18 janeiro 2018

USP institui Política Ambiental para todos os campi

O documento prevê a criação de políticas específicas para temas como água, reservas ecológicas, resíduos e mobilidade
Uma resolução publicada no dia 12 de janeiro instituiu a Política Ambiental da USP, um conjunto de princípios, objetivos, diretrizes e instrumentos de gestão ambiental da Universidade. Resultado do trabalho desenvolvido pela Superintendência de Gestão Ambiental (SGA) desde 2014, a Política Ambiental surge para orientar as ações ambientais da USP, promovendo uma gestão ambiental integrada, com a adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo, protegendo o meio ambiente e a educação ambiental.
O documento serve de base para a elaboração das Políticas Ambientais Temáticas, que definem orientações e instrumentos voltados para 11 temas específicos: sustentabilidade na administração; água e efluentes; áreas verdes e reservas ecológicas; edificações sustentáveis; educação ambiental; emissão de gases do efeito estufa e gases poluentes; energia; gestão de fauna; mobilidade; resíduos; e uso e ocupação territorial.
Segundo a superintendente de Gestão Ambiental da USP, Patricia Faga Iglecias Lemos, “o papel da SGA é dar um norte, definindo o que a Universidade espera em termos de gestão ambiental, levando em consideração a diversidade que temos entre os campi. Agora, a partir dessa política geral, nós temos condições de finalizar a revisão jurídica de cada uma das políticas temáticas. Paralelamente, alguns campi já estão trabalhando na elaboração de seus Planos de Gestão Ambiental”.
Uma inovação do documento é o princípio que reforça a cooperação técnica entre a Universidade e as diferentes esferas do poder público, das instituições de pesquisa e do setor privado. “Esse é um papel importante quando falamos em política ambiental. Como os nossos campi estão ligados a cidades, mesmo trabalhando dentro da Universidade, tudo o que fazemos aqui também pode auxiliar em políticas públicas, convertendo-se em benefícios para a sociedade”, ressaltou Patricia.
Seis anos da SGA
A Superintendência de Gestão Ambiental foi criada em fevereiro de 2012, com o propósito de definir uma política de sustentabilidade e supervisionar as atividades nesse sentido desenvolvidas na USP.
Nesses quase seis anos de existência, além de implementar a Política Ambiental da USP, a SGA reuniu diversas iniciativas voltadas para a sustentabilidade na Universidade – como o USP Recicla e o PAP – transformando-as em programas permanentes, e financiou projetos pilotos que podem, a partir de uma experiência em um campus, ser replicados em locais com características semelhantes.
A superintendência também integra diversas redes de universidades que fomentam discussões sobre questões ambientais, como a rede World CitiesWorld Class (WC2) e o Global Universities Partnership on Environment for Sustainability (Gupes).

17 janeiro 2018

Táticas para elevar o impacto

Para obter mais citações, revistas do Brasil aumentam rigor e recorrem a apoio especializado



Um conjunto de revistas científicas publicadas por instituições brasileiras conseguiu elevar seu impacto a um patamar que, embora modesto para os padrões internacionais, é inédito para o ambiente nacional. Segundo o relatório de 2017 do Journal Citation Reports (JCR), base de dados da Clarivate Analytics, cinco periódicos de acesso aberto entre os mais de 130 do país indexados na base Web of Science tiveram em 2016 um fator de impacto (FI) superior a 2. Significa que, em média, os artigos dessas revistas publicados no biênio anterior foram citados em outros periódicos pouco mais de duas vezes em 2016. No relatório de 2015, apenas três títulos do Brasil haviam obtido esse desempenho.

Algumas revistas buscaram apoio editorial especializado para melhorar seu desempenho. Há alguns anos, a Elsevier ofereceu a periódicos do Brasil, que em geral pertencem a sociedades científicas e universidades, a oportunidade de terceirizarem seu processo de organização e publicação de artigos. Pouco mais de uma dezena de revistas contratou esses serviços, que, no entanto, não está mais disponível. “Houve uma confusão em setores da comunidade científica e surgiram críticas de que estávamos encampando as revistas, o que não era verdade”, diz Dante Cid, vice-presidente de relações acadêmicas da Elsevier na América Latina. Leia mais

Revisão em praça pública: publicação de preprints

Bastante utilizado nas ciências exatas, modelo de publicação de preprints ganha espaço na biologia e nas ciências sociais

A Wellcome Trust, fundação do Reino Unido que financia pesquisa biomédica, anunciou no dia 17 de janeiro que passará a aceitar preprints nas referências bibliográficas dos projetos que apoia. Preprints são artigos que ainda não passaram pelo crivo da revisão por pares, a forma de avaliação consagrada em revistas científicas – em vez disso, eles são disponibilizados em repositórios eletrônicos públicos e expõem seus resultados à crítica instantânea da comunidade científica. “Esperamos que, ao citar preprints, os pesquisadores sintam-se encorajados a utilizar esse modelo para divulgar resultados e descobertas mais rapidamente”, explicou, em um comunicado, Robert Kiley, diretor de serviços digitais da Wellcome Trust. No dia 24 de março, foi a vez de os Institutos Nacionais de Saúde (NIH), principal organização de fomento à pesquisa médica dos Estados Unidos, autorizarem que seus candidatos citem preprints nos projetos submetidos à agência. Revistas científicas costumam levar meses ou até mais de um ano para cumprir as etapas do processo de avaliação de um artigo e publicá-lo efetivamente. Já no caso de um preprint, o manuscrito é imediatamente disponibilizado para leitura e comentários.

Os preprints não querem competir com a publicação convencional em revistas. Trata-se de um complemento. A iniciativa tem inspirado projetos em outros países. No Brasil, a biblioteca eletrônica SciELO (sigla para Scientific Eletronic Library On Line) anunciou em fevereiro que lançará o repositório SciELO Preprints. Segundo o comunicado da direção da biblioteca, o objetivo é dar celeridade à publicação de artigos no país. Leia mais

Informação com qualidade

Pesquisadores propõem estratégias para tornar mais confiáveis acervos de bases on-line sobre biodiversidade

A rede speciesLink, uma das bases nacionais de biodiversidade, permite a seleção de informações sobre a ocorrência e a distribuição de espécies de microrganismos, algas, fungos, plantas e animais. Desenvolvida a partir de 2001 com apoio da FAPESP, integrando 12 coleções biológicas do estado de São Paulo, a base se expandiu, principalmente com o Herbário Virtual da Flora e dos Fungos, um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (CNPq), e hoje reúne registros de 470 coleções do Brasil e de outros países. Essas coleções compartilham cerca de 9 milhões de registros de 125 mil espécies, das quais 2.756 ameaçadas de extinção. 
Do total de registros, 68% possuem coordenadas geográficas exatas, no município indicado na coleta, 23% não têm informação sobre a localização da coleta e 8% apresentam dados imprecisos. As coordenadas de 1% do total de registros estão bloqueadas para verificação pelos curadores, os especialistas responsáveis pelos dados de cada coleção. “Se um dado for considerado sensível, como a coordenada geográfica de uma espécie ameaçada de alto valor comercial, a localização ou até o registro completo pode ser bloqueado. Cabe ao curador decidir o que deve ser compartilhado na rede”, diz a engenheira de alimentos Dora Canhos, diretora do Centro de Referência em Informação Ambiental (Cria), de Campinas, instituição responsável pelo desenvolvimento e manutenção da rede speciesLink. “Todo erro precisa ser corrigido na origem. Nenhum registro é alterado pelo Cria.” Uma vez incorporada à rede, a informação é compartilhada de forma livre e aberta a qualquer interessado.  Leia mais

Figshare e SciELO estabelecem parceria para posicionar dados suplementares na vanguarda

SciELO Brasil agora usa Figshare para posicionar material suplementar de mais de 200 de suas revistas
Scientific Electronic Library Online (SciELO) anunciou uma parceria com a Figshare, um repositório em nuvem para pesquisa acadêmica.
O portal SciELO - disponível em https://scielo.figshare.com/ - é um lugar agregador para que os pesquisadores acessem os resultados de pesquisa mais recentes da SciELO, dos mapas climáticos brasileiros aos dados que avaliam as zonas de risco no Chile. O portal cobre os periódicos SciELO do Brasil. Cada revista possui sua própria página para exibir seus dados.
Como parte desta parceria, todos os dados dentro do portal serão hospedados de forma segura e serão atribuídos um identificador de objeto digital (DOI). Mais de 1.000 tipos de arquivos diferentes serão visualizados no navegador, tornando mais fácil para as pessoas se envolverem com os dados.
Além disso, as estatísticas, incluindo visualizações, downloads, citações e informações Altmetric estão disponíveis até o nível do item. Os administradores também terão um painel de estatísticas completo, customizado para suas necessidades de relatórios.
Abel Packer, Diretor do Programa SciELO, disse: "A Figshare adicionará uma nova dimensão na divulgação da pesquisa comunicada pelos periódicos SciELO, disponibilizando tabelas, figuras e material complementar como conteúdo indexado separado".
Mark Hahnel, CEO e fundador da Figshare, disse: "Estamos satisfeitos em poder nos associar à SciELO para destacar e mostrar os dados que merecem estar na vanguarda. Esperamos que isso torne ainda mais fácil para os autores e outros pesquisadores descobrir e reutilizar os dados suplementares."

Figshare: repositório científico facilita armazenamento, preservação e compartilhamento de dados de pesquisa


Criado em 2011, o Figshare (https://figshare.com/) é um repositório científico on-line, aberto e gratuito, que permite aos investigadores acadêmicos preservar e compartilhar todos os dados e resultados gerados em pesquisa, de documentos (planilhas, diários, questionários e transcrições) a material multimídia (áudio, vídeo, fotografias, filmes) e procedimentos operacionais, padrões e protocolos. Trata-se fundamentalmente de um repositório que permite aos usuários disponibilizar todos os produtos e subprodutos de suas investigações, de uma maneira que estes sejam facilmente encontráveis, citáveis, compartilháveis e reconhecíveis, aumentando assim a sua visibilidade.
Para usar o Figshare basta o pesquisador criar um perfil na plataforma, que é gratuito. A cada conjunto de dados de pesquisa adicionados o próprio aplicativo atribui automaticamente um número DOI e uma referência bibliográfica. Além disso, é importante destacar, o Figshare permite a publicação de dados negativos da investigação científica.
Dividido em 20 áreas temáticas e espaços colaborativos, sob o conceito de computação em nuvem a ferramenta permite o compartilhamento dos dados, facilitando sua localização, citação e distribuição em blogs e redes sociais. Permite ainda o armazenamento de todo tipo de material dados de forma privada, para o que o usuário dispõe de um limite de 1 GB, enquanto o espaço destinado ao conteúdo público é ilimitado.
O Figshare também proporciona licenças Creative Commons CC-BY (para as figuras, material audiovisual, pôsteres, papers e grupos de arquivos) e CC0 (para bases de dados), além de gerenciar documentos QR de todo o material e outros mecanismos de integração e difusão nas principais redes sociais e gestores de referências. Essa característica facilita a indexação do conteúdo nos principais sistemas de buscas e bases de dados e, ao mesmo tempo, proporciona estatísticas sobre a visualização do documento, incluindo o número de citações, na web ou outros meios. Uma vez que é levado em conta pelas principais ferramentas altimétricas, entre as quais Almetrics.com, ImpactStory e Plum, o Figshare tem sido bastante útil na medição do impacto social da investigação, em associação com outras plataformas, como a F1000 Research, PLOS ONE, Taylor & Francis e IOP Publishing.
Com mais de 1,5 milhões de dados e objetos públicos, o repositório foi desenvolvido pela Macmillan Publishers, operando, desde 2013, em colaboração com a PLOS e a ImpactStory, que dá suporte à coleta de dados altimétricos. A conta gratuita proporciona 1GB de espaço privado e 1 espaço colaborativo para até 5 colaboradores. Recursos adicionais podem ser comprados pelo pesquisador.
É importante lembrar que, desde 2014, algumas das principais publicações científicas passaram a exigir que os dados da pesquisa que embasam os artigos científicos devem ser facilmente acessíveis, citados e referenciados. Como observa a pesquisadora Elisabeth Dudziak (link: http://www.sibi.usp.br/noticias/dados-materiais-metodos-revistas-exigem-dados-pesquisa-estejam-disponiveis/), o repositório Figshare é indicado pela Editora Wiley para disponibilização de dados de pesquisa.

15 janeiro 2018

Por que artigos científicos são mais citados do que se pensa, segundo esta pesquisa

Revista Nature realizou uma ampla análise dos trabalhos publicados entre 1980 e 2015, acompanhados pela plataforma Web of Science
Qualquer novo conhecimento científico é criado com base naquilo que outros estudaram anteriormente. Cientistas reconhecem isso, e citam formalmente em seus trabalhos acadêmicos as pesquisas nas quais se basearam. Isso é uma forma de garantir que suas conclusões são consistentes, e que é possível refazer os passos até chegar a elas.
As citações também garantem status na academia. Quando um artigo é muito citado, a interpretação é de que ele contribuiu para o avanço do tema em questão. Os responsáveis ganham visibilidade e um bom argumento para buscar financiamento ou vagas em instituições de pesquisa. Os pouco citados não só não têm esse prestígio como temem ter gastado seu tempo em um esforço sem valor.
Um trabalho publicado em 1990 na revista Science ganhou projeção – e citações – ao concluir que não ser citado é mais do que provável. Ele afirmava que 55% das pesquisas publicadas entre 1981 e 1985 não haviam recebido uma única citação nos cinco anos após terem vindo à tona.
Agora, uma nova análise encomendada pela revista científica Nature busca desfazer essa ideia. Em uma reportagem publicada em janeiro de 2018, a revista afirma que o trabalho de 1990 é enganador, e que o uso de uma metodologia mais precisa leva a crer que a grande maioria dos artigos é citada. Segundo a Nature, o patamar seria ainda menor se fosse possível investir mais tempo e dinheiro em uma análise mais detalhada.  Leia na íntegra: Nexo   

Gestão de dados de pesquisa: o que precisamos saber hoje!

Dez razões para elaborar um Plano de Gestão de Dados (PGD)
Segundo a Comissão de Energia Nuclear do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações & Comunicações, as dez principais razões para a criação de um PGD são as seguintes:
  1. Ajustar o seu projeto de pesquisa às políticas mandatórias da sua instituição e/ou dos órgãos de fomento à pesquisa;
  2. Assegurar a integridade da pesquisa e o seu potencial de replicação;
  3. Assegurar que os dados e demais registros de pesquisa sejam acurados, completos, autênticos e confiáveis;
  4. Aumentar a sua eficiência como pesquisador – um plano que organize os dados e seu armazenamento permite que você foque na sua pesquisa. Você estará mais capacitado a localizar e usar os seus dados e compartilhá-los com os seus colaboradores;
  5. Permitir que os seus dados sejam compreensíveis agora e no futuro – se os dados são bem documentados antes e durante a formação da coleção de dados, eles serão mais facilmente entendidos e reutilizados;
  6. Economizar tempo e recursos a longo prazo;
  7. Aumentar a segurança dos dados e minimizar os riscos de perda;
  8. Evitar a duplicação de esforços na recoleta ou regeração dos dados, possibilitando que outros pesquisadores se beneficiem dos seus dados e os interprete em outros contextos e com novas visões;
  9. Aumentar a visibilidade da pesquisa – se os seus dados foram planejados para estarem organizados e corretamente arquivados, eles poderão ser identificados, recuperados e citados, aumentando a visibilidade da sua pesquisa e o seu prestígio como pesquisador;
  10. Tornar mais fácil a preservação e o arquivamento – ajustando antecipadamente a geração de dados tomando como referência as práticas, formatos e demais padrões mais adequados ao arquivamento e à preservação de longo prazo, torna a gestão de dados mais fácil e menos custosa; além do mais, tornam os dados mais aderentes aos requisitos dos repositórios e centros de dados. Leia texto na íntegra

EBSCO Treinamentos online em janeiro de 2018


VII Prêmio Fotografia-Ciência e Arte

Pesquisadores que trabalham com registros fotográficos de suas pesquisas podem se inscrever no VII Prêmio Fotografia-Ciência e Arte até o dia 19 de janeiro de 2018.
São premiados os três primeiros colocados em duas categorias: Imagens produzidas por câmeras fotográficas: Ambiente Natural e Antrópico e Instrumentos especiais: Lupa; Microscópio; Microscópio eletrônico; Telescópio; Imagem de satélite; Raio x; Ultrassom.
O primeiro lugar de cada categoria recebe R$ 8 mil. O segundo e o terceiro recebem, respectivamente, R$ 5 mil e R$ 2 mil. Além disso, o primeiro colocado de cada categoria participará da 70ª Reunião Anual da SBPC, em julho de 2018, que acontecerá em Alagoas.
Mais informações e inscrições na página do Prêmio na internet.
O Prêmio
O objetivo do Prêmio de Fotografia - Ciência & Arte é fomentar a produção de imagens com a temática de Ciência, Tecnologia e Inovação, contribuir com a divulgação e a popularização da ciência e tecnologia e ampliar o banco de imagens do CNPq.
Foi concebido em 2011, como um marco para a criação do acervo de imagens relativas à produção e à criação técnica e cientifica brasileira.
O Prêmio revela talentos e traz uma tendência relativamente recente no âmbito acadêmico científico mundial de associar as tecnologias tradicionais e inovações eletrônico-digitais à produção de imagens com temas sobre a pesquisa científica, tanto quanto objeto como produto de estudos e análises fundamentados na ciência.
Nas seis edições realizadas o Prêmio recebeu 4.196  inscrições. Foram premiados 40 trabalhos, oriundos de todas as regiões do país, notadamente 33 da Sudeste, 8 da Sul, 3 da Centro-Oeste, 3 da Nordeste e 3 da Norte.
O Prêmio pretende consolidar o objetivo de promover a popularização e a divulgação científica e tecnológica, mediante o uso e incentivo da produção de imagens no ambiente de pesquisa no Brasil.

12 janeiro 2018

Guia do Usuário do Digital Object Identifier (DOI) esclarece dúvidas de editores e autores

O Digital Object Identifier (DOI) é um identificador internacionalmente aceito e, cada vez mais, tem se tornado essencial, principalmente para documentos digitais. 
O DOI é um sistema que engloba diferentes subsistemas para o depósito de metadados e a resolução dos nomes DOI. De forma direta, consiste em um par composto por identificador e metadados, em que os metadados podem ser recuperados a partir do identificador.  Entre os elementos descritivos estão localização, dados de propriedade intelectual e relacionamento com outros objetos, a partir dos quais uma série de serviços pode ser implementada.
A adoção do DOI por parte dos editores indica preocupação com a qualidade e profissionalismo. Para os autores, artigos com DOI agilizam o processo de preenchimento dos formulários do Currículo Lattes e melhoram a acurácia das informações, além de validá-las, no sentido da coleta de informações fornecidas pelos editores de uma base confiável. Isso é possível porque a Crossref e outras agências mantêm bases de dados sobre os artigos. 
Alguns periódicos brasileiros ainda não o adotam ou apresentam dificuldades na sua gestão. Com esse objetivo foi elaborado o Guia, congregando esforços da Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC), do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e da Crossref.
O DOI também pode ser atribuído, além dos artigos de revistas, a outros objetos digitais como livros, relatórios, teses e dissertações. Nesse sentido, é importante destacar que todas as teses e dissertações defendidas na USP já estão identificadas com o DOI.    Acesse o Guia do Usuário.   

11 janeiro 2018

Ciência no Brasil: 100 anos da ABC

"Em seus cem anos de vida, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) foi testemunha e partícipe do grande progresso da ciência no Brasil. Em um período marcado por uma guerra mundial que inaugurou a era das armas nucleares, por instabilidades políticas que afetaram a democracia no país e por crises econômicas que prejudicaram o desenvolvimento nacional, a ciência brasileira avançou, multiplicou suas áreas de atuação, afirmou-se internacionalmente e espraiou-se nas diversas regiões do país, beneficiando a sociedade brasileira.
Multiplicaram-se os grupos de pesquisa, o número de artigos publicados em revistas de prestígio, o número de doutores formados. Com consequências diretas para o desenvolvimento nacional: sem a ciência brasileira, a Petrobrás não teria sido uma empresa inovadora, detentora de prêmios internacionais por sua tecnologia de extração de petróleo em águas profundas; a Embraer não estaria exportando aviões para um grande número de países; a produtividade da soja não teria sido multiplicada por quatro, contribuindo para a pauta de exportações do país; e estaríamos de mãos atadas frente a epidemias emergentes, como as arboviroses.
Nesses cem anos, a ABC destacou-se como defensora da ciência, da educação e da inovação como eixos estruturantes do desenvolvimento nacional. Visionária, a ABC desempenhou um papel essencial na fundação do CNPq e na estruturação de outras agências de fomento à pesquisa no Brasil.
Hoje, a ABC é um centro de pensamento independente e crítico, capaz de mobilizar os melhores cientistas em torno de temas relevantes para o país: educação de qualidade em todos os níveis, Amazônia, recursos hídricos, recursos minerais, medicina translacional, doenças negligenciadas, clima, biodiversidade, inovação nas empresas, colaboração internacional. Uma instituição que se nutre de sua experiência centenária para construir uma visão de futuro, contribuindo para um projeto de Brasil sustentável nos âmbitos econômico, social e ambiental."   
Luiz Davidovich 

Esta é a mensagem de abertura do livro "Ciência no Brasil: 100 Anos da ABC", uma construção trabalhosa, coordenada pelo Acadêmico José Murilo de Carvalho  e pelo físico, historiador de ciência e atual presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência Ildeu Moreira. O livro foi produzido fisicamente em pequeno número, mas está disponível eletronicamente para todos.

10 janeiro 2018

Dúvidas sobre o identificador ORCiD? Consulte as FAQs da USP

Recentemente, instituições como a CAPES e revistas internacionais como a Nature passaram a exigir o registro ORCiD em alguns de seus processos. Em breve, isso também vai acontecer na USP.

A Pró-Reitoria de Pesquisa da USP recomenda a todos os pesquisadores (docentes, estudantes e servidores não docentes) adotem o registro ORCiD Autenticado USP. O ORCiD (Open Researcher and Contributor ID) é um identificador digital internacional gratuito para pesquisadores, único capaz de reunir as informações dos outros identificadores (ResearcherID, ScopusID, GoogleID). 


Crie ou atualize seu registro ORCiD Autenticado USP no link: http://www.usp.br/orcid/


Para sua informação, encaminhamos a FAQ (Frequently Asked Questions) do ORCiD que, além de estar disponível no site do SIBiUSP, segue abaixo. Dúvidas adicionais? Envie mensagem ao e-mail atendimento@sibi.usp.br ou entre em contato com Elisabeth Dudziak Tel (11) 3091-1571. Consulte também as informações de suporte da ORCID: https://orcid.org/help

09 janeiro 2018

21º Congresso Mundial de Ciência do Solo

A Sociedade Brasileira da Ciência do Solo (SBCS) é a anfitriã do 21º Congresso Mundial de Ciência do Solo (WCSS), que será realizado no Rio de Janeiro, de 
12 a 17 de agosto de 2018.
Lembre-se o prazo de submissão de resumo é 20 de janeiro de 2018. Estamos fazendo um grande esforço para oferecer um evento científico memorável. Acesse e explore o site do 21st WCSS (www.21wcss.org/) para ver o que estamos preparando para você no Rio de Janeiro em agosto.
Além da programação científica, estamos planejando várias atividades acadêmicas e culturais para lhe proporcionar uma experiência inesquecível no Rio de Janeiro.
Contamos com a sua presença no Rio de Janeiro, onde esperamos compartilhar ideias, conhecimentos e experiências neste que é o maior evento da Ciência do Solo mundial.
Os resumos devem ser enviados on-line para apresentações orais e/ou de pôsteres. Devido ao número esperado de participantes, só será possível enviar um (1) resumo por registro. A notificação de aceitação dos resumos será anunciada via e-mail até 15 de março de 2018.

08 janeiro 2018

Alemanha vs Elsevier

Os cientistas da Alemanha ainda podem ler as revistas, mesmo que as instituições não tenham renovado suas assinaturas
O gigante holandês da publicação científica, Elsevier, concedeu acesso ininterrupto a suas revistas de conteúdo pago para pesquisadores de cerca de 200 universidades e institutos de pesquisa alemães que se recusaram a renovar suas assinaturas individuais no final de 2017.
As instituições formaram um consórcio para negociar uma licença nacional com a editora. Eles buscaram um acordo coletivo que daria à maioria dos cientistas na Alemanha acesso online completo a cerca de 2.500 revistas por cerca da metade do preço que as bibliotecas individuais pagaram no passado. Mas as negociações fracassaram e, no final de 2017, nenhum acordo havia sido firmado. A Elsevier agora diz que permitirá que os cientistas do país acessem suas revistas pagas sem contrato até que um acordo nacional seja lavrado.
Os dois lados tiveram “conversas construtivas até dezembro”, diz Harald Boersma, porta-voz da Elsevier. “Continuaremos nossas conversas no primeiro trimestre de 2018 para encontrar uma solução de acesso para pesquisadores alemães em 2018 e um acordo nacional de longo prazo”, diz ele. “Onde os acordos de acesso terminaram, informamos essas instituições que manteríamos aberto o acesso ao nosso conteúdo enquanto continuamos trabalhando com a Conferência dos Reitores Alemães [que lideram as negociações para o consórcio] a uma solução e, especificamente, a uma extensão de um ano para os contratos existentes, abrangendo 2018.”
Günter Ziegler, matemático da Universidade Livre de Berlim e membro da equipe de negociação do consórcio, diz que os pesquisadores alemães dominam as negociações. “A maioria dos artigos está agora livremente disponível em algum lugar da Internet, ou então você pode optar por trabalhar com versões pré-impressas”, diz ele. “Claramente, nossa posição de negociação é forte. Não está claro que queremos ou precisamos de uma extensão paga dos contratos antigos”.

Especialistas em publicações acadêmicas em todo o mundo estão observando com atenção a situação na Alemanha. O acordo nacional proposto pelos cientistas inclui uma opção de acesso aberto, segundo a qual todos os autores correspondentes afiliados a instituições alemãs teriam permissão para tornar seus artigos abertos para ler e compartilhar por qualquer pessoa no mundo. Este seria um marco para os esforços globais de tornar os resultados das pesquisas financiadas com verbas públicas disponíveis de forma imediata e gratuita aos cientistas e ao público em geral em todos os países, dizem eles. Confira a matéria publicada na revista Nature.

Google Scholar Metrics

Google Scholar Metrics – fornece uma maneira fácil para os autores avaliarem rapidamente a visibilidade e a influência de artigos recentes em publicações acadêmicas. Scholar Metrics resume também citações recentes de muitas publicações, para ajudar os autores a identificar revistas para publicar sua nova pesquisa. É possível navegar nas 100 melhores publicações em vários idiomas, ordenadas por suas métricas de h-index e h-mediana de cinco anos. Para ver quais artigos em uma publicação foram mais citados e quem os citou, clique em seu número h-index para ver os artigos, bem como as citações subjacentes às métricas.
É possível também explorar publicações em áreas de pesquisa de seu interesse. Para procurar publicações em uma ampla área de pesquisa, selecione uma das áreas na coluna da esquerda. Por exemplo: Engenharia e Ciência da Computação ou Ciências da Saúde e Medicina. Para explorar áreas de pesquisa específicas, selecione uma das áreas amplas, clique no link “Subcategorias” e selecione uma das opções. Leia tambémPadrões de comportamento de desempenho em métricas de nível de autor: uma comparação disciplinar de citações de Google Scholar, ResearchGate e ImpactStory, de autoria de Enrique Orduna-Malea e Emilio López-Cózar.

04 janeiro 2018

Portal de Periódicos da Capes disponibiliza conteúdo da editora Science

Por meio do Portal de Capes, a editora American Association for the Advancement of Science (AAAS) proporciona à comunidade brasileira o acesso a uma significativa parcela de conteúdo. Na biblioteca virtual, os usuários encontram os periódicos Science, Science Signaling e Science Translational Medicine.
O conteúdo das publicações é multidisciplinar, com foco nas áreas de saúde e ciências biológicas. O acesso pelo Portal inclui também a coleção Science Express – que reúne artigos aceitos para publicação na Science antes da impressão. Além dos títulos disponíveis somente para as instituições que participam da biblioteca virtual da Capes, os usuários encontram mais um periódico da editora. A revista científica Science Advances é de acesso aberto e pode ser visualizada em texto completo por qualquer usuário conectado à internet.
A AAAS se firmou como fonte importante de descoberta científica desde a fundação da revista científica Science, em 1880. No último meio século, o periódico publicou o genoma humano inteiro pela primeira vez, imagens nunca antes vistas da superfície marciana e os primeiros estudos ligando a aids ao vírus da imunodeficiência humana. Posteriormente, a família de publicações cresceu e incluiu outros títulos, como a Science Translational Medicine – que se tornou uma plataforma para pesquisa multidisciplinar revisada por pares com os últimos avanços médicos.
A Science Signaling, por sua vez, oferece artigos de revisão originais, protocolos e recursos didáticos para o crescente campo de transdução de sinais celulares. A Science Advances, de acordo com a editora, representa a nova geração de títulos online, com publicação rápida de pesquisas significativas e completas disponíveis gratuitamente para os leitores.
O título Science Advances pode ser localizado diretamente na opção buscar periódico do Portal. As demais publicações estão disponíveis por meio do link buscar base, inserindo no campo de pesquisa o termo “Science (AAAS)”.

03 janeiro 2018

Coleção Memória Nacional


Para assegurar a coleta, a guarda e a difusão da produção intelectual brasileira, visando à preservação e formação da Coleção Memória Nacional, foi estabelecido o dispositivo de Depósito Legal, incluindo obras de natureza bibliográfica e musical.
O Depósito Legal é definido pelo envio obrigatório de no mínimo um exemplar de todas as publicações produzidas em território nacional, por qualquer meio ou processo, para distribuição gratuita ou venda, no prazo máximo de 30 dias após sua publicação.
O cumprimento de leis de Depósito Legal Estadual não isenta a obrigatoriedade do Depósito Legal Federal através do envio das publicações para a Biblioteca Nacional por meio dos Correios ou da entrega direta no edifício Sede. As remessas deverão ser acompanhadas de carta ou documento similar contendo lista dos títulos e os dados do depositante (nome, endereço completo, telefones e e-mails) para emissão de recibo.
Não é necessário efetuar o pagamento de taxas específicas para a Biblioteca Nacional para fins de depósito legal nem preencher formulários.   Leia mais  

Biblioteca da Universidade de Harvard lança o OAQ (Online Author Questionnaire)


Biblioteca da Universidade de Harvard lança o OAQ (Online Author Questionnaire), um aplicativo web hospedado na biblioteca que automatiza os processos dos editores para coletar dados do autor e permite que eles compartilhem um subconjunto desses dados com as próprias bibliotecas para suportar a criação oportuna de descoberta de metadados. O OAQ fornece:
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– Segurança e conveniência de formulários web para autores
– Formulário de design e gerenciamento para editores
– Saída de dados personalizada para editores
– Dados estruturados para bibliotecas
 .
O envio de formulário de dados de autor é uma prática comum para editores na submissão de artigos para publicação. As informações coletadas com o questionário/formulário de autor de um editor incluem muitos dos mesmos dados básicos que as bibliotecas atualmente utilizam ao criar registros de nomes, como o nome sob o qual um autor publica e variações de nome. Além disso, também inclui informações importantes relacionadas às afiliações de um autor, formação educacional, associações geográficas, trabalhos anteriores e outras informações biográficas. Enquanto um questionário do autor suporta as necessidades internas das empresas de editores, também é um tesouro de dados valiosos de grande interesse para bibliotecas ao estabelecer identidades de autores, desambiguação entre autores e na vinculação a registros de identidade externos.

O OAQ gerencia essas interações do formulário do autor entre editor e autor, agilizando os fluxos de trabalho dos editores. Além disso, permite às bibliotecas extrair os dados ricos gerados por essas interações para criar registros de nomes e gerenciar dados de identidade no início do ciclo de publicação. Isso terá efeitos positivos sobre a busca e descoberta, e reduzirá a duplicação de esforços para os catalogadores. O aplicativo da web OAQ usará API sempre que possível para buscar interoperabilidade entre registros de identidade, vocabulários controlados e bancos de dados da biblioteca (por exemplo, ORCID, ISNI, GeoNet Names, VIAF) como forma de criar vínculos com metadados existentes e facilitar a desambiguação do nome do autor no início do processo de publicação.
Informações adicionais sobre o Formulário podem ser obtidas em: 
https://oaq-docs.github.io/publisher-workflow/articles/account_management.html

Já utlizou o Semantic Scholar?

Mais de 40 milhões de artigos científicos de fontes como PubMed, Nature e ArXiv, o mecanismo de indexação e busca Semantic Scholar utiliza a inteligência artificial para analisar trabalhos de pesquisa e extrair autores, redes de citações e influência, referências, figuras e tópicos.

Confira: https://www.semanticscholar.org/


O projeto usa uma combinação de aprendizado de máquina, processamento de linguagem natural e visão de máquina para adicionar uma camada de análise semântica aos métodos tradicionais de análise de citações. Em comparação com o Google Scholar e o PubMed, ele é projetado para destacar rapidamente os artigos mais importantes e identificar as conexões entre eles.
Velocidade de citação, aceleração de citação e citações mais influentes. Essas métricas são calculadas por um algoritmo de aprendizado de máquina que enfatiza as contagens de citações e se concentra em métricas que analisam o contexto, a recência e a taxa de citações para determinar melhor o nível de influência.