03 agosto 2023

Que pós-graduação queremos para o Brasil?

Renato Janine Ribeiro, presidente da SBPC e ex-ministro da Educação, reflete sobre as linhas essenciais para uma pós-graduação de qualidade e que responda às necessidades do País. O melhor nível de ensino no Brasil, como todos sabem, é a pós-graduação – na qual nos equiparamos aos países desenvolvidos. É consenso nosso que isso se deve à avaliação da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Tal qualidade só pode ser mantida pela mobilização constante da comunidade de pesquisa, que também é a que forma nossos melhores quadros, como mestres e doutores. Os pontos que aqui surgem, como foram expostos na 75ª Reunião Anual da SBPC, inclusive na conferência do professor Esper Cavalheiro, que dirige a elaboração do novo Plano Nacional de Pós-Graduação, são essencialmente:
  1. O desafio da interdisciplinaridade;
  2. A adequação à realidade brasileira;
  3. A definição dos campos e temas em que podemos ter protagonismo mundial;
  4. A destinação dos quadros assim formados não apenas para a docência universitária, mas para o fortalecimento de nossa economia;
  5. O planejamento, que graças à Capes tem sido essencial para o avanço da pós-graduação no Brasil.
Saiba mais.   Fonte: Jornal da Ciência - 03/08/23

Alunos da USP exibem animações no prédio da Fiesp, em São Paulo

Um semáforo gigante, rostos que se transformam em outros e uma vista aérea da Avenida Paulista. Essas e outras obras de arte eletrônica podem ser vistas diariamente, das 19 às 6 horas, na fachada do edifício da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista, em São Paulo. Com mais de 100 mil lâmpadas de LED, o painel projeta obras de alunos do curso de Artes Visuais da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP e de outros artistas do Brasil e do exterior. A atração, denominada File Led Show, faz parte da programação do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File), que acontece na capital paulista até 27 de agosto. A edição de 2023 do File inclui instalações interativas, oficinas, workshops e performances, reunidas sob o tema “Singularidades Interativas”. No evento, trabalhos de artistas nacionais e internacionais foram selecionados para investigar a relação entre as inteligências artificial e humana e como essa interação possibilita novas formas de arte.   Saiba mais.   
Fonte: Jornal da USP - 02/08/23

Veneno que também é antídoto

Divulgada em julho, a declaração anual do Comitê de Integridade de Pesquisa do Reino Unido (UKCori) destacou que o avanço da inteligência artificial gerou novos desafios, como o de identificar trabalhos acadêmicos gerados pelo ChatGPT, mas também está criando oportunidades para ampliar a produtividade científica e combater a má conduta. “Ferramentas que utilizam inteligência artificial podem aprimorar os processos de pesquisa”, segundo escreveram os integrantes do comitê no relatório, referindo-se ao uso crescente dessa tecnologia por editores de revistas científicas para agilizar o processo de análise e seleção de artigos ou para detectar indícios sutis de manipulação de imagens ou de truques para tentar enganar programas antiplágio.  
Saiba mais.   Fonte: Pesquisa FAPESP - ago. 2023

Como artigos retratados sobreviveram à revisão por pares

Pesquisadores das universidades de Wisconsin-Madison e de Nova York, nos Estados Unidos, investigaram por que deficiências nos artigos científicos que sofreram retratação – ou seja, que foram cancelados após sua divulgação devido à descoberta de erros ou algum tipo de má conduta – passaram despercebidas pela revisão por pares, processo em que especialistas avaliam a correção e a relevância do conteúdo de um estudo antes que ele seja aceito para publicação. Em artigo publicado no Journal of Informetrics, os autores verificaram 260 comentários feitos por revisores de uma amostra de 160 artigos científicos que, posteriormente, seriam retratados por inconsistências, plágio ou fraude. Os papers cancelados foram obtidos no site Retraction Watch, enquanto os comentários a respeito deles foram compartilhados pelos próprios revisores, de forma anônima, em um site chamado Publons, hoje pertencente à Clarivate Analytics.   Saiba mais.   
Fonte: Pesquisa FAPESP - ago. 2023

Biocarvão pode trazer ganhos à agricultura

Em setembro, a fábrica em Lajinha, leste de Minas Gerais, da subsidiária brasileira da NetZero, empresa sediada em Paris, pretende começar a produção contínua de biocarvão com palha de café recolhida das fazendas de 400 cafeicultores da região. Os que forneceram a matéria-prima serão os primeiros a usar o pó preto como adubo em suas terras, esperando colher resultados ao menos semelhantes aos obtidos em experimentos feitos em pequena escala por centros de pesquisa do Brasil e de outros países. O também chamado biochar é produzido por meio do aquecimento sem oxigênio em fornos chamados pirolisadores de resíduos agrícolas, entre eles espiga de milho, casca de babaçu, arroz e algodão, serragem e restos de madeiras, açaizeiros e dendezeiros. A mesma planta pode gerar materiais com composição química e propriedades próprias. Um artigo de março na Brazilian Journal of Animal and Environmental Research mostrou que o biocarvão feito com Phyllostachys aurea, espécie exótica de bambu, tem teores de carbono mais altos que o de Guadua sp., espécie nativa de bambu, ambas comuns no sul do país.   Saiba mais.  Fonte: Pesquisa FAPESP – ago. 2023

Substituição de espécies sensíveis por tolerantes ‘equilibra’ ecossistemas em áreas agrícolas, diz estudo

Ao estudar práticas de manejo sustentáveis para a agricultura, particularmente canaviais, pesquisadores brasileiros demonstraram que corpos d’água, como pequenas lagoas e mesmo poças, podem manter serviços ecossistêmicos, desde que existam nos arredores espécies animais tolerantes que substituam as mais sensíveis às práticas agrícolas. Em um trabalho inovador, no qual áreas de cultivo em larga escala foram manipuladas, o grupo testou as consequências da intensificação do uso da terra comparando pastagens extensivas e intensivas e plantações de cana-de-açúcar, com simulações de lagoas e poças de 4 mil litros. Apesar de as áreas canavieiras terem recebido aplicação de inseticidas e de vinhaça, a biomassa no hábitat [quantidade de matéria orgânica animal] ficou estável nos três cenários. O trabalho foi conduzido no âmbito de um Projeto Temático vinculado ao Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG) e liderado pelo engenheiro agrônomo Luiz Antonio Martinelli, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) da USP. Também recebeu financiamento por meio de um projeto coordenado pelo biólogo Victor Satoru Saito, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Ambos são coautores do artigo.   Saiba mais.   
Fonte: Agência FAPESP - 03/08/23

02 agosto 2023

Premiações/distinções em eventos científicos por alunos do LIN-CENA

O pós-doutorando do LIN-CENA/USP, Felipe Rodrigues dos Santos, apresentou trabalho em formato de pôster durante a 6ª edição da Escola de Inverno de Quimiometria, realizada de 25 a 28 de julho de 2023, de forma presencial, em Brasília, DF, sediada no Instituto de Química da Universidade de Brasília (IQ/UnB). O trabalho intitulado “Análise de macrominerais em amostras de plantas e alimentos utilizando fluorescência de raios X portátil combinada com PLS”, foi selecionado como um dos melhores trabalhos da Seção de Pôsteres da 6ª EIQ. Esse trabalho é parte do Projeto subsidiado pelo CNPq, Processo Nº 150500/2022-0.
A estagiária do LIN-CENA/USP, Laura Galvan Nuevo, participou da São Paulo School of Advanced Science on Nanotechnology, Agriculture & Environment, realizada de 3 a 15 de julho de 2023, em Campinas, SP, sediada no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). O trabalho “Iron loaded nanopolymers in foliar fertilization: study of absorption, transport and chlorophyll recovery”, foi selecionado pelo Comitê da SPSAS-NanoA&E para apresentação oral em inglês. O trabalho é parte do Projeto de Pesquisa subsidiado pela FAPESP, Processo Nº 2022/05207-1.   Fonte: CENA - 02/08/23

TOEFL-ITP a ser aplicado no dia 26/08/23

O TOEFL ITP é um teste prático da ETS que avalia a proficiência da língua inglesa de pessoas cuja língua nativa não seja o inglês. É desenvolvido a partir de exemplos do inglês falado e escrito, coletados em países diversos, e é composto por 140 questões – 50 de compreensão oral, 40 de estrutura gramatical e 50 de leitura, com duração de duas horas. O TOEFL é o exame mais solicitado para quem deseja fazer cursos no exterior em países de língua inglesa ou em outros países onde a instrução será em inglês, especialmente para alunos de graduação e pós-graduação interessados em programas de intercâmbio. O próximo exame online será aplicado no dia 26 de agosto de 2023 e as inscrições poderão ser feitas através do site da FEALQ, até o dia 16/08/23. A comunidade do Campus “Luiz de Queiroz”, com taxas especiais. Link: https://l1nq.com/GDxkh.   Fonte: FEALQ - 02/08/23

Domingo é dia de conhecer a história do planeta na USP em Piracicaba

Já pensou em quão antigo e complexo é o nosso planeta? Há quanto tempo ele existe e do que é composto? O que temos em sua superfície e principalmente, abaixo dela? E que tal descobrir um pouco mais sobre seres que já habitaram esse globo? Para conhecer a história do planeta Terra, desde sua formação geológica até os seres vivos que caminharam por ele, o Museu e Centro de Ciências, Educação e Artes Luiz de Queiroz promove no dia 6 de agosto, das 14h às 18h, o evento Domingo das Eras Geológicas. O Museu Luiz de Queiroz reunirá, em seus espaços, uma rica programação que contemplará acervo de rochas, minerais e fósseis, seres que existiram há muitos anos, confecção de artefatos de antepassados, até atividades externas que envolverão xadrez gigante e tangram, visita ao Jardim Francês e passagem pela Barraca de Campanha contra Febre Maculosa.   Saiba mais.   Fonte: Jornal da USP - 02/08/23

Novo plano para a pós-graduação é tema de conferência na 75ª Reunião Anual da SBPC

O novo plano para a pós-graduação foi abordado por Esper Abrão Cavalheiro, professor emérito da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e presidente da Comissão responsável por subsidiar a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) na elaboração do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG), durante a conferência intitulada “Novos modelos para a pós-graduação no Brasil”. A atividade, que fez parte da programação científica da 75ª Reunião Anual da SBPC, foi apresentada por Marimélia Porcionatto, professora e vice-diretora Escola Paulista de Medicina da Unifesp e diretora da SBPC. Segundo Cavalheiro, o PNPG vai definir estratégias e metas para políticas de pós-graduação, de pesquisa e de formação de pessoal para serem implementadas em cinco anos. E para isso, estão sendo discutidos fomento e relações com setor produtivo e a sociedade; internacionalização e visibilidade global; futuro dos egressos e dos ingressantes; avaliação e multidimensionalidade; alteridade e diversidade; assimetria regional e mobilidade interna; pesquisa institucionalizada e inovação; e pós-graduação e ensino básico.   Saiba mais.   
Fonte: Jornal da Ciência - 01/08/23

01 agosto 2023

Instituto Serrapilheira retorna ao Prêmio CAPES de Tese

A edição de 2023 do Prêmio CAPES de Tese contará com o retorno do Instituto Serrapilheira. A alteração no Edital nº 2/2023 foi publicada na edição desta terça-feira, 1º de agosto, do Diário Oficial da União. Ausente nos últimos dois anos, a entidade distribuirá dois prêmios de R$20 mil, um para o trabalho vencedor do Grande Prêmio CAPES de Tese do Colégio de Ciências da Vida e outro para o ganhador de Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar. Com o reforço, três instituições parceiras vão distribuir premiações adicionais. Além do Serrapilheira, a Fundação Carlos Chagas dará R$25 mil aos autores das teses vencedoras nas áreas de Educação e Ensino e quatro menções honrosas no valor de R$10 mil, duas em cada uma dessas áreas. A Dimensions Sciences repassará US$2 mil a uma autora na área de Biotecnologia cujo trabalho tenha relação com inovação e empreendedorismo.   Saiba mais.  Fonte: CGCOM/CAPES - 01/08/23

Conselhos Curador e Fiscal da Fealq elege os seus presidentes para o período 2023-2023

A Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq) realizou a eleição para os cargos de presidente do Conselho Fiscal e Conselho Curador para a gestão 2023-2025. A definição dos nomes ocorreu em reuniões híbridas (presencial/online) nos dias 13 de julho (Conselho Fiscal) e 14 de julho (Conselho Curador), organizada na própria sede da fundação em Piracicaba (SP). O conselheiro Manoel Elpidio Pereira de Queiroz foi eleito presidente do Conselho Curador. Para a presidência do Conselho Fiscal, foi escolhido o conselheiro Heitor Luis Gut Gastaldi. Ainda durante a reunião do Conselho Curador, também foi oficializada a entrada do Professor Doutor Antonio Vargas de Oliveira Figueira, do CENA-USP, que substitui o conselheiro Hudson Wallace Pereira de Carvalho, que oficializou sua saída para um período de atividades no exterior.   Fonte: FEALQ - 01/08/23

Biofertilizante, desenvolvido na USP, pode auxiliar a produção agrícola sustentável

Fertilizantes são componentes utilizados para fornecer nutrientes ao solo, contribuindo para o desenvolvimento de plantas e vegetais, e são fundamentais para a Revolução Verde, conjunto de inovações tecnológicas no campo, e o consequente desenvolvimento da produção agrícola. Contudo, seu uso inadequado pode levar à degradação do meio ambiente. Tanto a produção quanto a aplicação de certos fertilizantes podem gerar poluentes que contaminam o ar e o solo. Além disso, o uso excessivo desses produtos pode levar à sua saturação, resultando em contaminação dos corpos hídricos através de um processo chamado lixiviação. Pensando nisso, pesquisadores da USP desenvolveram a patente Biofertilizante Bioativo Líquido Produzido a Partir de Resíduos Agrícolas.   Saiba mais.   Fonte: Jornal da USP - 01/08/23 
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O poder da inteligência artificial no cruzamento entre ChatGPT e deepfakes

Foi só a OpenAI lançar em novembro de 2022 o ChatGPT, a versão 3,5 conversacional e acessível a todos — não somente a empresas, como eram as versões anteriores do GPT (Generative Pre-trained Transformer) —, para que os especialistas em comunicação, matemática, computação, lógica, linguística, tecnologia da informação etc. começassem a se preocupar com os danos da inteligência artificial (IA) generativa. Esta se trata de um dos tipos da IA de nível narrow, ou seja, compartimentada e (ainda) limitada. Apesar do cipoal de opiniões e estudos de pesquisas apresentados sobre a inovação tecnológica baseada em dados inseridos na sociedade das plataformas, até hoje vemos lives em que moderadores perguntam o que é e como funciona o GPT. Vale destacar: por “dados”, devemos considerar informações obtidas de determinado período no passado, com o intuito de prever efeitos no futuro.   Saiba mais.   
Fonte: Jornal da USP – 31/07/23 

31 julho 2023

Sinal de alerta na produção de conhecimento

Ensino e pesquisa científica são duas áreas nas quais a Inteligência Artificial (IA) está sendo vista como uma verdadeira revolução. Para o bem e para o mal. Na verdade, a IA já estava sendo acionada antes do aparecimento do ChatGPT, geralmente por laboratórios e pesquisadores que utilizavam a técnica para objetivos específicos. O que mudou mais recentemente foi o aparecimento de modelos de capacidade gigante para captura, acumulação e processamento de dados, as chamadas “IAs generativas”, que levam esse nome porque geram conteúdo e podem ser treinadas em conjuntos massivos de dados (Large Language Models). “Isso nos leva a refletir sobre o potencial para a pesquisa científica”, observa Rafael Cardoso Sampaio, Professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT.DD), Sampaio acredita que a IA é uma verdadeira mudança de paradigma, não só para a ciência, mas para a própria internet.   
Fonte: Jornal da Ciência – 31/07/23

Painel debate publicações científicas em revistas predatórias

No terceiro dia de debates da 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na quarta-feira, 26 de julho, a CAPES participou de uma mesa-redonda sobre periódicos predatórios. Andréa Vieira, coordenadora-geral do Portal de Periódicos da Fundação, apresentou um panorama sobre o mercado de acesso aberto, com histórico e perspectivas, e falou sobre publicações em revistas sem legitimidade. Vieira explicou que “o termo apareceu, a primeira vez, em 2010 em um artigo com critérios que classificavam uma revista como predatória”. Entre os riscos de publicar nesses espaços estão a baixa legitimidade dos veículos, impactos sociais negativos se o manuscrito for falho, incapacidade de lidar com a violação de direitos autorais e desaparecimento do artigo, quando a revista é fechada.   Saiba mais.   

Fonte: CGCOM/CAPES - 31/07/23

Gravação e Slides do Webinar Dimensions Analytics para pesquisadores e coordenadores de pesquisa

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