15 dezembro 2022

Última conferência FAPESP 60 anos propôs reflexões sobre o futuro da pesquisa e do fomento

A 17ª Conferência FAPESP 60 Anos e o lançamento do livro A Ciência no Desenvolvimento Nacional, organizado pela Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp), marcaram ontem (14/12) o encerramento do ciclo de eventos comemorativos de seis décadas da criação da Fundação. “As comemorações começaram em maio de 2021 com a inauguração do portal do Desenvolvimento Sustentável, onde estão indexados cada um dos 17 ODS, todos os projetos e outras atividades apoiadas pela Fundação”, lembrou o presidente da FAPESP, Marco Antonio Zago, citando, em seguida, os 24 webinários e conferências, Escolas São Paulo e outras atividades disponíveis no portal FAPESP 60 anos.
O impacto intelectual engloba ideias que produzem novas ideias; ideias que fazem a humanidade mais sábia; e ideias que permitem formar geradores de ideias. O impacto social engloba ideias que afetam políticas públicas; ideias que diminuem a desigualdade; e ideias que melhoram a saúde da sociedade. E o impacto econômico engloba ideias que criam empresas e geram empregos; ideias que aumentam a competitividade de empresas; ideias que criam setores industriais. Chaimovich analisou os efeitos do investimento da FAPESP com base no número de publicações científicas indexadas na plataforma Web of Science. “Até mais ou menos o começo da década de 1970, esse número era relativamente pequeno. Mas nesse período a FAPESP teve um papel fundamental, mandando jovens para se doutorarem no exterior. Muitos desses jovens voltaram. E o que aconteceu, a partir da década de 1970, foi que começou a explodir a produção científica no Estado de São Paulo”, disse.   Saiba mais.   
Fonte: Agência FAPESP - 15/12/22


Tecnologia em 3D já é uma realidade possível para reuniões a distância

Quando se pensa em assistir a um filme em 3D no cinema, o óculos vermelho e azul vem automaticamente à mente. O mesmo vale para jogos que utilizam os óculos de Realidade Virtual para passarem uma ideia de tridimensionalidade. Mas, quando se trata de telepresença, o Google possui o Projeto Starline. Esse sistema consiste na possibilidade de realizar reuniões, chamadas e encontros à distância sem a necessidade de utilizar nenhum aparelho ocular.
“Ele é extremamente realista porque, quando você está olhando para uma tela normal, você percebe que aquela imagem, na verdade, é bidimensional. Mesmo no cinema 3D, você percebe a tridimensionalidade, se você move a cabeça não muda o ângulo pelo qual você vê aquela pessoa, então você continua percebendo que aquilo é artificial. A diferença ao fazer esse sistema é que, se você mover a cabeça, você vê a pessoa por outros ângulos como no mundo real, como se ela de fato estivesse sentada à sua frente. Esse é o grande truque, mas, para fazer isso, precisa de muita tecnologia”, comenta o professor Romero Tori, da Escola Politécnica (Poli) da USP e coordenador do Interlab, o Laboratório de Tecnologias Interativas da Poli.   Saiba mais.   Fonte: Jornal da USP - 14/12/22

14 dezembro 2022

Série Produtor Rural lança exemplar sobre Biologia Molecular

Biologia Molecular é a ciência que estuda as moléculas da vida responsáveis pela duplicação, leitura e tradução da nossa informação genética. Esse código é uma combinação de quatro diferentes letras, A, C, T e G formando uma sequência de aproximadamente três bilhões destas letras. As letras em referência representam as moléculas de Adenina, Citosina, Timina e Guanina e a sequência do código formada por elas se chama informação genética ou DNA (ácido desoxirribonucleico). A definição apresentada inicia a publicação ‘Biologia Molecular’, exemplar número 74 da Série Produtor Rural, editada pela Divisão de Biblioteca da Escola superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP). A autoria é de Aline Silva Mello Cesar, docente do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Esalq, e de Gabriel Costa Monteiro Moreira, pós-doutorando – Unit of Animal Genomics – University of Liège (Uliège).   Saiba mais.   Fonte: ESALQnet - 14/12/22

ONU reconhece esforços para restaurar a Mata Atlântica com prêmio global

A ONU condecorou o trabalho do Pacto Trinacional da Mata Atlântica, que está ajudando a preservar os habitats de vários animais ameaçados de extinção, incluindo a onça-pintada, como uma das Iniciativas de Referência da Restauração MundialEstas iniciativas, elegíveis para receber apoio, financiamento ou expertise técnica da ONU, mostram como os defensores e as defensoras do meio ambiente estão restaurando ecossistemas danificados. A atividade humana alterou significativamente três quartos das terras do planeta e dois terços de seu ambiente marinho, empurrando um milhão de espécies para a extinção. O anúncio sobre o Pacto Trinacional da Mata Atlântica ocorreu enquanto lideranças globais se reúnem em Montreal, Canadá, para a Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (COP15), onde governos de todo o mundo deverão acordar um novo conjunto de metas para a natureza para a próxima década. Espera-se que as conversas incluam uma meta global para a restauração de ecossistemas.  Saiba mais.   Fonte: ONU - 14/12/22

Cientistas americanos anunciam sucesso em fusão nuclear

Cientistas do Laboratório Lawrence Livermore, nos EUA, anunciaram nessa terça-feira (13) que conseguiram atingir uma reação de fusão nuclear estável. O feito ocorreu no dia 5 de dezembro e representa um passo importante para o desenvolvimento da tecnologia que pode frear as mudanças climáticas e catapultar novos modos de produção e organização econômica. “É um exemplo maravilhoso de uma conquista científica que foi alcançada e a estrada que se abre para novas possibilidades de energia limpa”, disse em nota oficial Arati Prabhakar, conselheiro científico do presidente americano Joe Biden. A fusão foi obtida a partir do disparo de 192 lasers em átomos de hidrogênio, obtendo o resultado necessário para que o reator utilizado gerasse mais energia do que consumiu. A fusão nuclear – como o próprio nome diz – consiste em unir dois ou mais átomos distintos para formar um terceiro. A diferença na massa dos elementos combinados gera a liberação de energia.   Leia na íntegra.   Fonte: Jornal da Ciência – 14/12/22

Fiocruz disponibiliza banco de dados sobre plantas medicinais

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) disponibiliza mais um benefício para a comunidade científica e a sociedade. Trata-se do banco de dados que reúne as informações bibliográficas disponíveis sobre plantas medicinais a partir do conhecimento tradicional. A plataforma resulta de um estudo realizado pelo herbário Coleção Botânica de Plantas Medicinais (CBPM), do Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde da unidade (Cibs), com o apoio da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB/Fiocruz). A iniciativa tem como objetivo valorizar o conhecimento popular e a pesquisa etnobotânica a fim de estimular a repartição de benefícios com comunidades provedoras. Além disso, visa também a subsidiar pesquisas voltadas para a comprovação dos usos populares de plantas medicinais e estimular o desenvolvimento de produtos e políticas de saúde que priorizem a biodiversidade brasileira.   Saiba mais.   Fonte: Agência Fiocruz - 14/12/22


Repositório da Produção USP

O Repositório da Produção USP é a Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo (BDPI), inaugurada em 22 de outubro de 2012. É o Repositório institucional e oficial da Universidade de São Paulo que concentra o registro e armazena as publicações oriundas de pesquisa e a produção científica, artística, acadêmica e técnica em formato digital de seus autores, departamentos, unidades, institutos, centros, museus e órgãos centrais.  Acesse aqui.

Tem como objetivos:

  • Aumentar a visibilidade, acessibilidade e difusão de conteúdos digitais dos resultados das atividades acadêmicas e de pesquisa da universidade por meio da coleta, organização, registro e preservação de sua memória institucional;
  • Facilitar a gestão e o acesso à informação sobre a produção de pesquisa da USP, por meio da oferta de indicadores confiáveis e validados;
  • Contribuir para a preservação do conhecimento produzido na universidade, seu uso e impacto científico, acadêmico e social, integrando-se a outras iniciativas nacionais e internacionais.   

13 dezembro 2022

Saiba mais

Amazônia Real lança série de documentários “Ciência na Amazônia”

A série de cinco documentários “Ciência na Amazônia”, realizada pela agência Amazônia Real com apoio financeiro do Instituto Serrapilheira, será lançada na noite de sexta-feira, dia 9 de dezembro, no canal do Youtube. O primeiro episódio é “O homem da natureza”, sobre a vida e as pesquisas do ecólogo Philip Martin Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). O documentário, que tem direção e roteiro da jornalista Kátia Brasil, será apresentado no sábado (10) à noite no programa Megafone da TVT São Paulo. Além de Fearnside, foram entrevistados para os outros quatro episódios, cada um de cerca de 20 minutos: a antropóloga e linguista Ana Carla Bruno, do Inpa; o epidemiologista Jesem Orellana, da Fiocruz Amazônia; a historiadora Patrícia Melo, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), e o antropólogo João Paulo Barreto, fundador do Centro de Medicina Indígena Bahserikowi. Os documentários serão lançados até janeiro de 2023.   Saiba mais.   Fonte: Amazônia Real - 13/12/22

Tecnologia para um mundo sustentável

Reportagem da nova edição da Ciência & Cultura aponta que o Brasil possui recursos naturais e humanos para desenvolver soluções que ajudem a proteger o meio ambiente

Perda de biodiversidade, desmatamento, poluição, crise hídrica, mudanças climáticas, superpopulação, desperdício. Os problemas ambientais atuais não são poucos. Porém, a tecnologia pode ser a chave para reverter essa situação e alcançar um futuro melhor. Isso é o que aponta artigo da nova edição da revista Ciência & Cultura, que tem como tema “Ciência e Vida”. A edição especial aborda as várias maneiras como a ciência e a tecnologia contribuem com diversos aspectos de nossa vida diária.
Cada vez mais empresas no mundo vem buscando soluções sustentáveis através de tecnologias amigas do ambiente. No Brasil, porém, esse avanço está sendo insatisfatório. Segundo dados do Relatório Luz 2022, elaborado pelo Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030, o país não apresentou progresso em nenhuma das 169 metas dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da Agenda 2030, estabelecida pela Assembleia-Geral das Nações Unidas (AGNU). O levantamento revela que das 168 metas dos ODS analisadas, 80,35% estão em retrocesso, ameaçadas ou estagnadas no país e 14,28% tiveram progresso insuficiente.   Saiba mais.  Fonte: Jornal da Ciência - 13/12/22

Conheça os principais rankings internacionais


A agência Shanghai Ranking, criadora do ranking geral Academic Ranking of World Universities (ARWU), também publica um ranking anual por áreas do conhecimento, o Global Ranking of Academic Subjects (GRAS).

Times Higher Education 
Times Higher Education World University Ranking (WUR) é um dos três principais rankings tradicionais. Tem alto impacto na mídia. É produzido pela publicação britânica de ensino superior Times Higher Education, para impulsionar os negócios para seus eventos globais e vender serviços de consultoria, em particular para acesso aos dados que são usados para criar este ranking.

O ranking QS Latin America utiliza um conjunto de indicadores distinto do seu ranking principal (QS World Ranking) para classificar as instituições participantes. O QS reconhece que algumas medidas são menos relevantes para a América Latina (por exemplo, número de alunos estrangeiros), enquanto outros assumem um papel importante (docentes com doutorado, impacto dos serviços online).

THE Impact Ranking
O ano de 2022 marca a presença simultânea das seis universidades públicas sediadas no estado de São Paulo no ranking Times Higher Education Impact. Nesta edição, foram introduzidas várias mudanças na metodologia, que podem ser conhecidas no vídeo masterclass publicado pela Times Higher, apresentado na ocasião do seu lançamento.

Fulbright seleciona brasileiros para iniciativa internacional e multidisciplinar de estudos sobre a Amazônia

A Comissão Fulbright no Brasil e o U.S. Department of State, Bureau of Educational and Cultural Affairs (ECA) anunciam a abertura de processo seletivo para acadêmicos, pesquisadores e profissionais em início ou meio de carreira integrarem equipe internacional e multidisciplinar liderada pelos professores Dr. Carlos Valério Aguiar Gomes (Universidade Federal do Pará) e Dr. Jeffrey Hoelle (University of California, Santa Barbara). São quatro bolsas para brasileiros participarem de uma rede de colaboração científica e análise de políticas públicas, que tem como objetivo criar e promover uma rede de colaboração científica sobre questões pan-amazônicas. Ao longo de 18 meses e se apropriando de um modelo colaborativo, a Fulbright Amazonia Initiative busca transformar teorias em práticas para tratar de relevantes questões de políticas públicas para alguns dos desafios das nações pan-amazônicas. No total, serão selecionados até 16 pesquisadores, sendo quatro do Brasil, quatro dos Estados Unidos e oito dos demais países da região amazônica. Mais detalhes sobre o Programa Fulbright Amazonia Initiative 2022-2024 podem ser encontrados no site da Fulbright Brasil. Para tirar dúvidas dos candidatos sobre a seleção, a Fulbright Brasil realiza live no dia 14 de outubro de abril às 11h no canal de YouTube e no LinkedIn da Fulbright. Questões sobre a seleção podem ser enviadas para amazonia@fulbright.org.br. Veja todas as bolsas da Fulbright no site: fulbright.org.br.
Fonte: AUCANI - 13/12/22

Consórcio CoNCienciA cresce com a adesão de novas instituições

A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) assinou, no final de outubro, o termo de adesão ao acordo de cooperação do Consórcio Nacional para a Ciência Aberta (CoNCienciA), que estabelece bases de cooperação técnica e operacional visando à promoção de atividades de incentivo à prática da Ciência Aberta. Também assinaram o Instituto de Apoio ao MapBiomas (IAMap) e a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).
O CoNCiencia foi lançado em março desse ano pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e tecnológico (CNPq). A iniciativa é fruto de um compromisso entre CNPq, Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia  (Ibict), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), que foi estabelecido durante a execução do Marco 5 do compromisso 3 do 4º Plano de Ação Nacional em Governo Aberto. O item envolve a articulação com agências de fomento para a implantação de ações de apoio à Ciência Aberta, com o objetivo de estabelecer mecanismos de governança de dados científicos para o avanço da ciência aberta no Brasil. Para apoiar os repositórios destas instituições com o fornecimento do serviço de atribuição de identificadores perenes, com visibilidade internacional aos conjuntos de dados depositados, o CNPq estabeleceu acordo com a DataCite, organização internacional que gera o DOI (Digital Object Identifier) para Dados de Pesquisa. Desse acordo, foi formado o Consórcio onde, sob a gestão do CNPq, as instituições que tenham seus próprios repositórios possam ser incluídas.  Saiba mais.   Fonte: CNPq

Mudança climática impacta desenvolvimento das cianobactérias

Consideradas como um dos primeiros seres unicelulares a surgir no planeta, as cianobactérias, também chamadas de algas azuis, foram estudadas por um pesquisador da Universidade Rural Federal de Pernambuco (UFRPE). Em seu trabalho, Cihelio Alves Amorim, mestre e doutor em Botânica e vencedor do Prêmio CAPES de Tese 2022 em Biodiversidade, analisa os efeitos das mudanças climáticas e da poluição sobre as florações dessa espécie que existe há mais ou menos 3,5 bilhões de anos. O cientista monitorou trimestralmente, de outubro de 2017 a janeiro de 2019, as cianobactérias presentes em dez reservatórios localizados nas regiões Zona da Mata, no Agreste e no Sertão de Pernambuco. Amorim, que hoje faz pós-doutorado na Middle East Technical University, na Turquia, chegou à conclusão de que o aumento das florações das cianobactérias nocivas em reservatórios tropicais, especialmente no semiárido brasileiro,  pode trazer sérios impactos na biodiversidade e no funcionamento dos ecossistemas da região. Esse movimento é causado por um conjunto de fatores, como o aumento da temperatura, secas prolongadas, eutrofização (poluição) e salinidade dos reservatórios de águas.   Saiba mais.   Fonte: CGCOM/CAPES - 08/12/22

CAPES já fez depósito bancário das bolsas

Cláudia Queda de Toledo, presidente da CAPES, negociou o pagamento urgente das bolsas de pós-graduação e formação de professores da educação básica. A equipe da Fundação trabalhou para que os depósitos bancários fossem realizados o mais rápido possível. Até terça-feira, 13, todos os bolsistas receberão seus benefícios. Na quinta-feira, 08/12, Victor Godoy, ministro da Educação, anunciou a transferência dos recursos necessários ao pagamento das 100 mil bolsas de pós-graduação stricto sensu – mestrado, doutorado e pós-doutorado –, para a CAPES. Foram R$ 160 milhões. Outros R$ 50 milhões já haviam sido liberados para pagar as bolsas dos Programas de Formação de Professores da Educação Básica. Ao todo, a CAPES recebeu R$ 210 milhões para arcar com os seus compromissos.   
Fonte: CGCOM/CAPES - 09/12/22

12 dezembro 2022

Como inflar currículos e influenciar pessoas

Lista de pesquisadores mais citados do mundo remove 550 nomes suspeitos de anabolizar os índices de impacto de seus artigos

A empresa Clarivate Analytics, que mantém a base de dados Web of Science (WoS), divulgou em novembro a sua lista anual dos pesquisadores altamente citados, uma relação de 6.938 cientistas cuja produção mais recente teve impacto e influência extraordinários em seus campos do conhecimento. A novidade no anúncio desse ano foi a supressão de um número recorde de autores suspeitos de cometer algum tipo de irregularidade para inflar seu desempenho: ao todo, 550 nomes foram desclassificados e removidos da lista final. Em 2021, pouco mais de 300 haviam sido descartados. Agora em 2022, a Clarivate adotou mais um filtro e atribui a ele a exclusão recorde. A empresa fez uma parceria com o site Retraction Watch, que dispõe de uma base de dados com registros de milhares de artigos científicos retratados. A análise desses papers cancelados por erros ou má conduta permitiu analisar de forma exaustiva a legitimidade da produção científica dos potenciais candidatos a entrar na lista. A existência de algum paper retratado por plágio, fraude ou falsificação, mesmo que esse trabalho não estivesse entre os mais citados do autor, foi suficiente para desqualificar muitos aspirantes. Os nomes dos excluídos não foram revelados.   Saiba mais.   Fonte: Jornal da Ciência - 12/12/22

Sociedade Brasileira de Química participa da série “200 anos da Ciência brasileira”

Sociedade Brasileira de Química (SBQ) é uma das entidades que atendeu ao convite da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e participa dos “200 anos da Ciência brasileira: SBPC e Sociedades Afiliadas”, atividade integrante da programação da sua 74ª Reunião Anual.
Fundada em Julho de 1977, a SBQ é a principal sociedade de química do País e tem como objetivo o desenvolvimento e consolidação da comunidade química brasileira, a divulgação da Química e de suas importantes relações, aplicações e consequências para o desenvolvimento do país e para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
Em vídeo gravado para a atividade, Shirley Nakagaki, presidente da entidade, conta fatos mais marcantes da Química no Brasil nos últimos 200 anos, como, por exemplo, que o primeiro o laboratório químico prático foi fundado 1812 na cidade do Rio de Janeiro. Segundo ela, o laboratório funcionava no tratamento e na análise de produtos de origem vegetal, dentre eles, o corante do Pau Brasil. Ela cita também que em 1824 foi criado o laboratório químico do Museu Imperial e Nacional, que teve “suma importância no desenvolvimento de análises de combustíveis naturais, das primeiras experiências toxicológicas do País, da análise e reclassificação de minerais, além de pesquisas fitoquímicas com espécies da flora brasileira.” Ela também fala sobre como a química se transformou em uma das ciências mais importantes para a evolução da humanidade. Veja o vídeo no canal da SBPC no Youtube na íntegra e os demais que compõem a série.   Fonte: Jornal da Ciência - 12/12/22

Google Acadêmico lança métricas de revistas de 2022

Classificado por h-index nos últimos 5 anos, o Google Scholar lançou suas métricas acadêmicas para 2022. As métricas do Google Scholar fornecem uma maneira simples para os autores em uma única plataforma avaliarem a visibilidade de artigos de pesquisa em publicações acadêmicas. Esta é uma tradução livre da matéria publicada no Blog da Enago.
A Nature Publications torna-se a principal plataforma de publicação na versão 2022 do Google Scholar Metrics. Esta versão inclui artigos publicados em 2017–2021 e citações de todos os artigos que foram indexados no Google Scholar até junho de 2022. O Scholar Metrics inclui periódicos de sites que seguem as diretrizes de inclusão do Google Scholar e conferências selecionadas em Engenharia e Ciência da Computação. Não inclui publicações com menos de 100 artigos em 2017-2021, ou publicações que não receberam citações nesses anos. O Google Scholar Metrics inclui um grande número de publicações em categorias como Ciências da Vida e Ciências da Terra, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Energia Sustentável ou Saúde Pública, além de áreas amplas como Negócios, Economia e Gestão ou Ciências Químicas e de Materiais. Ele também inclui as 20 principais publicações nos últimos cinco anos com base em suas métricas h-index e h-mediana. Além disso, o Google Scholar Metrics permite navegar pelas 100 principais publicações em vários idiomas, como japonês, coreano , português, espanhol, etc. Todos os principais artigos de cada publicação podem ser visualizados clicando no índice h5 da lista de métricas.   Fonte: ABCD USP - 09/12/22

O jovem cientista brasileiro

Corte de bolsas, poucas oportunidades, muito trabalho. Afinal, a vida do jovem cientista no Brasil vale a pena? Para falar dos desafios da carreira científica, em suas diversas áreas, o Ciência & Cultura Cast conversou com três pesquisadores engajados no tema: Sofia Daher, assessora técnica e analista de Ciência e Tecnologia, do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE); Jaqueline Mesquita, professora do Departamento de Matemática da Universidade de Brasília (UnB); e Vinícius Soares, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), gestão 2022-2024.
Desde 1996, o CGEE estuda a formação de mestres e doutores e sua empregabilidade. Segundo Daher, com a crise que se aprofundou desde 2014 no Brasil, o número de pós-graduados sofreu uma redução, segundo dados de 2009 a 2017. Porém, ao mesmo tempo, houve um aumento na absorção pelo mercado de trabalho, ou seja, o número de pessoas empregadas cresceu e a taxa foi maior que entre pessoas sem qualificação. “Para termos dados mais claros sobre o impacto da pandemia, precisamos do levantamento de 2018 a 2022”, diz. Em sua visão, o Brasil tem hoje uma formação persistente de mestres e doutores, o que contribuiu para fortalecer o sistema que passou por vários governos. Sistema este que precisa ser revisitado e reavaliado com frequência, face à importância dos jovens cientistas para o desenvolvimento do país, conclui a pesquisadora.   Saiba mais.   
Fonte: Jornal da Ciência - 09/12/22

Grupo investiga a comunidade microbiana do queijo Canastra e descreve espécies inéditas

Cientistas ligados ao Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC) da Universidade de São Paulo (USP) descreveram de forma pioneira a grande diversidade de bacteriófagos (vírus que infectam bactérias) existente no queijo minas artesanal da Serra da Canastra e descobriram espécies até então desconhecidas. Os resultados da pesquisa foram divulgados no periódico mSystems, da Sociedade Americana de Microbiologia. Segundo os autores do artigo, as descobertas podem trazer benefícios grandes não só aos produtores, mas também a áreas como agricultura, saúde animal e medicina, pois os bacteriófagos podem, em tese, ser aplicados para tratar infecções bacterianas. “Observamos uma enorme biodiversidade a ser explorada. Muitos dos bacteriófagos que identificamos nunca haviam sido vistos na ciência. Isso pode se traduzir em compostos naturais para serem utilizados no futuro em medicamentos capazes de tratar infecções com resistência antimicrobiana”, afirma Christian Hoffmann, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (FCF-USP) que coordenou o estudo e integra o FoRC, um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP. “É um campo de pesquisa totalmente novo, somos um dos primeiros no mundo a relatar a presença desses microrganismos no queijo artesanal.”   Saiba mais.   Fonte: Agência FAPESP - 09/12/22