23 outubro 2019
22 outubro 2019
Capes quer estabelecer teto de bolsas de acordo com a nota de cada programa
Presidente do órgão disse ainda que fusão com CNPq está sendo discutida em vários ministérios e que governo fará o que for melhor para o país
Em entrevista ao O GLOBO, o presidente da instituição, Anderson Correia, exemplificou que cursos de nota 3 podem ter um teto fixo de 20 bolsas -segundo ele, havia programas nesse patamar que recebiam cerca de 80 bolsas.
Os tetos para cada faixa de nota ainda estão sendo definidos pela agência. A ideia é equalizar a distribuição de benefícios para priorizar programas de alta qualidade.
A Capes pretende alterar os critérios para concessão de bolsas?Com o orçamento aprovado no ano que vem, vamos aplicar um novo modelo de redistribuição de bolsas, que já foi apaziguado junto ao Fórum de Pró-reitores das universidades e junto ao Conselho Superior da Capes. Vamos colocar um teto (no número de bolsas) para cada programa de pós-graduação, mas sempre baseado nesses critérios. Um deles é a nota, vamos dar mais bolsas para programas com notas mais altas. Outro critério é o IDH, que mostra a vulnerabilidade social pela qual a universidade está envolvida e também o campus dela. Muitas vezes a universidade está em um município de alto IDH, mas seu campus está localizado em um município mais vulnerável, ou seja, é aquele que mais precisa de bolsa para manutenção dos alunos e para fazer a consolidação do programa. Outro critério é o tamanho do programa. Pretendemos incentivar a consolidação dos programas. Muitas vezes, nas universidades brasileiras, vemos programas muito pequenos, pouco estruturados e sem capacidade de prestar um serviço de qualidade. Vamos priorizar programas maiores. Outro critério é priorizar programas com mestrado e doutorado. O programa que só tem mestrado terá menos prioridade, exceto nos municípios com IDH baixo.
Leia entrevista na íntegra. Fonte: O Globo - 22/10/2019
Leia entrevista na íntegra. Fonte: O Globo - 22/10/2019
Pesquisa FAPESP lança edição especial sobre os 30 anos da autonomia universitária
A revista Pesquisa FAPESP lançou um suplemento especial que reúne cinco reportagens sobre os 30 anos da autonomia financeira das universidades estaduais paulistas.
A série teve início em junho, trazendo um panorama histórico do tema e lembrando que o alicerce da autonomia de gestão financeira das universidades estaduais paulistas foi estabelecido em 2 de fevereiro de 1989, com a publicação do Decreto Estadual nº 29.598. Deve-se a esse dispositivo legal o modelo vigente que sustenta e desde então fortalece as universidades de São Paulo (USP), Estadual de Campinas (Unicamp) e Estadual paulista (Unesp). Com liberdade de gestão e previsibilidade dos recursos, as três instituições se consolidaram entre as mais relevantes universidades de pesquisa do país e ganharam reconhecimento mundial, por exemplo, em rankings internacionais de excelência.
Com o regime de autonomia e vinculação orçamentária, as universidades puderam se organizar e planejar seu desenvolvimento. Os resultados falam por si só. Comparando-se indicadores de produtividade de 1989 com os de 2017, o dado de maior destaque é o número de publicações científicas, que cresceu 16 vezes. Juntos, os pesquisadores de USP, Unicamp e Unesp são hoje responsáveis por 35% de toda a produção científica nacional indexada na base internacional de dados Web of Science. As instituições também ampliaram significativamente sua capacidade de educar estudantes: o número de alunos matriculados foi multiplicado por 2,35, quase o mesmo aumento dos títulos de graduação (2,32 vezes), enquanto os diplomas de pós-graduação quintuplicaram. Leia mais. Fonte: Agência FAPESP - 16/10/2019
Pesquisa FAPESP 20 Anos
Lançada em outubro de 1999, revista tornou a ciência feita em São Paulo e no Brasil mais conhecida do público
A poucos meses da chegada do ano 2000, as investigações realizadas no campo da pesquisa genômica eram um dos temas científico-tecnológicos em ebulição nos círculos acadêmicos e centros de pesquisa do Brasil e do mundo. Esse foi o pano de fundo do lançamento, em outubro de 1999, da primeira edição de Pesquisa FAPESP.
A capa da revista destacava os avanços de um Projeto Temático financiado pela Fundação cujo objetivo era definir os componentes genéticos da hipertensão arterial, mal que afeta milhões de brasileiros. Em suas 48 páginas, os leitores podiam ler ainda reportagens sobre novidades do sequenciamento do genoma humano, softwares criados para controle de processos industriais e os programas Parceria para Inovação Tecnológica (Pite) e Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (Pipe), ambos da FAPESP, que já beneficiavam 300 empresas.
“A revista foi fruto de um processo de evolução da comunicação da FAPESP. Ela teve e continua tendo um papel fundamental na divulgação e consolidação de diversos programas da Fundação”, afirma José Fernando Perez, diretor científico da FAPESP entre 1993 e 2005 e um dos mentores da publicação. “Além disso, sempre foi um veículo de divulgação científica de qualidade e serviu como uma escola para o jornalismo científico no país.” Leia mais. Fonte: Pesquisa FAPESP - out. 2019
A expansão em números
Em duas décadas, parâmetros da ciência brasileira evoluíram de modo consistente
Desde 1999, quando Pesquisa FAPESP começou a circular, o perfil da ciência brasileira passou por uma grande transformação. A produção científica nacional cresceu mais do que cinco vezes: o número de artigos de pesquisadores do Brasil publicados em revistas indexadas na base Scopus, que estava na casa dos 13,5 mil no final dos anos 1990, alcançou 74 mil em 2018, levando o país do 18º para o 13º lugar entre as nações que mais geram conhecimento na forma de papers. É certo que a base Scopus incorporou muitos periódicos brasileiros nos últimos anos, o que dificulta a comparação entre os dois momentos. Mas outros parâmetros confirmam a expansão. O contingente de cientistas em atividade é um deles, como mostram os censos do Diretório de Grupos de Pesquisa, um inventário de equipes de pesquisadores em atividade no país feito pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A quantidade de grupos cadastrados saltou de 11,7 mil em 2000 para 37,6 mil em 2016, o último dado disponível. O número de pesquisadores com doutorado cresceu de 27 mil para 130 mil, o equivalente a 380% – como parâmetro de comparação, a população brasileira cresceu 21% nos últimos 20 anos. Leia mais.
Fonte: Pesquisa FAPESP - outubro 2019
Fonte: Pesquisa FAPESP - outubro 2019
A sombra da autopromoção
Banco de dados mapeia 250 pesquisadores altamente produtivos suspeitos de abusarem de autocitações ou de praticarem citações cruzadas
Um banco de dados criado para mapear os pesquisadores mais influentes do mundo, aqueles cujos artigos são bastante mencionados em papers de seus colegas, acabou por revelar a prevalência de um tipo de má conduta praticado no topo da pirâmide da comunidade científica. Ao compilar uma lista de 100 mil cientistas com produtividade e impacto elevados, o médico John Ioannidis, professor de metodologia científica da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, observou que cerca de 250 abusaram do expediente da autocitação, que permite a um autor incluir em um artigo científico referências a trabalhos anteriores assinados por ele mesmo. Embora o contingente não seja grande, o levantamento sugere que um em cada 400 pesquisadores de alto desempenho pode ter usado artifícios para sobrevalorizar o impacto de sua contribuição.
Se um certo nível de autocitação pode ser necessário para contextualizar os achados anteriores de um autor em seu trabalho mais recente, o exagero dessas menções é um recurso surrado para manipular indicadores de produtividade acadêmica, tais como o fator de impacto de artigos ou o índice-h de pesquisadores, ambos calculados com base em citações. Entre os 250 nomes suspeitos de má conduta, mais de 50% das citações que receberam resultavam ou de autocitação ou então de citações feitas por coautores, o que pode configurar a chamada citação cruzada, uma espécie de ação entre amigos por meio da qual pesquisadores citam uns aos outros com grande frequência e sem justificativa razoável. A média de autocitação entre os 100 mil autores do banco de dados foi de 12,7%. Segundo Ioannidis, quando o nível de autocitação supera os 25% do total, é prudente fazer um exame minucioso do comportamento do autor para verificar a possibilidade de haver um desvio ético. Leia mais. Fonte: Pesquisa FAPESP - outubro 2019
Megajornais de acesso aberto perdem impulso à medida que o modelo de publicação amadurece
Quando o PLOS ONE estreou em 2006, seus fundadores declararam que transformaria a publicação científica. Foi a primeira revista multidisciplinar, de grande volume e acesso aberto, que publicou ciência tecnicamente sólida, sem considerar a novidade. Cinco anos depois, Peter Binfield, então editor, previa que, até 2016, 50% de todos os trabalhos científicos apareceriam em 100 desses "megajornais".
Com sede em San Francisco, Califórnia, o PLOS ONE cresceu e se tornou a maior revista do mundo, publicando mais de 30.000 artigos no auge em 2013 e gerando mais de uma dúzia de imitadores - mas os megajournals ficaram aquém dos objetivos de Binfield. De 2013 a 2018, a produção do PLOS ONE caiu 44%. Outro megajornal, Scientific Reports, superou o tamanho do PLOS ONE em 2017, mas viu a contagem de artigos cair 30% no ano seguinte, de acordo com dados do banco de dados Scopus da editora Elsevier. O crescimento em novos mega-periódicos não compensou as quedas. Em 2018, o PLOS ONE, Scientific Reports e 11 megajornais menores publicaram coletivamente cerca de 3% do total de artigos globais.
O PLOS ONE e o Scientific Reports também escorregaram em outras medidas de desempenho. As velocidades de publicação, um importante ponto de venda inicial, caíram. E um estudo publicado em agosto mostrou que, por certas medidas baseadas em citações, a conexão dos periódicos à vanguarda da ciência se desgastou. Leia mais. Fonte: Science - outubro 2019
Think. Check. Submit - Teste que ajuda a detectar revistas predatórias
Através de uma série de ferramentas e recursos práticos, esta iniciativa internacional e intersetorial visa educar pesquisadores, promover a integridade e criar confiança na pesquisa e publicações legítimas, a fim de detectar possíveis periódicos predatórios.
A publicação da pesquisa original é essencial para a realização acadêmica e profissional. Uma consequência negativa do rápido crescimento de publicações de acesso aberto financiadas por meio de encargos de processamento de artigos, juntamente com a necessidade de os pesquisadores publicarem para obter melhorias profissionais, credenciar ou obter financiamento para seus projetos, é o surgimento de editores e revistas "predatórias". Assim, os periódicos predatórios exploram a necessidade de acadêmicos e pesquisadores publicarem seus trabalhos e usam táticas comerciais questionáveis, como cobrar do autor a publicação e depois não fornecer os serviços profissionais de um periódico acadêmico respeitável.
No mundo, estima-se que existam muitas revistas acadêmicas, 30.000 ou mais, e estima-se que cerca de 10.000 revistas utilizem práticas de “publicação predatória” que devem ser evitadas a todo custo.
Algumas ferramentas como o Think. Check, Submit o envio pode ajudar os pesquisadores a identificar periódicos confiáveis para suas pesquisas por meio de uma lista de verificação e perguntas.
Pense. Think. Check, Submit é uma iniciativa que orienta pesquisadores e acadêmicos na decisão de participar de uma conferência ou enviar um resumo e apresentar sua pesquisa. A abordagem em três etapas orienta os acadêmicos para ajudá-los a identificar periódicos confiáveis para suas pesquisas por meio de uma lista de verificação e perguntas. "Pense" no problema apresentado por revistas ou conferências predatórias, "Verifique" a conferência com base em um conjunto de critérios projetados para destacar os atributos de revistas e conferências de boa e má qualidade e envie ou "participe" apenas se a publicação o A conferência está em conformidade com critérios consistentes e confiáveis. Leia mais. Fonte: Universo Abierto
Acesso a autores laureados com o Prêmio Nobel de Química 2019
No dia 9 de outubro, três pesquisadores internacionais da química foram contemplados com o reconhecimento máximo da ciência: o Prêmio Nobel. A Academia Real Sueca de Ciências outorgou a honraria aos cientistas John B. Goodenough, M. Stanley Whittingham e Akira Yoshino pelo desenvolvimento de baterias de íons de lítio.
Mais de 700 artigos desses autores, incluindo diversos que falam sobre o tema em destaque na premiação supracitada, podem ser encontrados na base de dados Reaxys, disponibilizada por meio do Portal de Periódicos da CAPES à comunidade científica brasileira.
As baterias de íons de lítio são usadas globalmente para ligar aparelhos eletrônicos portáteis utilizados no cotidiano. Graças a elas, é possível ler esse texto pelo celular, por exemplo. As mesmas baterias também permitiram o desenvolvimento de carros elétricos de longo alcance e o armazenamento de energia a partir de fontes renováveis, tais como energia solar e eólica.
No início da década de 1970, Stanley Whittingham usou a unidade de lítio para liberar seu elétron externo quando desenvolveu a primeira bateria de lítio funcional. Em 1980, John Goodenough dobrou o potencial dessa bateria, criando as condições certas para que ela fosse mais poderosa e útil. Em 1985, Akira Yoshino conseguiu eliminar o lítio puro da bateria, deixando-a mais segura para ser usada na prática.
Além desse e de outros assuntos, a base de dados Reaxys, da editora Elsevier, oferece informações sobre diferentes substâncias, reações químicas e patentes. A abordagem alcança química orgânica, inorgânica e organometálica de revistas científicas a partir de 1771 e de literatura das principais patentes relacionadas desde 1889.
Entre os benefícios que a plataforma oferece aos usuários da área, é possível encontrar literatura relevante e patentes em diversas categorias, recuperar propriedades precisas de compostos e dados de reação, avaliar compostos e oportunidades de síntese, comparar dados experimentais e avaliar interações compostas e afinidades-alvo.
O acesso ao conteúdo deve ser feito a partir da opção buscar base do Portal de Periódicos da CAPES. Para explorar o conteúdo produzido pelos pesquisadores premiados, outra alternativa é a consulta pelo link buscar assunto – basta inserir o nome do autor e clicar em “buscar” para gerar a lista de resultados. Fonte: Portal de Periódicos da CAPES
O Brasil e a Globalização da Ciência
A cada dia, a pesquisa científica se torna cada vez mais global. Mas, até que ponto os resultados e a própria Ciência alcançam uma amplitude global? De que modo a Ciência produzida por autores de um determinado país, região ou disciplina alcança, de fato, um nível global?
Publicar em periódicos globais e não
em revistas locais pode afetar esse alcance?
em revistas locais pode afetar esse alcance?
Pensando nisso, dois economistas – Vít Macháček e Martin Srholec – do Instituto de Democracia e Análise Econômica (IDEA) do Centro de Pesquisa Econômica e Instituto de Educação de Pós-Graduação e Economia de Praga, República Tcheca – realizaram um amplo estudo, concluído em maio de 2019 e intitulado Globalization of Science: Evidence from Authors in Academic Journals by Country of Origin.
Eles analisaram 22 milhões de artigos indexados pela base de dados Scopus entre 2005 e 2017, de autores de 174 países. O estudo é baseado em seis indicadores de globalização em nível de periódico. Os indicadores de referência são derivados dos dados dos autores pelo país de origem. Para comparação, também foram utilizados dados de documentos por país de origem e documentos escritos em inglês.
Os resultados revelam que países ocidentais, como Estados Unidos (EUA) e nações da União Européia (UE), lideram a classificação de Globalização da Ciência, com os mais altos índices – acima de 0,7. O número permanece bastante estável desde 2005.
Os EUA e a UE são seguidos por países como Japão, Brasil e Índia, com notas de 0,66, 0,61 e 0,60, respectivamente. Em 2006, a China era o país menos globalizado, mas em 2015 alcançou o Brasil e a Índia. Em relação ao padrão global da ciência transfronteiriça, a Rússia está atrasada [2]. Embora utilizem o idioma inglês, os pesquisadores baseados na Rússia publicam uma porcentagem maior de artigos em revistas locais do que em publicações internacionais. Leia mais.
Fonte: AGUIA-USP – 10/10/19
Fonte: AGUIA-USP – 10/10/19
USP cria agência para fazer a gestão da informação acadêmica
A agência atuará na implementação das bibliotecas polos, na criação do Escritório de Apoio ao Pesquisador e na promoção do repositório da produção intelectual da USP
A USP criou uma agência que será responsável pela gestão dos dados gerados a partir do conhecimento produzido na Universidade e pelo desenvolvimento de serviços e produtos que promovam o acesso, a visibilidade e o impacto dessa produção. Trata-se da Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica (Aguia).
A Aguia, que abarcou as atividades desenvolvidas pelo Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi), vai trabalhar em três frentes: na implementação das bibliotecas polos, na criação do Escritório de Apoio ao Pesquisador e na incrementação do repositório da produção intelectual da USP. Essas atividades têm como finalidade tornar a produção científica da USP mais conhecida no exterior.
“A crescente complexidade dos sistemas digitais de informação acadêmica e científica, a internacionalização, a necessidade de garantir a preservação física e digital de conteúdos relevantes implica aperfeiçoar processos, capacitar pessoas e aprimorar a infraestrutura, de modo a atender às demandas da comunidade universitária. Ao mesmo tempo, é urgente promover o mais amplo acesso e visibilidade da produção intelectual gerada na própria Universidade”, avalia o presidente da agência, Jackson Cioni Bittencourt.
Bittencourt, que foi diretor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), foi designado para a função no início do mês de setembro, ao lado da nova vice-presidente da agência e vice-diretora da Escola de Comunicações e Artes (ECA), Brasilina Passarelli.
Segundo ele, a proposta é que as 48 bibliotecas da Universidade atuem como polos de atendimento, estudo, leitura, permanência e capacitação da comunidade universitária de acordo com as potencialidades de cada campus. “As bibliotecas continuarão a exercer suas funções tradicionais, agregando efetivamente atividades relacionadas ao apoio ao pesquisador, promoção da produção intelectual da Universidade, das práticas de ciência aberta e acesso aberto”, afirma. Leia mais.
Fonte: Jornal da USP - 09/10/19
Fonte: Jornal da USP - 09/10/19
11 outubro 2019
10 outubro 2019
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