22 outubro 2019

Megajornais de acesso aberto perdem impulso à medida que o modelo de publicação amadurece


Quando o PLOS ONE estreou em 2006, seus fundadores declararam que transformaria a publicação científica. Foi a primeira revista multidisciplinar, de grande volume e acesso aberto, que publicou ciência tecnicamente sólida, sem considerar a novidade. Cinco anos depois, Peter Binfield, então editor, previa que, até 2016, 50% de todos os trabalhos científicos apareceriam em 100 desses "megajornais".
Com sede em San Francisco, Califórnia, o PLOS ONE cresceu e se tornou a maior revista do mundo, publicando mais de 30.000 artigos no auge em 2013 e gerando mais de uma dúzia de imitadores - mas os megajournals ficaram aquém dos objetivos de Binfield. De 2013 a 2018, a produção do PLOS ONE caiu 44%. Outro megajornal, Scientific Reports, superou o tamanho do PLOS ONE em 2017, mas viu a contagem de artigos cair 30% no ano seguinte, de acordo com dados do banco de dados Scopus da editora Elsevier. O crescimento em novos mega-periódicos não compensou as quedas. Em 2018, o PLOS ONE, Scientific Reports e 11 megajornais menores publicaram coletivamente cerca de 3% do total de artigos globais.
O PLOS ONE e o Scientific Reports também escorregaram em outras medidas de desempenho. As velocidades de publicação, um importante ponto de venda inicial, caíram. E um estudo publicado em agosto mostrou que, por certas medidas baseadas em citações, a conexão dos periódicos à vanguarda da ciência se desgastou.  Leia mais.  Fonte: Science - outubro 2019


Think. Check. Submit - Teste que ajuda a detectar revistas predatórias

Através de uma série de ferramentas e recursos práticos, esta iniciativa internacional e intersetorial visa educar pesquisadores, promover a integridade e criar confiança na pesquisa e publicações legítimas, a fim de detectar possíveis periódicos predatórios.
A publicação da pesquisa original é essencial para a realização acadêmica e profissional. Uma consequência negativa do rápido crescimento de publicações de acesso aberto financiadas por meio de encargos de processamento de artigos, juntamente com a necessidade de os pesquisadores publicarem para obter melhorias profissionais, credenciar ou obter financiamento para seus projetos, é o surgimento de editores e revistas "predatórias". Assim, os periódicos predatórios exploram a necessidade de acadêmicos e pesquisadores publicarem seus trabalhos e usam táticas comerciais questionáveis, como cobrar do autor a publicação e depois não fornecer os serviços profissionais de um periódico acadêmico respeitável.
No mundo, estima-se que existam muitas revistas acadêmicas, 30.000 ou mais, e estima-se que cerca de 10.000 revistas utilizem práticas de “publicação predatória” que devem ser evitadas a todo custo.
Algumas ferramentas como o Think. Check, Submit o envio pode ajudar os pesquisadores a identificar periódicos confiáveis ​​para suas pesquisas por meio de uma lista de verificação e perguntas.
Pense. Think. Check, Submit é uma iniciativa que orienta pesquisadores e acadêmicos na decisão de participar de uma conferência ou enviar um resumo e apresentar sua pesquisa. A abordagem em três etapas orienta os acadêmicos para ajudá-los a identificar periódicos confiáveis ​​para suas pesquisas por meio de uma lista de verificação e perguntas. "Pense" no problema apresentado por revistas ou conferências predatórias, "Verifique" a conferência com base em um conjunto de critérios projetados para destacar os atributos de revistas e conferências de boa e má qualidade e envie ou "participe" apenas se a publicação o A conferência está em conformidade com critérios consistentes e confiáveis.  Leia maisFonte: Universo Abierto


Acesso a autores laureados com o Prêmio Nobel de Química 2019

No dia 9 de outubro, três pesquisadores internacionais da química foram contemplados com o reconhecimento máximo da ciência: o Prêmio Nobel. A Academia Real Sueca de Ciências outorgou a honraria aos cientistas John B. Goodenough, M. Stanley Whittingham e Akira Yoshino pelo desenvolvimento de baterias de íons de lítio.
Mais de 700 artigos desses autores, incluindo diversos que falam sobre o tema em destaque na premiação supracitada, podem ser encontrados na base de dados Reaxys, disponibilizada por meio do Portal de Periódicos da CAPES à comunidade científica brasileira.
As baterias de íons de lítio são usadas globalmente para ligar aparelhos eletrônicos portáteis utilizados no cotidiano. Graças a elas, é possível ler esse texto pelo celular, por exemplo. As mesmas baterias também permitiram o desenvolvimento de carros elétricos de longo alcance e o armazenamento de energia a partir de fontes renováveis, tais como energia solar e eólica.
No início da década de 1970, Stanley Whittingham usou a unidade de lítio para liberar seu elétron externo quando desenvolveu a primeira bateria de lítio funcional. Em 1980, John Goodenough dobrou o potencial dessa bateria, criando as condições certas para que ela fosse mais poderosa e útil. Em 1985, Akira Yoshino conseguiu eliminar o lítio puro da bateria, deixando-a mais segura para ser usada na prática.
Além desse e de outros assuntos, a base de dados Reaxys, da editora Elsevier, oferece informações sobre diferentes substâncias, reações químicas e patentes. A abordagem alcança química orgânica, inorgânica e organometálica de revistas científicas a partir de 1771 e de literatura das principais patentes relacionadas desde 1889.
Entre os benefícios que a plataforma oferece aos usuários da área, é possível encontrar literatura relevante e patentes em diversas categorias, recuperar propriedades precisas de compostos e dados de reação, avaliar compostos e oportunidades de síntese, comparar dados experimentais e avaliar interações compostas e afinidades-alvo.
O acesso ao conteúdo deve ser feito a partir da opção buscar base do Portal de Periódicos da CAPES. Para explorar o conteúdo produzido pelos pesquisadores premiados, outra alternativa é a consulta pelo link buscar assunto – basta inserir o nome do autor e clicar em “buscar” para gerar a lista de resultados.   Fonte: Portal de Periódicos da CAPES 

O Brasil e a Globalização da Ciência

A cada dia, a pesquisa científica se torna cada vez mais global. Mas, até que ponto os resultados e a própria Ciência alcançam uma amplitude global? De que modo a Ciência produzida por autores de um determinado país, região ou disciplina alcança, de fato, um nível global? 
Publicar em periódicos globais e não 
em revistas locais pode afetar esse alcance?  
Pensando nisso, dois economistas – Vít Macháček e Martin Srholec – do Instituto de Democracia e Análise Econômica (IDEA) do Centro de Pesquisa Econômica e Instituto de Educação de Pós-Graduação e Economia de Praga, República Tcheca – realizaram um amplo estudo, concluído em maio de 2019 e intitulado Globalization of Science: Evidence from Authors in Academic Journals by Country of Origin.
Eles analisaram 22 milhões de artigos indexados pela base de dados Scopus entre 2005 e 2017, de autores de 174 países. O estudo é baseado em seis indicadores de globalização em nível de periódico. Os indicadores de referência são derivados dos dados dos autores pelo país de origem. Para comparação, também foram utilizados  dados de documentos por país de origem e documentos escritos em inglês.
Os resultados revelam que países ocidentais, como Estados Unidos (EUA) e nações da União Européia (UE), lideram a classificação de Globalização da Ciência, com os mais altos índices – acima de 0,7. O número permanece bastante estável desde 2005.
Os EUA e a UE são seguidos por países como Japão, Brasil e Índia, com notas de 0,66, 0,61 e 0,60, respectivamente. Em 2006, a China era o país menos globalizado, mas em 2015 alcançou o Brasil e a Índia. Em relação ao padrão global da ciência transfronteiriça, a Rússia está atrasada [2]. Embora utilizem o idioma inglês, os pesquisadores baseados na Rússia publicam uma porcentagem maior de artigos em revistas locais do que em publicações internacionais.  Leia mais.  
Fonte: AGUIA-USP – 10/10/19

USP cria agência para fazer a gestão da informação acadêmica

A agência atuará na implementação das bibliotecas polos, na criação do Escritório de Apoio ao Pesquisador e na promoção do repositório da produção intelectual da USP

A USP criou uma agência que será responsável pela gestão dos dados gerados a partir do conhecimento produzido na Universidade e pelo desenvolvimento de serviços e produtos que promovam o acesso, a visibilidade e o impacto dessa produção. Trata-se da Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica (Aguia).
A Aguia, que abarcou as atividades desenvolvidas pelo Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi), vai trabalhar em três frentes: na implementação das bibliotecas polos, na criação do Escritório de Apoio ao Pesquisador e na incrementação do repositório da produção intelectual da USP. Essas atividades têm como finalidade tornar a produção científica da USP mais conhecida no exterior.
“A crescente complexidade dos sistemas digitais de informação acadêmica e científica, a internacionalização, a necessidade de garantir a preservação física e digital de conteúdos relevantes implica aperfeiçoar processos, capacitar pessoas e aprimorar a infraestrutura, de modo a atender às demandas da comunidade universitária. Ao mesmo tempo, é urgente promover o mais amplo acesso e visibilidade da produção intelectual gerada na própria Universidade”, avalia o presidente da agência, Jackson Cioni Bittencourt.
Bittencourt, que foi diretor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), foi designado para a função no início do mês de setembro, ao lado da nova vice-presidente da agência e vice-diretora da Escola de Comunicações e Artes (ECA), Brasilina Passarelli.
Segundo ele, a proposta é que as 48 bibliotecas da Universidade atuem como polos de atendimento, estudo, leitura, permanência e capacitação da comunidade universitária de acordo com as potencialidades de cada campus. “As bibliotecas continuarão a exercer suas funções tradicionais, agregando efetivamente atividades relacionadas ao apoio ao pesquisador, promoção da produção intelectual da Universidade, das práticas de ciência aberta e acesso aberto”, afirma.  Leia mais.  
Fonte: Jornal da USP - 09/10/19

04 outubro 2019

Pesquisa da USP em Piracicaba desenvolve plástico biodegradável com amido de mandioca

Pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), em Piracicaba (SP), desenvolveram um plástico biodegradável mais resistente a partir do amido de mandioca. O produto resolveria um problema encontrado atualmente em materiais que se degradam com mais facilidade no meio ambiente, que costumam ser mais fracos. Além de ser até 30% mais resistente, o processo, que usa gás de ozônio, permite que o plástico possa ser modificado para ficar transparente.
Muitos comerciantes já usam materiais biodegradáveis para diminuir o impacto ao meio ambiente, mas principalmente nos supermercados, a reclamação das sacolinhas costuma se repetir entre os clientes. "Ela é mais fraca que as outras. Às vezes a gente está levando e ela rasga no caminho", comenta uma cliente que fazia compras em um supermercado de Piracicaba.
No campus da USP em Piracicaba, foi descoberto um novo processo de fabricação do plástico a partir do amido de mandioca. O resultado é um material até 30% mais forte.
Segundo o pesquisador Pedro Augusto, do Grupo de Estudos de Engenharia em Processos da Esalq, o amido já é usado como componente de plásticos biodegradáveis, que pode vir da mandioca, da batata, do arroz ou do milho.  Leia maisFonte: G1 - 03/10/19



03 outubro 2019

Encontre o periódico perfeito para o seu artigo


O Elsevier® JournalFinder ajuda a encontrar periódicos mais adequados para a publicação de seu artigo científico. Consulte também os objetivos e o escopo da revista para obter mais orientações. Por fim, o Editor decidirá quão bem o seu artigo corresponde à revista.
Desenvolvido pelo Elsevier Fingerprint Engine™, o Elsevier JournalFinder usa tecnologia de pesquisa inteligente e vocabulários específicos do campo de pesquisa para combinar seu artigo com os periódicos da Elsevier.
Basta inserir seu título e resumo e selecionar o campo de pesquisa apropriado para obter os melhores resultados.
Se você quiser saber mais sobre como o JournalFinder funciona, consulte nossa página de Perguntas frequentes.   Fonte: Elsevier - 03/10/19

USP cria centro de pesquisa na área de inteligência artificial

O projeto nasceu a partir de uma proposta elaborada pela Pró-Reitoria de Pesquisa e será financiado pela Fapesp e pela IBM

A USP irá contar com um novo centro dedicado para o desenvolvimento de estudos na área de inteligência artificial. O projeto, que nasceu a partir de uma proposta elaborada pela Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP), foi selecionado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela empresa IBM e receberá recursos da ordem de US$ 1 milhão anuais durante um período máximo de dez anos.
O centro funcionará no prédio do InovaUSP, na Cidade Universitária, em São Paulo, e está voltado para o desenvolvimento de pesquisas sobre algoritmos e sistemas de inteligência artificial, com foco em recursos naturais, saúde, agronegócio, ambiente e setor financeiro.
Mais de 60 pesquisadores de 14 unidades da USP estarão envolvidos no projeto, que será coordenado pelo professor da Escola Politécnica (Poli), Fabio Gagliardi Cozman. O início das atividades está previsto para o princípio de 2020.
“Este é um ponto de partida para criarmos um grande centro na área de inteligência artificial. Estamos no mundo do conhecimento, das grandes informações, dos grandes dados, do qual a Universidade não pode ficar de fora”, afirma o pró-reitor de Pesquisa, Sylvio Roberto Accioly Canuto.
O novo núcleo deverá desenvolver pesquisas básicas e aplicadas, além de estratégias de transferência da tecnologia para a sociedade. Também estão previstos estudos sobre as implicações socioeconômicas da inteligência artificial na sociedade, contribuindo para debates que envolvam questões sobre ética, relação, privacidade e trabalho.   Leia maisFonte: Jornal da USP - 02/10/19

02 outubro 2019

ABEC lança livro sobre ciência aberta


O movimento pela ciência aberta abriga várias vertentes como publicações científicas abertas, dados de pesquisa, metodologias, códigos de softwares, entre outros.
Mas você sabe como a ciência aberta impacta o processo de criação e disseminação da informação científica?
Esse é o tema do e-book “Ciência aberta para editores científicos”, obra que acaba de ser lançada pela Associação Brasileira de Editores Científicos - ABEC.
Com participação de pesquisadores do Ibict e de outras instituições, a publicação apresenta a ciência aberta aos editores científicos brasileiros.  
Fonte: ABEC Brasil - 01/10/19

Fonte: Asian Institute of Technology