesso aberto na internet, a BDPI indica o caminho para o material mais antigo, que ainda não foi digitalizado. Os registros remontam ao ano em que se tornou obrigatório aos pesquisadores da USP o depósito de sua produção nas bibliotecas da Universidade. Mas é possível resgatar até mesmo alguns itens mais antigos que 1985, de períodos anteriores à criação da própria USP – por exemplo, teses e dissertações defendidas na então Faculdade de Direito e na Escola Politécnica em 1912 e 1914, que estão nas respectivas bibliotecas (essas unidades já existiam antes da fundação da USP, sendo depois a ela incorporadas).
Assim, mais que um mapa de todo esse conteúdo, “a BDPI é uma ação que valoriza a memória institucional da Universidade”, diz Tiago Murakami, chefe da Divisão de Gestão de Tratamento da Informação do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi) da USP.  Leia mais

Levantamento mostra quem financia a pesquisa no Brasil e na USP

Estudos patrocinados por subsídios alcançaram impacto, em termos de classificação de periódicos e contagem de citações

Estudo realizado a partir de dados obtidos na Plataforma InCites (Thomson Reuters/Clarivate Analytics) revela quais são as entidades de financiamento que mais investem na pesquisa brasileira e na USP. O levantamento foi feito entre os dias 3 e 19 de julho, a partir de conteúdos da Web of Science indexados até 29 de abril e dados atualizados no InCites em 16 de junho.
Utilizando o módulo Funding Agencies, do InCites, foi possível levantar por localização geográfica e por nome da organização os dados de financiamento coletados da seção de agradecimentos ou rodapé dos artigos publicados e indexados na base Web of Science (veja aqui um exemplo).
Ainda que as atribuições de concessão com base em texto apresentem falsos positivos e falsos negativos – a taxa de atribuições imprecisas é de pelo menos 25% – e que as atribuições imprecisas possam ter, elas próprias, vieses de redação e interpretação, insights significativos podem ser obtidos a partir da análise desses dados. Os resultados aqui apresentados não têm a pretensão de serem exaustivos. Buscam apenas evidenciar o potencial de uso da Plataforma InCites.
A maior produtividade está associada às áreas de Ciências Naturais, Engenharias e Tecnologias, e Ciências Médicas. Há indícios também da presença de múltiplos fundos correlacionando-os positivamente com o desempenho geral de citações. Publicações de projetos financiados por órgãos internacionais alcançaram desempenho superior em termos de coautorias internacionais e percentual de documentos citados.
Em geral, solicitar financiamento a órgãos externos ao País aumenta as chances de ser citado e de publicar em revistas científicas de prestígio e alto impacto. Isso significa também que é necessário associar-se a equipes científicas destacadas e grandes grupos de pesquisa, além de manter-se conectado a pesquisadores produtivos, para produzir mais e melhor.
A proporção de publicações em acesso aberto ainda é pequena em relação ao total de publicações associadas a projetos financiados com recursos públicos, mas vem aumentando nos últimos anos.  Leia mais

Internacionalização e impacto da pesquisa da USP têm tendência positiva

Levantamento na plataforma SciVal revela melhora nos principais indicadores relacionados à produção científica da Universidade

Levantamento realizado na plataforma SciVal (Elsevier) revela tendência geral de melhora nos principais indicadores relacionados à produção científica da USP: produtividade, colaboração internacional, impacto de citações e de visualizações. A pesquisa foi realizada pelo Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi) da USP, no dia 20 de junho, com dados da base Scopus atualizados até o dia 1º de junho.
De acordo com o levantamento, estudos aprofundados são necessários em termos gerais e por área de conhecimento, podendo fornecer direções mais específicas e importantes para a Universidade. “Plataformas analíticas como SciVal, InCites e BDPI são fontes de informação especializada e auxiliam a visualização de tendências. Os desafios porém, permanecem. A geração de produção científica relevante é uma atividade contínua, que requer estratégia e engajamento de toda a comunidade em busca da excelência e internacionalização”, diz o texto.
A plataforma SciVal disponibiliza um portfólio de ferramentas de análise de indicadores de produção científica desenvolvida pela Elsevier, que tem como fonte de dados o Scopus e o Science Direct. Dessa forma, permite realizar análises bibliométricas da produção científica de uma determinada instituição, país, região, autor ou grupos de autores, ou ainda em revistas, desde que o material esteja indexado na base de dados Scopus. Encontra-se disponível a todos os pesquisadores da USP. Basta registrar-se para utilizar.
O período da pesquisa realizada pelo SiBi-USP compreende o período de junho de 2013 a junho de 2018, com produção científica indexada de 58.515 autores afiliados à USP e totalizando 74.065 publicações, número que reflete o total acumulado de itens publicados no período.  Leia mais

Estudo mostra como está a aceitação dos artigos de autores brasileiros

Clarivate Analytics revela tendências de rejeição e aprovação de artigo científico em revistas indexadas na Web of Science

O panorama da pesquisa está mudando. A taxa de crescimento anual das revistas científicas e acadêmicas é de 3,5%, o que significa que, com o número atual de títulos, há quase mil novos periódicos a cada ano – e isso só continuará aumentando. Analisando os dados de submissões, revisões e decisões de revistas nos últimos cinco anos (2012 – 2016), quais tendências sobre a publicação científica emergem?Utilizando dados agregados do ScholarOne Manuscripts e da Web of Science, especialista da Clarivate Analytics realizou um estudo explorando informações por país, região do mundo, categoria do assunto e o que todos esses dados podem significar para o futuro: são insights de publicação científica. Ian Potter, da Clarivate Analytics, apresentou sua análise em outubro de 2017, na Feira de Livros de Frankfurt.
O estudo está em andamento e baseia-se em dados agregados da plataforma de envio e revisão de artigos ScholarOne, sistema de gerenciamento de fluxo de trabalho para periódicos científicos, livros e conferências que congrega 6.700 títulos, 10 milhões de autores, 1.9 milhões de submissões por ano. De acordo com o estudo, 72% de submissões no ScholarOne são para títulos indexados na Base Web of Science (WoS) dos quais 35% encontram-se nos Quartis mais elevados.
Os dados são baseados no ano de submissão e nas taxas de aceitação ou rejeição dos manuscritos submetidos. Nenhum detalhe em relação aos editores foi divulgado. O mapeamento na Web of Science foi realizado em revistas constantes do SCI-E e SSCI. O país refere-se aos dados de inscrição do autor. As áreas de conhecimento baseiam-se na Categoria WoS (de 252 áreas de conhecimento) e ESI Research Field (com 22 áreas) para as revistas, ordenadas a partir do maior percentil de classificação do Fator de Impacto das revistas, que podem estar em mais de uma categoria.  Leia mais

17 outubro 2018

Recompensa no prato

Investimento em pesquisa ampliou a produtividade da agricultura paulista e gerou retorno econômico para a população

Um estudo sobre os efeitos dos investimentos em capital humano na agropecuária do estado de São Paulo mostrou que cada R$ 1 aplicado em pesquisa e desenvolvimento (P&D), educação superior e extensão rural resultou em um retorno de R$ 12 para a economia paulista, por meio de um crescimento da produtividade. O trabalho, liderado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), debruçou-se sobre a contribuição de instituições que financiam, geram e disseminam conhecimento de interesse desse setor produtivo. No caso dos investimentos da FAPESP, o levantamento indicou que os recursos destinados pela Fundação a bolsas, projetos de pesquisa e infraestrutura nos campos da agronomia e agricultura produziram um retorno de R$ 27 para cada R$ 1 aplicado, desempenho só superado pelas universidades públicas que formam mão de obra especializada para a agricultura, com R$ 30 restituídos para cada R$ 1 gasto.
Os dados foram divulgados no livro recém-lançado Contribuição da FAPESP ao desenvolvimento da agricultura no estado de São Paulo, que reúne as conclusões de um projeto de pesquisa realizado entre 2013 e 2018. “Hoje se diz com frequência que o agronegócio sustenta a economia brasileira em meio à crise. Isso é o resultado de investimentos em pesquisa e de políticas públicas de longo prazo, mantidas de forma razoavelmente consistente pelas instituições públicas do estado de São Paulo nos últimos 60 anos”, afirma o economista Alexandre Chibebe Nicolella.  Leia mais

16 outubro 2018

Instrumentos apoiam colaborações internacionais em pesquisa

Heitor Shimizu  |  Agência FAPESP – FAPESP Week Belgium, realizada nas cidades de Bruxelas, Liège e Leuven de 8 a 10 de outubro de 2018, demonstra a importância da colaboração internacional para o avanço do conhecimento científico e indica que as parcerias entre pesquisadores da Bélgica e do Brasil devem aumentar. Além do interesse, não faltam mecanismos para estimular e financiar os trabalhos conjuntos.
 “Nos últimos 20 anos houve um grande aumento no número de artigos publicados por cientistas brasileiros e não é coincidência que, no mesmo período, as colaborações internacionais em pesquisa cresceram enormemente”, disse Euclides de Mesquita Neto, membro da coordenação Adjunta - Programas Especiais e Colaborações em Pesquisa da FAPESP, em sessão sobre “Perspectivas para Futuras Colaborações”.
Mesquita falou sobre o esforço da FAPESP em estimular a cooperação internacional e apresentou alguns dos instrumentos oferecidos pela Fundação que permitem a pesquisadores do Estado de São Paulo colaborar com colegas de outros países em trabalhos em todas as áreas do conhecimento. 
“A FAPESP oferece vários mecanismos para isso, como as bolsas de pesquisa no exterior e os auxílios, seja para projetos de pesquisa, para apoiar a vinda de pesquisadores de outros países ou para apoiar a participação de pesquisadores de São Paulo em eventos no exterior”, disse o professor titular da Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).  Leia mais


Uma pesquisa mundial com cerca de 900 professores de cursinho e universidade, identificou as cinco modalidades de plágio mais frequentes:
1. Clonagem - Apresentar o trabalho de outra pessoa como próprio, copiando palavra por palavra.
2. Mosaico - Material copiado de múltiplas fontes que se completam adequadamente.
3. Copiado e Colado - Inclusão de longos trechos de textos de uma única fonte sem modificá-los.
4. Remix - Misturar material parafraseado extraído de múltiplas fon
tes.
5. Busca e substituição - Mudar palavras e expressões chave sem alterar o conteúdo essencial das fontes.
Evite o plágio!  
goo.gl/ANBmNh