10 março 2021

CAPES vai padronizar mobilidades acadêmicas internacionais

Suspensas até setembro por causa da pandemia, as mobilidades acadêmicas internacionais terão procedimentos uniformizados. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) estuda estabelecer dois momentos de partidas, março e setembro, e só operar com duas moedas: euro, para os países europeus que a adotam, e dólar, para o restante.

“Padronizaremos também os pagamentos, como o auxílio para instalação. O objetivo é ter um controle mais eficiente desse processo. Assim, poderemos ter uma melhor gestão do fluxo no que diz respeito ao início da atividade”, explicou Benedito Aguiar, presidente da CAPES. As ideias foram expostas na 203ª reunião do Conselho Técnico e Científico da Educação Superior (CTC-ES), por videoconferência, nesta terça-feira, 9 de março.

Ao mesmo tempo, a CAPES acompanha o cronograma de vacinação de países parceiros para saber quando será possível retomar as viagens. Por enquanto, a previsão é setembro, mas a pandemia pode alterar as datas e levar à publicação de novas portarias. “A questão humanitária sempre será considerada pela CAPES”, ressaltou Aguiar.

CTC-ES é um colegiado formado por diretores da CAPES e representantes de cada uma das grandes áreas do conhecimento e de associações de relevância para a pós-graduação brasileira.    Fonte: CCS/CAPES – 10/03/21

Na 13ª posição, USP é a melhor brasileira entre os países emergentes

Classificada na 13ª posição, a USP continua sendo a universidade brasileira mais bem colocada no ranking das Universidades das Economias Emergentes, divulgado hoje, dia 9 de março, pela consultoria britânica de educação superior Times Higher Education (THE), que classificou as 606 melhores instituições de 48 países considerados emergentes. A USP subiu uma posição em relação à edição do ano passado.

As universidades chinesas dominaram o ranking, com sete instituições entre as dez melhores. As primeiras posições ficaram com a Universidade de Tsinghua (1ª colocada), Universidade de Beijing (2ª) e Universidade de Zhejiang (3ª).

Ao todo, 52 universidades brasileiras entraram na classificação. Além da USP, as mais bem colocadas foram a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na 48ª posição; e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), na 84ª.

O Emerging Economies Rankings 2021 confirma a posição de liderança da USP na América Latina. Além das universidades brasileiras, foram avaliadas instituições do México, Chile, Colômbia e Peru, e as mais bem classificadas foram: a Pontifícia Universidade Católica do Chile (Chile), na 53ª posição; a Universidade do Desarollo e a Universidade Diego Portales (Chile), empatadas na 90ª posição; e a Pontificia Universidad Javeriana (Colômbia), na 94ª.

A classificação utiliza os mesmos 13 indicadores de desempenho do ranking mundial do THE, porém adaptados para refletir as características e as prioridades de desenvolvimento das universidades dos países do bloco. Os indicadores são agrupados em cinco categorias: ambiente de ensino, inovação, internacionalização, pesquisa (volume, investimento e reputação) e citações (influência da pesquisa).   Saiba mais.    Fonte: Jornal da USP - 09/03/21

Leia também:  13 cursos da USP estão entre os 50 melhores do mundo


Projeto analisa a eficiência da Universidade em sua base administrativa

Conhecer melhor a eficiência administrativa de toda a Universidade é o objetivo do projeto USP Base, desenvolvido pela Coordenadoria de Administração Geral (Codage), com o apoio de seus quatro departamentos: Recursos Humanos, Financeiro, Administração e Convênios.
“A USP não seria grande como é se, ao longo de sua história, não tivesse contado com pessoas com visão estratégica e analítica. O mérito da proposta do USP Base está em criar um espaço para o compartilhamento e a análise dos dados gerados por nossos próprios sistemas corporativos”, destacou o vice-reitor Antonio Carlos Hernandes, responsável pela administração da Universidade.
“O USP Base faz um diagnóstico analítico dos processos administrativos em sua origem, na base da engrenagem administrativa de toda a Universidade. O projeto reforça e explora as positividades da história administrativa das unidades e órgãos, reforçando os acertos da administração e preparando a direção para redescobrir a grandeza da própria Universidade”, explica o coordenador de Administração Geral, Luiz Gustavo Nussio.
Desde 2019, a equipe da Codage trabalhou no desenvolvimento de indicadores objetivos em todas as áreas administrativas, a partir dos dados gerados pelos sistemas corporativos. Não foi uma tarefa fácil já que essa é uma área pouco explorada nas universidades públicas brasileiras. Por isso, alguns dos critérios utilizados foram inspirados em indicadores adotados em universidades estrangeiras de porte semelhante ao da USP.    Saiba mais.   
Fonte: Jornal da USP - 09/03/21

09 março 2021

CNPq abre inscrições para o 41º Prêmio José Reis de Divulgação Científica

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) abriu as inscrições para o 41º Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica, um dos principais reconhecimentos a profissionais e instituições que contribuem para a divulgação da ciência brasileira.

Este ano, a edição contempla a categoria “Instituição e Veículo de Comunicação”, volta a veículos de comunicação coletiva e instituições de ensino e/ou pesquisa, centros e museus de ciência e tecnologia, órgãos governamentais, culturais, organizações não governamentais e empresas públicas ou privadas. O objetivo é premiar o trabalho de tornar acessível ao público o conhecimento sobre Ciência, Tecnologia, Inovação e seus avanços. As inscrições podem ser feitas até o dia 10 de junho de 2021.

Para participar, o candidato deve encaminhar, pelo correio, a ficha de inscrição preenchida, disponível no site do Prêmio (http://premios.cnpq.br/web/pjr), currículo atualizado em 2021 na Plataforma Lattes (http://lattes.cnpq.br), justificativa que evidencie significativa contribuição à divulgação e popularização científica, tecnológica, inovação e seus avanços; e trabalhos que comprovem sua atuação.

O vencedor ganha um troféu, diploma e passagens para participar da Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovação (MNCTI), em outubro de 2021. Informações completas  no regulamento do prêmio.    Fonte: Jornal da Ciência - 09/03/21


Consumo excessivo de informações na internet pode impedir a captação de conteúdos de qualidade

João Flávio de Almeida diz que o grande conteúdo de informações rasas e infantilizadas pode produzir uma situação de estafa mental, levando a uma não captação dos conteúdos realmente interessantes e relevantes

O consumo excessivo de informações e, ainda, de baixa qualidade, disponíveis na internet, nas redes sociais e na televisão – com ampla gama de programas para todos os tipos de públicos – pode ter efeitos mentais, e até físicos, negativos. Foi o que aconteceu com a estudante de engenharia agronômica Stefania Fernandes, de 22 anos. A estudante diz ter sido tomada pelo “cansaço mental e emocional, procrastinação e, como consequência direta, perda de qualidade de vida”. Mas o entendimento da situação veio da própria internet, quando Stefania se deparou com o termo “obesidade mental”.

Após ter se identificado como obesa intelectual, Stefania repensou seu consumo de informações e decidiu dar o primeiro passo, usando as redes sociais normais, mas selecionando os conteúdos. Mas, mesmo se afastando de informações de pouca qualidade, a jovem conta que ainda se sentia dominada pelo consumo de informações. Foi então que deixou de acessar as redes sociais por um período de tempo.
No momento, Stefania diz estar retomando o uso das mídias, porém, de maneira mais seletiva e equilibrada no acompanhamento dos conteúdos “que acrescentam e controlando o tempo que eu fico on-line”. Com relação aos vídeos e podcasts, é rigorosa: “Só algo que eu realmente vá ouvir, refletir e aplicar”.
O que é a “obesidade mental”?
Segundo o filósofo e pós-doutor em discurso imagético pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, João Flávio de Almeida, “obesidade mental” não é o diagnóstico oficial de uma doença, mas um termo para explicar a produção e consumo de informações do mundo digital contemporâneo. E, informa, esse consumo exagerado acontece com informações repetidas e, geralmente, de entretenimento.    Saiba mais.   
Fonte: Jornal da USP - 08/03/21

08 março 2021

15 de abril de 2021 – novo prazo para os empréstimos

Comunicamos que todas as datas de devolução de obras dos acervos das Bibliotecas da USP foram prorrogadas automaticamente até o dia 15 de abril de 2021.
Em virtude da recomendação geral de minimizar os riscos inerentes à situação de pandemia, orientamos que os usuários entrem em contato por e-mail com as Bibliotecas, caso tenham dúvidas.
Lembramos que as Bibliotecas oferecem diversas opções de acesso digital a artigos de revistas científicas, jornais e notícias, livros, trabalhos de eventos, teses e dissertações.   Fonte: AGUIA - 05/03/21

eBook "Sob a lente da ciência aberta: olhares de Portugal, Espanha e Brasil"

De acordo com os organizadores, "É sob o signo da Ciência Aberta que reunimos neste volume vários olhares que correspondem a diferentes expressões, percepções e sensibilidades de um objeto plural. A Ciência Aberta constitui a expressão da necessidade de ampliar a interlocução nos distintos pontos do ciclo complexo que é a geração, partilha e disseminação do conhecimento. Usado como termo guarda-chuva, aplica-se tanto ao acesso aberto como a todas as práticas, nem sempre recentes, que têm como tónica comum a abertura ampla de todo o ciclo de comunicação da ciência.
A isso soma-se a crescente preocupação do envolvimento da sociedade e dos desafios globais que enfrentamos, tão tristemente espelhados na pandemia, a qual, em simultâneo, constitui uma oportunidade única para demonstrar o poder acelerador da Ciência Aberta na procura de soluções, quando a via de resolução se dá à escala global de um modo intensamente partilhado. Neste sentido, para responder aos desafios que a humanidade enfrenta, desafios globais, complexos e cheios de incerteza, há que assumir que a ciência nos pode ajudar a encontrar as soluções. Para isso há que mudar a forma de entender a geração do conhecimento. A ciência aberta oferece-nos caminhos para o fazer, abrindo processos de colaboração com distintas comunidades e partilhando dados e recursos.

A obra que apresentamos não esgota de modo algum o tema da Ciência Aberta, visa tão somente apresentar algumas visões de Portugal, Espanha e Brasil sobre este objeto complexo e multifacetado e se encontra em processo de reconfiguração. Constituída por dezoito capítulos pretende fazer-nos refletir sobre esta forma de fazer ciência que convoca interlocutores variados, sendo cada um de nós, nos distintos papéis que vamos assumindo, como cidadãos, como leitores, como autores, como avaliados ou como avaliadores, uma parte profundamente interessada neste processo dialógico que a Ciência Aberta convoca."

E-Book "Sob a lente da ciência aberta: olhares de Portugal, Espanha e Brasil (Conferências e debates interdisciplinares)" (2021) está disponível em acesso aberto em texto completo, obra organizada por Maria Manuel Borges e Elias Sanz Casado. Acesse em: bit.do/fPpmj.    
Fonte: AGUIA - 08/03/21

Cronograma define prazos de avaliação da pós-graduação

Avaliação Quadrienal 2017-2020 foi pensada em quatro etapas: a preparação – dividida em informação e análise –, que será de responsabilidade dos Programas de Pós-Graduação (PPGs) e áreas de avaliação, a própria Avaliação de PPGs e a reconsideração. A Diretoria de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) fará o acompanhamento e gestão de todo o processo avaliativo.
Na primeira fase, os Programas preenchem o Coleta com suas informações de desempenho, referentes aos anos que serão avaliados. O prazo vai até 23 de abril e os pró-reitores deverão homologá-los até dia 30 do mesmo mês. Em seguida, os programas devem apresentar suas produções mais relevantes no módulo Destaque, conforme orientações de suas áreas de avaliação.
A próxima etapa ficará a cargo das áreas de avaliação, que organizarão os itens a serem avaliados pelas comissões, dividindo-os em três grupos. O Grupo A, trabalhará com itens qualitativos da ficha da avaliação, como programas e impacto na sociedade – que não dependem da classificação da produção e geração e análise de indicadores. Essa parte deve ser concluída até 31/8. No Grupo B, até 16/7, serão classificadas as produções intelectuais dos PPGs. Por fim, o Grupo C, usará indicadores para subsidiar o processo avaliativo. Esse deverá ser executado entre 19/7 e 10/9.
Avaliação
As comissões farão a análise global dos programas baseadas nos trabalhos preparatórios. Para preenchimento da Ficha de Avaliação atribuirão notas de 1 a 7, considerando Programas, Formação e Impacto na Sociedade. Essa etapa acontece de 13/9 a 8/10. As relatorias terão de 11/10 a 19/11 para deliberarem sobre o processo.

O resultado da Avaliação, está previsto para ser divulgado entre 22/11 e 3/12. Em seguida, no dia 6 terá início o período de reconsideração, quando os programas de pós-graduação poderão recorrer dos resultados, até dia 24 do mesmo mês. Em janeiro de 2022, as áreas de avaliação farão a análise desses pedidos, entre os dias 17 e 28.
Por fim, o Conselho Técnico-Científico da Educação Superior (CTC-ES) vai deliberar entre 31 de janeiro e 18 de fevereiro, para que o resultado final seja divulgado entre 21 de fevereiro e 4 de março de 2022.    Fonte: CCS/CAPES - 08/03/21


05 março 2021

Em busca de métricas mais refinadas

Novos indicadores procuram desvendar tendências e estabelecer comparações mais precisas ao avaliar dados quantitativos de produção científica

Um artigo publicado em fevereiro na revista Scientometrics apresentou uma ferramenta computacional que pode ter utilidade na avaliação da produção científica de pesquisadores. Trata-se de um algoritmo capaz de coletar informações sobre o conjunto de papers de determinado autor e analisar, por exemplo, até que ponto essa produção está engajada nos temas quentes de sua disciplina ou como ela repercutiu, gerando citações em outros trabalhos, em relação a de colegas com interesses semelhantes. Os autores do manuscrito, o engenheiro de materiais Edgar Dutra Zanotto, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e o estudante de computação da universidade Vinícius Carvalho, desenvolveram o algoritmo para compilar e processar dados de dois indicadores fornecidos pela SciVal, plataforma analítica vinculada à base de dados Scopus, da editora Elsevier.
Um deles é o Field-Weighted Citation Index (FWCI), que avalia as citações de um artigo, comparando-as com as de outros papers com palavras-chave semelhantes e da mesma idade. O índice pondera o quanto esse trabalho foi mais ou menos citado em comparação com a média dos congêneres. Se o resultado for igual a 1, significa que está exatamente na média – se for superior, sua repercussão é maior. A vantagem da metodologia é que ela permite comparar estudos de qualquer área do conhecimento, ponderando sua posição em relação aos do mesmo assunto. Outros indicadores de impacto científico não permitem esse tipo de analogia, porque cada disciplina tem práticas de publicação peculiares e comunidades de tamanhos distintos, que influenciam a intensidade com que suas pesquisas são citadas sem que isso represente uma diferença de impacto e visibilidade.   Saiba mais.   Fonte: Pesquisa FAPESP - mar. 2021

Como sobreviver ao veneno das revistas predatórias

A resiliência das revistas predatórias, que divulgam artigos científicos em troca de dinheiro e sem submetê-los a uma avaliação por pares genuína, fez com que o combate a essas publicações ganhasse um novo front: na impossibilidade de eliminá-las, tenta-se reduzir os danos que elas provocam na credibilidade da comunicação científica e na reputação de autores. Um fórum realizado em dezembro pelo Committee on Publication Ethics (Cope), entidade internacional que mobiliza editores na discussão de temas de integridade científica, evidenciou esse debate.
Um dos tópicos abordados foi a viabilidade de criar um mecanismo capaz de garantir a pesquisadores a prerrogativa de exigir a retratação de um artigo quando descobrissem que haviam publicado em um periódico fraudulento. Ocorre que, na maioria dos casos, os editores dessas revistas simplesmente ignoram os pedidos dos autores ou então aproveitam para exigir o pagamento de uma “taxa de retratação”, de algumas centenas de dólares – já existe inclusive a figura do “manuscrito refém”, à espera de um resgate para poder ser cancelado. A conclusão do Cope foi de que seria impraticável criar uma instância para decretar retratações à revlia, já que o periódico se torna detentor dos direitos sobre o artigo.
Utilizar periódicos predatórios pode trazer vários prejuízos. Um deles é o risco de o paper desaparecer. É comum que essas revistas sejam descontinuadas sem deixar rastros na internet assim que suas práticas são denunciadas. Mesmo que isso não aconteça, bases de dados como Web of Science e Scopus têm por norma não indexar tais revistas, reduzindo a chance de que seus artigos recebam citações. Mas o dano à reputação talvez seja o principal problema. Ter um trabalho publicado em um título desses, no qual há dúvidas se houve mesmo revisão por pares, pode prejudicar um pesquisador em um processo rigoroso de avaliação.  Saiba mais.    Fonte: Pesquisa FAPESP - mar. 2021





04 março 2021

Entidades lançam hoje campanha ‘Vacina Salva’

Nesta quinta-feira, 4 de março, acontece o lançamento oficial da campanha Vacina Salva (#vacinasalva), uma iniciativa da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) em parceria com instituições científicas. Foram convidadas a Academia Nacional de Medicina (ANM), Academia Brasileira de Ciências (ABC), Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil (ACFB) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

A proposta da campanha é gerar conscientização sobre a importância da vacinação, sobretudo no cenário da pandemia da covid-19, evidenciando o papel da vacina na erradicação de doenças e na saúde coletiva.

O presidente nacional da Abap, Mario D’Andrea, conta que as peças publicitárias fazem uma defesa da vacinação em massa para combater a covid-19 e serão veiculadas na internet, TVs e rádios de todo país. O enxoval conta com um filme de 1 minuto e 30 segundos, spots de rádio e placas de rua (OOH). Segundo ele, a Abap, como uma das entidades mais importantes da comunicação brasileira, tem como missão fundamental combater as fakes news.  Saiba maisFonte: Jornal da Ciência - 04/03/21

Leia também: Quais vacinas o Brasil tem hoje e quais podem chegar?

                       Vacinas x mutações: como fica a eficácia quando o vírus muda


Orquestra Sinfônica da USP apresenta seu primeiro festival on-line

Em meio ao isolamento por conta da pandemia de covid-19, a Orquestra Sinfônica da USP (Osusp) realiza, de 8 a 20 de março, seu primeiro festival on-line. O 
Osusp Fest vai promover uma série de masterclasses de instrumentos  que vão das cordas, madeiras e metais até percussão  e três cursos teóricos: Produção Musical na Pandemia, Saúde e Bem-Estar do Músico: Afinando o Corpo e a Mente e Comunicação e Divulgação do Músico Clássico. No total, serão 15 cursos, ministrados pelos músicos da orquestra e colaboradores, todos gratuitos. Segundo o fagotista e diretor da Osusp Fábio Cury, que também ministra um dos cursos, “o objetivo do festival é trabalhar para a formação de público e educação musical”.
Segundo Cury, atualmente as orquestras sinfônicas do mundo todo – isso não é privilégio da Osusp, como frisa –, cada vez mais, precisam dar atenção à vertente pedagógica. Além disso, diz, as orquestras brigam com a evasão de público, o que no Brasil é bastante significativo. “A Osusp, que já tem essa vocação por ser uma orquestra universitária, não poderia deixar de ter um projeto pedagógico consistente, e agora, diante dessa pandemia, abre-se essa oportunidade de mostrar o talento dos nossos músicos também como educadores”, afirma, lembrando que são raros os músicos que se dedicam puramente à interpretação e não se dedicam à docência. Outra questão importante, como aponta, é a cooperação com professores de outras instituições de expressão nacional, possibilitando um intercâmbio de experiências.
As masterclasses, que contemplam todos os instrumentos integrantes da Osusp, terão a participação de estudantes e alunos ouvintes. Eles vão poder apresentar vídeos, que serão comentados pelo professor. Como explica Cury, os vídeos também poderão funcionar como exemplos para a aula, assim como o docente pode abordar tópicos acerca dos instrumentos, selecionando recortes sobre a prática do instrumento, seja na técnica, seja na interpretação. “Nos diferentes cursos, haverá uma mescla de aulas expositivas e interação”, informa.   
Saiba mais.    Fonte: Jornal da USP - 03/03/21 

Campi da USP entram em fase de restrição máxima devido ao agravamento da pandemia no Estado

O grupo de trabalho responsável pela elaboração do Plano de Readequação do Ano Acadêmico (GT PRAA) divulgou hoje, dia 3 de março, um comunicado sobre o retorno imediado do Plano USP para a fase de máxima restrição em função do agravamento da pandemia da covid-19 no Estado de São Paulo.
De acordo com o documento, “considerando a situação epidemiológica do Estado de São Paulo, a fase crítica de oferta de assistência do sistema de saúde (público e privado) e a decisão do Centro de Contingência do Estado de colocar todos os Departamentos Regionais de Saúde (DRS) na fase vermelha, o GT PRAA comunica o retorno imediato do Plano USP para a fase de máxima restrição (Fase A)”.
Isso significa que os campi voltam a ter restrição rigorosa de acesso e não serão permitidas atividades que possam resultar em aglomeração, mesmo em ambiente aberto.
As atividades presenciais nos campi também estão suspensas. Bibliotecas, restaurantes, centros esportivos, centros culturais, auditórios, salas de aula, salas de pós-graduandos, salas de pós-doutorandos e quaisquer outros ambientes internos com potencial de aglomeração devem permanecer fechados.  A determinação valerá até o dia 26 de março de 2021, quando o grupo de trabalho emitirá um novo comunicado.  Saiba mais.    Fonte: Jornal da USP - 03/03/21 


A língua das universidades: laboratório da USP prepara alunos para a escrita acadêmica

Na escalada do conhecimento, muitas vezes, apenas no final da graduação, alunas e alunos se dão conta: escrever para a academia é uma habilidade que não dominam. As variedades de publicação são inúmeras. Mas, junto das oportunidades de divulgação das pesquisas, habitam também os desafios que cada área e tipo de público exigem. 

Embora a escrita acadêmica seja permeada por certos códigos linguísticos, o ingresso ao ensino superior amplificou uma deficiência que estudantes já trazem desde o ensino médio. Na língua materna, a experiência de escrita ficava restrita aos gêneros textuais mais comuns aos sistemas de avaliação e vestibulares. Já na língua estrangeira, o ensino de um segundo idioma no Brasil nunca esteve focado em uma escrita adequada.

A constatação é do Laboratório de Letramento Acadêmico da USP. Ligado ao Departamento de Letras Modernas, o LLAC foi fundado em 2011 pelas professoras Marília Mendes Ferreira e Eliane G. Lousada, das áreas de inglês e francês da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, em São Paulo. O objetivo do laboratório é contribuir para o letramento acadêmico de graduandos e pós-graduandos por meio de um sistema de tutoria baseado em feedback

“O aluno da graduação vai escrever gêneros textuais ou discursivos da academia, de acordo com a habilitação de seu curso. Tradicionalmente as humanidades escrevem mais, mas, na pós-graduação, o cenário muda. Todos têm que escrever um produto: uma dissertação, uma tese; algumas áreas atrelam a obtenção do título à publicação de artigos em inglês. Não há produção de conhecimento sem registro escrito”, destaca Marília.   Saiba mais.   
Fonte: Jornal da USP - 03/03/21


Repositórios científicos buscam certificação

O aumento incessante dos dados gerados por estudos em diversas áreas do conhecimento tem despertado a atenção da comunidade científica em relação à confiança nos repositórios em que serão depositados. Uma das preocupações dos cientistas, das agências de fomento à pesquisa e dos usuários dos dados científicos é que eles sejam geridos de maneira adequada, de modo a assegurar sua preservação e disponibilidade em longo prazo. A fim de fornecer essas garantias têm surgido iniciativas voltadas à certificação de repositórios científicos. 
“A certificação promove a confiança, que está no cerne do armazenamento e compartilhamento dos dados”, disse Rorie Edmunds, diretor executivo do World Data System (WDS).
“De um lado, as agências de fomento querem ter a certeza de que os dados gerados nas pesquisas que financiam não serão desperdiçados e poderão ser reutilizados no futuro. Por outro lado, os pesquisadores desejam ter certeza de que seus dados estarão seguros, acessíveis e utilizáveis ao longo do tempo. Já os usuários, que têm interesse em reutilizar os dados, desejam saber se eles serão preservados de maneira adequada e se são de alta qualidade”, afirmou Edmunds.
A fim de avaliar a confiabilidade dos repositórios de dados foram criados nos últimos anos serviços de certificação. Um dos mais populares é o CoreTrustSeal, desenvolvido por um grupo de trabalho no âmbito de uma parceria do WDS com o Data Seal of Aproval e a Research Data Alliance (RDA).
Para ser certificado pelo CoreTrustSeal, o repositório científico precisa cumprir 16 requisitos. O primeiro deles é explicitar claramente que tem como missão fornecer acesso e preservar os dados armazenados.    Saiba mais.    Fonte: Agência FAPESP - 04/03/21